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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

27
Ago20

Flavienses por outras terras


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Nota de abertura

No último mês o Luís dos Anjos, autor e responsável por esta rubrica de os  “Flavienses por outras terras”,  anunciava que a última entrevista seria publicada neste mês de agosto, pondo-se assim  termo a esta rubrica. Pois o feitiço virou-se contra o feiticeiro e nesta última entrevista, o habitual entrevistador, passa a entrevistado.

 

 

 

 Luís dos Anjos

 

Cabeçalho Luís dos Anjos.png

 

Onde nasceu, concretamente?

Nasci em Casas dos Montes, numa casa junto ao largo da capela, e que tinha um chafariz na fachada virada para o largo.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Fui para França com um ano de idade e voltei aos 11. Quando cheguei, já com a escola primária feita, entrei para o “Ciclo” e depois frequentei a “Técnica”. Hoje, as designações são outras, mas naquele tempo era assim que estas escolas eram conhecidas.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí em 1991 para prosseguir os estudos no Ensino Superior. Voltei em 1996 para lecionar um ano na Escola E.B. 2,3 Prof. José Ribeirinha Machado, em Vilarandelo, e depois segui para outras paragens e outros desafios profissionais.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Vivi 10 anos em França, na região da Alsácia, junto à fronteira com a Alemanha. Em Portugal, vivi na Guarda, no Porto, em Rio Maior, em Lisboa, em Viseu, novamente em Lisboa, e finalmente em Leiria, desde 2004.

 

Castelo de Leiria 1.jpg

Fotografia de Luís dos Anjos

 

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

Vou-me permitir enumerar três, mas poderiam, obviamente, ser muitas mais.

 

Os passeios de bicicleta, quase sempre com amigos, um pouco para todo o lado, muitas vezes mesmo até para Espanha.

 

Os tempos de estudante, principalmente os anos do Curso Técnico Profissional de Secretariado.

 

As vivências no Grupo de Jovens “Força Construtora”.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Proponho um início de visita no Miradouro de São Lourenço, na encosta da Serra do Brunheiro, para apreciar toda a cidade e a imensa veiga em que ela se insere. Depois, uma visita pelo centro histórico, passando pela Ponte Romana, Rua Direita, Jardim do Castelo e acabando nas Termas.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

As saudades são, antes de mais, daqueles que continuam no nosso pensamento, mesmo quando estamos longe: a família e os amigos.

 

Depois, saudades também de algumas coisas que raramente voltei a vivenciar desde que saí de Chaves e que para alguns podem parecer estranhas: uma manhã de nevoeiro, uma geada (daquelas boas, branquinhas), uma noite quente de agosto, daquelas de ficar na rua, com as janelas abertas, à espera que a casa fique mais fresca…

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Normalmente, duas vezes por ano. Uma semana no verão e uns dias pelo Natal.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

A cidade precisa de criar condições atrativas para fixar os seus jovens e, se possível, atrair outros. A partir daí, tudo o resto vem de forma mais ou menos natural…

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Nunca alimentei a expectativa de voltar para Chaves. A vida foi seguindo o seu rumo, as opções foram sendo tomadas e hoje é por Leiria que me vejo com a minha família.

Vivemos numa cidade agradável e quis o destino que aqui reencontrasse três Flavienses amigos de longa data.

 

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Rostos.png

 

 

 

23
Jul20

Flavienses por outras terras


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Flavienses por outras terras

 

 

O tempo é mesmo assim. Parece que ainda foi no outro dia que apresentei a ideia ao Fernando Ribeiro, mas já se passaram mais de 5 anos, e o espaço “Flavienses por outras terras” prepara-se agora para chegar ao fim no Blog Chaves.

 

A última entrevista será em agosto, mas antes, nesta publicação, não posso deixar de fazer um balanço do que foi este espaço. E o balanço é francamente positivo.

