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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

10
Jun21

REINO MARAVILHOSO e o DIA DE PORTUGAL

Douro e Entre os Montes


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Como sabem, em geral, às quintas-feiras trazemos aqui esta rubrica do Douro e entre os montes, e hoje calhou bem, pois é dia 10 de junho, Dia de Portugal, e foi precisamente nestas terras do Douro e entre montes acima do Douro que Portugal nasceu e onde a língua portuguesa teve a sua origem.

 

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Ora então, para comemorar este dia não vamos até à Madeira, nem até nenhuma das nossas comunidades, nem sequer precisamos do Camões, nem de sacar o trunfo da manga dos descobrimentos, das especiarias e das pedras preciosas, ou seja, de fazer batota com a história,  e apenas aqui trazemos aquilo que é inegável e a nossa realidade de ser como somos, um Portugal pequeno e pobre mas do qual nos podemos orgulhar,  sem esquecer o nosso berço e a grandeza da nossa língua e de muitos portugueses dos quais também nos podemos orgulhar, pelo seu trabalho, pela sua inteligência e até pela sua esperteza, para além dos seus grandes feitos, sendo alguns reconhecidos e até consagrados, mas também, outros, muita boa gente,  que foi grande em toda a sua vida e morre com o espírito de missão cumprida mas que por uma ou outra razão, ou até por nenhuma razão, morrer no anonimato.

 

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Mas surpresa ou até mesmo espanto, seria este dia ser um dia de festa, a festa de Portugal e dos portugueses, mas a sério,  assim do tipo de quando Portugal foi campeão de futebol da europa, mas com as encenações do Scolari, aquela da bandeira de Portugal em todas as casas, popós, etc….mas não, é apenas um dia feriado que se escreve a vermelho no calendário português…

 

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 Seja como for nós (o blog) vamos até Guimarães, a cidade berço de Portugal, hoje sem itinerários nem mapas, pois penso que todos os flavienses sabem onde fica, principalmente aqueles já mais cotas recordarão que nas antigas viagens com o Porto por destino, tínhamos de obrigatoriamente passar por lá, e que por sinal é uma cidade bem interessante que merece ser visitada devagarinho em maré de apreciação, e assim, com tanto mar…ficamos em terra.

 

 

11
Jun16

Gérald Bloncourt - Comendador da Ordem do Infante D. Henrique


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Ontem foi o Dia de Portugal que este ano, ineditamente, foi comemorado em duas frentes, primeiro no Terreiro do Paço, em Portugal, e depois em Paris, França, também com a presença do Presidente da República e do Primeiro Ministro. É também neste dia de Portugal que o Presidente da República condecora portugueses e estrangeiros com as várias ordens honorificas que se  destinam-se a galardoar ou a distinguir, em vida ou a título póstumo, os cidadãos nacionais que se notabilizem por méritos pessoais, por feitos militares ou cívicos, por actos excecionais ou por serviços relevantes prestados ao País, podendo também ser atribuídas a cidadãos estrangeiros, como membros honorários de qualquer grau, tal como aconteceu ontem em Paris.

 

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E eis-me chegado àquilo que hoje queria aqui destacar que é precisamente a condecoração com o grau de comendador da Ordem do Infante D. Henrique do fotógrafo francês de origem haitiana Gérald Bloncourt. Pessoalmente congratulo-me com esta condecoração, não só  por ser merecida mas com ela também condecorar a fotografia e a sua importância, neste caso a fotografia de Gérald Bloncourt o fotógrafo que mais retratou a situação difícil vivida pelos portugueses nos bairros de lata periféricos da cidade de Paris, entre os anos cinquenta e setenta do século passado, mas também as suas origens, com passagem também pela cidade de Chaves e da região, contribuindo dessa forma para dar visibilidade à situação miserável em que se encontravam e contribuir para a sua mudança e melhoria das condições de vida no país de acolhimento. Sem dúvida alguma um dos maiores contributos para a história da emigração portuguesa e da própria História de Portugal do século passado.

