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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

24
Abr19

Cidade de Chaves - Uma proposta cultural...


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Hoje deixo aqui um alerta para os mais distraídos que gostam de arte contemporânea e ainda não viram a exposição de Ema Berta e das 3 Gerações (Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro) que está patente ao público no MACNA - Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso. Pois se ainda não viu estas exposições só terá mais 4 dias para as poder ver, mais precisamente até às 19 horas do próximo domingo.

 

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Mas este alerta não é só para os distraídos que gostam de arte contemporânea, mas para todos em geral, e aqui, além das exposições temporárias como estas que estão de saída, acrescento a restante arte e restantes artistas que estão em permanência, refiro-me a Nadir Afonso e à sua exposição permanente neste espaço, mas também a Álvaro Siza Vieira e o próprio edifício do MACNA, também ele uma obra de arte contemporânea, porque a arte contemporânea não se limita apenas às artes plásticas.

 

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Escultor e Designer João Machado com a Pintora Ema Berta

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De facto esta nova tendência da arte nasce em meados do século passado onde, embora não rompendo de todo com a arte moderna até aí praticada, apresenta expressões e técnicas artísticas inovadoras, incentivando a reflexão subjetiva sobre a obra.

 

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Escultor Carlos Barreira com a Pintora Cristina Valadas

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Uma nova tendência que passou a manifestar-se além das artes plásticas, influenciando também outras artes como as do teatro, música, dança, fotografia, literatura, moda, instalações, etc, ou ainda, com recurso às novas tecnologias e o evoluir da ciência deu origem a vários movimentos como o minimalismo, arte conceitual, híper-realismo, body art, vídeo-art, happening, arte urbana, graffiti, arte póvera, internet art, etc. e outras formas onde os artistas encontrem uma forma de se expressar. A Arte contemporânea passou a valorizar mais o conceito, a atitude e a ideia da obra do que necessariamente o objeto final. A intenção é refletir de modo subjetivo sobre a peça artística, não apenas contempla-la pela sua natureza estética.

 

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Escultura de Carlos Barreira (Fotografia de Filipe Barreira)

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Mas embora a arte contemporânea tivesse encontrado outros espaços para os artistas expressarem e divulgarem a sua arte, tal como espaços ao ar livre, a rua, ou mais alargados e globalizados tal como os espaços que a internet disponibiliza, os museus continuam, cada vez mais, a acolher também todas estas formas de arte e outras que pelas suas características, só aí poderão ser expostas, transformando os museus também num espaço de reflexão que também poderá ser de provocação, exacerbando os sentidos de quem os visita, muito para além da simples apreciação estética da obra de arte.

 

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Pintor João Ribeiro com a Pintora Ema Berta

 

É assim a arte contemporânea, e mesmo que ainda haja por aí algumas mentes conservadoras que lhe queiram resistir em que a arte se limita apenas ao óleo sobre tela, agora a arte é outra, democratizou-se em todos as suas expressões e sentidos.

 

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Oratório e Oklahoma (5 painéis) de João Ribeiro

 

Tudo isto por causa das exposições de Ema Berta e 3 Gerações (Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro) que estão de saída do MACNA, onde, a título de curiosidade está um arista flaviense, o Escultor Carlos Barreira com as suas esculturas com movimentos e sons, onde não falta uma representação da Pedra da Bolideira.

 

 

 

06
Mar19

Coisas do meu baú e coisas do diabo!


