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Em Janeiro deste ano deixava aqui o anúncio de um evento para todos os flavienses nascidos em 1960. Hoje, porque a data do evento se aproxima, repito o anúncio, tal e qual como foi feito em Janeiro:
Há números e datas que têm um significado especial. No decorrer deste ano de 2010, todos os nascidos em 1960 fazem 50 anos, meio século, uma data que é costume festejar com alguma pompa e circunstância e, também, uma óptima oportunidade ou pretexto para toda(o)s a(o)s flavienses da colheita de 1960 se reunirem à mesa e festejarem esta data comum, revendo velhos amigos de brincadeira, de escola, de trabalho, mas também o regresso (por um dia que seja) à terra que nos viu nascer.
Estão assim convocados todos os flavienses nascidos em 1960 para um jantar convívio a realizar em Chaves no dia 30 de Outubro.
E quem são os flavienses de 1960!? – Claro que são todos aqueles que nasceram em Chaves (cidade e concelho) no ano de 1960. Mas não somos mesquinhos ou puristas ao ponto de excluir muitos outros flavienses que embora não tenham Chaves como terra de nascimento, viveram ou vivem em Chaves, partilharam as nossas brincadeiras de putos e jovens, dividiram connosco a carteira da escola, em suma, os flavienses de alma, muitas vezes mais puros que os flavienses de gema. Assim, também esses flavienses nascidos nos concelhos de Boticas, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Montalegre, etc, que por uma ou outra razão debitaram os seus passos por esta cidade, aqui estudaram ou trabalharam, estão convocados como flavienses de 1960 para o jantar de 30 de Outubro.
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Estas, eram as nossas Freiras
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Uma festa em grande com a grandiosidade da colheita de 1960.
Está na hora de passar a palavra e começarem a fazer as inscrições, existindo para o efeito um mail, onde além de qualquer esclarecimento, poderão desde já fazer a vossa inscrição. Aqui fica o mail:
Flaviensesde1960@sapo.pt
Para inscrição, deverão indicar:
Nome
Dia e mês de nascimento
Telemóvel ou telefone de contacto
Endereço de correio electrónico (mail)
Os Flavienses de 1960 também têm rosto no Facebook, em flavienses de Sessenta
Nota: As inscrições estão abertas só até dia 15 de Outubro.
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Vamos então ao post de hoje, feijoada das quartas-feiras, como convém.
- Gostaram da festa dos 100 anos da República?
Eu adorei, nunca vi tanta festa por este nosso Portugal fora. Foguetes no ar, bandas no coreto, bailaricos, enfim, uma festa em grande e então bandeiras de Portugal? – Eram milhões, cada português trazia uma na mão. Grande festa, sim senhor! Viva a República!
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Talvez, não haja motivos para festa, e não há mesmo e, a culpa, é precisamente dos republicanos que nos vão desgovernando, com os portugueses a começam a ficar fartos de estar a dar sempre para o mesmo peditório, obrigatório por sinal e, mais fartos ainda, quando vêem os Republicanos que nos governam a desperdiçar o nosso dinheiro e a apresentar soluções sem futuro e sem sustentabilidade para que Portugal possa sair do tal pântano no qual, parece, estar enterrado já e só com o nariz e os olhos de fora.