 

Foram 62 entrevistas no total. Percorremos o país de norte a sul, de Braga a Faro, passando pelos Açores e pela Madeira. E fomos também ao encontro de Flavienses um pouco por todo o mundo: Espanha, França, Suíça, Luxemburgo, Alemanha, Angola, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América, e até Timor. A vida levou-os para paragens muito diversas, mas os testemunhos aqui deixados permitem-nos ter a certeza que nenhum deles esqueceu as suas origens e que todos voltam sempre que podem para matar saudades…

 

E as saudades são sempre muitas: dos amigos, da família, dos tempos de escola, do futebol, do Jardim das Freiras, das verbenas, da cidade que conheceram e que sempre amaram…

 

A todos os que aceitaram partilhar a sua experiência aqui neste espaço, o meu muito obrigado!

 

E ao Fernando Ribeiro, pela oportunidade que me deu para desenvolver esta ideia, o meu muito obrigado, também.

 

Até agosto, para a última entrevista!

 

Um abraço desde Leiria.

 

Luís dos Anjos

(um “Flaviense por outras terras”, desde 1997)

 

 

25
Jun20

Flavienses por outras terras - Helder Ventura


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Hélder Ventura

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos até à margem sul de Lisboa.

 

É lá que vamos encontrar o Hélder Ventura.

 

Cabeçalho Hélder Ventura.png

 

 

Onde nasceu, concretamente?

Nasci na Rua do Sal, em Chaves.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei a Escola Primária de Santo Amaro e a Escola Industrial e Comercial de Chaves.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí em 1974 para o Serviço Militar e posteriormente para o desempenho da vida profissional.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Vivi em Chaves, Oeiras e Corroios. Trabalhei em Chaves, Lisboa, Almada, Setúbal, Montijo e como formador em todo o país.

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

Campeão Distrital de Futebol de 11 em Juvenis pelo Grupo Desportivo de Chaves.

 

Quando o Desportivo subiu à Segunda Divisão, após o célebre caso Lourosa, e quando esta equipa se deslocou ao Municipal de Chaves, eu e um colega meu, na altura ambos com 16 anos, vendemos aos nossos adeptos mais de 300 pequenas cornetas, para fazerem barulho no jogo. O Desportivo vendeu-nos os bilhetes de entrada no Estádio, acrescentamos o valor das cornetas e vendemos 300. Fomos fazer a venda junto das fábricas da telha e em vários locais de Chaves.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Visitar as Termas e provar o nosso pastel.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Muitas, mas felizmente, como sou reformado, venho várias vezes a Chaves e duas vezes por ano frequento banhos de tratamento nas Termas.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

O Largo do Arrabalde renovado, pois para mim é o coração da cidade.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Tenho uma casa de segunda residência em Vila Nova de Veiga.

Entre 2006 e 2008 regressei a Chaves, onde exerci a gerência da então Companhia de Seguros Império Bonança.

A constituição da família não me permite que regresse definitivamente a Chaves.

 

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O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

Rostos até Hélder Ventura.png

 

 

 

 

 

28
Mai20

Flavienses por outras terras - Luís Magalhães


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Luís Magalhães

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” voltamos à cidade da Maia, nos arredores do Porto, para encontrarmos o Luís Magalhães.

 

Cabeçalho Luís Magalhães (1).png

 

 

Onde nasceu, concretamente?

Nasci em Bóbeda.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei a Escola Primária de Santo Amaro, a Escola Secundária Dr. Júlio Martins e a Escola Secundária Fernão de Magalhães.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí em 1987 para a frequência do Ensino Superior.

Em 1989 regressei a Chaves e lecionei Educação Física, em Vidago.

Em 1991 lecionei a mesma disciplina no Colégio da Torre de D. Chama, até 1993.

Em 1993 iniciei a atividade no ramo segurador, em Vila Real, onde permaneci até 2008, tendo um interregno de 1997 a 1999 onde estive em Chaves, abrindo a sucursal da companhia de seguros Lusitânia, na Rua da Trindade.

