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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

02
Mai16

Outra Realidade - Exposição de Ana Iglesias


ana-iglesias-web

 

A partir de hoje e durante todo o mês de maio, na  Adega do Faustino, estará patente ao público a exposição de fotografia “Outra Realidade” da fotógrafa galega Ana Iglesias.

 

“Se souberes esperar, a gente esquecerá a tua câmara,

e então, a sua alma sairá à luz.”

Steve McCurry

 

“Quando saio à rua com a câmara fotográfica, apenas procuro captar a realidade urbana que está cheia de luz e vida. Congelo momentos que transmitam uma emoção, um sentimento, uma situação especial que acontece num segundo e que às vezes apenas eu vejo. Com essa realidade trato de criar o meu próprio mundo, sem alterá-lo mas transformando-o em algo para mim belo. A beleza pode ser vista em todas as coisas, ver e compor essa beleza é aquilo que procuro nas minhas fotografias.”  - Estas palavras  são de Ana Iglesias e testemunham bem a arte que está patente nas suas fotografias, porque Ana Iglesias não se contenta com apenas congelar momentos, emoções e sentimentos, antes, serve-se desses registos para criar e compor ou  acrescentar-lhes  arte, em composições aos que acrescenta o seu cunho pessoal. É aí que começa a arte na fotografia e a distingue de uma qualquer banal fotografia, de um qualquer registo.

 

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Ana Iglesias é Membro da antiga  Agrupación fotográfica Ourensana e da  Comunidade Fotográfica  Fotocomunity.

 

Quanto a exposições, Ana Iglesias apresenta os seus trabalhos ao público desde 2010:

 

2010

Ateneo de Ourense.

 

2011

- Exposição coletiva - homenagem a Benito Losada.

- Concello de Carballiño.  “A través dos meus ollos” . Outono Fotográfico.

- Casa da Xuventude de Ourense.  Outono fotográfico.

- Exposição Coletiva  - Violetas em “ Noite de Ronda”

.

2012.

- Exposição Coletiva -  Violetas en la exposición “Muller,erotismo e sensualidade”

- Galería Mitte de Barcelona.

 

 2013.

- Exposição coletiva -  Violetas en el Outono fotográfico.

 

2014.

- Centro cultural Marcos Valcárcel  -  “Outra Realidade”   .

- Centro sociocultural O ensanche. Santiago de Compostela. Outono fotográfico.

- Concello de Carballiño. Outono fotográfico.

 

2015

- Policlínico Cosaga. “Outra realidade”.

 

1600-ana iglesias (16)

 

Prémios:

  • Mención especial Raigame 2013, en categoría de serie.
  • 2º Premio fotografia Raigame 2014.

 

 

1600-ana iglesias (12)

 

Publicações:

  • Revista fotográfica Tetrablock. 2012.
  • Revista fotográfica Los expulsados del Paraíso. 2013.

 

É também com Ana Iglesias que o Blog Chaves se inicia com a organização de exposições de fotografia, tendo como Media Partner  a Sinal TV e contando com o apoio da Adega do Faustino e da Associação de Fotografia e Gravura Lumbudus, aos quais o  Blog Chaves agradece desde já a colaboração dos seus parceiros, à  Adega do Faustino por ter as portas abertas à arte da fotografia e à cultura, à Lumbudus por além de organizar as suas próprias exposições apoiar outras exposições de fotografia e à Sinal TV por se disponibilizar a divulgar este tipo de eventos.

 

 

Da parte do Blog Chaves tentará trazer a Chaves o que de melhor conhece em fotografia e que seja desconhecido ou pouco divulgado por estas bandas. Pensamos que este início com Ana Iglesias é um bom início, mas cabe a que por lá for ver a sua arte dizer se assim é ou não.  

 

02
Abr15

Fotografia de Ana Maria Borges em exposição no Faustino


cartaz.jpg

A Lumbudus leva a efeito mais uma exposição de Fotografia na Galeria da Adega do Faustino, em Chaves.

A exposição inaugura hoje, dia 2 de abril, às 18 horas, intitula-se "A Magia do Olhar" e é de autoria de Ana Maria Borges.

convite.jpg

Para os que não tiverem oportunidade de ir à inauguração, terão todo o mês de abril para visitar a exposição, excepto aos domingos em que a Adega do Faustino encerra para descanso do pessoal.

 

 

 

03
Out14

Humberto Ferreira, com 20 Sombras, na Adega Faustino


Hoje às 18 horas inaugura mais uma exposição promovida pela Associação de Fotografia Lumbudus. “20 Sombras” de Humberto Ferreira, fotógrafo Lumbudus e também ele blogger flaviense, com o blog http://outeiroseco-aqi.blogs.sapo.pt/ . Uma exposição diferente onde só as sombras, as silhuetas, o contraluz tem lugar, respondendo assim a um repto lançado pela Lumbudus de uma exposição em que a fotografia fosse além do simples registo de uma imagem, tal-qual os nossos olhos as veem. Uma exposição que abordasse a arte fotográfica.