 

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Ficam algumas imagens de Gérald Bloncourt, algumas já repetentes no aqui no blog.

 

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Embora a legenda desta última imagem atribua a fot a Lisboa, na realidade ela é em Chaves, no Jardim das Freiras, com o quartel dos Bombeiros (actual Biblioteca Municipal) de fundo.

 

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10
Jun13

Dia de Portugal


 


Pelo menos este não nos foi roubado, refiro-me claro, ao feriado do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, ou será Dia de Portugal, de Camões, de Pessoa, de Saramago, de Torga, das Comunidades Portuguesas, da Madeira, Açores e Algarves?, mas já lá vamos...

 

Pois sobre este dia quero deixar aqui um breve apontamento para reflexão, ficando prometido que para o próximo ano aprofundo o tema, mas antes, vamos ao orgulho flaviense neste dia, pois ia jurar que um dos condecorados de hoje pelo Presidente da República era flaviense de nascimento, mas afinal não o é, pois teve Coimbra como berço de nascimento, mas pela certa tem Chaves no coração, pois é de cá a sua família e foi no Liceu Nacional de Chaves que fez os seus estudos do secundário. Trata-se do Reitor da Universidade Técnica de Lisboa, o Professor Doutor António Manuel da Cruz Serra, que vai ser (ou já foi – depende da hora da leitura deste post) agraciado com a Ordem da Instrução Pública (Grã-Cruz).

 

Então para refletir neste dia que também é dum poeta, vou começar intencionalmente por Miguel Torga, com três poemas  da sua imensa obra sobre Portugal e os Portugueses, precisamente com poemas de “Portugal” e dos “Poemas Ibéricos”:

 

PÁTRIA

 

Soube a definição na minha infância.

Mas o tempo apagou

As linhas que no mapa da memória

A mestra palmatória

Desenhou.

 

Hoje

Sei apenas gostar

Duma nesga de terra

Debruada de mar.

 

E no Diário X temos o poema “Portugal”

 

Portugal

 

Avivo no teu rosto o rosto que me deste,
E torno mais real o rosto que te dou.
Mostro aos olhos que não te desfigura
Quem te desfigurou.
Criatura da tua criatura,
Serás sempre o que sou.

E eu sou a liberdade dum perfil
Desenhado no mar.
Ondulo e permaneço.
Cavo, remo, imagino,
E descubro na bruma o meu destino
Que de antemão conheço:

Teimoso aventureiro da ilusão,
Surdo às razões do tempo e da fortuna,
Achar sem nunca achar o que procuro,
Exilado
Na gávea do futuro,
Mais alta ainda do que no passado.


Nos “Poemas Ibéricos” temos o nosso “fado” e o “Mar”

 

FADO

 

Tem cada povo o seu fado

Já talhado

No livro da natureza.

Um destino reservado,

De riqueza

Ou de pobreza,

Consoante o chão lavrado.

 

E nada pode mudar

A fatal condenação,

No solo que lhe calhar,

Humana vegetação

Tem de viver, vegetar,

A cantar

Ou a chorar

Às grades dessa prisão.

 

 

 

MAR

 

Mar!

Tinha um nome que ninguém temia:

Era um campo macio de lavrar

Ou qualquer sugestão que apetecia…

 

Mar!

Tinhas um choro de quem sofre tanto

Que não pode calar-se, nem gritar,

Nem aumentar nem sufocar o pranto…

 

Mar!

Fomos então a ti cheios de amor!

E o fingido lameiro, a soluçar,

Afogava o arado e o lavrador!

 

Mar!

Enganosa sereia rouca e triste!

Foste tu quem nos veio namorar,

E foste tu depois que nos traíste!

 

Mar!

Quando terá fim o sofrimento!

E quando deixará de nos tentar

O teu encantamento!”

 

Ou como dizia Pessoa,  “Ó mar salgado, Quanto do teu sal são lágrimas de Portugal!”

