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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

01
Nov24

Feira dos Santos 2024 - Cidade de Chaves

Dias 30 e 31 de outubro


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Dia 30 de outubro

 Já lá vai o tempo em que a feira, para mim, começava quando apareciam os primeiros pavilhões de matraquilhos e acabava com o desmontar da última barraca, ou seja, os Santos, então, iam para além dos 3 dias oficias da Feira de dia 30 e 31 de outubro e 1 de novembro. Nos tempos atuais, independentemente  do programa da feira, este ano com 5 dias, já só feiramos no dia 30 e 31, no dia 30 para dar uma vista de olhos, e no dia 31, aí sim, gozamos a feira em pleno, de manhã até à noite, faça chuva ou faça sol, frio ou calor, tanto faz, a feira tem de ser vivida e a tradição tem de se manter.

 

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 Pois em imagem vão ficar 21 imagens desses dois dias de feira, o dia 30 apenas com 3 imagens e todas da Rua de Santo António, já as restantes são do dia de ontem, dia 31, essas sim recolhidas ao longo de toda a feira, ou quase toda, pois como de costume ficou para trás a feira do gado, apenas fomos ao concurso,  e também não temos imagens os divertimentos e carrocéis.

 

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Dia 31 de outubro

 

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Dia 31 de outubro é o dia maior da festa da Feira dos Santos, aquele em que a tradição se cumpre em pleno, embora não seja o dia em que junta mais gente, mesmo porque costuma calhar, tal como este ano, em dia de trabalho e nem todos têm disponibilidade para poder feirar. O dia maior em aglomerado de gente é sempre dia 1 de novembro, ou seja, o dia de hoje por também calha ser feriado, dia de todos os Santos.

 

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O Dia 31 é mais popular, em todo o sentido da palavra, isto porque para além da feira dos restantes dias tem também a componente mais ligada ao nosso povo rural, principalmente na componente da feira do gado e do concurso do gado, que nos últimos anos para além do habitual concurso dos bovinos de raça Barrosã, Mirandesa e Maronesa, as três raças autóctones da região, tem também o concurso de gado ovino (raça churra galega bragançana branca), suíno (raça bísara) e dos cães de gado transmontano.

 

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Pessoalmente sou fã da raça barrosã, embora no prato seja fã das três raças, mas a barrosã ao vivo é a mais interessante, desde a imponência dos seus cornos, à sua estrutura e ser pachorrento (desde que não as incomodem), mas também pelos preparos em que a raça aparece a concurso, principalmente em parelhas. Um espetáculo digno de se ver e viver, dai o também ser fã deste concurso.

 

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 Claro que as manhãs do dia 31 de outubro são para passar no meio do concurso do gado, a recolher imagens, sem aguilhada, no fosso do Forte de S.Neutel, onde o tempo passa num ápice e quando damos por ele já está na hora de ir ao polvo, que já faz parte da gastronomia da feira de 31 de outubro.

 

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Depois do almoço, a habitual volta completa à feira, ida e volta, que na prática se desenvolve em linha, com pequenos apendices laterais, desde o largo do Anjo até ao Campo de Futebol/Regimento de Infantaria, ao todo, ida e volta, são 5km de feira sem passar pelo parque de diversões, que esse está separado da feira.

 

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Quanto à distribuição das barracas ao longo da feira, nesta versão de distribuição pela cidade que já vem desde há alguns anos para cá, vão-se mantendo nos sítios habituais com as confeções  no largo do Anjo, rua 1º de Dezembro e Av. Heróis de Chaves, calçado no Bairro Verde, farturas na Rotunda do Monumento, na Rua de Santo António os stands de pequenos produtores, artistas e artesanatos, entre outros, na  Rua Terreiro de Cavalaria, Lapa e Rua Dr. Júlio Martins, as loiças, barros, cutelaria, plásticos, etc. e nas restantes ruas um pouco de tudo, à mistura, mas em geral, os comerciantes habitués desta feira, ficam sempre no mesmo locais.

