Crónicas Ocasionais - Malvados
“MALVADOS!”
Não só os mais novos, mas, especialmente, “os mais velhos”, aqueles que nasceram, cresceram e “passaram as passas do Algarve” antes do “25 de Abril”, estão assombrados com o estado a que chegou o nosso País e, fatalmente, cada um de nós.
“Os mais velhos”, quando novos, sonhavam e viviam na esperança da Liberdade.
Nesta, entre outras conquistas, procuravam a da Justiça.
Aprisionados na miséria salazarenta, “os mais velhos” sonhavam e lutavam por uma Liberdade com paz e pão.
Em “25 de Abril” abriram-se as portas dessas prisões.
Mas ao Povo Português aconteceu o mesmo que a Tales: de tanto olhar o céu, ao caminhar, caiu num precipício; tem descuidado demasiado o «número de estúpidos em circulação», especialmente nos claustros de conventos e convenções da politiquice nacional.
E, quando os tratantes desse número se combinam e conluiam, o impacto das suas asneiras e cretinices é monstruoso.
A história recente tem confirmado que o «aparelho do poder tende a colocar gente da pior espécie, os malvados, no topo da pirâmide». E estes, «Os Malvados», por sua vez, a «afastar o mais que podem a competência e a inteligência».
Para a cambada que nos tem governado, desde que os seus negócios, interesses e golpadas estejam salvaguardados, pouco ou nada lhes importam os protestos ou os direitos daqueles que vitimam.
Todavia, assiste-se a um comportamento, que até parece estranho, por parte dos Portugueses. – gritam “Liberdade” em S. Mamede, em 1128; em Aljubarrota, em 1385; em Lisboa, em 1640 e em 1910; por todo o Portugal, em 1974, mas logo se escondem dela.
A Liberdade traz consigo o peso da Responsabilidade. E esta é-lhes medonha.
Assim, logo se resignam e abandonam a astutos megalómanos e estupores o cuidado de pensar e decidir os seus anseios e destinos. Acomodam-se à condição de «partidários» ou sequazes.
Desta maneira, tudo fica maias fácil para que cretinos, impostores, aldrabões, vigaristas, hipócritas, fementidos, capadócios, farsolas, pirangueiros e traidores “levem a sua avante”.
Hoje, estamos perante um Governo que se regozija e pavoneia menos pelo que faz e mais pelas maldades e sofrimento a que sujeitam os cidadãos.
MALVADOS?!
Sim!
E VELHACOS!!!
Governantes que se demitem da responsabilidade que assumiram perante os seus eleitores e todos os compatriotas e favoreçam obscuros interesses de estranhos e estrangeiros perdem todo o direito de serem respeitados.
Hoje, estamos perante um Governo que “ataca inocentes para salvar culpados”!
Portugal, em vez de estadistas, tem apenas políticos imorais.
Luís Fernandes