 

Voltemos ao 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas,  mas regressemos ao ano de 1997 em cujas comemorações que se realizaram aqui na nossa cidade de Chaves, Alçada Batista contestava a letra belicista do nosso Hino Nacional, Pois pessoalmente penso que Alçada Batista tinha toda a razão, uma música tão bonita merecia outra letra, não só porque a atual é belicista, que nasceu  como a de uma marcha num estado de revolta contra a monarquia e o Ultimato Inglês de 1890, mas também por ser sebastianista e desvirtuada do seu original, porque na sua versão inicial era composta de três partes das quais lhe amputaram as duas últimas (em 1957). Então se Salazar logrou amputá-la, porquê a democracia ( que aconteceu para acabar com as nossas guerras ultramarinas) não acabou de vez com uma letra belicista que apela à guerra na marcha contra os canhões? Esta fica para refletir ou talvez pra o próximo ano, mas desde já posso adiantar, e esta é a minha opinião pessoal, a razão porque se manteve o hino é a mesma que mantém Camões associado ao Dia de Portugal. Mas para quem não sabia, aqui fica a versão completa da letra do Hino/Marcha nacional:


I

Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

 

II

Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

 

III

Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!

 

Bem, então agora vamos a Camões, o nosso grande poeta épico das navegações, dos descobrimentos e da língua portuguesa. Alguém me sabe responder porque está associado ao Dia de Portugal? Esta também fica para reflexão.

 

Portugal  é terra de poetas e escritores maiores, desde Gil Vicente, o pai do teatro português, aos mais recentes  Fernando Pessoa o grande poeta universal português (o “Supra-Camões” dizem alguns), a Saramago Prémio Nobel da Literatura, a Miguel Torga, o maior poeta de Portugal a cantar Portugal e os Portugueses, e muitos mais. E ainda há outro – Fernão Mendes Pinto, do tempo e conhecido de Camões, igualmente embarcado nos mares das descobertas, alguém o conhece? Isto também fica para reflexão, entretanto, Camões lá está, entalado entre o Dia de Portugal e as Comunidades Portuguesas.


Por último vamos às Comunidades Portuguesas, pois também fazem parte do dia de Portugal( como não poderia deixar de ser), porque se são comunidades portuguesas são portugueses de Portugal, só que estão fora de Portugal, e pelas mais variadas, mas pela certa todas válidas razões (mesmo para aqueles que o Passos Coelho agora convida a emigrar), nem que seja a de Portugal não lhe ter permitido uma vida digna a que cá tinham direito. Assim sendo os portugueses que estão fora de Portugal são igualzinhos e com a mesma portugalidade que os portugueses que estão cá, são capazes é de ter mais saudades da sua terra, de resto, gostam de sardinhas e bacalhau como nós gostamos, adoram Fátima como nós adoramos, são do Benfica, do Porto ou do Sporting e do club da terra como nós somos, gostam de ouvir cantar o fado como nós gostamos, em suma, são portugueses com iguais direitos e deveres (culturalmente falando) como nós, os que estamos cá,  Parece-me que a inclusão das “Comunidades Portuguesas” junto ao Dia de Portugal e de Camões é bem intencionada e por uma causa nobre, mas simultaneamente, e pelas razões que atrás deixei, é discriminatória, pois pode parecer que há os portugueses de Portugal e os portugueses lá de fora, é assim como a língua portuguesa quando se fala de português de Portugal (língua) e português do Brasil, em que a língua é a mesma mas quem a fala tem nacionalidades diferentes e são diferentes de nós. Pois para rematar, cá por mim, o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, passava a ser apenas DIA DE PORTUGAL, e mais nada, senão um dia destes vamos ter de acrescentar ao Camões, também o Pessoa, o Saramago, o Torga e deixar espaço para outros que ainda possam aparecer com igual valor e, às Comunidades Portuguesas, ainda alguém se vai lembrar de acrescentar a Madeira, os Açores e o Algarve. Os de Lisboa são meninos para isso. Lá isso são

 

Então VIVA PORTUGAL!



