Hospital de Chaves: a luta continua no Parlamento
Para Lisboa e em força. Na próxima quinta-feira, autarcas, presidentes de juntas e deputados municipais do Alto Tâmega estarão em Lisboa para defender a criação de uma Unidade Local de Saúde no Alto Tâmega, com sede em Chaves. O assunto será debatido durante a tarde na Assembleia da República e pelo menos dois grupos parlamentares vão apresentar um projecto de resolução para convencer o Governo de José Sócrates a dar mais autonomia de gestão ao Hospital de Chaves. Os autarcas do Alto Tâmega acreditam que a reivindicação será atendida.
Para responder a toda uma população “drasticamente desprotegida”, o município de Chaves tomou a iniciativa de lançar, em Setembro do ano passado, uma petição pública online que reuniu mais de 6300 assinaturas a favor da criação de uma Unidade Local de Saúde (ULS). Na próxima quinta-feira, dia 24 de Fevereiro, o documento será finalmente debatido em plenário na Assembleia da República e os seis autarcas dos concelhos do Alto Tâmega, acompanhados dos vereadores, presidentes de junta e membros eleitos das assembleias municipais, vão estar em Lisboa para reivindicar melhorias no Hospital de Chaves.
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Durante a manhã, os autarcas serão ouvidos pelos grupos parlamentares para sensibilizar para a importância do conteúdo da petição, que será debatida durante a tarde e tem como relator o deputado do Bloco de Esquerda João Semedo. “O importante é que conseguimos levar esta discussão à casa mãe da democracia e sensibilizar os políticos”, considera João Batista, presidente da Câmara Municipal de Chaves e subscritor número um da petição entregue a 5 Novembro. O autarca aguarda “um desfecho positivo” e avançou que serão apresentados pelo menos dois projectos de resolução, dos grupos parlamentares do PSD e PCP, “no sentido de recomendar ao Governo que a ULS seja uma realidade”, tal como vai acontecendo pelo país e mais recentemente em Bragança.
“As que existem têm a dimensão do distrito, com excepção da de Castelo Branco, e queremos que no Alto Tâmega assim aconteça. Quer o território [que cobre mais de metade do distrito], quer a população abrangida [110 mil habitantes], justificam uma unidade desta natureza, que economicamente é benéfica para o Serviço Nacional de Saúde, mas sobretudo para os cidadãos, no sentido de lhes proporcionar um serviço mais próximo, de mais qualidade e em que o médico conhece o historial do doente”, explica João Batista. Além da falta de médicos e esvaziamento de serviços, haverá argumentos novos a apresentar, como a introdução de portagens na A24, que “contraria o espírito com que foi criado o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro” com base na facilidade de acesso.
Novo modelo de gestão “pode vir a cobrir situações mais difíceis” nos outros concelhos
O interesse não é apenas dos flavienses, já que o hospital serve as populações dos concelhos vizinhos de Boticas, Montalegre e Valpaços, um total de 80 mil pessoas. Para o autarca botiquense, Fernando Campos, trata-se de “uma vitória da persistência”, já que o município de Boticas foi “uma das vozes mais críticas na denúncia da actual situação”, “em que os cidadãos fugiam para outras unidades de saúde porque não tinham segurança na forma como eram atendidos e nas condições que eram prestadas em Chaves”.
“Não havia meios humanos, nem materiais. Havia situações absolutamente caricatas de macas nos corredores, às vezes não havia papel higiénico, outras vezes não havia lençóis para mudar… Havia uma situação que era insustentável”, nota Fernando Campos. A discussão de uma ULS no Parlamento “é a prova provada de que tínhamos razão de que havia necessidade de alterar a situação. (…) Não sendo possível reactivar os serviços que Chaves prestava há 10 anos, em que toda a gente se sentia seguro com a sua saúde porque tinha expectativas altas e confiança nos serviços e no pessoal, esta parece-me a melhor solução de todas as outras possíveis”, conclui. O autarca botiquense espera agora que os projectos de resolução sejam aprovados e que “depois o Governo não seja, como é costume, autista, cego, surdo e mudo e que, desta vez, dê ouvidos às necessidades das populações”.
Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Fernando Rodrigues, relembra que na última reunião, a Ministra da Saúde, Ana Jorge, “não rejeitou por completo” a proposta. “Simplesmente, na altura, achou que havia uma avaliação do Ministério da Saúde a fazer sobre o funcionamento de outras ULS que entretanto tinham sido criadas”, explica. “Vamos estar na Assembleia da República convencidos de que todos os partidos, incluindo o do Governo, vão estar receptivos a criar esta nova experiência que não traz encargos suplementares para o Estado e que pode resolver os problemas actuais do Hospital de Chaves”, mesmo não sendo uma “solução milagrosa”.
Mesmo que o concelho disponha de urgência permanente e médicos em número suficiente, Fernando Rodrigues acredita que “ao beneficiar o Alto Tâmega, esta modalidade beneficia Montalegre”. “Não se trata de uma guerrilha, nem de um combate partidário, mas de defender o que nos parece ser o melhor para a região e para o Governo cumprir melhor a sua obrigação no Serviço Nacional de Saúde. (…) Não vejo razões para que não dê seguimento à nossa proposta”, conclui o edil.
“Queremos que [o Hospital de Chaves] funcione de forma integrada com os centros de saúde, trazendo benefícios acrescidos para a qualidade de vida no Alto Tâmega e para os seus utentes com a melhor gestão do hospital”, considera também o presidente da Câmara Municipal de Valpaços, Francisco Tavares, que acredita que o Governo vai acatar as reivindicações do Alto Tâmega. “Não quer dizer que não possa haver outros hospitais de referência, mas pensamos esta forma de actuar será melhor para a região”, reitera.
Até porque volta a apontar o autarca da Câmara de Chaves,“a gestão que possa vir a ser feita em conjunto com os centros de saúde do Alto Tâmega pode vir a cobrir situações mais difíceis”, como por exemplo o encerramento do Hospital de Valpaços ou a falta de médicos no Centro de Saúde de Ribeira de Pena. Essa ligação “pode permitir que haja reforço onde há necessidade e cedência onde eventualmente possa haver excesso. É essa solidariedade que é mais fácil gerar entre nós que temos os mesmos problemas”, completa Fernando Campos. Também para Francisco Tavares, o novo sistema de gestão poderá ser “uma mais-valia” ao “reforçar a interligação entre concelhos”, algo que o actual modelo não permite.
“Vamos evitar uma grande concentração em Vila Real prestando serviços em Chaves”
Já os autarcas de Ribeira de Pena, Agostinho Pinto, e de Vila Pouca de Aguiar, Domingos Dias, preferem esperar por dados mais concretos antes de se pronunciarem. Ainda assim, Agostinho Pinto avança que o município de Ribeira de Pena vai a Lisboa “por solidariedade, porque é importante para o Alto Tâmega”, já que os utentes do concelho são escoados para a unidade hospitalar de Vila Real. Contudo, o autarca de Boticas nota que“a afluência a Vila Real pela ineficácia do Hospital de Chaves fazia com que aqueles habitualmente já servidos por Vila Real estivessem a ser também mal servidos”. “Esperemos que agora toda a gente passe a ser melhor servida porque vamos evitar uma grande concentração em Vila Real prestando serviços em Chaves”.
“Julgo que será um dia importante para o Alto Tâmega”, conclui João Batista, relembrando que foi também no mês de Fevereiro, no dia 20 de 2007, que uma manifestação popular conseguiu “salvar” a urgência médico-cirúrgica de Chaves do encerramento. Remata Fernando Campos: “Esta luta toda não foi por bairrismo balofo, nem por vaidade ferida. Foi porque fundamentalmente nos preocupava a forma como eram prestados cuidados de saúde à nossa população. Se melhorar, já valeu a pena”.
Sandra Pereira
O que mudaria com a criação de uma Unidade Local de Saúde
A criação de uma Unidade Local de Saúde (ULS) “não vai resolver todos os problemas” porque vai continuar a sentir a falta estrutural de profissionais de saúde, aponta o presidente da Câmara Municipal de Chaves. Contudo, João Batista destaca cinco vantagens:
1) Melhor gestão de recursos. “Vai permitir uma melhor gestão dos poucos recursos disponíveis que permitirá cobrir melhor as necessidades da população”, sendo que os médicos do Hospital e Centros de Saúde passarão a ser geridos pela ULS.
