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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

01
Abr17

Cidade de Chaves - Descoberta histórica para a história de Chaves


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Já há muito que por cá se falava na existência de um possível túnel que ligaria o a Torre de Menagem ao Forte de S.Francisco. Pensava-se ser uma lenda mas afinal o túnel existe mesmo, só que não é entre o Castelo e o Forte de S.Francisco, mas entre este último e o Forte de S.Neutel. A descoberta ocorreu terça-feira passada, quando numa limpeza de rotina da fonte do Forte de S.Neutel, na tentativa de endireitar uma das pedras  do fundo da fonte a mesma começou a ceder lentamente, afundando-se e só se estabilizando a cerca de 1,7m abaixo da sua posição inicial. Perplexos, os funcionários da Câmara Municipal que procediam à limpeza, mais perplexos ficaram quando descobriram que por baixo da fonte se iniciavam dois túneis, um em direção ao interior do Forte de S.Neutel e outro em direção à cidade, que ao fim da tarde de hoje se descobriu terminar junto à entrada Norte do Forte de S.Francisco, de onde se inicia um outro túnel em direção ao Rio Tâmega.

 

A descoberta foi mantida em segredo até à noite de ontem porque na exploração do túnel que ocorreu desde terça-feira passada, foi descoberta um compartimento, uma câmara subterrânea onde estão depositados vários documentos , peças de arte sacra e alguns colares em ouro, que ao que os arqueólogos da Câmara Municipal apuraram, deve tratar-se de documentos e património pertença da cidade (Municipio) bem como documentos militares, que aí terão sido depositados aquando uma das antigas invasões da cidade. Pouco mais se sabe das descobertas, mas os arqueólogos da Câmara municipal adiantam ainda que o outro túnel que sai do Forte de S.Francisco em Direção ao rio, que não puderam explorar na totalidade por parte dele ter ruído, deverá terminar junto ao Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, naquilo que se pensava ser um poço normal, que aquando das obras descobriram ter um túnel numa das suas paredes, precisamente em direção ao Forte, que então se pensava ser uma espécie de mina para conduzir água ao poço de uma qualquer nascente, em tempo de seca.

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Os arqueólogos da CMC adiantam ainda que é possível que neste troço exista o tal túnel que liga também ao castelo, adiantando ainda que num dos documentos encontrados na antecâmara, existia um livro, uma espécie de livro de atas, onde se encontravam vários juramentos de antigos comandantes militares em que juram manter o segredo da existência dos túneis, e que o mesmo só seria passado ao seu sucessor e que os mesmos túneis só seriam utilizados em caso estratégico e como último recurso. Contudo ainda não encontraram uma explicação para a razão de o último juramento constante no referido livro ter sido há pouco mais de 200 anos.

 

Pelo que apurámos o Presidente da Câmara Municipal já marcou uma conferência de imprensa para a próxima segunda-feira para dar conta deste achado e dos achados  encontrados na antecâmara subterrânea onde parece haver muitos documentos que em muito irão contribuir para a história da cidade de Chaves.

 

Entretanto e enquanto os trabalhos e descobertas no interior do túnel continuam, o local está vedado e guardado durante as 24 horas do dia pela PSP de Chaves.

 

Segunda-feira após a conferência de imprensa pela certa que traremos aqui mais novidades sobre o assunto. Entretanto fica um esquema do traçado dos tuneis, de nossa autoria, que pensamos ser muito próximo da realidade.

 

 

18
Set08

Coleccionismo de Temática Flaviense – Pins


 

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A não ser que seja conversa acabada, todas as conversas têm continuidade. Ultimamente tenho andado pelas margens do rio e a sua recuperação para a cidade como um espaço público, ou seja, de todos.

 

Hoje é dia de coleccionismo de temática flaviense, e de entre as minha colecções, surgiu-me o pin da Nossa Senhora das Brotas e quem fala nesta santa (em Chaves) obrigatoriamente fala na sua festa e no Forte de S.Neutel, pois é lá que se insiste em realizar os festejos e o local onde existe a sua capela de devoção.