Em 2008 fui para Vila Nova de Famalicão na mesma atividade, tendo em 2014 mudado para a Maia.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Vidago, Torre de D. Chama, Vila Real, Chaves, Famalicão e Maia.

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

Os tempos dos Escoteiros C.N.E. (agrupamento 198) onde convivi e fiz amigos para a vida.

A praia fluvial do açude.

Os jogos de futebol no picadeiro, onde agora é a esquadra da PSP.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

As Termas e o centro histórico da cidade.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Do antigo Jardim das Freiras.

 

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Com bastante frequência no ano, três a quatro vezes.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

A cidade e o concelho necessitam de mais valências na saúde e maior acolhimento e captação de empresas para a fixação dos naturais e não só.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Não sinto essa necessidade ainda, pelo facto de visitar a cidade com frequência.

 

 

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O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

 

Rostos até Luís Magalhães.png

 

 

 

 

23
Abr20

Flavienses por outras terras - João Junqueira


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João Junqueira

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos até à chamada Região Oeste, mais concretamente até Torres Vedras.

 

É lá que vamos encontrar o João Junqueira.

 

Cabeçalho - João Junqueira - 1024 x 380.png

 

Onde nasceu, concretamente?

Nasci no Bairro Operário, em Chaves. Cresci na Quinta da Bela Vista, perto do aeródromo, e mais tarde no Bairro do Lombo, não muito longe do Restaurante Cruzeiro.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei o Colégio Nossa Senhora da Saúde e a Escola Industrial e Comercial de Chaves, mais tarde Dr. Júlio Martins.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí em 1987. Os motivos foram a prática de atletismo de alto rendimento (participei nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 e fui 31 vezes internacional), o ingresso no SL Benfica e mais tarde também o ingresso na Guarda Fiscal.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Vivi na vila de Belas, nos arredores de Lisboa, até final de 2018 e agora moro em Santa Cruz de Torres Vedras. Tive sempre duas atividades praticadas de forma profissional: Desportivamente, representei o Ginásio Clube de Chaves (até 1984), a ANA - Núcleo de Atletismo dos Amigos do Araújo (85 e 86), o SC Salgueiros (87), o SL Benfica (88, 89 e 90), o Sporting CP (91, 92, 93, 94 e 95) e o Maratona CP (96, 97, 98, 99, 2000 e 2001). Profissionalmente, sempre na Escola da Guarda, em Queluz.

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

Duas é muito pouco. As tertúlias com o Pipa e companhia, no Jardim das Freiras. O silêncio que se ouvia, tanto nas noites quentes de verão como nas noites frias de inverno. Ainda nas férias grandes, as tardes passadas no canal junto ao aeródromo (a nossa piscina).

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Subir à Torre de Menagem para poder usufruir da magnífica vista da nossa veiga.

Visitar as Termas e beber um copo de água.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Dos treinos no Jardim Público, dos amigos que infelizmente já partiram, do Jardim das Freiras, do Ginásio Clube de Chaves, do açude, dos mergulhos no canal, e até das geadas e dos dias de nevoeiro.

 

Com que frequência regressa a Chaves?

3 a 4 vezes por ano.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

Ver a água do Tâmega límpida, ver o açude como uma verdadeira praia fluvial. Gostaria também de ver o Jardim da Freiras tal como ele era há 20 anos.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Gostava, mas infelizmente não me parece possível.

 

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O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

Rostos até João Junqueira.jpg

 

 

26
Mar20

Flavienses por outras terras

HERCULANO POMBO


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Herculano Pombo

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos até Sintra, nos arredores de Lisboa.

 

É lá que vamos encontrar o Herculano Pombo, um natural de Torres Novas que adotou Chaves como a sua cidade.

 

Cabeçalho - Herculano Pombo - 1024 x 380.jpg

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei o Liceu Fernão de Magalhães e a Escola do Magistério Primário.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Vivi em Torres Novas até aos dez anos e depois fui estudar para Santarém até aos quinze.