2) Atendimento mais personalizado. “Um doente que hoje vai à urgência é atendido por um médico que não conhece o seu historial. Havendo uma ULS, o médico que atender tem no computador o historial do doente e a pessoa é melhor atendida”.
3) Diminuição de despesas. Do ponto de vista económico, “favorece o Serviço Nacional de Saúde e os utentes” porque todo um seguimento médico é feito na mesma unidade.
4) Sinergias com Verín. “A autonomia ganha com a ULS permitirá fazer acordos com outras unidades, nomeadamente com Verín, onde existe uma maternidade. Poderá ainda reforçar as ligações a outras unidades de saúde dos concelhos do Alto Tâmega.
5) Três em 1. A ULS integraria cuidados de saúde primários, diferenciados e continuados.
Comissão de Utentes está a recolher assinaturas contra portagens na A25, A24 e A23
A Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23 agendaram para o próximo dia 8 de Abril marchas lentas nos quatros distritos atravessados por estas auto-estradas, numa “acção convergente” de protesto. A manifestação anti-portagem vai decorrer uma semana antes de começar a cobrança das portagens.
Até lá, a comissão de utentes vai realizar nos próximos dias, no distrito de Vila Real, diversas acções de recolha de assinaturas para a petição dirigida ao Governo e à Assembleia da República. Em Chaves, a recolha decorrerá na próxima quarta-feira, 23 de Fevereiro, no mercado municipal, a partir das 9h30, e no dia 2 de Março, no local da Feira, também a partir das 9h30. Na sexta-feira 25 de Fevereiro, a recolha de assinaturas decorrerá na feira e no mercado de Vila Pouca de Aguiar.
A recolha de assinaturas contra as portagens na A25, A24 e A23 prossegue ainda na internet, no site www.contraportagens.net.
Segundo os valores médios anunciados pelo Governo, as portagens para veículos ligeiros classe 1 no troço Viseu – Chaves custará 12.80 €; o percurso Vila Real – Chaves custará 6.40 €; Lamego – Vila Real, 3.60 €; e Lamego – Régua, será de 1.40€.
Redacção
Escola Nadir Afonso promoveu “conversas sobre a saúde”
Abordar um tema importante na sociedade actual. Era esse o objectivo dos alunos do curso EFA B3, com equivalência ao 9º ano, da Escola EB2,3 Nadir Afonso, que no âmbito da actividade integradora do curso realizaram várias acções relacionadas com a saúde.
As actividades aconteceram através de uma parceira entre a Escola Nadir Afonso e o Centro de Saúde nº 1, devido ao Projecto Saúde Escolar, e a moderadora do curso EFA B3, Suzana Cerqueira, explicou que o objectivo destas acções eram “abordar temas pertinentes”, bem como “assuntos da preocupação dos formandos”. “Conseguimos envolver os formandos. O objectivo era fomentar a participação destes formandos em actividades que visam promover o seu crescimento pessoal e académico”, referiu Suzana Cerqueira, realçando que só foi possível realizar as actividades através de “um trabalho conjunto e em parceria total”, entre os formandos, a escola e o Centro de Saúde. Sobre o curso, a moderadora considera que este “está a correr bem e comprova-se pela iniciativa que eles têm tido”, afirmou.
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No dia 3 de Fevereiro realizou-se na escola um rastreio de diabetes, aberto à comunidade escolar, participando um total de 72 pessoas, 44 mulheres e 28 homens. Pelos resultados recolhidos 82% das pessoas apresentavam um valor inferior a 110 mg/ml (valores glicemia), valores considerados normais. Já quanto ao peso apresentado os resultados não foram tão satisfatórios, com 36% das pessoas a apresentarem peso acima do normal, e 17% a apresentarem peso baixo da média.
Além deste rastreio, foi ainda realizada uma palestra com o nome: “Doenças de ontem, respostas de hoje”, cujo tema abordado foi o cancro e os cuidados paliativos, e contou com a participação de enfermeiros do Centro de Saúde nº 1 de Chaves. “Tentamos dar resposta às solicitações que nos são feitas e responder às dúvidas sobre cancro e a reestruturação dos Centros de Saúde”, explicou a enfermeira Lucinda Jorge.