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Nas coisas do meu baú, no cantinho das coisas mais recentes, já deste século, encontrei 4 imagens com coisas que já não existem ou foram consideravelmente alteradas, umas para melhor, outras para pior, outras nem uma coisa nem outra… Por exemplo na primeira imagem que vos deixo, o antigo Hotel de Chaves entrou em obras, que ainda decorrem, recuperou o reboco, ganhou cor, é uma das coisas que foi alterada para melhor, pelo menos deixou de estar fechado e espera-se que abra em breve, com as mesmas funções mas muito mais modernas. Já a casinha que estava adossada à muralha desapareceu por completo, foi-se com as obras de recuperação do baluarte após ter desabado naquele chuvoso e fatídico inverno de 2000/2001, felizmente em Chaves não houve vítimas, mas ficam na memória as 59 pessoas que morreram nesse ano na queda da ponte de Entre os Rios. Ainda na imagem, em frente à casinha, do lado esquerdo a confrontar com as escadinhas das manas um edifício que também já não existe, ou melhor, ainda lá está, ou estão os seus restos mortais caídos por terra, esta, é aquela que nem é uma coisa nem outra, pois se antigamente estava mal, agora continua…

 

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Nesta segunda imagem, a tal casinha da primeira imagem, mas em pormenor, vista de frente. Teve como últimas funções, no rés-do-chão penso que uma ótica e no primeiro andar o escritório de um advogado, ou melhor, a sua última função foi mesmo receber aquela placa de aviso “O CORREEIRO E O SAPTEIRO ESTASMOS A 60 METROS”. Eram vizinhos numa das construções que estava adossada ao baluarte e vizinhos continuaram nas novas instalações da Rua do Poço. Infelizmente o correeiro já faleceu, mas o Quim sapateiro ainda lá está.

 

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Pra pior, bem pior, ficou o espaço desta terceira imagem. A meu ver, pela inerência que lhe é conferida pela Ponte Romana, este é um dos espaços mais nobres da cidade, contudo tem sido também o menos cuidado. Incompreensivelmente ficou de fora do espaço POLIS, ao que sei, para ser objeto de um estudo de pormenor, talvez com boas intenções, mas lá diz o povo, e o povo tem sempre razão,  “De boas intenções está o inferno cheio”. A coisa, para remediar, até nem estava má, o espaço estava limpo,  relvado, ia sendo tratado e até tinha recebido uma escultura de autoria do escultor Carlos Dutra que, resultou do Encontro de Arte Jovem – Simpósio do Granito 1993. Curiosamente a escultura tinha o título de “ Involução, conteúdo e emissor”. Coisas do diabo (o do inferno das boas intenções),  a coisa involuiu mesmo, a escultura desapareceu (pelo menos poderia ter sido colocada noutro local, mas simplesmente desapareceu) e o relvado deu lugar a um terreiro para receber popós, que entretanto deixou de os receber e o espaço deixou de ser tratado. Coisas do diabo! Ficámos sem escultura, sem relvado e o raio do estudo de pormenor nunca foi parido… esperemos          que a mãe dos estudos de pormenor engravide outra vez e dê à luz um estudo digno, mas para obrar, ou melhor, para levar a efeito a sua construção, que “obrar” já muito “obraram” naquele espaço. Coisas do diabo, de abortos e de merdosos que nem sequer têm a sensibilidade de gostar da arte dos artistas…pelo menos podiam fingir que gostavam, e deixavam por lá a escultura que a meu ver e no meu gosto, até era bem interessante.

 

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E ficamos por aqui, por hoje, pois continuaremos a basculhar no nosso baú à procura de coisas interessantes, diferentes ou que já não existem.

Até amanhã!

 

03
Abr18

Exposição de João Machado – Últimos dias em Chaves


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Se ainda não viu a exposição do escultor e designer João Machado, aproveite os próximos dias, pois dia 8 de abril será o último dia em que ela estará patente ao público em Chaves,  no MACNA – Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso.

 

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“O designer português, já distinguido pela publicação Graphis ao longo dos últimos 20 anos, voltou a ter o seu nome referido e galardoado com as distinções Poster Gold Award e Poster Merit Award. Além desses títulos, João Machado teve ainda o privilégio de ver o seu nome a figurar entre os Graphis Design Masters[i], ao lado de cinco outros designers internacionais.”

