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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

13
Dez15

Pecados e picardias


pecados e picardias copy

 

Ex mo senhor Ministro da saúde

 

Cumprimento-o ainda expectante face às suas escolhas que espero privilegiem a hidratação com o reforço hídrico e de sais minerais do nosso Sistema Nacional de saúde, em desidratação severa, face aos rácios profissional de saúde utentes modulado por necessidades prementes em promoção da saúde e prevenção primordial da doença.

 

Embora lhe reconheça idoneidade tenho as minhas reservas face à sua prática restrita como profissional de saúde corroborada por uma ausência constatada de contacto com o utente nas 23h e 30m das 24h que do dia, o que o limitará na tomada de decisão per si sujeita a uma perceção e à sua consequente subjetiva mas sustentada falta de sustentabilidade…

 

Acredito que seria bem melhor coadjuvado na autonomia e capacidade de decisão se a sua categoria profissional fosse de Enfermeiro chefe especializado em cuidados globais e respetivo conhecimento presente da integralidade da Pessoa, com um nível de conhecimento apoiado num grau académico compatível com o que vossa excelência detém.

 

Ainda e necessariamente seria uma mais-valia a experiência dos enfermeiros de 24h junto do doente e a diversidade de conhecimentos implícita na disciplina de enfermagem que permite ter um visão completa das necessidades do utente/doente.

 

Não se pode ter tudo, e… O Sr. É No entanto agora a minha / Nossa esperança

 

Começo por lembrar as injustiças gritantes face à disparidade remuneratória dos profissionais

De saúde tendo em conta o mesmo nível de habilitação e a exigência por inerência de formação continua que é exigida concretamente aos Enfermeiros que têm que mobilizar conhecimentos multi /pluri e interdisciplinares atualizados, desde a Enfermagem passando pela administração de recursos humanos materiais financeiros e de consumos clínicos tendo subjacente sempre a relação custo beneficio e ou custo eficácia.

 

Relembro a restrição de cuidados prestados, cingindo-os aos básicos e elementares em função das dotações escassas e inseguras de profissionais nos serviços de saúde, não há profissionais a mais há é cuidados a menos.

 

Alerto para a legislação não cumprida face à promoção de medidas que conduzam:

 

À acessibilidade proclamada aos cuidados de saúde dado que quem tem insuficiência económica pode aguardar cerca de 26 meses para poder ter uma consulta de especialidade;

 

À centralidade do utente nos cuidados, que continua a ser preterida e o utente é quem espera sempre nas instituições de saúde…

 

À humanização entre todos os elementos da equipa de saúde sem endeusamentos não só mas também através do cálculo adequado de profissionais, formação em serviço e reflexão periódica das práticas como fator para humanizar os cuidados e rever os ganhos efetivos em saúde.

 

Às consultas de enfermagem que se fazem na prática clinica mas ainda não estão em vigor administrativamente na maioria das instituições, inibindo o conhecimento da sua existência consequente procura e o acesso a cuidados de enfermagem especializada no domínio das esferas científicas de enfermagem Médico-cirúrgica, reabilitação, saúde mental e psiquiatria, saúde infantil e pediatria, enfermagem em saúde materna e obstétrica e às respetivas subespecialidades e áreas de intervenção.

 

À ousadia e comportamento indevido de profissionais que continuam a exercer o dom da ubiquidade sem qualquer decoro em explorar a instituição publica onde exercem funções e os cidadãos que lhes pagam as remunerações de trabalho não realizado, com sacrifício através dos impostos…Que optem pelos seus consultórios e ou as suas clinicas.

 

Às equipas de trabalho que para seu equilíbrio deverão incluir profissionais de todos os escalões etários para haver renovação com partilha de heranças de conhecimento e prática baseada na evidência, talvez o saber mais seguro.

 

Ouvir as emoções da população, recetor dos cuidados, em plenários onde possam expor os seus problemas e necessidades além de emitir sugestões em primeira voz.

 

Fazer cumprir os direitos do doente criando condições que facilitem o seu cumprimento.

 

Avaliar os gestores em função do seu desempenho atendendo a indicadores de qualidade.

 

Ficamos por aqui, por agora e por enquanto…

Isabel Seixas

 

 

01
Nov15

Pecados e Picardias


pecados e picardias copy

 

Ó os pecados…os originais

 

Os fenómenos sociológicos sempre me fascinaram, fascina-me a forma como os conteúdos dos discursos antes da campanha eleitoral tapam as memórias da dor aos que sofrem por abandono e exclusão enganados pelas historinhas de contos de fadas que durante os períodos de estado de graça, têm o dom de se transformar em príncipes encantados sedutores sem decoro, mas que no depois casam mesmo com as vitimas, para o mal, e tornam-se os donos invadindo identidades ficando só a sua a descoberto…

 

Fascina-me o depois, o ao abrigo dos mandatos que afinal eram sobre as verdades prometidas e não sobre as mentiras prontas para operar repousando na névoa dos umbigos dos predadores.

