O Barroso aqui tão perto - Frades
Aldeias do Concelho de Vieira do Minho
FRADES
Freguesia de Ruivães e Campos - Vieira do Minho
Continuamos no Barroso que vai além do concelho de Montalegre e Boticas, vamos até ao concelho de Vieira do Minho, para a freguesia de Ruivães e Campos, com mais uma aldeia desta freguesia, a aldeia de FRADES.
Iniciámos já pela localização e itinerário para chegar até a aldeia de Frades, aldeia da margem esquerda do rio Cávado, onde este recebe dois afluentes, o do rio Rabagão e Cabril. Aliás esta aldeia para além de testemunhar um encontro de três rios é também ponto de encontro da linha separadora da serra da Cabreira e Serra do Gerês, do concelho de Montalegre e Concelho de Vieira do Minho, do distrito de Vila Real e o Distrito de Braga, da Província de Trás-os-Montes e Alto Minho.
Embora localizada nas fraldas da serra da Cabreira, tem como vistas, privilegiadas, a serra do Gerês e terras do concelho de Montalegre, do outro lado do rio, ou rios que aqui são aprisionados pela barragem de Salamonde, que via rio Cávado e rio Rabagão, também recebe a água excedente que as barragens de Paradela, Pisões e Venda Nova libertam.
Frades, embora próxima da estrada nacional E103, que lhe passa a cerca de 500m, não é visível desde a estrada, isto por causa de algumas elevações do terreno e também do arvoredo que se mete pelo meio, que impedem as vistas mas também o acesso à aldeia a partir desse ponto, acesso que só é feito a partir da aldeia de Ruivães, mas também próximo de Frades, um pouco mais, pois entre Ruivães e Frades pouco mais é que 1.500m.
O acesso a Frades poderá também ser feito a partir do concelho de Montalegre, mais propriamente a partir da aldeia de Cabril, que por estrada fica a cerca de 4.300m, atravessando a ponte sobre o Rio Cávado que une os dois concelhos de Montalegre e Vieira do Minho. Esta ponte, em termos práticos, é a ponte que substitui a afamada ponte da Misarela que em tempos mais longínquos, mas não muito, servia para esse fim de ligar os dois concelhos.
Penso que os dados que ficam já servem perfeitamente para localizar Frades. Quanto ao itinerário, é o do costume que temos indicado para as aldeias do Barroso pertencentes ao concelho de Vieira do Minho, ou seja, Saída de Chaves, como sempre, pela E103 até Sapiãos, depois Boticas, depois a R311 até as proximidades de Salto, depois Minas da Borralha, Linharelhos e logo a seguir estamos em Lamalonga que já pertence a Vieira do Minho. Chegados à Botica apanha-se de novo a E103 até à entrada de Ruivães onde se deve sair à direita para Frades. Ao todo, entre Chaves e Frades são 73Km, cerca de 1H20 de viagem.
Já sabem que no regresso recomendamos tomar sempre outro caminho, pois as indicações que vou deixando são para pequenos passeios que podemos fazer ao Barroso aqui tão perto, para conhecer estas terras do Reino Maravilhoso que Torga foi descrevendo nos seus diários, e daí, já que se vai de passeio e para conhecer novas terras barrosãs, nem há como enriquecer esse passeio passando por outras aldeias no regresso a Chaves. Costumo recomendar o regresso via E103 (na totalidade), mas desta vez vou recomendar via Cabril, Paradela, Montalegre e Vilar de Perdizes. Não vos deixo indicações porque já as deixei inúmeras vezes aqui no blog aquando da abordagem das aldeias de Montalegre, mas também não é preciso, pois em geral as todas as estradas do concelho de Montalegre estão bem sinalizadas com indicações paras as localidades que referi.
Quanto à aldeia de Frades não tem um núcleo definido, não se trata de uma aldeia de povoamento concentrado, mas antes ao longo de uma rua, em cerca de 700 m, existindo um pequeno núcleo separado e mais próximo da barragem e mais meia dúzia de casas dispersas no território da aldeia. Aliás este tipo de povoamento é um pouco característico nas redondezas, em que se sai do povoamento concentrado de forma arredondado mais ou menos em círculo no seu todo, é mais feito com construções isoladas e ao linear ao longo de uma estrada ou caminho.
Também por aqui predomina a verdura dos campos, mas feito de vários matizes, conforme as culturas e a época do ano, em que alguns dos verdes, principalmente o dos arvoredos de folha caduca, dá passa pelos amarelos, vermelhos, laranjas e castanhos antes de cair, mas mesmo de inverno, o que predomina é mesmo a cor verde.
A presença da água da barragem também é uma constante que faz parte das vistas da aldeia, mas apenas isso, pois trata-se de uma barragem de produção de energia elétrica e não me consta que exista qualquer atividade que esteja ligada à aldeia em termos de uso da barragem, a não ser ocasionalmente a pesca, suponho, pois como não sou pescador estou a meter a foice em seara alheia em termos de conhecimento, mas como onde há rios e barragens há sempre pesca, esta não deve ser exceção.
O facto de estarmos numa região com 4 barragens de produção de energia elétrica, também aparece na paisagem destes lugares algumas centrais elétricas e outras construções de apoio, bem como uma rede aérea de cabos elétricos de alta tensão.
Também é a partir de Frades que se faz um dos acessos à Ponte da Misarela, acesso pedonal, que se for feito a partir da estrada junto à ponte que liga ao concelho de Montalegre, são mais ou menos 800m para ir e os mesmo para regressar, a não ser que atravesse a Misarela e saia pela aldeia de Sidrós, do concelho de Montalegre.
E por hoje é tudo, chegamos àquela altura em que nos despedimos e anunciamos o vídeo resumo com todas as imagens que hoje aqui foram publicadas, vídeo que também podem ver no MeoKanal e no nosso canal do YouTube.
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No próximo domingo continuaremos por na freguesia barrosã de Ruivães e Campos do concelho de Vieira do Minho.