Reino Maravilhoso - Parque Natural do Alvão
Douro e Entre os Montes
Atrevo-me a dizer Chaves que este Reino Maravilho do "Douro e Entre os Montes", ou seja, todo o interior a norte do rio Douro, é um parque natural por excelência, onde dentro dele, e muito bem, existem alguns parques naturais nacionais classificados e protegidos.
A cidade de Chaves está rodeada de alguns desses parques naturais nacionais classificados e protegidos, quer em terras portuguesas, quer em terras galegas, e todos eles a, mais ou menos, 1 hora de distância. Assim temos do lado português a Nordeste de Chaves o Parque Nacional de Montesinho, a Soeste o Parque Nacional do Alvão e a Oeste o Parque Nacional da Peneda Gerês. Do lado Galego temos o Parque Natural Baixa Limia e Serra do Xurés, que na prática é a continuação do nosso parque da Peneda-Gerês, a Norte temos o Parque Natural do Invernadeiro, a Nor-Nordeste o Parque Natural da Serra da Enciña da Lastra.
Todos estes parques são excelentes locais, paradisíacos até, para passar um dia em contacto com o melhor que a natureza tem, no seu ar puro enriquecido com os aromas da natureza, na sua oferta de fauna e flora, muitas vezes singular, única e rara, com oferta de silêncios apenas quebrados pelos apelos e vida da natureza, sempre dentro de um mar de montanhas, mais ou menos bravo, mas sempre com um abrigo à nossa espera ou um terraço, às vezes sobre autênticos abismos, de onde se pode um reino de montanas e todo o mundo mais além a perder-se no infinito, onde as grandes montanhas se elevam e destacam sobre as pequenas, para se verem umas às outras, como se fossem castelos a proteger o seu reino das montanhas, os seus pequenos vales, rios, ribeiras, lagoas e cascatas. Todos, quase como quem diz, à mão de semear…
Pois hoje vamos até um desses parques, ou melhor, até um niquinho de um dos parques, pois as imagens que vos deixo são tomadas de um ou dois pontos de um local dentro do parque, mais precisamente desde um dos terraços naturais das imediações, ou à beira da cascata das Fisgas de Ermelo, sem sequer descermos à base da cascata, ali onde a serra do Alvão termina para dar início à serra do Marão, onde além de ser ver em pormenor a imponência da altura desta cascata, se lhe virarmos costas, temos um miradouro de onde se veem as serras mais altas do Portugal mais próximo: Serra do Marão, Monte Farinha, serra da Cabreira, serra do Barroso, serra do Gerês, serra do Larouco, tudo com a serra do Alvão por baixo dos nossos pés. Estamos em pleno Parque Natural do Alvão.
Sempre que vou à caça de imagens pelas montanhas há registos que faço pela complexidade e/ou colorido dos motivos, principalmente os da flora selvagem, mais que os da fauna, e isto por uma simples razão, é que as flores e plantas espero o tempo que for necessário pelo clique da objetiva, a fauna, não. Pois sem perceber nada do assunto, o que sinceramente lamento pois gostaria de saber, vou registando principalmente as flores, pela sua forma sempre complexa e perfeita, e pelo colorido, sempre exuberante a destacar-se daquilo que o envolve. Deixo-vos a seguir uma dessas imagens, que embora rara, costumo tropeçar com elas em montanhas de alta altitude, quase sempre num pequeno tufo isolado no meio de terrenos despidos de grande vegetação, onde o areão e pequenas pedras predominam, às vezes, também elas bem interessantes, mas de um outro reino, ou então também aparecem nas fendas de grandes rochas.
Pois nas minhas pesquisas na net, a que mais se parece esta planta/flor, são os cravinhos-bravos (Dianthus langeanus), só com uma diferença que é a de todas as imagens que vi na net a flor tem 5 pétalas e esta tem 6. Pode ser que haja algum entendido que veja e leia isto e queira esclarecer, pois o meu saber não vai além do que deixo aqui, mas que a flor é bonita, lá isso sei que o é. Seja como for, sei também que é uma das 486 espécies que por lá existem, isto segundo fonte credenciada ( ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas).
E para terminar deixamos o mapa e itinerário para lá chegarmos. Há três hipóteses, mas vamos recomendar o mais curto e que leva menos tempo a percorrer, com a maioria do percurso a fazer-se por autoestrada e com partida, como sempre, desde a cidade de Chaves. Pois então apanhamos a A24 em Chaves até Vila Pouca onde devemos passar para a A7 em direção a Guimarães, mas só até à saída de Ribeira de Pena, onde, claro, devemos sair. Logo a seguir vamos ter duas rotundas, onde, em ambas, deveremos sair pela primeira saída, logo a seguir terá de passar por baixo da autoestrada. A seguir siga as indicações de uma destas aldeias, por onde terá de passar para chegar até às Fisgas: Avadia, Macieira, Bobal, Bilhó, Cavernelhe e Fojo, logo a seguir serão as Fisgas de Ermelo, ao todo são 85,3 km e a cumprir as regras de trânsito, demorará cerca de 1H20. A segunda hipótese é feita toda por Estradas Nacionais e Municipais, ou seja terá de tomar a N103, depois Boticas até à Carreira da Lebre, depois Ribeira de Pena e quando chegar à entrada para a Autoestrada, não entra, passa por baixo dela e segue o itinerário que nós recomendamos. Por este itinerário são 93,6Km e demora quase 2 horas. O terceiro itinerário. A terceira hipótese, é Via Vila Real, também são 93.5Km.
Claro que em imagem, esta viagem que aqui vos deixo, tal com já referi atrás, é só um niquinho do parque (que nem um nico é), um quase nada, mas assim, ficamos com a porta aberta para mais vezes o podermos trazer aqui. Entretanto, se isto que vos deixo já servir de inspiração para uma visita, recomendo que, antes de irem por lá, deem uma vista de olhos à página da NET do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas , sobre o Parque Natural do Alvão.