Flavienses por outras terras - Cristina Barreira
Cristina Barreira
Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos até aos Estados Unidos da América, mais concretamente até à cidade de Marlboro, no estado de Massachusetts, na Costa Leste.
É lá que vamos encontrar a Cristina Barreira.
Onde nasceu, concretamente?
Nasci em Santa Maria Maior, mas cresci na aldeia de Curalha. O meu pai é da aldeia de Bóbeda e a minha mãe da aldeia de Curalha.
Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?
Frequentei a Escola Primária de Curalha, do 1º ao 4º ano. Depois, a Escola Secundária Dr. Francisco Carneiro, nas Casas dos Montes, do 5° ao 9° ano, e a Escola Secundária Dr. Júlio Martins, do 9º ao 12° ano.
Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?
Saí no dia 1 de Junho de 2007. Sem condições financeiras para poder frequentar a universidade e também sem sucesso em busca de trabalho, não tive outra opção a não ser abandonar a minha terra natal.
Em que locais já viveu ou trabalhou?
Sempre morei em Curalha, junto com os meus pais. Durante as férias da escola trabalhei no Café Frade, em Curalha, (durante a manhã) e no Hipermercado Modelo (turno da tarde até ao fecho).
Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:
Os belos jardins sempre coloridos e a fantástica gastronomia flaviense.
Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:
A nossa cidade é cheia de história e tem um pouco de tudo para oferecer. As minhas sugestões seriam as Termas de Chaves (não esquecendo a área de lazer junto ao Rio Tâmega mais o Castelo), assim como o Forte de São Neutel e de São Francisco. Visitar a cidade na época dos Santos também seria uma ótima opção, uma vez que a cidade fica mais movimentada.
Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?
Sem dúvida, a saudade da família. Depois, a saudade dos amigos e da aldeia, da cidade. A saudade da gastronomia flaviense também faz o coração bater mais forte um pouco! Saudades do galão e dos pastéis da “Carlton”, saudades do presunto e do folar do João Padeiro (se bem que a minha mãe faz um folar muito bom e o meu pai cura um presunto que fica uma delicia), saudades (e que saudades!) de jantar no restaurante “O Manco” e de comer um prego no “Calhambeque”, na hora do almoço. Enfim… saudades de ser Flaviense em Chaves!
Com que frequência regressa a Chaves?
Desde que vim para os Estados Unidos ainda não regressei a Portugal e já lá vão mais de oito anos, mas os meus pais, um dos meus irmãos e o meu sobrinho já vieram aqui no verão.
Gostaria de voltar para Chaves para viver?
É muito difícil responder a esta pergunta, pois se a minha cidade pudesse oferecer o que eu tive de procurar longe, sem dúvida que eu jamais deixaria a minha terra. Quem sabe um dia eu volte para Chaves, mas por agora, da forma que a economia e o mercado de trabalho portugueses estão, não está nos meus planos voltar. Mas apesar de longe, Chaves está sempre no meu coração.
O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.
Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.