Equipa do Centro de Saúde nº1 de Chaves deu conselhos e esclarecimentos sobre a saúde
A nova realidade tem a ver com o facto dos Centro de Saúde da região pertenceram agora ao Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Tâmega e Barroso, realizando “apoio dentro e fora do Centro”. Isto é, fora dos Centros de Saúde é “realizado apoio domiciliário e comunitário”, através da Unidade de Cuidados na Comunidade e da Unidade de Recursos Partilhados, afirmou Lucinda Jorge, referindo que dá “outro tipo de proximidade”, sendo esse o “grande objectivo”. Já dentro dos Centros existe a Unidade de Saúde Familiar. “Estas alterações implicam uma assistência diferente à população”, afirmou o enfermeiro João Pereira, na sua palestra sobre a nova organização dos Centros de Saúde.
“Quando tomamos uma má decisão por ignorância, somos ignorantes, quando tomamos por conhecimento somos estúpidos”, atirou João Pereira, explicando que 60% dos factores que influenciam a saúde estão ligados à alimentação e que actualmente o desafio na saúde é a prevenção das doenças.
Sobre o cancro, coube ao enfermeiro Jonh Fontes abordar o assunto, alertando também para os hábitos de vida das pessoas e referindo os sintomas associados ao cancro, os tipos existentes, o rastreio e formas de prevenção, bem como os tipos de tratamento. Acerca das funções do Suporte de Cuidados Paliativos, este serve para pessoas com doenças crónicas e/ou incuráveis, e que estejam dependentes ou em fase avançada. Referindo que “não é apenas para doentes oncológicos”, Jonh Fontes explicou que o objectivo passa por “promover a qualidade de vida”.
Diogo Caldas
Nova aposta para a Educação
Dia 1 de Março arranca em Chaves um projecto educativo que se quer inovador e acessível a todos, todos os dias da semana.
Para além das tradicionais explicações, individuais ou em grupo, e do apoio ao estudo em salas preparadas para o efeito, os autores deste projecto pretendem igualmente fornecer aos seus clientes serviços de tutoria, explicações e apoio ao estudo baseados na utilização das Novas Tecnologias e aulas de Karaté.
Em entrevista à Voz de Chaves, o mentor do projecto, professor Yann Sèvegrand, afirmou estar convicto de ter encontrado uma “receita” eficaz para o sucesso escolar dos jovens flavienses.
Um novo projecto vai ser criado, mas, na realidade, é algo de inovador?
Diria que todo o nosso projecto se resume a uma palavra-chave, a sinergia, conceito este que assenta na ideia de que a combinação adequada de determinados elementos potencia o efeito conseguido separadamente por cada um deles. É o que acontece, por exemplo, com muitos fármacos.
De que forma se concretiza este conceito na educação?
O processo de ensino-aprendizagem é algo muito mais complexo do que uma simples transmissão de conteúdos e depende de múltiplos factores. Para que um aluno tenha um êxito real e efectivo é essencial apostar na consolidação de competências, na valorização da auto-estima e na interiorização de valores fundamentais para a aprendizagem, como são o empenho, o rigor e a disciplina. Tudo isto não se consegue sem um acompanhamento constante e adequado.
Para tal, procurei reunir numa única oferta profissionais competentes e empenhados, métodos e ferramentas eficazes e um conjunto de estratégias que considero essenciais para a obtenção de resultados positivos.
De que estratégias estamos a falar?
Em primeiro lugar, quero deixar bem claro que em nada tenho a pretensão de sermos os melhores ou de termos a única metodologia válida. Existem vários caminhos possíveis para chegarmos a um mesmo destino.
Quanto à nossa oferta, esta não exclui as tradicionais explicações individuais ou em grupo, assim como o apoio ao estudo, por exemplo aquando da realização das tarefas escolares; no entanto, pensamos marcar a diferença no facto de apostarmos fortemente na utilização das Novas Tecnologias, na inclusão do Karaté, como forma de aumentar a autoconfiança, a concentração e a auto-estima, e na criação da figura do explicador tutor.
Pode especificar….
Relativamente à utilização das Novas Tecnologias, disponibilizamos dois serviços distintos, as explicações e o apoio online, que se podem complementar ou associar aos seus homónimos disponibilizados em salas preparadas para o efeito no Edifício Boega.
