Feira dos Santos 2024 - Cidade de Chaves
Dias 30 e 31 de outubro
Dia 30 de outubro
Já lá vai o tempo em que a feira, para mim, começava quando apareciam os primeiros pavilhões de matraquilhos e acabava com o desmontar da última barraca, ou seja, os Santos, então, iam para além dos 3 dias oficias da Feira de dia 30 e 31 de outubro e 1 de novembro. Nos tempos atuais, independentemente do programa da feira, este ano com 5 dias, já só feiramos no dia 30 e 31, no dia 30 para dar uma vista de olhos, e no dia 31, aí sim, gozamos a feira em pleno, de manhã até à noite, faça chuva ou faça sol, frio ou calor, tanto faz, a feira tem de ser vivida e a tradição tem de se manter.
Pois em imagem vão ficar 21 imagens desses dois dias de feira, o dia 30 apenas com 3 imagens e todas da Rua de Santo António, já as restantes são do dia de ontem, dia 31, essas sim recolhidas ao longo de toda a feira, ou quase toda, pois como de costume ficou para trás a feira do gado, apenas fomos ao concurso, e também não temos imagens os divertimentos e carrocéis.
Dia 31 de outubro
Dia 31 de outubro é o dia maior da festa da Feira dos Santos, aquele em que a tradição se cumpre em pleno, embora não seja o dia em que junta mais gente, mesmo porque costuma calhar, tal como este ano, em dia de trabalho e nem todos têm disponibilidade para poder feirar. O dia maior em aglomerado de gente é sempre dia 1 de novembro, ou seja, o dia de hoje por também calha ser feriado, dia de todos os Santos.
O Dia 31 é mais popular, em todo o sentido da palavra, isto porque para além da feira dos restantes dias tem também a componente mais ligada ao nosso povo rural, principalmente na componente da feira do gado e do concurso do gado, que nos últimos anos para além do habitual concurso dos bovinos de raça Barrosã, Mirandesa e Maronesa, as três raças autóctones da região, tem também o concurso de gado ovino (raça churra galega bragançana branca), suíno (raça bísara) e dos cães de gado transmontano.
Pessoalmente sou fã da raça barrosã, embora no prato seja fã das três raças, mas a barrosã ao vivo é a mais interessante, desde a imponência dos seus cornos, à sua estrutura e ser pachorrento (desde que não as incomodem), mas também pelos preparos em que a raça aparece a concurso, principalmente em parelhas. Um espetáculo digno de se ver e viver, dai o também ser fã deste concurso.
Claro que as manhãs do dia 31 de outubro são para passar no meio do concurso do gado, a recolher imagens, sem aguilhada, no fosso do Forte de S.Neutel, onde o tempo passa num ápice e quando damos por ele já está na hora de ir ao polvo, que já faz parte da gastronomia da feira de 31 de outubro.
Depois do almoço, a habitual volta completa à feira, ida e volta, que na prática se desenvolve em linha, com pequenos apendices laterais, desde o largo do Anjo até ao Campo de Futebol/Regimento de Infantaria, ao todo, ida e volta, são 5km de feira sem passar pelo parque de diversões, que esse está separado da feira.
Quanto à distribuição das barracas ao longo da feira, nesta versão de distribuição pela cidade que já vem desde há alguns anos para cá, vão-se mantendo nos sítios habituais com as confeções no largo do Anjo, rua 1º de Dezembro e Av. Heróis de Chaves, calçado no Bairro Verde, farturas na Rotunda do Monumento, na Rua de Santo António os stands de pequenos produtores, artistas e artesanatos, entre outros, na Rua Terreiro de Cavalaria, Lapa e Rua Dr. Júlio Martins, as loiças, barros, cutelaria, plásticos, etc. e nas restantes ruas um pouco de tudo, à mistura, mas em geral, os comerciantes habitués desta feira, ficam sempre no mesmo locais.
Associados à feira costumam também haver sempre grupos que fazem a festa, a sua e por onde passam ou vão acampando, alguns com instrumentos musicais, outros sem nada, cantam à capela quando há que cantar e vão molhando a palavra por onde passam, e a festa está garantida. O grupo que fica atrás em imagem, penso que já no último ano andaram por aí e também fazem a feira toda sem passarem despercebidos, e ao que me apercebo pelas t-shirts que traziam vestidas, são veganos que gostam de carne, à boa moda transmontana!
O artesanato africano e de outras proveniências também marcam sempre presença em todas as feiras dos Santos ...
Tal como a castanha assada nos inícios e finais de ruas e rotundas...
As "farturas", também desde há uns anos que se encontram um pouco por toda a cidade, isoladas ou mais concentradas como acontece no largo do Monumento.
Em geral terminamos onde começámos, mas no final já atalhamos pelas ruas sem muito movimento para fazermos o regresso a casa.
Sem dúvida que é um longo dia de feira em que saímos de casa logo pela manhã e só regressamos a ela já noite bem escura, mas um dia sempre bem passado que para além de feirar um pouco também vamos encontrando e estando com amigos pelo caminho.
Para já ficamos por aqui, mas a feira continua até ao próximo domingo dia 2 de novembro.