Corpo de Deus
Em Vilar de Nantes - Chaves
Hoje mais tarde que o habitual, mas cá estamos, com uma pequena “reportagem” sobre o Corpo de Deus e a tradição que lhe está associada, que lá se vai cumprindo, quer nos locais onde ela têm de acontecer, quer também aqui no blog, que sempre que podemos também nos associamos a ela, trazendo aqui algumas imagens.
Como o Corpo de Deus é dia feriado religioso, a sua celebração vai acontecendo um pouco por todo o nosso Portugal, com muitas aldeias, vilas e cidades e celebrar com mais ou menos participação do povo, e com mais ou menos adornos, ou ar festivo, com os tradicionais tapetes floridos com flores naturais ao longo das ruas por onde irá passar a procissão. O concelho de Chaves não é exceção, e na cidade vai acontecendo com uma missa campal no Jardim Público, seguida de procissão ate ao largo de Camões, e este ano também assim foi. Há anos em que nós também lá vamos, mas este ano decidimos, mais uma vez, ficar pela celebração de Vilar de Nantes, que tem por tradição, cumprir a tradição, de enfeitar as ruas com os tais tapetes coloridos com flores naturais.
Gostamos de assistir ao fazer do tapete, pelo menos o que vai acontecendo no dia do Corpo de Deus, pois antes de isso acontecer há todo um trabalho prévio a fazer, que é o de recolher as flores e verdes onde os há e em quantidade, pois as ruas são muitas, há que subir às montanhas para recolher pétalas de giestas que irão dar o amarelo intenso, heras para os verdes, rosas para outras cores, e outras flores, e isto pode demorar dias a recolher, depois há que as manter com vivacidade para não chegarem murchas ou secas aos respetivos tapetes, embora haja sempre as flores do dia que são recolhidas nos jardins caseiros da aldeia, e depois sim, umas horas antes da procissão começam-se a tecer os tapetes ao longa das ruas, sempre com o cuidado de ir regando o que já está colocado, isto por duas razões, uma para manter a vivacidade das pétalas e flores, e aprendi hoje que o regar tem uma segundo função, a de “prender” ou “colar” o tapete quando o vento sopra com mais força.
Tapete que quando o foguete estoura no ar a anunciar o fim da missa e o início da procissão, está pronto para ser percorrido a amaciar os passos de que o percorre, em geral composta de três partes, a primeira a da abertura com a parte religiosa que termina com a passagem do Pálio, seguida de uma banda de música e depois o povo a acompanhar, que vai engrossando com a passagem da procissão.
A procissão tem início na igreja, aonde regressa após percorrer todo o seu itinerário nas ruas, ficando as ruas despovoadas com o que resta do tapete florido, já sem a compostura inicial, mas ainda mantendo o colorido e ar da sua graça.
São alguns destes momentos da procissão do Corpo de Deus de Vilar de Nantes que ficam aqui em 11 imagens.
Até amanhã, que dado o adiantado da hora, vai ser já a seguir!