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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

20
Jan23

O São Sebastião do Barroso

Nas Alturas do Barroso e na Vila Grande (Couto de Dornelas)


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Alturas do Barroso

Já é sabido que dia 20 de janeiro todos os caminhos nos levam até às festas comunitárias do São Sebastião no Barroso, principalmente no concelho de Boticas, mas também no concelho de Montalegre, e são todas iguais e todas diferentes. Iguais na tradição, na celebração do São Sebastião e no comunitarismo da festa. Diferentes na forma como são celebradas e também nos timings, não do dia, porque em todas se celebra no dia 20 de janeiro, mas nas horas e tempo de duração das mesmas.

 

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Alturas do Barroso

Pela nossa parte ainda não fomos a todas, mas já passámos pelo São Sebastião de Cerdedo e, mais habitualmente, pelo menos há uma dúzia de anos, com exceção dos dois anos anteriores devido à pandemia, em que não houve festa, nas festas de São Sebastião das Alturas do Barroso e da Vila Grande (Couto de Dornelas), todas do concelho de Boticas.

 

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Alturas do Barroso

Pois hoje em imagem fica o São Sebastião das Alturas do Barroso, as três primeiras fotos,  e da Vila Grande, as fotos seguintes. No entanto a nossa presença nestas duas aldeias não se faz obrigatoriamente por esta ordem, embora assim possa acontecer, desde que seja da parte da manhã, isto porque o grosso da festa com a presença de forasteiros (milhares) vindos de todo o lado, principalmente do Minho e do restante Barroso, na Vila grande, povoam as ruas no período da manhã, logo a partir do nascer do sol e até por volta das 2 da tarde. Já nas Alturas do Barroso, a festa acontece durante todo  o dia e prolonga-se pela noite adentro. Isto a nível de festa popular, de rua, pois nas casas dos residentes, aí a coisa é diferente, mas essas só são para familiares, amigos e convidados, aliás como acontece em todas as festas populares.

 

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Vila Grande - Couto de Dornelas

As imagens que hoje ficam são dos anos anteriores à pandemia, de vários anos, com vários momentos que pretendem demonstrar (para quem não conhece as festas e tradição) um pouco dos que elas são. Tal como já dissemos atrás ambas iguais, ambas diferentes e já agora, ambas e as duas bem interessantes, embora, na minha opinião, aquela que dá mais nas vistas e é mais frequentada em número de pessoas em simultâneo, é a da Vila Grande, mas também é a mais breve, só acontece de manhã. A festa das Alturas do Barroso aproxima-se mais das festas tradicionais, à exceção da parte comunitária em que recebem e oferecem a todos que passam por lá e queiram, a comida e bebida, enquanto que na Vila Grande, também oferecem comida, mas não a bebida, nem tem talheres, por isso, se quiser ir por lá, não se esqueça de levar o garfo e a faca, pois vão ser necessários, a não ser que queria fazer como os chineses e comer com dois pauzinhos.

 

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Vila Grande - Couto de Dornelas

Outra diferença entre as duas festas aqui abordadas, nas Alturas do Barroso o comer e oferecido debaixo de telha, no local onde cozinham os alimento, já na Vila Grande, o comer é servido num longa mesa, contínua, com umas centenas de metros (penso que à volta dos setecentos metros) que se prolonga pela rua principal desde a entrada até ao centro da aldeia, a terminar no largo do cruzeiro, junto à igreja.

 

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Vila Grande - Couto de Dornelas

E não digo mais, se quiserem vão lá ver como é, pois uma coisa são palavras e imagens, e outra é viver a festa in loco, e neste caso faz toda a diferença. Se for por lá não se esqueça também, de além dos talheres, levar roupinha no corpo, bem quente, pois por lá quando faz frio, é mesmo frio, tanto que se fosse em Lisboa disparava logo o alerta vermelho, no Barroso, como já estão habituados, basta uma capa de burel, pelo menos dizem, embora saibamos que não é bem assim, pois o frio, quando aparece, é como o sol, é para todos. A de estarem habituados, ou estarmos, pois, as minhas três terras também são frias e, embora o estarmos habituados seja verdade, também é uma treta, pois o frio sente-se na mesma… o hábito não aquece. E com esta me bou, já a caminho do São Sebastião… Até mais logo ao fim do dia, isto se chegar a tempo da edição da noite, senão, as imagens do São Sebastião 2023 ficam para amanhã. Logo se verá. Agora é que me bou mesmo!

 

 

 

 

 

21
Jan20

As Festas Comunitárias de Barroso

Mesinha de São Sebastião - Vila Grande - Boticas


 

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Ontem, dia 20 de janeiro, como todos os anos, um pouco por todo o lado, mas principalmente no Barroso de Boticas e de Montalegre, festeja-se o São Sebastião com festas comunitárias. Este ano fomos a uma delas (Vila Grande de Dornelas), e passámos por outras duas (Cerdedo e Alturas do Barroso). Pois, muito resumido, mesmo muito, deixamos aqui a Festa da Mesinha de São Sebastião da Vila Grande, freguesia de Dornelas, concelho de Boticas, em cinco olhares da festa, mais um extra.