Quanto à figura do explicador tutor, na realidade, em nada pretendemos substituir os pais ou o seu papel. Pretendemos sim auxiliá-los no seu relacionamento com as escolas e no acompanhamento dos seus filhos. Dito de outra forma, se o encarregado de educação assim o desejar, o explicador tutor responsabilizar-se-á por estabelecer contactos mensais com o director de turma do seu educando, de forma a recolher com regularidade informações sobre o seu desempenho, em todas as suas vertentes, para, de seguida, delinear estratégias adequadas aos problemas ou dificuldades detectados.
Certamente, são ideias inovadoras… mas serão atractivas o suficiente de forma a levar os alunos e, sobretudo, os pais a aderir?
A questão lembra-me um episódio passado em 1991. Nessa altura, em conversa com um grupo de profissionais ligados ao imobiliário, lembro-me de ter sugerido que um McDonald’s teria futuro em Portugal, ao que um deles respondeu “Aqui, nunca na vida! O português gosta de comer de faca e garfo”… (sorrisos)
Na realidade, por variadíssimos motivos, o serviço de explicações online que propomos, para além de mais acessível, pode ser bem mais eficaz do que a própria explicação in loco, uma vez que disponibilizamos semanalmente ao aluno uma ficha informativa, um espaço para colocar dúvidas sobre a mesma e um teste de verificação das aprendizagens, e tudo isto por valores mensais que vão dos 10 aos 30 euros, em função do nível de ensino em que este se encontra. Quanto ao encarregado de educação, enviamos-lhe por e-mail ou entregamos em mão um relatório mensal com uma descrição do trabalho desenvolvido na plataforma pelo seu educando e com os resultados obtidos nos testes.
Quanto ao apoio online, é um meio excelente para tirar dúvidas, sete dias por semana: durante o estudo, antes de um teste, para a realização de um trabalho… e uma das vantagens deste meio assenta no facto de todas as explicações ficarem registadas e disponíveis para consulta a qualquer momento.
E quanto ao explicador tutor?
No que se refere ao explicador tutor, a ideia surgiu da constatação de dois factos que me parecem incontornáveis: os professores têm geralmente uma visão mais clara e objectiva de todo o processo de ensino-aprendizagem e os pais, por questões profissionais, têm cada vez menos tempo e disponibilidade para se ocuparem como desejariam da educação dos seus filhos. Sabendo eu que os pais querem sempre o melhor para os seus filhos, não tenho a menor dúvida de que não deixarão de contratar os nossos serviços de tutoria se a considerarem necessária.
Como já referiu, incluem nos vossos serviços a possibilidade da prática de Karaté, ou ginásio, para os alunos…. É uma questão de sinergias?
Na realidade, a oferta do Karaté vem de facto ao encontro da nossa procura do ambiente sinérgico ideal. Trata-se de uma modalidade desportiva que estimula a capacidade de concentração, o autocontrolo, a autoconfiança e a auto-estima, o que, por outro lado, contribui de sobremaneira para o equilíbrio emocional da criança.
Por outro lado, se atendermos ao que se passa hoje em dia em muitas escolas do país, penso que os pais se sentirão muito mais seguros se souberem que os seus filhos não estão totalmente indefesos face aos perigos que os rodeiam. E não falo aqui de poderem responder com violência à violência, mas de terem uma maior capacidade para agir com sangue frio perante tais situações e transmitirem uma imagem de auto-confiança que ajuda a afastar os mal-intencionados.
Neste momento, já é possível inscrever-se?
Não só é possível inscrever-se, como até estamos a fazer um desconto de 10% para as inscrições efectuadas até ao fim do mês.
Para terminar, gostaria de acrescentar algo mais sobre este projecto?
Penso que muito mais se poderia acrescentar… no entanto, uma ideia me parece fundamental: represento aqui um grupo de professores que acreditam neste projecto e em quem eu acredito. Agora, só falta que os flavienses acreditem em nós.
Paulo Chaves
(Para mais informações, contactar Prof. Yann Sèvegrand -telem.: 960 001 612- ou directamente no Ginásio Boega, em Chaves.
Eurocidade vai acolher Centro de Informação às Mulheres
Em breve, a Eurocidade terá um Centro de Informação às Mulheres, integrado no projecto europeu RECIDIM, que se destina a promover redes de informação, experiências e boas práticas de igualdade no Norte de Portugal, Galiza e Castilha e León.