 

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Associados à feira costumam também haver sempre grupos que fazem a festa, a sua e por onde passam ou vão acampando, alguns com instrumentos musicais, outros sem nada, cantam à capela quando há que cantar e vão molhando a palavra por onde passam, e a festa está garantida. O grupo que fica atrás em imagem, penso que já no último ano andaram por aí e também fazem a feira toda sem passarem despercebidos, e ao que me apercebo pelas t-shirts que traziam vestidas, são veganos que gostam de carne, à boa moda transmontana!

 

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O artesanato africano e de outras proveniências também marcam sempre presença em todas as feiras dos Santos ...

 

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Tal como a castanha assada nos inícios e finais de ruas e rotundas...

 

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As "farturas", também desde há uns anos que se encontram um pouco por toda a cidade, isoladas ou  mais concentradas como acontece no largo do Monumento.

 

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Em geral terminamos onde começámos, mas no final já atalhamos pelas ruas sem muito movimento para fazermos o regresso a casa.

 

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Sem dúvida que é um longo dia de feira em que saímos de casa logo pela manhã e só regressamos a ela já noite bem escura, mas um dia sempre bem passado que para além de feirar um pouco também vamos encontrando e estando com amigos pelo caminho.

 

Para já ficamos por aqui, mas a feira continua até ao próximo domingo dia 2 de novembro.

 

 

 

 

21
Jan24

São Sebastião em Terras do Barroso

Vila Grande a Alturas do Barroso - Boticas


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Vila Grande - Dornelas

Ontem foi dia 20 de janeiro e todos os dias 20 de janeiro, manda a tradição ou a promessa de seguir caminho em direção ao Barroso, até às localidades onde se celebra o São Sebastião. Claro que não havendo tempo/disponibilidade para irmos a todas, ficamo-nos pelo concelho de Boticas, mais propriamente pela Vila Grande, que vulgarmente e erradamente se vai conhecendo pelo Couto de Dornelas, quando muito, poder-se-ia dizer Dornelas, que esta sim existem como freguesia à qual pertence a Vila Grande. Mas não só, pois além da Vila Grande, onde iniciamos a peregrinação desta tradição, também vamos às Alturas do Barroso, onde terminamos a nossa “promessa”.

 

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Vila Grande - Dornelas

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Vila Grande - Dornelas

É assim uma tradição que nós vamos fazendo por momentos, vários, ao longo do dia e ao longo de cada uma das celebrações, na Vila Grande e nas Alturas do Barroso de Boticas, ficando de fora as outras para as quais não temos tempo, como a de Cerdedo, também em Boticas, ou a de Salto de Montalegre e ainda em terras barrosãs,  e, mesmo que haja quem teime em dizer que não pertence ao Barroso, na Torre de Ervededo, do concelho de Chaves, onde este ano tivemos conhecimento que também celebraram honras ao Santo nesta data do 20 de janeiro.

 

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Vila Grande - Dornelas

Durante muitos anos fomos adiando a nossa ida até estas festas comunitárias, mas em 2010 decidimos ir lá pela primeira vez, ao São Sebastião, pois á Vila Grande já lá tínhamos ido, a primeira vez logo após o 25 de abril de 74,  mais precisamente em 1975, mas com tanto tempo passado já restam poucas memórias desse dia, apenas lembro que fui integrado num grupo estudantil, ao qual pertencia, o GIEC, que se bem me lembro eram as iniciais de Grupo de Intervenção Estudantil de Chaves, que tinha um grupo coral com músicas de intervenção, a maioria de Zeca Afonso e outras com quadras de António Aleixo.

 

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Vila Grande - Dornelas

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Vila Grande - Dornelas

Pois a partir dessa primeira vez de 2010 ficámos fãs desta tradição e lá vamos cumprir a promessa todos os anos, só falhámos em 2019, já nem sei porque, e mais recentemente em 2021 e 2022 porque não se realizou por causa da pandemia, e falhámos a de 2023 nas Alturas do Barroso porque também não se realizou, tendo sido cancelada à última hora por morte de uma pessoa da organização das celebrações.