Houve tempos em que se lançava a discussão de se a fotografia poderia ou não ser considerada como uma arte. Hoje em dia, com essa discussão ultrapassada e a fotografia já confirmada como uma arte, com a sua vulgarização de todos transportarem consigo uma câmara fotográfica e fazerem fotografia a todos os momentos, com a possibilidade de publicação imediata nas redes sociais da internet, a fotografia entrou numa nova era e o artista fotógrafo já não é aquele que tem uma boa câmara fotográfica toda xpto e aquele que domina a técnica da fotografia, aliás esses ingredientes nunca foram condições suficientes para se fazer arte com a fotografia, embora possam ajudar. Hoje são mais as tendências e os tratamentos fotográficos que fazem a moda e a arte fotográfica, pelo menos a arte mais popular nas camadas mais jovens que na maioria das vezes recorrem apenas às câmaras fotográficas dos telemóveis. Depois vem a fotografia feita com arte, em que na sua essência está na composição e, principalmente, na qualidade do olhar, com tratamento ou não, com bom equipamento ou não - é tipo de fotografia que faz a praia dos fotógrafos amadores, daqueles que amam e se apaixonam pela arte de fotografar, que fazem fotografias que dizem coisas, que são sensíveis aos momentos.

Há ainda os velhos fotógrafos que vêm do tempo da fotografia analógica, os mestres da fotografia, mas aqui a discussão já é mais complexa, pois há os resistentes, os puristas e aqueles que aderiram e se renderam às novas tecnologias de captação e tratamento de imagem, sem a olhar com desdém, e os que eram bons fotógrafos continuam a ser bons fotógrafos, ou melhores ainda. Por último, há o comércio e os lobby da fotografia, mas esses, prefiro deixá-los de fora da minha apreciação.

É, é assim. Uma exposição fotográfica do Humberto Ferreira tem de nos levar obrigatoriamente à discussão da fotografia e a tudo que diz respeito à fotografia, não fosse ele um amante maior desta arte, de tudo que diz respeito à fotografia, desde a sua origem/história até aos nossos dias, e a testemunhá-lo está a sua impressionante coleção de tudo que diz respeito à arte fotográfica.

 

12
Jul10

Crónicas Segundárias - Bebedeiras e Rentes ao Faustino


 

.

 


Os domingos são os dias em que escrevo estas crónicas secundárias. O domingo, em princípio, seria um bom dia para escrever crónicas porque é um dia sossegado em que não há muito para fazer. Só que a minha costela copofónica fode-me a disposição para a escrita, porque antes de um domingo há sempre uma noitada de sábado à espera da minha alma de bebedolas. Na verdade, nem bebo muito, mas com a coisa do trabalho, o sábado é aquele dia que dá jeito para beber, e para beber aquilo que não se pode nos dias anteriores mais o que apetece beber a um sábado. Não é? No jantar de sábado, botei abaixo uma garrafinha de um bom shiraz australiano (era para ser só meia, mas...), depois fui-me com amigos a beber mais cerveja australiana, mais umas bejecas holandesas, e no domingo de manhã (a fugir para a tarde...) acordei a pensar: olaralalá, hoje é que vou estar com disposição para escrever crónicas, ui ui ui! À tarde fui beber chá com amigos, depois fui ver a grande final do campeonato do mundo da bola, e ainda depois fui celebrar com amigos espanhóis, com quem acabei a cenar. Llegué a casa à uma da matina. Como já não tinha nem tempo nem disposição para pensar numa crónica, estou a fazer aquilo que é mais fácil: escrever a direito, escrever sobre a vida, neste caso, a vidinha copofónica.

 

Mas a copofonia fez-me lembrar (deve ser coisa das amstel holandesas que bebi) que há uns tempos tinha pedido autorização ao J. Rentes de Carvalho para publicar textos seus, aqui, no blogue de Chaves, e em especial um sobre a Adega Faustino. Que maravilha, já não tenho que me preocupar com a crónica, pensei! Faço uma introdução a brincar com as minhas bebedices, a seguir meto o texto do Rentes, e já está, já posso ir para a caminha curar-me. E até fico bem visto porque os leitores vão pensar que o que estou a fazer é divulgar a boa literatura portuguesa. Também, mas não só. Porque o que quero é cama, nem me apetece pensar em livros!

Tirando estas brincadeiras todas, porque o Rentes de Carvalho merece ser muito bem tratado, o que se passa é que eu sou, desde há uns anos, grande fã da literatura dele, e por isso que lhe pedi para publicar alguns textos dele aqui.