 

10
Jun11

Dia de Portugal



Hoje deveria ter por aqui o habitual discurso sobre a cidade, mas o discursante de serviço falhou e, para remediar a falha, venho eu, mas não é para discursar sobre a cidade, pois afinal hoje é dia de Portugal e aproveito para dizer umas coisas que tenho atravessadas a respeito do dia e de Portugal.

 

Hoje é então dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, um dia que pela sua importância aparece nos calendários portugueses assinalado a vermelho mas que, na realidade do viver dos dias, mais parece um dia normal apenas pintado com um vermelho de um Domingo qualquer, e tenho pena, embora pensando aprofundadamente no assunto, a culpa é distribuída por todos nós e, seguindo um raciocínio matemático, então também faz parte da nossa cultura. Mas vamos por partes.

 

 

Vamos então começar pelo nome e apelidos do dia. Dia de PORTUGAL, de CAMÕES e das COMUNIDADES PORTUGUESAS e já que é assim, poderíamos acrescentar mais alguns apelidos e o dia ficaria mais completo, por exemplo se lhe chamássemos dia de Portugal de Camões, de Pessoa, da Amália, do Eusébio, do Mourinho, do Figo e do Ronaldo, de Fátima e dos Pastorinhos, dos santos populares com sardinha assada, do Bacalhau, do vinho em garrafão, de D. Sebastião,  da saudade e do fado, entre muitos outros apelidos. Mas não! - queremos abranger tudo e depois ficamos curtos na abrangência. Acontece um bocado como com os descobrimentos, o termos sido donos do mundo para depois passarmos a donos de metade do mundo, para por aí fora hoje nos reduzirmos hoje àquilo que somos, o que aliás sempre e apenas fomos – portugueses neste cantinho da Europa banhado pelo mar e com muita paisagem. Parece pouco, mas não é, e é isso, que os iluminados do poder das decisões não vêem e não compreendem, pois isto dos países, é como os homens – não se medem aos palmos.

 

 

Porquê é que o raio do Camões há-de fazer parte do dia de hoje? Mal por mal, até preferia o Bocage, pois na sua sátira e mal dizer foi um verdadeiro português, é ele, afinal,  que personaliza a anedota portuguesa que também faz parte da nossa cultura. E Camões? – Escreveu (?) os Lusíadas e apenas com um olho e um braço, salvou-os de serem engolidos pelo mar… (foi isto que me venderam) enfim, proeza era se cego, sem os dois braços e sem saber nadar, tivesse conseguido atingir a costa. Mas o caricato é que a acção principal da obra de Camões são os descobrimentos (como não poderia deixar de ser, o símbolo da nossa grandeza!) e a descoberta do caminho marítimo para a Índia. E embora a Índia já fosse conhecida, descobriu-se o caminho por mar e elogia-se o homem que escreve sobre a descoberta. E então o descobridor? O Vasco da Gama? Neste filme não será o Vasco da Gama o actor principal e bem mais importante que o Camões? – Pois é, tal como diz um provérbio bem português “mais vale cair na graça que ser engraçado”, e assim lá temos o Camões no dia de hoje.

 

 

Depois temos o dia das “Comunidades Portuguesas”. Não sei muito bem o que isto é, mas que é discriminatório, lá isso é, pois basta esmiuçarmos o conceito e vermos a sua integração no Dia de Portugal e da Comunidades Portuguesas, ou seja, parece existir uma comunidade portuguesa de Portugal (talvez a genuína) e depois outras comunidades portuguesas diferentes ou cópia da genuína. É bem certo que os estudiosos da matéria não chegam a um consenso sobre o conceito de comunidade, mas a esses temos que lhe dar o desconto, pois eles pensam tanto nos assuntos que na maior parte das vezes ficam baralhados das ideias, pois o vulgar cidadão sabe muito bem distinguir se o parceiro do lado pertence à sua comunidade ou não, esteja ele onde estiver. Assim, não é correcto falarmos em comunidades portuguesas, porque elas não existem. Existe isso sim, a comunidade portuguesa, esteja ela onde estiver, quer seja em Portugal, na França, na Suíça, na América, na China ou no Kiribati (fique lá este onde ficar). Somos todos portugueses de alma e coração e é tudo. Se a inclusão das comunidades portuguesas no dia de Portugal é pretender elogiar os nossos emigrantes, dever-se-ia pensar de outra forma, por exemplo em criar condições em Portugal para que os que partiram possam ser portugueses em Portugal e, pedir-lhes desculpas por terem sido e continuarem a ser obrigados a partir para longe da sua terra e dos seus. Isso, é que seria dignificar o dia de Portugal.