 

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O momento da Chegada

Serviu este pequeno introito para dizer que já começamos a ser veteranos nestas celebrações do São Sebastião e como tal já temos perfeitamente identificados alguns momentos importantes do São Sebastião, o primeiro é o de respirar o momento da chegada. Este é sempre um momento importante em todas as nossas viagens, a sensação do momento de chegar é sempre marcante e sempre diferente, onde todos os sentidos despertam, marcam e ficam registados. A luz, a temperatura do ar, os aromas, os sons e até o tato, este em sentido figurado, pois não vamos para lá apalpar nada, mas apalpamos o movimento e o ambiente. Este momento ficou registado nas primeiras imagens.

 

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A tradição

Sem dúvida que os momentos da tradição da festa são os que nos levam até lá repetidamente, senão não seria tradição. A visita à “cozinha”, fazer a contabilidade dos potes, visitar a sala do pão, espreitar as cerimónias religiosas da missa, procissão e bênção dos “comer”, o desenrolar e estender da toalha de linho, o peditório e beijar do santo (este último cancelado desde a pandemia) a medida da vara, o pousar do pão a distribuição do arroz e da carne, a festa do convívio no comer e na partilha de espaços e outros comeres e beberes e a música das concertinas, acordéons e cantares que em continuo sempre pairam no ar, percorrem a festa e não se cansam…

 

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Padre Lourenço Fontes

 

Momento do Padre António Lourenço Fontes

O Padre Fontes é um habitué na celebração do São Sebastião da Vila Grande, às vezes a participar na missa ou apenas entre a população peregrina, sendo também ele um peregrino que não passa indiferente, é o homem dos selfies e com quem toda a gente quer tirar fotografias, ganha ao Marcelo. Padre Fontes que há muito é um ícone e entidade do Barroso, que melhor que ninguém conhece a terra e região que habita, a sua história, os seus usos e costumes, as suas virtudes e defeitos. É  o homem das Sextas-Feiras 13 de Montalegre e dos Congressos da Medicina Popular de Vilar de Perdizes, conotado com a bruxaria, que não pratica,  mas que acredita nos efeitos da medicina popular e das mezinhas, como homem uma pessoa simples e amiga que em sua casa a todos diz – entre que é!

 

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Eira do Pedro em Vilarinho Seco

 

da partida e da viagem até às alturas o

Momento de Vilarinho Seco

 

Temos sempre pressa em chegar, já quanto à partida, vamos adiando até que as ruas ficam despovoadas, só aí vamos andando em direção ao próximo destino, onde a festa comunitária do São Sebastião continua, nas Alturas do Barroso, mas antes temos algumas paragens ocasionais pelo caminho, e uma obrigatória em Vilarinho Seco, em casa do Pedro, para tomar café, beber um copo, conversar, ver passar quem passa, assistir ao engarrafar de trânsito e às manobras dos autocarros nas curvas e ruas apertadas da aldeia, e, como todos fazem questão de parar por lá, a festa dos cantares e concertinas continua na eira do Pedro. Mas mesmo sem pressas, chega sempre o momento da partida, e lá se parte em direção às Alturas do Barroso, aldeia já bem lá no alto da Serra do Barroso, mesmo encostada aos seus cornos que até lhe podem servir de abrigo aos ventos vindo das Galiza, mas que não a livre das neves e do frio, mas ontem, por acaso, até houve sol todo o dia, mas com o frio sempre presente.

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Alturas do Barroso

O momento das Alturas do Barroso

Alturas do Barroso é o nome da freguesia e aldeia onde também todos os anos se celebra o São Sebastião. O topónimo não engana, Alturas do Barroso porque está mesmo nas alturas da Serra do Barroso, serra central do Barroso e desde onde as vistas alcançam todo o sistema montanhoso até ao Marão, todo o concelho de Boticas e concelhos vizinhos de Ribeira de Penas, terras minhotas de Basto e parte do Concelho de Chaves e deste só não se vê mais, porque a Serra do Leiranco lhe tapa parte das vistas.