O auditório do Centro Cultural de Chaves acolheu na passada quinta-feira, 17 de Fevereiro, o seminário “Igualdade Social sem fronteiras”, integrado nas actividades do projecto europeu de dinamização dos Centros de Informação às Mulheres (CIM), denominado REDECIM, promovido pela Secretaria-geral da Igualdade da Xunta da Galicia, Comissão a Cidadania e Igualdade do Género de Portugal e Direcção-geral da Mulher da Junta de Castilla y León, com o apoio da Eurocidade Chaves-Verín.
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No encontro, a Secretária-geral da Igualdade da Junta da Galicia, Marta Vázquez, informou da importância dos 78 centros de informação às mulheres já criados em Espanha desde 2005 e que funcionam como uma ferramenta para dotar as mulheres de melhor informação, formação e participação social, laboral e formativa. A responsável avançou ainda que, em breve, será criado um centro no território da Eurocidade. “Esse centro, no contexto do que é a nossa forma de colaborar, permitirá a Chaves aceder a essa informação disponível para os territórios dos dois concelhos”, comentou o presidente da Câmara Municipal de Chaves, João Batista.
O projecto RECIDIM destina-se a promover redes de informação, experiências, resultados e boas práticas dos diferentes modelos de CIM no Norte de Portugal, Galiza e Castilha e Leon. Para Marta Vázquez, “serve de ponte entre as políticas de igualdade e as beneficiárias, as mulheres, pois sabemos que nem sempre existe uma coordenação entre os dois”. No seminário, Marta González destacou ainda a importância da colaboração com as organizações locais e associações de mulheres dos concelhos que integram o projecto.
Na Câmara de Chaves, “até nas chefias de divisão há mais senhoras que cavalheiros”
Na abertura da iniciativa, João Batista salientou que “a humanização da sociedade é cada vez mais necessária”, sendo que o objectivo do encontro foi permitir o intercâmbio de experiências de trabalho entre profissionais de distintos campos ligados à igualdade, de forma a promover uma sociedade mais justa e igualitária. Por sua vez o alcaide de Verín, Juan Jiménez Morán, destacou este intercâmbio como forma de “eliminar barreiras” e alcançar o desenvolvimento sustentável no âmbito social, económico e ambiental.
Já o vice-presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género de Portugal, Manuel Albano, sugeriu à Eurocidade a implementação de um plano para a igualdade, tal como está a decorrer a nível nacional, já que o país “não aproveita mais 50% da sua população, que são as mulheres e a sua capacidade de trabalho”. Para Manuel Albano, o encontro “será o princípio de uma excelente colaboração”.
No encontro, a vereadora da acção social da Câmara de Chaves, Maria Lurdes Campos, apresentou o Programa de Rede Social, reestruturado em 2010, com projectos para grupos específicos. Já o autarca flaviense rematou com um exemplo prático da acção do município na promoção da igualdade de género: “na Câmara de Chaves, entre os técnicos superiores, a maioria são senhoras e até nas chefias de divisão há mais senhoras que cavalheiros. Isso quer dizer que não só acolhemos iniciativas, como na prática fazemos justiça à igualdade de género, não discriminando em qualquer circunstância”.
Sandra Pereira
Companheira de Amílcar não resistiu aos ferimentos e acabou por falecer
Teresa, a companheira de Amílcar, homem que foi morto pelo filho, no sábado, dia 12 de Fevereiro, em Vila Verde da Raia, Chaves, também ela agredida com a foice na cabeça pelo filho do companheiro, sofreu um traumatismo crânio-encefálico. Depois de dar entrada no Hospital de Chaves, nesse mesmo dia, foi transferida para o Hospital de Santo António, no Porto, em estado considerado grave, e acabou por falecer nesta sexta feira.
O filho de Amílcar está acusado de dois crimes de homicídio, um na forma consumada e outro na forma tentada, foi ouvido em primeiro interrogatório por um juiz de instrução criminal durante mais de cinco horas. Devido ao alarme social causado pelo crime e ao perigo de fuga, o Tribunal Judicial de Chaves decretou prisão preventiva para o arguido, que foi, depois transferido para o Estabelecimento Prisional de Chaves, onde irá ficar a aguardar julgamento.
