CHAVES

Hoje vamos até à Madalena, até ao Km 0 da EN2, um lugar que já se tornou emblemático para as partidas do percurso da estrada nacional mais longa de Portugal, onde todos os que partem fazem questão de se fotografarem para mais tarde recordar, mostrar aos familiares e amigos e partilhar nas redes sociais. Partidas que nos primeiros metros, de um e outro lado da estrada têm por companhia  também dois locais emblemáticos da cidade, já centenários, dos quais, penso, que todos os flavienses se orgulham de ter, o Jardim Público e o palacete Sotto Mayor, já o mesmo não poderemos dizer do(s) outro(s) edifício(s) que confronta(m) com o Km 0, e que embora até seja um edifício interessante, se apresenta altamente degradado e abandonado, que em nada nos favorece nas fotografias em que o edifício calha em ficar de fundo na imagem, isto, para não falar de qualquer coisa que falta por ali como imagem de marca do Km 0, enquanto é tempo, pois a moda de percorrer a Nacional 2 pode não durar para sempre…

Um bom dia de feira para os que estão por cá!

Esta é a fachada do Km 0 (zero) da EN2, a estrada mais longa de Portugal que se inicia aqui e termina em Faro ao Km 738,5, já apelidada de a Route 66 portuguesa, e que está na moda percorrê-la no seu todo com partida deste ponto. Aliás basta passar por aqui de manhã para verificar que raro é o dia em que não há motociclistas e/ou outros a posar para a fotografia com o testemunho do marco do Km 0 antes da sua partida. Uma mais valia para nós, mas que pouco partido tiramos dela, parece-me, e, no entanto, também me parece termos todas as condições para que qualquer coisa de diferente se fizesse neste ponto de partida. Quanto à localização é excelente, bem enquadrada com o jardim público a um lado e o palacete Sotto Mayor do outro e de fundo toda a fachada do edifício que fica em fotografia. O lado negativo é que embora a companhia seja agradável, à exceção do Jardim de Público, tudo o resto está abandonado e em mau estado de conservação, e é esta a imagem que fica de fundo nas fotografias que por lá tiram nas partidas diárias, e temos pena!

Velho, abandonado, degradado, mas mesmo assim cheio de pormenores a mostrar a sua graça e beleza de um tipo de construção que hoje já não se faz e com uma preocupação estética que hoje também já não se usa. Resta-nos a esperança de que a onda de reconstrução que se vai verificando no Centro Histórico de Santa Maria Maior, atravesse a ponte romana e chegue a este centro histórico de Santa Maria Madalena. Ai “si yo fuera rico, dubi dubi dubi dubi dubi dubi dubi du…”