 

Cheguei a Chaves, a nova residência da família, no início da Primavera de 1969, viajando no “Texas” e deslumbrado pela primeira nevada da minha vida, mas continuei a estudar em Santarém, de onde só regressava nas férias.

 

Em 1970 mudei para o Liceu Fernão de Magalhães, onde concluí o antigo sétimo ano, em 1972.

 

Viajei depois para a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, um curso que não concluí.

 

Em 1975 ingressei no Magistério Primário de Chaves. Mais tarde, fiz a licenciatura no ISCE, em Lisboa, e o Mestrado e Doutoramento em Didática, na Universidade de Sevilha.

 

Fui deputado na Assembleia da República, entre 1987 e 1991, regressando à casa de Chaves aos fins de semana. Depois, fui vereador e Vice-Presidente da Câmara de Sintra, de 1994 a 2001, vila onde passei a viver desde então.

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

Os banhos na Galinheira e no Açude, os namoros no Tabulado e no Jardim Público, as tertúlias peripatéticas no Largo das Freiras.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Os verdadeiros valores identitários de Chaves estão ainda por revelar, resgatar ou afirmar, como as ligações de Camões à terra das suas origens, ou a origem e evolução do nome da cidade e as distintas culturas que a foram moldando, o seu património arqueológico diverso, onde há-de avultar futuramente o balneário romano que já lhe deveria justificar a importância universal; as autênticas e diferenciadoras valias gastronómicas, como o caldo de chicharros ou os cabaçotes com carne, que estão ofuscados pelos clichés do presunto que já não há - em quantos povos madrugam ainda as mulheres para cozerem o pote das viandas com que cebar a preceito os recos, com vossa licença?; ou os banalizados pastéis de carne, embora os da Maria sejam ainda capazes de avivar a memória dos originais; ou as deprimentes e vulgarizadas feiras de fumeiro, onde a desvergonha chega a exibir sacrilégios, como a alheira de bacalhau, a linguiça vegan e outras desrespeitosas modernices...

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Muitas saudades, mas vou-as matando... Dos amigos, das geadas e carambinas, das águas limpas dos rios e das trutas, das únicas batatas que consigo comer com gosto...

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Cinco a seis vezes por ano. Nos Santos, para lembrar os que morreram e para abraçar os que, como eu, ainda fazem vida por outras terras e sempre cá voltam para darem de beber às raízes, com uma indisfarçável motivação relacional; na primavera, para tentar caçar umas trutas; nas férias de cada Agosto, como todos os que migrámos; ou quando me convidam para eventos de cultura local, e, mais recentemente, para voltar a dar aulas no Centro Internacional de Ensino e Investigação Fernão de Magalhães,... mas sempre, sempre, a alimentar a ilusão do regresso definitivo.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

Chaves tem um potencial de desenvolvimento único, com recursos naturais diferenciadores, com uma localização estratégica, servida por uma rede viária suficiente e, sendo que já foi a mais movimentada e desenvolvida cidade de Trás os Montes, dela se espera que volte a afirmar as suas mais-valias para tornar a ser “bom lugar de viver”. Como sempre, vai depender da visão e arrojo das pessoas que têm responsabilidades de decisão.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Não conheço Flaviense, ainda que adotivo, que não acalente esse sonho!

 

Mapa - 1024 x 510 (16).png

 

O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

Rostos até Herculano Pombo.jpg

 

 

27
Fev20

Flavienses por outras terras

Lúcia Vieira Ferreira


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Lúcia Vieira Ferreira

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” voltamos à margem sul de Lisboa para o testemunho da Lúcia Vieira Ferreira.

 

Cabeçalho - Lúcia Ferreira - 1024 x 380.png

 

Onde nasceu, concretamente?

Nasci em Argeriz, no concelho de Valpaços, mas fui viver para Chaves em criança (9 anos).