Redacção
Competições de pesca estão de volta, tal como as reclamações antigas
A pesca da região está de volta à cidade de Chaves e de Fevereiro até Outubro, todos os fim-de-semana, à excepção do mês de Agosto, estarão preenchidos com competições de pesca. Clube Flaviense de Caça e Pesca Desportiva continua à procura de construir mais pesqueiros e reclama por apoios do município.
Neste fim-de-semana, a Associação de Pesca de Trás-os-Montes e Alto Douro dá inicio à época de pesca com a realização da prova de abertura. Já nos últimos dois fins-de-semana, de 5 e 6 e de 12 e 13 de Fevereiro, a Associação Regional do Norte de Pesca Desportiva ocupou o espaço, para a realização das suas provas.
Sobre a época que se inicia, o Presidente do Clube Flaviense de Caça e Pesca Desportiva (CFCPD), Lícinio Pópulo, explica que não se podem ter “grandes expectativas”, pois a pesca é um desporto que está sempre “dependente das condições climatéricas”.
Em tempos de crise é sempre difícil aparecerem novos amantes da pesca para competirem, mas ainda assim o clube terá novos membros. “Gostamos de ter sempre membros novos. Este ano devemos ter dois ou três”, revela Lícinio Pópulo, explicando que também de outros concelhos têm chegado novos membros. O mais recente chega de Vila Real e o presidente do clube flaviense de Caça e Pesca Desportiva considera que este é um sinal “do bom trabalho desenvolvido”.
Mais pesqueiros trariam mais pessoas à cidade
A pesca traz à cidade flaviense muita gente “Gostava de saber qual é o clube que traz mais gente que nós e que faz mais que nós”, atira Lícinio Pópulo, reconhecendo que o clube BTT de Chaves também reúne muitas pessoas, mas, caso a cidade tivesse mais pesqueiros, ainda mais pessoas viriam à cidade. “Se tivéssemos condições para 200 pesqueiros tinhá-mos 200 pessoas a pescar”, afirma.
“Queremos é que a Câmara nos ajude a aumentar os pesqueiros. Não é por nós, que para as nossas provas internas temos espaço que chegue, mas é pela cidade, pois temos provas dadas com a ida de muita gente a restaurantes e a residenciais”, considera.
O presidente do clube explica que a montante da Ponte S. Roque, na margem da freguesia de Santa Maria Maior, existem condições para serem construídos trinta pesqueiros, mas que por questões do meio ambiente a obra não avançou ainda. “Fizemos uma proposta à Câmara mas é complicado. O abate de árvores é sempre difícil”, explicou Licínio Pópulo.
“É também pretensão da autarquia que exista uma pista de pesca que permita acolher provas internacionais”, explicou A Voz de Chaves Castanheira Penas, vereador da Juventude e Desporto da Câmara Municipal de Chaves, considerando o clube flaviense “dinamizador da região”.
O vereador garante que essa vontade ainda não foi esquecida, mas que, de momento, ainda não é possível realizar a obra. “Temos tido algumas incompatibilidades e pareceres negativos por parte das entidades que têm a jurisdição sobre as margens do rio”, esclareceu.
Clube reclama por apoios
Também em relação à câmara, o CFCPD reclama por mais apoios. “No ano de 2010 não tivemos apoios e no de 2011 vamos pelo mesmo caminho”, alerta Lícinio Pópulo.
Sobre os apoios, Castanheira Penas considera que os clubes e associações “devem perceber que a autarquia não oferece apenas apoios directos, mas também indirectos”. “O acesso às instalações do CFCPDestão agora alcatroados, mas antes eram de terra batida”, afirmou o vereador da juventude e desporto como exemplo de apoio indirecto que foi dado ao clube.
Quanto aos apoios para o ano de 2011, Castanheira Penas explicou que dependem do novo regulamento, ao qual os clubes e associações têm de concorrer. O vereador deixou ainda um aviso: “as fontes de receitas dos clubes e associações não podem ser só as câmaras”. “No caso do CFCPD, este deve procurar fazer um acordo com a restauração e a hotelaria, e outros agentes da cidade, pois o clube é um dinamizador dessa economia”, concluiu.
Diogo Caldas