Notícias de Chaves e de Outras Paragens
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Definitivamente estou zangado com a televisão. Certo é que faz parte do ritual dos dias, chegar a casa e ligar o televisor, mas, à excepção dos simpsons, cá por casa, a televisão não tem mais audiência. Eu sei que perco muitas bisbilhotices e conversas de café, mas estou feliz assim.
De notícias, vou dando uma espreitadela às dos jornais e às da INTERNET, mas também me fico quase sempre pelos títulos, a não ser que o assunto me chame a atenção.
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Pois nestes últimos dias houve uma notícia da LUSA que me chamou a atenção e que fica aqui na íntegra:
“O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, considerou hoje, em Elvas, que a candidatura das fortificações abaluartadas de cinco concelhos a Património Mundial, pela UNESCO, constitui uma forma de dar “nova interpretação e significado às cidades fortes”.
O governante deslocou-se hoje a Elvas depois de os autarcas dos concelhos de Estremoz, Marvão, Almeida, Elvas e Valença terem iniciado o processo de candidatura das suas fortificações a Património Municipal, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.
Os cinco municípios vão desenvolver o processo de candidatura à UNESCO das suas fortificações abaluartadas de fronteira entre Portugal e Espanha, com a tipologia de candidatura transfronteiriça em série.
“É muito importante que haja um projecto português e espanhol, que atravesse a fronteira e que permita reler e entender a nossa história e criar uma nova relação fraterna com aqueles que são nossos irmãos”, sublinhou hoje o ministro em Elvas.
José António Pinto Ribeiro garantiu que, para o avanço desta candidatura transfronteiriça, já foram efectuados contactos com o governo Espanhol, nomeadamente ao nível do ICOMOS.
José António Pinto Ribeiro salientou que se trata de uma iniciativa “única” a nível mundial, esperando que venha a ser transformada numa candidatura comum na próxima Cimeira Luso-Espanhola, a realizar em Elvas.
Ray Boundin, vice-presidente da Comissão Internacional do ICOMOS para cidades e vilas históricas e fortificações e Património Mundial, disse que “não tem dúvidas de que Elvas, pela sua importância histórica e militar, é uma boa candidata a Património Mundial”.
Para Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, esta candidatura é, por si só, “uma excelente forma de atrair fluxos turísticos para o Alentejo, desde restaurantes a alojamento”.
Hoje à tarde, no auditório S. Mateus, em Elvas, decorreu a apresentação do dossiê-técnico científico da candidatura de Elvas a Património Mundial, numa cerimónia presidida pela secretária de Estado da Cultura, Maria Paula Santos.
Na quinta-feira, os presidentes das câmaras de Elvas, Estremoz, Marvão, Valença e Almeida foram recebidos no Ministério dos Negócios Estrangeiros para a entrega da “Declaração de Elvas”.
Trata-se de um documento no qual é manifestada a intenção de avançar com a candidatura a Património Mundial das Fortificações Abaluartadas da fronteira entre Portugal e Espanha, sendo as Fortificações de Elvas a cabeça de série.
O presidente da Câmara Municipal de Elvas, José Rondão Almeida referiu que do lado espanhol há a possibilidade dos municípios de Olivença, São Rodrigo e Badajoz virem a integrar este processo conferindo-lhe assim um carácter internacional.”
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Pois muito bem, e Chaves!?
Por acaso não será Chaves uma cidade de fronteira com um dos mais ricos patrimónios militares nacionais de fortificações abaluartadas e castelos!? Não é por nada, mas por cá temos o Forte de S.Neutel, o Forte de S.Francisco, restos de muralhas seiscentista e medievais, o Castelo com a sua Torre de Menagem e ainda o Castelo de Monforte e o de Stº Estêvão, mas que pela proximidade, também se poderia incluir nesta colecção o Castelo de Montalegre e o de Monterrei, pois todos cabiam e ficavam bem na candidatura de Elvas, como lhe chamam.
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Não sei se Chaves foi ou não consultada para integrar a candidatura de Elvas, possivelmente até nem o foi, mas penso que em termos de fortificações, Chaves tem sempre uma palavra a dizer, não só pela qualidade das nossas fortificações, mas também pela sua quantidade. Claro que, se calha, a Chaves até nem lhe interessaria integrar esta candidatura, pois todos sabemos que Chaves e o seu centro histórico é candidata a candidata de património da humanidade, aliás até é uma candidatura que tem tido a contribuição de todos, principalmente dos proprietários dos edifícios e lojas do Centro Histórico, sempre, claro, com o olhar atento do Município.
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Fora este acontecimento noticioso que me chamou a atenção, há outro que de boca em boca ou, em outdoors gigantes, vão chamando a atenção na cidade, pois ao que parece, estamos em plena campanha eleitoral autárquica, embora e só para cumprir calendário, no próximo Domingo haja eleições para o Parlamento Europeu, das quais, pouco ou nada se sabe ou se fala, pois a Europa, aquela que agora dita a maioria dos nossos destinos, fica lá longe, não é!?
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Pois por cá o que interessa mesmo é a terrinha e os seus candidatos à Câmara e às freguesias, e os partidos que se cuidem, pois as candidaturas independentes já começaram a aparecer com força e ao que por aí consta, com muitos apoios, pelo menos com o apoio do grupo, cada vez maior, dos desiludidos com os partidos políticos.
Outra notícia que durante a semana me chamou a atenção, foi a do FESTIMAGE, pois este ano, ao que se depreende pelo que diz o Jornal que promove o evento, foi um sucesso, então não é que uma fotografia sobre Chaves quase chegou à final! Mas eu fui mais curioso e fui ver todas as fotos apresentadas e, o jornal do evento até foi modesto, pois além da foto que quase chegou à final, há mais 3 fotos sobre Chaves. Este ano sim, Chaves foi projectada no mundo, pena que nenhuma foto de Chaves tivesse chegado à final. Também lamento que ninguém tivesse concorrido com arte digital. E sobre o FESTIMAGE, só nos resta mesmo saber quem é o Indiano que vai ganhar a edição deste ano.
Até amanhã.
P.S. - As imagens de hoje, à excepção da foto do Castelo de Montalegre, são de arquivo e já foram publicadas anteriormente neste blog.