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei o Liceu Fernão de Magalhães e o Magistério Primário.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí há 43 anos por falta de vida cultural na cidade e para tirar outro curso superior, como aconteceu (Direito). A cidade estava num marasmo e os jovens sem oportunidades de elevar os seus conhecimentos a todos os níveis. A vida girava apenas ao redor do Café Aurora, que eu frequentava, e do Sport. Eu queria mais…

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

As arruadas no dia 1 de dezembro, o grupo “Os Canários”, e o icónico Café Aurora, no tempo do Espanhol. Vivi na Rua Direita, onde brinquei com segurança ao anelinho e ao mata, pois os carros eram muito poucos…

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

As Termas e a Adega do Faustino.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Da família e dos amigos dos meus tempos de estudante.

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Quando tinha os meus pais vivos, costumava ir três vezes por ano. Agora, uma ou duas vezes.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

Maior animação cultural.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Talvez um dia volte, depende do futuro.

 

 

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O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

 

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23
Jan20

Flavienses por outras terras

Telmo Pires


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Telmo Pires

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” voltamos a cruzar o Atlântico em direção aos Estados Unidos da América. Na cidade de Nova Iorque vamos encontrar o Telmo Pires.

 

Cabeçalho Telmo Pires - 1024 x 380.png

 

Onde nasceu, concretamente?

Nasci no Hospital de Chaves, cresci na Rua do Pessegueiro, e mais tarde no Bairro do Lombo.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Fiz a Escola Primária no Caneiro, o 5º e 6º anos na Escola Dr. Francisco Gonçalves Carneiro e,

finalmente, do 7º ao 12 ano no Liceu.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí de Chaves para Lisboa em 2011, quando fui estudar para o Instituto Superior Técnico.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Lisboa e Nova Iorque.

 

Nova Iorque.jpg

Nova Iorque - Fotografia de Telmo Pires

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

Lembro-me de ser tudo perto. Perder imenso tempo em transportes foi algo a que demorei a habituar-me. E lembro-me também de, nos intervalos do secundário, jogarmos basquetebol e irmos à padaria da Rua do Tabulado comprar o lanche.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Uma volta de bicicleta junto ao rio é uma experiência muito agradável, que tento repetir sempre que aí vou. Como turista, diria que provar um Pastel de Chaves é obrigatório.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Tenho saudades dos tempos passados com a família e amigos. Com o tempo as pessoas separam-se e deixam de se ver.

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Quando morava em Lisboa ia cerca de 5/6 vezes por ano, mas desde que saí de Portugal, passou a ser apenas duas vezes.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

O Jardim das Freiras como era nos meus tempos de infância. É desapontante quando se usam fundos públicos para destruir algo de que todos gostavam.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Tenho um carinho especial por Chaves, mas não me vejo a voltar. É difícil ter uma vida profissional em tecnologia fora das grandes cidades.

 

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Localização de Falvienses por outras terras que já passaram aqui pelo blog

 

O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

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Flavienses que já deixaram aqui o seu testemunho

 

 

 

 

26
Dez19

Flavienses por outras terras - Mário Esteves

cidade de chaves


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Mário Esteves

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos até à “Antiga, mui Nobre, sempre Leal e Invicta cidade do Porto”, tal qual a inscrição que consta no brasão da cidade.

 

Porto visto da Serra do Pilar.jpg

Fotografia de Mário Esteves

 

É, pois, no Porto que vamos encontrar o Mário Esteves.

 

Cabeçalho Mário Esteves - 1024 x 380.png

 

Onde nasceu, concretamente?

Sou do tempo em que ainda havia um Hospital com Maternidade em Chaves. Foi lá que nasci.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Andei na Escola da Estação, na Escola Nadir Afonso, passei pela Secundária Dr. Júlio Martins e fiz o secundário na Fernão de Magalhães (Liceu).

