Divagações sobre coisa nenhuma
Hoje apetecia-me divagar um pouco sobre o que é viver em sociedade e esta nossa tendência, ou necessidade de sermos gregários, mas não tenho tempo para ir por aí, aliás até é coisa que nem quero, nem gosto de trazer à discussão com os outros. Prefiro antes tecer os meus pensamentos, em silêncio, onde verdadeiramente somos livres de lhe dar liberdade sem ter de a limitar por causa da liberdade dos outros, daí preferir ouvir que falar, mas sem ser obrigado a ouvir. Ouvir porque quero, porque me apetece sem ter de responder, concordar ou discordar. Ouvir apenas como quem observa ou observar ouvindo, mas não é fácil, porque isto de sermos gregários é complicado e, pela necessidade de palco que as representações requerem, às vezes somos obrigados a ser espectadores sem o querer.
Apetecia-me realmente divagar um pouco sobre essas coisas, mas não o vou fazer, não só pela falta de tempo e do não quer ir por aí, mas também porque as palavras têm outros significados para além dos significados que lhes queremos dar, e às vezes, leem em nós outra pessoa que na realidade não somos. É complicado, por isso, acho que vou dormir porque com os sonhos, também me entendo. Mas ainda antes de me retirar, vou-vos dizer o porquê das coisas, ou o porque destas palavras, mesmo correndo o risco de não me entenderem. Tudo porque vos queria deixar apenas a poesia da primeira imagem que publico junto com estas palavras, mas, senti a necessidade de ter de deixar uma segunda imagem…