 

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Alturas do Barroso

A festa do São Sebastião nas Alturas do Barroso e quase em tudo igual à da Vila Grande, a diferença apenas está no servir do comer, no local e no próprio comer, e também na duração da festa, isto para os peregrinos. De resto, a tradição é idêntica.

 

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Alturas do Barroso

Nas Alturas oferecem a cada peregrino um prato de feijoada, um pão (biju ou papo-seco) e um copo de vinho. O comer é servido no local onde é cozinhado, dentro de portas, onde é sempre habitual estar um grupo de concertinas e cantares à porta e outro, ou mais, dentro de portas, com a particularidade de aqui (na Alturas), os cantares virarem a desgarradas.

 

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Alturas do Barroso

O momento da Despedida

Para nós a peregrinação pelo São Sebastião começa sempre de manhã, quase logo a partir do nascer do dia e, em  geral é aqui, nas Alturas do Barroso,  que terminamos a nossa peregrinação, com o cair da noite, mas antes, temos ainda sempre tempo para olhar e registar o anoitecer, coisa linda de se ver, mas sobretudo de se sentir, com um brilhozinho nos olhos, não pela emoção do momento, que a há, mas antes pelo ar frio que que em jeito de brisa nos chega mesmo a toldar o olhar.  Só depois vem a partida de regresso a casa, com um até pro ano.

 

 

01
Nov23

Feira dos Santos - Cidade de Chaves

A Feira do dia 31 de outubro


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Já não recordo o que escrevi no ano passado, nem nos anos anteriores,  sobre a Feira dos Santos do dia 31 de outubro, mas fosse o que fosse que aqui deixei escrito, podê-lo-ia reescrever hoje e continuaria atual, isto porque a Feira dos Santos de Chaves já há umas centenas de anos que faz parte da tradição da região e em particular da tradição flaviense, fazendo assim, também, parte da cultura do povo flaviense, ou seja, é quase como dizer que corre no sangue do ser flaviense e daí, o nosso comportamento e os nossos costumes em relação à feira se irem repetindo todos os anos.

 

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Claro que isto da Tradição da Feira dos Santos não pode ser considerado como um todo, igual para todos, pois a feira é feita de um conjunto de tradições que funcionam como elementos da tradição da feira, quase poderemos dizer que é uma tradição feita de um conjunto de outras tradições, onde ao longo de tempo algumas se perdem e outras se ganham, daí a memória e até algumas lendas ou estórias, também fazerem parte da tradição da Feira dos Santos, e depois, há também a nossa tradição pessoal que em geral é partilhada com a família e alguns amigos ao longo da feira, que vai variando de dia para dia da feira e mesmo ao longo da feira. Confuso, mas eu vou explicar melhor.

 

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Então é assim, quando era puto/adolescente, os meus interesses, costumes e comportamentos da feira eram bem diferentes daquilo que são hoje. A Feira para nós putos/adolescente eram os carrosséis, os matraquilhos, os videojogos e flippers, comprar umas bolas de serrim para andarmos à bolada uns aos outros, roubar um pretinho de barro para dar sorte e na adolescência mais tardia entravam também os bailes dos santos nos salões dos bombeiros entre outros costumes da época. Tudo isto faz parte da minha tradição dos Santos e um pouco da tradição da minha geração, com alguns elementos que hoje fazem parte da memória dos nossos Santos, mas também dos Santos com coisas que já desapareceram da vida da feira e da vida das diversões. Já não há bolas de serrim nem flippers, já não se roubam os pretinhos da sorte, já não há bailes de Santos e até os salões dos Bombeiros desapareceram, bem como o poço da morte, o comboio fantasma e outras diversões fazem parte das nossas memórias, que hoje recordamos com uma saudade acrescida, porque à diversão desses tempos acrescemos, mesmo que não consciente, a saudade do ser jovem.