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Em 2013, quando comecei a Faculdade.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Tenho vivido no Porto. Fiz ainda um semestre de Erasmus em Dresden, na Alemanha, no ano passado.

 

Ponte Dom Luís.jpg

Fotografia de Mário Esteves

 

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

O meu avô é sócio do Desportivo de Chaves há já muitos anos. Quando eu era criança, ia muitas vezes com ele ao estádio porque não precisava de pagar bilhete. Claro que estava mais atento à senhora das pipocas do que ao jogo em si, mas sempre gostei do ambiente.

 

Lembro-me também da alegria que era quando os carroceis começavam a chegar à cidade, na altura dos Santos.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Não deixem de visitar o MACNA – Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso. Para além de ser um edifício da autoria de Álvaro Siza Vieira, elogiado internacionalmente, tem tido exposições de grande valor.

 

Sugiro também a quem visitar a cidade que vá fazendo refeições leves nos dias antes da visita, para que possa aproveitar a gastronomia da região à vontade.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Sinto sobretudo alguma nostalgia da cidade que tínhamos há 10 ou15 anos, quando se via gente nas ruas.

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Costumo ir, no mínimo, uma vez por mês.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

Gostava de ver um Hospital com as valências necessárias para servir as pessoas. Gostava de ter um centro histórico requalificado de forma a que os habitantes pudessem usufruir do centro da sua própria cidade. Enquanto as “ruelas" estiverem abandonadas serão sempre um lugar privilegiado para a prostituição e para o consumo de drogas.

 

A questão central aqui é a vontade de ver Chaves com vida, com coisas a acontecer, a apontar para o futuro. É preciso uma política cultural a sério que faça as pessoas sair de casa, que chame a juventude, que dê aos Flavienses a oportunidade de viver a cidade.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Naturalmente que seria do meu agrado viver um dia em Chaves, mas tenho a noção que será muito difícil fazê-lo num futuro próximo, mesmo após concluir o Curso. Veja-se a quantidade de pessoas que saíram de Chaves para estudar e que não voltaram porque se tornaram mão-de-obra qualificada, com perspetivas de vida em relação às quais nesta cidade não há forma de dar resposta.

 

Chaves, assim como quase todo o interior do País, ainda não é para jovens. Temos que encontrar alguma forma de inverter o rumo.

 

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O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

Rostos até Mário Esteves.png

 

 

 

 

 

 

21
Nov19

Flavienses por outras terras

Paulo Carneiro


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Paulo Carneiro

 

Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” vamos acrescentar mais um ponto no mapa de Portugal, desta vez em pleno Ribatejo.

 

Em Abrantes vamos encontrar o Paulo Carneiro.

 

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Onde nasceu, concretamente?

Nasci no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, no dia 4 de junho de 1966, e fui viver para uma casa que ficava numa travessa entre a Rua Direita e a Rua de Santa Maria, por pouco tempo, contam os meus pais. Depois, fomos viver para a Rua de Santa Maria, no edifício da casa dos móveis, que tinha a sua frente na Rua Direita, ali em frente à Sapataria Marco Paulo. Depois, por volta dos meus 5 anos, mais coisa menos coisa, após o nascimento do meu irmão do meio, fomos viver para a Rua das Longras, para a casa onde os meus pais exploravam um estabelecimento comercial. Ali cresci e vivi até sair de Chaves.

 

Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?

Frequentei a 1ª e a 2ª classe na Escola da Lapa, isto antes do 25 de abril de 1974. Depois, a 3ª e 4ª classe na Escola da Estação, porque na Escola da Lapa ia passar a funcionar o Magistério Primário.

O 1º e 2º anos do Ciclo Preparatório foram frequentados no Forte de São Francisco.

Os anos seguintes, do 7º ano ao 12º, foram na Escola Secundária Dr. Júlio Martins.

 

Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?

Saí de Chaves por mais que uma vez, tendo sido a primeira no ano de 1984, quando fui para Ermesinde, onde estive cerca de um ano, mais coisa menos coisa. Ali vivi a experiência de Seminarista na Congregação dos Irmãos Maristas.