 

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Como sempre a primeira imagem é a da chegada à aldeia e descida para a “casa dos potes”. Dependendo do ano, esse troço de rua logo pela manhãzinha, recebe-nos com chuva, com céus carregados, com geada e leves neblinas, com neve ou com sol radiante como foi o caso deste ano, mas com um frio de rachar, ou pelo menos com essa sensação, coisa que acontece sempre quando os ares vêm de norte, da Galiza. Claro que logo pela manhãzinha, poucos são os que andam por lá para além dos que estão (já há dias) a trabalhar para a festa e que na “casa dos potes”, têm sempre um pote cheio de sopa para servir aos mais madrugadores, como nós, que já somos fãs dela (da sopa, nem tanto do madrugar). Posso-vos dizer que é a melhor sopa do mundo… e se não for, para mim é a que melhor me sabe, até nos esquecemos do frio enquanto a comemos.

 

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Depois da sopa, há que fazer a obrigatória visita à “casa dos potes” este ano contei 23,  e não são potinhos, são “potões” tamanho XXL. Esta casa, para além dos potes, dá abrigo também ao pão, que durante duas semanas foi sendo cozido para ser servido na mesinha do santo ou para quem quiser levar para casa. É também nesta casa dos potes e do pão que tudo se faz (arroz e carne), para servir o almoço a todos os forasteiros, que ao meio dia já serão milhares ao longo da rua principal da aldeia, em frente à mesa mais comprida que conheço, com “apenas” uns 470 metros, mais metro, menos metro. Claro que toda esta comida, antes de ser servida, é benzida após a missa das 11 (horas), e só depois vai à mesa sobre toalha de linho.

 

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Lá diz o povo “merenda comida, companhia desfeita”, e todos sabemos que o povo tem sempre razão. Aqui também não é exceção, após degustado o pão, o arroz e o naco de carne, a Vila Grande volta à normalidade dos dias, ou quase, pois é preciso levantar, encartar e guardar a mesa para o próximo ano, lavar os potes, arrumar a casa… enquanto isso, os forasteiros dirigem-se quase todos até à festa mais próxima, nas Alturas do Barroso, onde os espera um pão, um copo de vinho e uma feijoada, e esta festa, sim, entra pela noite dentro até não haver mais forasteiros na rua. Mas há ainda os que depois passam por Salto. Desta não vos posso dar informações, pois apenas sei que existe, mas nunca lá fui. Para que conste, a primeira destas festas comunitárias acontece em Cerdedo, a poucos quilómetros da Vila Grande e igualmente do concelho de Boticas. Passámos por lá na hora da missa, mas quase nem parámos, por isso, também não tenho pormenores, apenas sabemos que existe e aquilo que nos contaram, mas nós gostamos de deixar aqui o relato da nossa experiência ou viver da coisa. Talvez para o próximo ano fique por aqui Cerdedo.

 

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Em geral regressamos a casa já bem de noite, mas como já conhecemos bem os cantos das festas da Vila Grande e das Alturas do Barroso, resolvemos regressar mais cedo, ao anoitecer, ainda com tempo para uma passagem e paragem em Montalegre e depois sim, o regresso a casa, que gostamos de fazer sempre via Pedrário, onde não resistimos a fazer uma paragem sempre que a mesma nos é solicitada por um olhar diferente. O de ontem, a coincidir com a última foto do dia, é um olhar sobre o anoitecer da Serra do Larouco.

 

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E como as promessas são para cumprir, para o ano lá estaremos “se Deus quiser”, tal como diz o povo, e nunca esqueçam que o povo tem sempre razão...

 

 

 

 

20
Jan19

São Sebastião na Vila Grande - Couto de Dornelas


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Este ano não fomos até esta festa comunitária que se realiza na Vila Grande, freguesia do Couto de Dornelas em Boticas, sempre no dia 20 de janeiro. Não pudemos lá ir mas como temos imagens em arquivo, deixamos aqui quatro olhares sobre esta festa.

 

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Olhares sobre o mais significativo que vai desde a festa religiosa com a respetiva missa, bênção do pão e o beijar do santo. A lado pagão da festa também sempre presente com a música dos bombos e concertinas que nunca faltam em todas as edições.

 

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Mas o que mais atrai nesta festa, é mesmo a festa comunitária de dar de comer a todos quantos lá vão, com o pão, a carne de porco e o arroz que é distribuído de vara a vara a longo de uma mesa com centenas de metros ao longo da rua principal da aldeia.

 

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O nosso lamento, deste ano, vai apenas para o termos quebrado a promessa de lá ir em carne e osso, mas cumprimos a promessa aqui ao irmos lá em imagem, de arquivo, do ano passado. Para a ano lá estaremos de novo.

 

 

 

 

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