 

No que diz respeito à continuidade da conversa dos dias anteriores, surge-nos o Forte de S.Neutel, uma das maravilhas de Chaves e até de Portugal, onde se tem investido dinheiros públicos e comunitários, primeiro com o anfiteatro e sala de espectáculos ao ar livre e recentemente com o arranjo da envolvente e interior. Um largos milhões de escudos e euros foram gastos naquele espaço, já vai com a terceira “revitalização” mas nem por isso ganhou vida e, insiste (mesmo sendo um monumento maravilha) em manter as suas portas fechadas para a cidade e, para turista e visitante ver. Claro que para turista, com tão poucas referências que há à sua existência, também será difícil encontrá-lo, a não ser (às vezes) por mero acaso ou um visitante que vem à bola, mas mesmo assim de pouca adianta, pois as suas portas só abrem duas a três vezes por ano.

 

Às vezes, embora até seja distraído,  também paro um bocadinho para pensar e, nestes casos como o Forte de S.Neutel,  interrogo-me se valerá a pena investir tanto dinheiro na sua recuperação para depois o manter como um espaço morto e esquecido, embora bonito, por enquanto.

 

Mas hoje o coleccionismo leva-nos mais uma vez até à Nossa Senhora das Brotas, aquela que na memória mais recente já tinha tradição de festa da cidade (deixando de parte as verdadeiras festas da cidade que o são a Feira dos Santos), e ainda antes de inventarem os festejos do 8 de Julho, que continuam sem tradição e sem significado relevante na história da cidade ( e sou republicano). Pois é, mas enquanto se perdem e se vão deixando morrer tradições e festas (por muito que meia dúzia de carolas a tentem manter de pé para outra meias dúzia de saudosistas, entre os quais me incluo, pois não dispenso a minha visita anual à festa), há outras que são recuperadas da memória de tempos longínquos, porque alguém se lembrou que há 100 anos se fazia por cá uma festa, religiosa, da Nossa senhora da Conceição, que se vai realizar neste próximo Domingo.

 

Nada tenho contra esta recuperação da memória, aliás até a acho interessante porque chama a si a participação das freguesias dos seus santos e padroeiros. É uma tarde diferente a ver desfilar santos e santas, fiéis e o orgulho das aldeias no seu santo(a) e padroeiro(a), mas apenas isso, pois desmontada a procissão desmonta-se a mobilização e o ar de festa popular e, como que por encanto, as ruas da cidade retomam o seu despovoamento, pois é fim-de-semana e nem sequer tem cheiro a festa pimba com banda no coreto e arraial na praça principal.

 

Estamos em meados de Setembro, a pouco mais de um mês das nossas festas da cidade que o são e sempre foram por excelência a Feira dos Santos. É nessa festa que os xerifes da cidade têm de concentrar a sua atenção, pois é a única que tem tradição e que traz a Chaves gente de fora (ainda milhares de pessoas) e filhos da terrinha e que no entanto tem sido tratada ao longos dos anos sempre deficientemente como uma feira que se faz por si própria, improvisada, sempre a mudar de poiso e sem nunca ter sido verdadeiramente pensada, nem em poiso nem em oportunidades de lançar Chaves e mostrar Chaves como a verdadeira capital das terras do Alto Tâmega e arredores. Responsabilidade que Chaves nunca soube assumir e que cada vez mais perde importância em relação aos concelhos vizinhos que eram, porque sempre o foram, uma mais valia para Chaves. Birrinhas, alheamentos, politiquices, espertezas saloias  e falta de alguma luz sobre as suas cabeças, que são pagas para pensar os nossos destinos, do concelho e da região, fazem que todos os anos se discuta o assunto, enquanto Chaves (também distraída), vai perdendo uma região que sempre esteve fortemente ligada a nós. Valha-nos a Feira dos Santos, cuja tradição é mais forte que todas as distracções dos rapazes que um dia se lembraram que era na política e outras associações que estava o seu emprego e o garante do seu futuro.

 

Chaves, pela sua história milenar, merecia muito mais, mesmo assim, é nesta terrinha que lançamos sementes e ganhamos raízes, da qual gostamos e da qual tantos nos custa a desprender, por isso, teimosos como eu, não a abandonamos, porque é a nossa grande casa, que gostamos e amamos e na qual, sempre temos esperança que um dia Chaves retome a sua importância. Nem há como ser sonhador ou ainda não ter desistido de ter opinião sobre a cidade!

 

Até amanhã, com mais um discurso sobre a cidade.

 

24
Mar08

Forte de S.Neutel, bonito, mas de Portas fechadas.




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E cá estamos de regresso à cidade e de regresso também àquilo que de melhor temos. De regresso a uma das nossas maravilhas flavienses e que agora após as recentes obras de restauro e de embelezamento da envolvente exterior, é uma maravilha digna de se ver e de ser apontada como aquilo que vamos tendo de melhor cá pela terrinha.

