Isto também é Chaves
Ainda ontem, em conversa com alguém, dizia que desde miúdo que me vejo ao espelho todos os dias e que não noto em mim nenhuma diferença, mas acrescentei que só me dou conta do quanto envelheci, não quando os meus filhos me chamam velhote, mas quando comparo uma fotografia minha do tempo de puto com uma atual. Pois é, de tanto vermos a mesma coisa diariamente, não notamos como elas envelhecem ou se degradam. É o que acontece com a imagem de hoje, por onde passo diariamente, pois de a ir vendo tão amiúde não me fui apercebendo como aos poucos se foi degradando e chegou a esta lástima, ou como a imagem se foi tornando natural de ver. Mas isso é para mim e para os que passamos por lá diariamente, pois quem passa por lá pela primeira vez, não vê o que nós vemos e, acontece, que esta imagem está num dos principais acessos ao centro histórico, ou melhor, está em pleno centro histórico, num acesso que os de fora (turistas) utilizam quando são atraídos pelo castelo e muralhas. Lamentável nestas coisas nunca há culpados, pois como são tantos, as culpas são repartidas e acabam por não ser de ninguém.