 

O Rentes de Carvalho é um escritor curioso, é muito conhecido na Holanda, onde já vendeu mais de meio milhão de livros, mas é quase desconhecido em Portugal. Lá está, é incrível como as nossas pobres terrinhas são especialistas em ignorar as poucas pessoas de qualidade, especialmente se estas vão viver para fora. Quem perde somos nós.
O meu livro favorito dele é o Ernestina, que se encontra por aí à venda numa nova edição da Quetzal. É um livro fabuloso, é passado em Trás-os-Montes, e vale a pena ser lido, especialmente se se é transmontano. Se alguém quiser seguir o seu blogue, o Tempo Contado, ou ouvir uma entrevista sua na TSF, aí estão os links.

 

O texto do Rentes de Carvalho sobre a conhecida adega flaviense, li-o no blogue do Francisco José Viegas, outra pessoa que tem uma costela flaviense. Está ilustrado com fotografias do Fernando, do Dinis, e do Eduardo Pinto.

 

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Talvez na próxima crónica eu me encontre menos ressacado e escreva uma crónica melhor sobre outra coisa qualquer. Gostei bastante dos comentários dos leitores à última. Tenho aprendido bastante com os comentadores. Não se acanhem, comentem, eu gosto muito. E se o desejarem, também podem sugerir temas que gostassem de ver aqui falados. Que é que achais, já chega de presunto, mudo o disco?

 

Até à próxima, fiquem com o texto do Rentes de Carvalho:

 

«… Se entro num café, também nunca falha que um dos bêbedos presentes me tome por alvo do seu interesse. Ora se é grande a minha piedade para com os doentes do espírito, e vasta a paciência que tenho com bêbedos, há entre estes últimos um tipo que facilmente me irrita: aquele que insiste em me contar a sua vida e os seus problemas. E que quando recuso ouvi-lo se torna inconveniente. Para depois, agressivo, desatar aos berros, às patadas no chão, e finalmente ameaçador, arregaçar as mangas pronto para o soco.

 

Devo dizer que só por inadvertência deixarei as coisas chegar a esse ponto. Em regra, quando ele vai a meio da sua biografia, arranjo modo de discretamente me safar. Acontece, porém, que alguns passam com tal rapidez de uma fase para a outra que, quando me dou conta, já eles seguram a garrafa pelo gargalo e exigem que lhes preste atenção ou me racham a meio.
Por isso a minha frequência dos cafés se tornou esporádica e foi sem entusiasmo que, tempos atrás, em Chaves, acompanhei um amigo a uma taberna. Para me convencer tinha ele usado um argumento de peso: tratava-se de “Faustino & Filhos”, a maior taberna de Portugal.
De facto logo de entrada me surpreenderam as dimensões e a particularidade do recinto ser redondo. O tecto é sustentado por enormes vigas de ferro forjado que vão das paredes para o centro, onde pousam numa gigantesca roda do mesmo material. Tudo na construção aponta para os fins do século dezanove, época áurea do consumo do vinho, e da taberna como centro da vida social.

 

Nessa tarde bebiam ali umas cem pessoas, mas sem aperto se acomodariam duas mil ou mais. Atrás do balcão estão cinco tonéis, cada um para cinco mil litros de vinho. Na adega, escondida atrás de uma porta, guardam-se as reservas: dois tonéis de quinze mil litros cada, e outro, verdadeiro monumento, que leva dezassete mil e quinhentos litros. Todos três tão colossais que, para os lavar por dentro, o pessoal precisa de escadotes.

 

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Surpreenderam-me as dimensões de tudo, como me surpreendeu também a paz que ali reinava. Numa prateleira onde se esperaria a televisão, estava um velho rádio, empoeirado e silencioso. Os grupos conversavam em murmúrios, bebiam calmamente o seu vinho, iam ao balcão buscar mais.

 

Ouviam-se alguns risos, mas ninguém gargalhava. Faustino Júnior, bisneto do fundador, explicou-me que era sempre assim: umas vezes mais gente, outras vezes menos, nos domingos e dias de festa casa cheia, mas por tradição bebia-se ali em harmonia e sem barulho.
Nos quase cem anos de existência não havia notícia de jamais lá se ter dado uma zaragata. E quando alguém se embebedava, levavam-no discretamente para a rua antes que fizesse distúrbios.

 

Esse ambiente de desacostumada serenidade e as dimensões monumentais do interior e dos tonéis, tinham resultado numa curiosa alcunha.

 

– Sabe como chamam cá ao nosso estabelecimento? – perguntou o proprietário. Eu ignorava.

 

– É a igreja do Faustino.»

 

 


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