 

Fascinam-me as maiorias simples por serem tão complexas como os paradoxos da transparência opaca.

 

Fascina-me a lata dos que com privilégios adquiridos colhem o que os outros plantam numa obesidade mórbida que obriga os pobres a uma miserabilidade de espera incessante de migalhas.

 

Fascinam-me os coitados que defendem ditadores bajulando a sua suposta autoridade no humilhar o próximo do qual fazem parte, pelo desprezo, e convencem-se que é inevitável…

 

Fascinam-me os que atiram areia para os olhos dos outros recebendo luvas para vender o que não lhes pertence arvorando uma falsa honestidade… Por exemplo os lugares a concurso em instituições públicas distribuídos pelos amigos dos amigos ao abrigo de formulas que atribuem 50% do peso da nota à entrevista, preterindo pós-graduações ,especializações e prática clinica sustentada à apresentação dramatizada em 15 minutos, por favor.

 

Fascina-me a tristeza que sinto por ver as pessoas que sofreram na pele as injustiças de não fazer parte das seitas, aceitarem, em desespero de causa eu sei, o que era seu, como dádiva…

 

Fascina-me a desfaçatez de quem prevarica em não cumprir a lei por que tanto se lutou, a favor da incompetência de quem não sabe, porque não lê , não estuda, mas diz ámen …

 

Bem fascina-me ainda mais ver os direitos dos doentes afixados em todas as paredes e ninguém os ler, muito menos reivindica-los, por medo da humilhação de alguns que se julgam poderosos…

 

Fascina-me o 1º dever profissional dos Srs. Enfermeiros.Fazer a advocacia do Doente, paralelamente respeitando a sua vontade, não causando dolo nem dor…Que orgulho tenho em ter o privilégio de Ser Enfermeira.

 

Isabel Seixas

Enfermeira

 

 

11
Ago13

Pecados e Picardias


 

O maior pecado

Quando nos deixamos todos ir embora…


 

Não há Enfermeiros a mais

Há é Cuidados a menos…


Com uma área de intervenção que abarca a identificação das necessidades em saúde manifestas pelos utentes, com capacidade técnica relacional e científica conjugadas para uma resposta eficaz nos domínios da promoção da saúde e prevenção da doença  aos três níveis primário secundário e terciário , respetivamente prevenir a doença, tratar o doente e prevenir sequelas da doença, os Enfermeiros são de entre os profissionais de saúde os mais habilitados  a intervir com funções autónomas e interdependentes na equipa multidisciplinar de saúde...


Tendo como pressuposto básico e subjacente à sua prática de cuidados, o cuidar a pessoa na sua globalidade num modelo biológico-psicológico-social (bio-psico-social) e a capacidade para agir colmatando as necessidades desde as mais básicas:


como manter a segurança física e psíquica do utente num paradigma de conceito de saúde como a aquisição e manutenção do mais elevado potencial de que cada um quer e é capaz,  em consonância realista com um sentimento de bem estar nas variáveis previstas no modelo supracitado,


respeitar os seus hábitos de nutrição/ alimentação,  comunicação, eliminação , manutenção da estabilidade individual dos sinais vitais, temperatura corporal tensão arterial, massa corporal na relação peso/estatura, redução ou alívio completo de dor, frequência cardíaca, frequência respiratória , monitorização do estado real do utente nos problemas reais e potenciais, redução da ansiedade face à doença e tantos outras atividades que exigem uma complexidade de conhecimentos a adquirir durante a formação.


A saúde de uma população mede-se pelo nível de cuidados de saúde prestados enfatizando a promoção da saúde e prevenção da doença  sustentadas na educação para  a saúde .

 

 

Face à quantidade de cuidados prestados em função das necessidades detetadas,


Os enfermeiros alertam constantemente os responsáveis pela determinação dos rácios enfermeiro doente que existe uma insuficiência tal que só permite  praticamente a prestação de cuidados curativos  como a preparação para exames  e administração de medicação  sem tempo para técnicas de escuta ativa  a escuta que sara, acompanhamento da família no esclarecimento do estado do doente, técnicas de relaxamento e bem estar, mobilização adequada em tempo e frequência nas situações de imobilidade, visitação domiciliária para verificar o cumprimento do regime terapêutico e fazer educação para a saúde in loco incluindo ensinos e informação solicitada assim como verificar a evolução da convalescença de encontro à recuperação da saúde física e mental …

 

Enfim…


Só para dizer que me dói a alma sempre que vejo um dos nossos profissionais a emigrar quando fazem tanta falta cá…


Mas…Valha-nos o 25 de Abril


Por favor não Nos deixemos ir embora, juro que é pecado


 

Isabel Seixas


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