Hoje, por imposição do meu computador, vamos ter aqui um dois em um, ou seja: o post do primeiro dia do ano e o post de aniversário deste blog.
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Pois é, ontem durante todo o dia, o meu computador resolveu brincar comigo e não me deixou fazer o post devido. Mas finalmente parece que me deixa fazer qualquer coisa e vou aproveitar antes que se decida a abandonar-me outra vez.
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Pois para o post de ontem, queria vir por aqui contar-vos como é a passagem de ano em Chaves, na rua. Este ano, depois de muitos anos de passagens de ano em casa com amigos e familiares, a família decidiu ir para a rua, para ser diferente, e foi, mas preciso de um pouco de ironia para a contar, ou melhor, vou directo ao assunto: A cidade à meia-noite estava deserta, nem alma viva nas ruas, nem fogueiras, nem foguetório, nem música, nem nada, ou como dizia Édith Piaf: “Rien de Rien” que em português quer dizer nicles batatóides ou nada de nada.
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À moda da Troika, os flavienses estão de castigo. Não há festas nem diversão para ninguém, sobretudo para quem não pode pagar passagens de ano a 70 ou mais euros por pessoa. Não há festa não há vícios. Que fiquem em casa que ficam muito bem. Festanças para o povo acabaram. A festa do 8 de Julho já foi à vida, a da Senhora das Brotas nem se fala e outras não há, pelo menos com foguetório e arraial. Já sei que há a procissão da Nossa Senhora da Conceição, mas essa é para ver andor a passar e povo a ajoelhar. Andamos muito católicos e a boa maneira antiga, das beatas, temos de sofrer para merecer o céu. Nada de festas, sobretudo se forem populares, com foguetório e música e, como dizia o JM aqui há dias, cantemos-lhe mais um fado.
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Custou ver a tristeza da meia noite em Chaves enquanto que nas notícias da TV, ontem, se viam as reportagens de festas e foguetório que se foi repetindo por essas cidades e vilas portuguesas, nem a troika lhes meteu medo, aliás, este tipo de festas servem mesmo para a esquecer. Mas Chaves, em questões de festas está troikista e foi definitivamente condenada à tristeza, ou quase, pois o bairrismo e o ser flaviense fez com que depois da passagem de ano, acontecesse ela onde tivesse acontecido, a juventude viesse povoar os bares da cidade e fizesse a festa, sem festa, apenas conversa e copos pela noite dentro, mas sobre isto é melhor nem falar, pois se sabem que os bares estão abertos para as pessoas se divertirem, ainda os mandam fechar.
Enfim, este (até aqui) deveria ter sido o post de ontem, o primeiro do ano.
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Vamos agora ao nosso aniversário, pois hoje o Blog Chaves faz 7 anos, já é um rapazito crescidinho. Parece que foi ainda ontem que tudo começou, por acaso, quase como por brincadeira, mas foi crescendo, e aqui está e estará, agora já com muitos amigos e colaboradores, com uma maneira diferente de olhar e viver a cidade, que alguns gostam e outros nem tanto, mas que, pelos que gostam, este blog teima em continuar.
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Um agradecimento especial a todos os que acompanham este blog diariamente, para aqueles amigos que têm sempre uma palavrinha a dizer nos comentários e para os colaboradores, e destes, deixo o nome, pois sem eles o Blog Chaves não seria possível tal como hoje existe: Um obrigado ao António Roque pela crónica semanal “Pedra de Toque”, um obrigado ao António Sousa e Silva pelos “Discursos Sobre a Cidade”, ao Gil Santos pelas suas estórias de encantar, ao Herculano Pombo pelos 13 contos e pelo Léxico-Glossário Transmontano, à Isabel Seixas pelos “Pecados e Picardias” e pelos “Discursos sobre a Cidade”, ao João Madureira pela crónica “Quem conta um ponto” e pelo “O Homem sem memória”, ao José Carlos Barros pelos “Discursos Sobre a Cidade”, ao Luís Fernandes pelas “Crónicas Ocasionais” e outros escritos, ao Mário Esteves pelas “Palavras Colhidas do Vento”, à Sandra Pereira pelas “Intermitências”, ao Tupamaro pelos “Discursos Sobre a Cidade” e algumas “Ocasionais” e por último ao António Chaves e Hermínio Moreira, que embora com as suas crónicas adiadas, prometeram voltar um dia. Por último uma palavra de agradecimento para o Dinis Ponteira que tem sempre a fotografia que a mim me falta.
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E não me quero alongar mais. Fica a promessa que o blog continua, com palavras e imagens sempre atentas ao que se passa na cidade e no concelho, e também, sempre aberto a quem nele queira colaborar e, queira ser flaviense neste espaço.
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E em questões de aniversários, fica um até para o ano, em termos de escrita, hoje ainda vão acontecer aqui duas crónicas, a do João Madureira com “Quem conta um ponto”, às 12H00 e a de Sandra Pereira, com as “Intermitências”, às 18H00.
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As imagens de hoje são de arquivo, com um pouco daquilo que de melhor (no meu entender) passou por aqui no último ano.
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Bom ano de 2012 e vamos esperar (pelo menos) que a luz se comece a ver ao fundo do túnel.