 

 

Em suma. Apenas Dia de Portugal, estava muito bem. Quando muito, apenas Dia da Comunidade Portuguesa   e esqueçam lá o Camões. Depois, havia que dignificar o dia, este o de hoje, que apenas significa um feriado, um dia de descanso, um dia de praia. Um dia de Portugal em que não se dá conta que Portugal e a cultura portuguesa é festejado. Não há fados, nem sardinha assada, nem bacalhau, nem bailarico na rua, nem foguete no ar, nem bandeira portuguesa à janela… talvez se fosse futebol… olha, até se poderia começar por aí e quem sabe, para este dia, termos a final de um encontro entre a Selecção Portuguesa de Futebol e o vencedor do torneio dos países de língua portuguesa – um Portugal/Brasil, por exemplo, onde no final do jogo, em todas as praças de Portugal fosse servida sardinha assada e vinho ao garrafão e foguetes no ar. Isso sim é que era… agora Camões!?

 

 

Uma palavra de apreço para a comunidade portuguesa que está no estrangeiro, que essa sim, aqui e ali, ainda vai festejando este dia e ainda vai dando sentido às cores da nossa bandeira, com esperança no verde e a força combativa, quente e viril do vermelho. Um bem haja para todos os que estão lá fora e vão desculpando estes trates de cá,  que, tal como dizia um general romano  «há, na parte mais ocidental da ibéria, um povo muito estranho: não se governa nem se deixa governar» - Foi esse o povo que sobreviveu a todas as invasões e hoje continua a povoar a parte mais ocidental da ibéria…

 

Até amanhã, e no que resta do dia de hoje, comam sardinhas, bebam um garrafão de vinho, cantem o fado e dêem vivas a PORTUGAL.

10
Jun10

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas


 

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Ainda bem que além de hoje se celebrar o dia de Portugal e de Camões também se celebra o dia das Comunidades Portuguesas, pois são elas que salvam o dia e o orgulho da nossa raça, são elas que verdadeiramente vivem e celebram este dia, são elas que neste dia vestem as cores nacionais e fazem a festa. Portugal é mais Portugal quando não se tem por inteiro e se vive à distância.

 

À boa maneira de muitos países que fazem do seu dia nacional um dia de festa, também a grande parte das nossas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo fazem festa neste dia. É a festa da raça, da língua portuguesa, da pátria, do ser português, é em suma, a festa que os liga à terra que, estejam onde estiverem, está sempre presente num cantinho do coração e por isso, nunca a esquecem e por isso, festejam o seu dia.

 

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Por cá, para além das comemorações oficiais da Presidência da República, um desfile militar para Presidente e convidados verem e as tradicionais condecorações, nada mais acontece para além de ser feriado nacional. Por cá não há, e que me lembre nunca houve tradição de festa neste dia, que é o nosso, da nossa raça. Em qualquer cidade, vila ou aldeia deste Portugal, é como se de um Domingo se tratasse, com a diferença de não haver missa…

 

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Dedico assim este post, inteirinho,  a todas as nossas Comunidades Portuguesas em festa e que vivem verdadeiramente com orgulho este dia da raça portuguesa, este dia de Portugal. Um bem haja para todos vós. Por cá, no país do fado, já que Portugal não é cumprido, resta-nos cumprir o que falta de um feriado, agarrados  à eterna saudade, que nem sequer sabemos de quê…

 

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Um abraço para os quatro cantos do mundo onde haja um português.

 

 


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