 

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Há depois uma segunda fase em que a Feira já não é vivida a título individual mas em família, e que as voltas da feira se alteram,  onde se inclui um regresso ao recinto das diversões, não para usufruir delas, mas para levar os nossos filhos aos “carrosséis”, às guloseimas, onde eles queriam e/ou nós deixávamos, uma fase passageira só até ao tempo em que os nossos filhos começam a fazer a sua tradição pessoal dos Santos, em que partem para eles por sua conta e com os seus amigos, onde também nós mudamos os nossos hábitos de feirar.

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Feira e Concurso do Gado

Estamos agora no nosso feirar atual, que com já disse ontem, na prática, só o fazemos em pleno no dia 31 de outubro, onde invariavelmente nos últimos anos, repetimos os nossos passos, começando a meio da manhã no fosso do Forte de São Neutel com o concurso do gado, por onde vão desfilando as várias raças da região, como os suínos de raça bísara, o cão de gado transmontano,  mas com principal destaque para o concurso nacional de gado bovino das raças barrosã, mirandesa e maronesa nas categorias de touros, vacas, novilhos, novilhas, juntas de vacas e juntas de bois.

 

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Pode-se dizer que é um momento do mundo rural com o seu melhor gado a descer à cidade, gado que trazem com orgulho até ao fosso do forte e que durante duas horas vão desfilando para apreciação do júri, mas também do público que marca sempre presença em grande número, onde pela certa assistem e passam, alguns milhares de pessoas (penso eu, pois nunca os contei, mas que são muitos, são.)

 

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São momentos de apreciação, mas também de alguma tensão e espetáculo. Tensão natural entre os touros e algum espetáculo proporcionado principalmente pelos novilhos e novilhas, cuja juventude e falta de hábito de participação nestas lides e stress das viagens, mostram o seu nervosismo e irreverência.

 

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Com o final do concurso do gado, o fosso do forte fica vazio e está chegada a hora do almoço, que muitos fazem na redondeza dos fortes nas tascas improvisadas onde é tradição servir-se o pulpo (polvo) à galega, tradição do polvo que agora também já é servido em alguns restaurantes da cidade e outras tascas improvisadas ao longo da feira, polvo entre outros pratos habituais em feiras e romarias.

 

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Quanto à feira do gado que antigamente se fazia ao ar livre nas redondezas do forte de São Neutel, agora tem poiso em instalações próprias, cobertas, junto ao loteamento industrial. Feira essa que decorre durante a manhã de dia 31. Feira á qual antigamente assistíamos, mas que deixámos de assistir por uma questão de opção, concurso ou feira do gado. Temos optado pelo concurso, mas pode ser que numa das próximas edições da feira a nossa opção recai na feira do gado.

 


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A Feira de Rua

Após o almoço começa a nossa digressão pela feira. Dura a tarde toda com regresso a casa já bem de noite, mas ainda a tempo de jantar em casa. A digressão começa no Largo do Anjo e depois é só ir por ai fora, sempre em ambiente de feira, com os mais variados produtos, onde aqui sim, há de tudo e mais não sei quê… com passagem pelo Jardim do Bacalhau até ao Monumento, depois a Avenida do Estádio, na rotunda do mercado viragem à esquerda até ao Regimento de Infantaria, regresso à rotunda do mercado, descida até ao Estádio Municipal, de novo subida até à Rotunda do Mercado e viragem à esquerda até às farturas junto ao Pavilhão Municipal onde se faz uma pausa para uma fartura e um copo, Depois o voltar para trás, com o regresso pelo mesmo caminho (Avenida do Estádio, Monumento Bacalhau).

 

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No entretanto, já entramos na noite, fazemos uma subida até à Lapa, com descida pela Rua Dr. Júlio Martins e de novo no Bacalhau, depois a descida da Rua de Santo António até às Freiras, com a habitual prova de licores e ginjinhas pelo caminho e volta atrás até ao Bacalhau, onde se faz nova pausa para um café. Depois subida da Rua 1º de Dezembro de novo no Largo do Anjo, um olhar e uma foto para a Rua Direita com o qual fizemos a despedida da feira, depois foi só pegar no popó que ficou no estacionamento e ala pra casa que se faz tarde, escusado será dizer que depois de estas andanças durante todo o dia se chega à noite todo roto.