A saída definitiva foi a de 17 de agosto de 1987, data em que saí para ir para Mafra para a Escola Prática de Infantaria para ser incorporado no dia seguinte no CGM - Curso Geral de Milicianos. Ali estive apenas 3 dias, pois surgiu a oportunidade de ir para mais perto, para o Centro de Instrução de Operações Especiais em Penude - Lamego e foi aí que estive a frequentar o referido CGM e de seguida o Curso de Sargentos Milicianos. Depois, fui colocado no Regimento de Infantaria de Tomar, onde estive até à disponibilidade, em dezembro de 1988.

 

Em que locais já viveu ou trabalhou?

Para além dos locais acima referidos vivi ainda em:

- Alverca do Ribatejo (1989)

- Tomar (1990 a 1993)

- Abrantes (1993 até aos dias de hoje).

 

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Castelo de Abrantes

Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:

É complicado escolher só duas, pois será de todo injusto para tantas e tantas vivências, isto apesar de não ser uma pessoa muito apegada ao passado, mas há recordações que não se apagam e nem quero.

Recordo os tempos de criança na Rua das Longras, de jogar à bola, às caricas, ao berlinde, ao pião, isto no meio da rua. Recordo os tempos de acólito na Igreja de Santa Maria Maior, assim como de Escuteiro no Agrupamento 198, nos tempos da Ordem Terceira, antes das obras, altura em que o agrupamento foi colocado no 1º andar do edifico central, no Forte de São Francisco.

Recordo os tempos no Grupo de Jovens “Os Pioneiros” e toda a atividade juvenil na qual fui elemento ativo, tanto a nível da paróquia como do movimento juvenil católico da cidade e não só. Recordo os encontros de jovens em Soutelo, na casa dos Irmãos Maristas, assim como os encontros na Escola Agrícola de Artes e Ofícios.

Recordo as festas do XIX centenário da cidade com as diversas festividades centradas no Largo do Arrabalde, que aliás era o centro de quase todas as festas na cidade.

Recordo as festas de verão na aldeia dos meus avós maternos (Bobadela de Monforte), a matança do porco, a Páscoa, a Visita Pascal, entre tantas e tantas ocasiões que serviam para juntar a família e aí todos os primos se juntavam, tanto os que viviam na aldeia como os que eram da cidade.

 

Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:

Mais uma vez o número 2 é demasiado redutor. Aconselho a todo o turista que visite Chaves que se demore pelo menos 4 a 5 dias para poder apreciar devidamente o nosso património (Igrejas, Castelo, Ponte Romana, Fortes, etc.), assim como os Museus, as Termas, entre tantas outras coisas. E aproveite também para saborear a nossa maravilhosa gastronomia.

 

Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?

Como referi atrás não sou um saudosista por assim dizer, gosto sim de relembrar os tempos idos e que não voltam.

 

06 - Capela de São Lourenço.jpg

Capela de São Lourenço - Abrantes

 

Com que frequência regressa a Chaves?

Menos do que gostaria. No entanto, tento visitar pelo menos uma vez por ano, nem sempre conseguindo, mas tento. E sempre que o faço, além de estar com a família, aproveito para dar a conhecer à minha família ribatejana (esposa e não só) o nosso concelho e os arredores.

 

O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?

Já por demais referido em tantos locais, como o Facebook, blogs e outros, gostaria de voltar a ver o Jardim das Freiras novamente digno do nome Jardim, com flores, árvores e não um espaço vazio de verdura.

 

Gostaria de voltar para Chaves para viver?

Foi ideia que já me passou pela cabeça. Já esteve mais longe, mas também já esteve muito mais perto. Voltar a Chaves em princípio só para visitar a família, amigos e férias, pois profissionalmente estou “preso” ao Ribatejo.

 

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O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.

 

Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.

 

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