Aldeias, Estadulhos e PT Comunicações SA
Hoje como é sábado vamos até mais uma das nossas aldeias, uma aldeia barrosã – Seara Velha, e escusam de vir por aí com o discurso de que Seara Velha não pertence ao Barroso, porque para mim no que diz respeito a terra e território, aquilo que politica e administrativamente está definido, pouco ou nada me interessa, vou mais pelas fronteiras ou limites naturais, pelos cheiros, pelos ares, pela luz. Para mim, e não só, pois os mais velhos, daqueles que não estudaram nos livros mas que detêm toda a sabedoria da vida, também o sabem, aliás diga-se a verdade – aprendi com eles que o Barroso termina na margem direita do Rio Tâmega, e prontos, por aqui não se fala mais no assunto, mas antes, ainda vos digo que tenho toda a honra em ser um barrosão de Chaves, doa a quem doer ou interesse a quem interessar.
Às vezes a escrita foge-nos do caminho que inicialmente lhe tínhamos traçado, pois a minha intenção de hoje era falar de estadulhos e da sua utilidade. Pese a espécie estar em vias de extinção, ainda se vão vendo pelas nossas aldeias que mantêm a sua genuinidade e integridade mesmo sem fecharem a porta às modernidades à qual aderem com peso e pedida. Pois voltemos ao estadulho, que além da sua utilidade no condicionamento da carga nos veículos onde estão montados, como acessório amovível, tem outras utilidades extras, basta ter um à mão para saber o jeito que dão. Lembrei-me dos estadulhos por causa do meu romance com a PT Comunicações, S.A. e pelo 13º+3 dias sem telefone e internet, pois ao que parece, umas boas estadulhadas iriam dar um jeito do caraças na reposição dos serviços de que estou privado. Pena que em Chaves já não haja estadulhos e depois essa cambada que nos trata por números nem o trabalho merecem de subir a uma aldeia em busca de um, e depois, pela certa que nem costas têm para poderem alombar com um., e por hoje tenho dito, apenas me resta esperar pelos Pecados e Picardias da Isabel.