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Talvez em vez de obrigar todos os portugueses a pagar as desgraças das suas incompetências, deveriam começar por uma reforma séria, começando por prescindir da teimosia dos luxos, como a construção de TGV’s, auto-estradas em duplicado ou em paralelo que distam umas das outras apenas uma ou duas dezenas de quilómetros, reduzir os deputados da Assembleia da República à primeira fila da bancada. Já sei que aqui me vêm com a história de que o número actual de deputados é necessário para permitir o assento aos partidos mais pequenos, além dos dois grandes (PS e PSD), mas seria bem melhor reduzir a Assembleia da República à primeira fila e davam aos partidos pequenos tempo de antena diário na televisão pública em horário nobre, para poderem mandar as suas bocas e fazerem o espectáculo, pois na assembleia da república pouco mais conseguem. Poderiam ter também tomates para fazer uma reforma administrativa séria de Portugal, acabando com muitos concelhos, os mais pequenos que nem população tem para encher uma bancada de um campo de futebol (disse uma bancada, e das pequenas) e também acabar com a maioria das freguesias que nem
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população tem para encher uma igreja. Acabar com a maioria das regalias dos políticos, despesas de representação, hotéis de luxo, carros topo de gama, jantaradas, condutores – que conduzam eles, que nós também conduzimos para ir trabalhar e para as nossas deslocações. Acabar com as reformas anuais no ensino e na saúde e de uma vez por todas, fazer reformas sérias com técnicos competentes e não com políticos. Eu sei lá, tanta reforma que se poderia fazer ao nível dos agentes políticos, que no momento só lhes ficava bem e davam o exemplo, e contribuíam verdadeiramente para melhorar um pouco a situação, mas o pior, até nem são as
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medidas de austeridade, mas o futuro, pois poupar à nossa custa, à custa de todos e de alguns mesmo com muito custo deixando-os até em plena pobreza, apenas adiam um problema sem o resolver, pois neste caso não é na poupança que está o ganho, nem a fechar fábricas e empresas, nem a aumentar o desemprego. Faz falta trabalho e produção, de coisas nossas, para podermos vender e ganhar dinheiro. Ganhar dinheiro com aquilo que temos e podemos produzir, toda a gente sabe que é assim que se sai das crises financeiras, nem é preciso ter sentado o cu (o rabo – desculpem!) nas universidades para o saber, pois em nossas casas, é isso que se vai fazendo para se poder sobreviver. Mas também aqui os políticos falham, em todos os campos e áreas, não sabendo como fomentar políticas de produção.
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Bem, mas fico-me por aqui com os meus desabafos, revolta e devaneios, mas tinha que o dizer, pois também sinto a crise na pele e, nem tanto por mim, mas por dois filhos que tenho para criar e para os quais gostaria que este Portugal lhe proporcionasse uma vida melhor que a minha, mas infelizmente, não lhes adivinho um futuro sorridente, e sem futuro…
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Mas este blog é dedicado a Chaves e é por aí que vamos, senão ainda me vem por aí o António Chaves dizer que sou como igual aos do transmontano e aos que escrevem crónicas sobre Angola....
Pois por Chaves, tudo na mesma, voltou à sua pacatez habitual depois do agitado mês de Agosto em que os emigrantes ainda se fazem ver, enchem ruas e restaurantes e deixam os comerciantes com os olhos brilhantes a contabilizar os euros que lhes conseguem sacar. Alterações na vida diária, penso que só e mesmo o novo centro escolar que veio agravar em termos rodoviários o trânsito numa rua que serve de acesso para a maioria das grandes superfícies comerciais, uma escola profissional e um loteamento industrial. Tudo concentrado numa rua que foi projectada para servir um bairro periférico há coisa de 30 anos atrás, e, em coisas de projectar, já se sabe o que a cidade gasta, por isso, nada a dizer ou melhor, ligando esta conversa à conversa anterior do estado da nação, também se poderiam poupar uns milhões de euros se no projectar das cidades, em vez de políticos estivesse técnicos competentes, isentos e sem outros interesses para além dos de projectar, mas há coisas, sobre as quais é melhor não falar. Assim, para compensar o post de hoje, que é de feijoada, espero que (pelo menos) vos agradem as imagens.
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E termino com mais um apelo aos flavienses de 1960 – Inscrevam-se para o nosso jantar, senão em vez de andar por aqui a elogiar essa grande colheita, ainda vou acreditar que a colheita se rendeu aos amores da política e as borras do tempo, turvou-vos.
Até amanhã com mais um “Homem sem memória”.