 

Sem dúvida alguma que o forte merecia estas obras recentes a que foi sujeito e está bonito de cara lavada, talvez por isso no passado Sábado tivesse atraído alguma gente que à passagem pelo local paravam para uma visita, sobretudo espanhóis, pelo menos foi isso que aconteceu durante a minha visita para tomar as fotos que hoje vos deixo aqui.

 

Os meus lamentos de Páscoa do ano passado repetem-se, ou seja, temos tudo que há de bom para “vender” a quem nos visita. Gastronomia boa e farta, monumentos, hospitalidade e até alguma simpatia, história…etc.  O Forte de S.Neutel (a par dos restantes monumentos que temos) é um dos monumentos que atrai e não faltou quem o visitasse, mas apenas por fora, pois as portas do Forte insistem em estar fechadas a quem o quer visitar.

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Aliás Chaves é uma cidade fechada ao turismo, que em vez de aproveitar as visitas dos turistas e dos flavienses ausentes que vêm comer o folar à terrinha, lhes fecha as portas dos monumentos e do comércio tradicional, do mesmo cujos comerciantes  tanto se lamentam mas nada fazem por resolver os seus lamentos e que nestes dias em que as visitas a Chaves são adivinhadas, preferem gozar o fim-de-semana e os feriados, a estarem abertos para a cidade e para quem nos visita. Enfim, cada um tem o que merece, e realmente Chaves não merece mais, pois ninguém faz nada por ela e todos vivem conformados. Até eu penso e repenso este blog e se valerá a pena ou, se a cidade merece este meu esforço diário.

 

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Enfim, como a esperança é a última a morrer e eu sou teimoso bastante para continuar por aqui, amanhã cá estarei de novo, mas e só porque ainda sei que há muito flaviense ausente da terrinha que traz Chaves bem aconchegada no coração. Aliás é para vós que este blog é feito.

 

Até amanhã e desculpem os meus lamentos!

17
Out07

Maravilhas de Chaves - Forte de S.Francisco


 

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A nossa casa, por muito humilde e pobrezinha que seja, é a nossa casa e, é sempre nela que encontramos o conforto e o amor para os maus dias e, é também nela que se festejam também os bons momentos. Depois há o amor e a paixão. No amor, ama-se e somos compreensivos, desculpamos defeitos, elogiamos virtudes, damos e recebemos conforto. Na paixão exorbitamos todos os sentimentos ao ponto doentio de só vermos o que queremos ver e, quando se sente traída, cai-se logo em estado de revolta ou pior que isso, em estado oprimido e deprimido.
 
Todo este blá-blá (que não o é), que se sente e nunca se confessa, para vos dizer que a cidade de Chaves é a minha humilde casa, o meu amor e a minha paixão. Claro que com esta mistura de sentimentos, também eu vou dando uma no cravo e outra na ferradura, ou seja, tanto sou compreensivo e a amo, como me apaixono por ela e fico cego ao ver só aquilo que quero ver, ou revoltado, com tanto mal que lhe fazem.
 
Tudo isto vem a respeito da foto de hoje (de apaixonado) e de um comentário deixado no post de ontem, pelo nosso amigo Tupamaro e, como sempre cheio de razão, com toda a razão de quem como ele vive a cidade e o ser das nossas aldeias, a nossa realidade. Como eu o compreendo!
 
Somos aldrabões sim senhor e além disso, temos vergonha. Vergonha de ver ao pé de monumentos e belezas destas (como a foto de hoje) os mamarrachos de betão, caixotes de gente, que lhes tapam as vistas ou de, ao lado de uma simpática casa centenária, de um pormenor de uma janela, se ocultar toda uma rua em ruínas. Mais que aldrabões temos vergonha, não só daquilo que ocultamos mas também de quem nada faz por esta cidade. É por vergonha que me nego a mete-la nas fotografias que por aqui publico e,
prefiro mentir-vos a trazer aqui as nossas desgraças. (leia-se como a fase de revolta de uma paixão).
 
A poesia tem sempre a vantagem de ser vivida por quem a sente e adaptar a si aquilo que nela quer sentir. Assim e para rematar o post de hoje, deixo-vos com uma quadra de António Aleixo:
 
                    Digo sempre que estou bem
                    - Quanto mais sofro mais canto –
                    P’ra quê chorar?...se ninguém
                    Me quer enxugar o Pranto!
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Até amanhã, de novo em Chaves.

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