 

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“João Machado, natural de Coimbra, nasceu em 1942 e formou-se em Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, escola na qual também deu aulas. No seu trabalho constam vários cartazes, livros, selos e obras publicadas. O designer já recebeu também inúmeros prémios entre os quais o do Melhor Selo do Mundo. A Graphis também já tinha condecorado João com o Platinum Award, na categoria Poster Annual 2014.”

Sara Sampaio in p3.publico.pt

 

Sobre João Machado:

http://www.joaomachado.com/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Machado

http://macna.chaves.pt/frontoffice/pages/562

 

 

 

 

[i]Graphis – The International Journal of Visual Communication, é considerada como sendo o “oscar” da excelência no design e artes gráficas. Esta publicação, criada por Walter Amstutz e Walter Herdeg em Zurique, Suíça, reúne e compila anualmente os trabalhos mais relevantes produzidos pela indústria da comunicação visual desde 1944.

 

 

 

29
Out17

MACNA - EXPOSIÇÃO DE JOÃO MACHADO


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Depois da Exposição “Corpo, Abstração e Linguagem na Arte Portuguesa”, com um conjunto de obras provenientes da Secretaria de Estado da Cultura (SEC) em depósito no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, onde estavam representados mais de duas dezenas de artistas portugueses, ter estado patente ao público no MACNA desde abril até 15 de outubro passado, é a vez de o Museu flaviense da arte contemporânea receber mais um grande artista português, o Escultor e Designer João Machado.

 

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Nascido em Coimbra, João Machado  é formado em Escultura pela Escola Superior de Belas‑Artes do Porto, mas é no Design Gráfico que se revê e posteriormente é reconhecido e se internacionaliza.

 

Foi docente na ESBAP (1976-1981), tendo decidido dedicar-se em  exclusivo ao design gráfico e abrir atelier próprio em 1981.

 

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João Machado participa desde 1983 em inúmeras exposições coletivas e individuais que lhe trouxeram vários prémios nacionais e internacionais, destacando-se o Prémio de Excelência Icograda em 1999 bem como a sua nomeação de Graphis Design Master.

 

Autor de uma obra vastíssima, a sua paixão pelo cartaz é notória, sua peça de eleição. Revela-se e igualmente no design editorial, nas áreas da ilustração e da filatelia, sempre marcados por uma identidade que tem vindo a ser persistentemente construída.

 

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Exposições Individuais


1982 - Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto/Portugal - Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisbon/Portugal
1985 - Richmond Art Gallery, Montreal, Canadá
1986 - Art Poster Gallery, Lambsheim/Alemanha - Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto/Portugal
1987 - Annecy/Bonlieu - Centre d’Action Culturelle, Annecy/França
1989 - Lincoln Center, Colorado/EUA
1991 - Dias da Cultura Portuguesa, Frankfurt/Alemanha
1996 - Galeria Casa del Poeta, Cidade do México/México
1997 - DDD Gallery, Osaka/Japão - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro/Brasil - Memorial da Cidade, Curitiba/Brasil - Museu Brasileiro da Escultura, S. Paulo/Brasil

 

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1998 - Casa Garden, Macau/China
2001 - ESADE, Escuela Superior de Administración e Dirección de Empresas, Barcelona/Espanha - Casa da Cerca, Almada/Portugal - Pécsi Galéria, Pécs/Hungria
2002 - Dansk Plakatmuseum, Aarhus/Dinamarca
2006 - Ginza Graphic Gallery, 20th Anniversary GGG / DDD Project, Japão
2007 - International Triennial of Stage Poster, Bulgária.
2012 - Espaço Quadra, Matosinhos/Portugal
2014 - Galeria Artis, Cidade do México/México

2017 – MACNA – Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso

 