 

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Para terminar, só um apontamento ou reparo a respeito da animação de rua, ou falta dela, ou então fui eu que não tive a sorte de a ver, embora estivesse programada para todo o dia. Com exceção para um pastel de Chaves andante, extraprograma, dos Prazeres da Terra, simpático que até me acenou e era acompanhado por uma menina simpática que sorria. Fora isso, nicles, nem cabeçudos, nem concertinas, nem palhaços, nem macacadas, nem coisa alguma. Suponho que tivesse andado nas ruas, mas não me cruzei com ela nem uma única vez, e andei na rua todo o dia ó pra lá e ó pra cá…

 

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E é tudo sobre a Feira dos Santos da edição de 2023, ficando aqui um apontamento só do dia 31 de outubro. Para o ano, cá, ou melhor, lá estaremos outra vez.

 

 

31
Out23

Cidade de Chaves - Feira dos Santos 2023


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Cá estamos como prometido com a primeira amostra da Feira dos Santos de 2023, que oficialmente começou neste domingo passado, mas que para os flavienses residentes e utilizadores da nossa cidade, a feira começa-se a anunciar, desenhar e mostrar com alguns dias de antecedência, com os necessários trabalhos prévios para que a feira possa acontecer nos dias que lhe são destinados. Montagens de equipamentos e infraestruturas, barracas, carrosséis, que implicam alguns transtornos para quem vive e faz vida na cidade, como por exemplo com os cortes de trânsito em algumas artérias, ocupação de espaços públicos de praças e parques de estacionamento, principalmente estes últimos, que para quem vive longe e trabalha na cidade, deixa de ter os seus locais habituais de estacionamento disponíveis e é obrigado a andar às voltas e voltinhas para encontrar, um desenrascar um lugar disponível para arrumar o popó. Claro que embora não seja agradável, sabemos que é por causa da feira que tal acontece, e daí, mais que tolerar, aceitamos, e a vida lá continua, e lá vai correndo como tem de correr, com alguns percalços, é certo, mas continua e a feira acontece todos os anos como tem de acontecer. Lamentar, só lamentamos mesmo é que nem todos olhem para este tempo festa e de feira com tolerância, mas mesmo sem ela (a tolerância de alguns coitados), a feira aí está nas ruas, e VIVA A FEIRA DOS SANTOS!

 

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Uns dias antes da feira

 

Para já ficam algumas imagens do antes e do dia 30 de outubro, as restantes ficam para amanhã, com a reportagem completa da feira do dia 31 de outubro, com o pleno e ponto mais alto da feira.

 

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27
Out23

Cidade de Chaves - Feira dos Santos

Feira dos Santos de 2019


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Hoje vamos até à Feira dos Santos de 2019 em que os diabos invadiram as ruas da cidade e "ficaram" para o ano que se aproximava em forma de virus e pandemia que não deixou fazer feira do ano de 2020, pandemia que começou na China precisamente nesse mês de novembro de 2019, embora por cá (Portugal) só tivessem aparecido os primeiros casos em março de 2020 e passados três anos ainda ande por aí a atormentar alguns, mas deixemos a pandemia e o virus e regressemos à feira com mais 4 imagens, as últimas desta séria de anos passados, que amanhã já conto ter por aqui imagens da feira deste ano, ainda sem se ter iniciado mas já com muita barraca montada e muitas em montagem. Penso que amanhã já se poderá feirar alguma coisa, mesmo com a feira a começar oficialmente só no domingo.

A última imagem hoje também fica a cores para se poder ver a cor da raça barrosã, com dois exemplares premiados com o 1º e 2º prémio, ao que parece, da mesma família. Quanto ao tango, fica a preto e branco.