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Prémios


1983 - 1.º Prémio Nacional Gulbenkian para a melhor Ilustração de Livros para a Infância, Lisboa, Portugal - 1.º Prémio Grafiporto (Ilustração)
1985 - 1.º Prémio Nacional de Design, Lisboa, Portugal
1989 - Prémio Especial da “Die Erste Internationale Litfass Kunst Biennale”, Munique, Alemanha Medalha de Bronze da Bienal do Livro de Leipzig, Alemanha
1997 - 1.º Prémio Mikulás Galanda, Bienal do livro de Martin, Bratislava, Eslováquia - 1º Prémio “First International Fair Poster Competition”, Plovdid, Bulgária
1998 - 1.º Prémio para Logo Film Commission, Association of film Commissioners International, Denver, EUA

 

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1999 - 1º Prémio Best of Show, European Design Annual, Grã-Bretanha Prémio Zgraf 8 Icograda Excellence, Zagreb, Croácia
2004 - 2.º Prémio, “4th International Triennial of Stage Poster”, Sofia, Bulgária
2005 - 1.º Prémio Internacional de Arte Filatélica de Asiago (Itália) 2005, categoria – “Turismo” – Asiago, Itália
2007 - 1.º Prémio Internacional de Arte Filatélica de Asiago (Itália) 2007, categoria – “Protecção do Ambiente” – Asiago, Itália
2008 - Menção honrosa EKOPLAGÁT’08 para a colecção de cartazes Ano Internacional Planeta Terra 2007 e Dia Nacional da Água 2007, Zilina, Eslováquia

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2010 - 1.º Prémio Internacional de Arte Filatélica de Asiago (Itália) 2010, para “Prémio, Especial Turismo”, edição “Os Selos e os Sentidos” – Asiago, Itália
2012 - Prémio Seiva 2012, categoria Artes, Porto, Portugal
2013 - 12ª Bienal Internacional do Cartaz, México. Prémio Especial para o cartaz Pasta Medicinal Couto.
2014 - 1.º Prémio Internacional de Arte Filatélica de Asiago (Itália) 2007, categoria – “Turismo” – Asiago, Itália

 

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Esta exposição de João Machado que se inaugurou ontem no MACNA, denominada “Arte da Cor”,  conta com algumas esculturas do artista, bem como com mais de uma centena de cartazes representativos da sua arte como designer gráfico, entre os quais alguns dos quais têm feito a imagem gráfica do Cinanima, dos quais é autor desde o ano de 1977 até a presente ano.

 

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Ainda em exposição, está o próprio cartaz da exposição e um cartaz dedicado ao nosso MACNA – Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, ambos à venda no MACNA.  Para além das esculturas e cartazes, estão também em exposição diversos desenhos do autor, dos anos 70 e 80 do século passado, originalmente executados a tinta da china.

 

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Esta exposição,  a não perder, é comissariada por um flaviense, António Augusto Joel, e irá estar patente ao público até 8 de abril de 2018.

 

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Em http://www.joaomachado.com/ há mais informações sobre o artista João Machado, sítio onde também fomos recolher alguma informação para este post.

 

 

 

 

07
Mar16

De regresso à cidade com Pintura, Escultura e Jazz


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Hoje fazemos o regresso à cidade com “As cores do Jazz” de Iría Blanco Barca e Xosé Rivada, dois galegos, a Iría pintora natural de Vigo e o Xosé de Verin, numa exposição que inaugurou este sábado passado no Salão Multiusos do Centro Cultural de Chaves. Pinturas e esculturas que fazem uma viagem pela música e ambiente do Jazz.

 

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Iría Blanco Barca

 

Jazz congelado em esculturas e telas que também estas últimas (em duas telas) assumem as três dimensões, quer fisicamente quer na observação, com a ilusão da criação de um ambiente tridimensional que o nosso movimento corporal provoca à sua passagem.

 

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 Xosé Rivada

Uma exposição que deve aproveitar para ver, a não perder, e que vai estar patente ao público durante todo o mês de março.

 

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Mais sobre Iría Blanco Barca: http://www.iriablancobarca.es/

Mais sobre Xosé Rivada: https://www.facebook.com/xose.gomezrivada?fref=ts

 

 

 

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