 

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26
Out23

Cidade de Chaves - Feira dos Santos

Feira dos Santos de 2010


 

 

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Hoje fazemos um regresso à Feira dos Santos de 2010 que se apresentou seca e molhada, e a julgar pela roupinha que se vestia também foi fria, mas nem por isso se deixou de feirar. Ficam 5 imagens e tal como tem acontecido nesta série de publicações das feiras de outros tempos, são imagens a preto e branco, mas hoje fazemos uma exceção, com a última imagem a cores, apenas para realçar a iluminação das ruas que então se fazia e que dava outro colorido às ruas da cidade, mas a organização já há alguns anos que entendeu acabar com as iluminações e perdeu-se o colorido das ruas, mas a feira continua, com ou sem cor.

 

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25
Out23

Cidade de Chaves - Feira dos Santos

Feira dos Santos de 2018


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Hoje vamos até uma Feira dos Santos de um passado mais recente, a feira de 2018 com algumas imagens, meia dúzia, dos dias em que costumamos feirar e fazer alguns registos de imagens, dia 30 e 31 de outubro, quanto ao dia 1 de novembro, é tradição ficarmos por casa. Em geral, pelo menos damos uma volta a toda a feira, de lés a lés, incluindo o concurso do gado de dia 31. Demoramo-nos mais nuns locais que outros, mas vamos andando sempre, ó pra lá e ó pra cá, no dia 30 menos, pois ainda é dia de trabalho, mas no dia 31 é o dia todo, concurso do gado e arredores até ao almoço e depois o resto. O regresso a casa já se faz de noite, daí a tradição de dia 1 ficarmos em casa, pois não é por nada, mas as pernas e o corpo já começam a queixar-se dos exageros e a exigir algum tempo de descanso. Fica as imagens que o resto é paleio, quem conhece a feira já sabe como ela é, quem não conhece, tem de vir cá para conhecer, pois por aqui apenas fica uma amostra e faltam-lhes os aromas, as luzes e as suas melodias, mesmo que barulhentas, quando calha.

 

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23
Out23

Cidade de Chaves - Feira dos Santos

Feira dos Santos de 2006


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Hoje vamos fazer uma curta viagem, com três imagens,  pela Feira dos Santos de 2006, com os divertimentos ainda junto ao forte de S.Neutel, os artigos do mundo rural na então carreira de tiro e o resto da feira pelas ruas da cidade, mais ou menos nos locais de hoje.

 

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22
Out23

Cidade de Chaves - Feira dos Santos

Feira dos Santos de 2013


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Hoje vamos até à Feira dos Santos de 2013, com os feirantes artistas que fazem da rua o seu palco e atuações para alguns milhares de passantes, e alguns “ parantes”, com artes que vão desde a dança, ao teatro, à música, às artes plásticas, circenses, pantominices e tudo que possa ter o cunho de arte, até as artes de enganar e iludir têm lugar nas Feiras dos Santos. Artes que, por serem de rua, acontecem onde calha, onde dá mais jeito, umas móveis, outras não, algumas já com lugar marcado desde há anos, outras que aparecem pela primeira vez, o que é certo, certinho, com mais ou menos quantidade de artes e artistas, a solo, em duo ou em grupos, elas acontecem todos os anos e também fazem a Feira dos Santos. São registos dessas artes e artistas que hoje vão ficar por aqui.

 

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20
Out23

Cidade de Chaves - Feira dos Santos

Feira dos Santos de 2014


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Continuamos na Feira dos Santos de edições passadas, hoje vamos para alguns momentos da Feira dos Santos de 2014, mais precisamente do concurso do gado bovino, onde desfilam três raças da região, a Barrosã, a Mirandesa e Maronesa que, para quem não as conhece, fica uma dica para as identificar, onde as barrosãs são dos cornos grandes de cor amarelada, a mirandesa de cor castanha amarelada e a maronesa de cor castanha bem escura, quase preta, cores que aqui não poderão identificar pelo preto e branco da fotografia.

Os momentos que hoje vão ficar, sem mais comentários, são alguns momentos de relaxe, outros de agitação, alguns de espera e em quase todos, com homens, mas também mulheres da vara, ou se preferirem, homens e mulheres da aguilhada, pois é assim que a vara se chama. Sem mais demoras vamos às imagens, a identificação dos momentos, fica por vossa conta…

 

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