O Barroso aqui tão perto - Freguesia de Beça
Freguesia de Beça - Boticas
Freguesia de Beça - Boticas - Barroso
Beça é uma freguesia portuguesa do concelho de Boticas, com 30,01 km² de área e 843 habitantes (2011). Densidade: 34,4 hab/km. Orago - São Bartolomeu
Depois de todas as aldeias da freguesia terem passado aqi pelo blog, é tempo de fazermos agora um resumo da freguesia, com uma abordagem geral sobre a mesma. Para fazermos esse resumo recorremos aos cadernos da “Preservação dos Hábitos Comunitários nas Aldeias do Concelho de Boticas – Freguesia de Beça” onde ficamos a saber:
A freguesia de Beça situa-se na parte Norte do concelho de Boticas. Confronta com várias freguesias: a Norte Negrões, Morgade e Cervos, todas do concelho de Montalegre, a Este Boticas e Pinho, a Sul Curros, Codessoso, Vilar e S. Salvador de Viveiro e a Oeste Alturas do Barroso. Dista da sede do concelho aproximadamente 6 km, o acesso viário faz-se seguindo pela ER 311, virando na indicação Beca segue-se pela EM 311-2. É a freguesia do concelho com mais localidades, sendo constituída por nove aldeias e lugares:
Aldeias da freguesia de Beça
Beça
Carreira da Lebre
Carvalhelhos
Lavradas
Minas de Beca
Pinhal Novo
Quintas
Seirrãos
Torneiros
Vilarinho da Mó
MARCAS DO SEU PASSADO
Não é fácil conhecer a origem da maioria das paroquias e freguesias dada a inexistência de fontes documentais. Umas mais antigas, outras de origem mais recente, sabe-se que a maioria destas aldeias foram formadas a partir do agrupamento de famílias unidas por laços de parentesco ou afinidades económicas e profissionais que se organizaram em comunidade. Muitas das aldeias de Barroso tem a sua origem no movimento de reconquista e povoamento do território iniciado com a formação do Reino de Portugal em 1143 e posterior fixação de famílias de povoadores. Teve particular desenvolvimento a partir dos finais do seculo XIII. Os povoadores eram atraídos por contratos de aforamento cujos termos eram favoráveis à sua fixação, traduzidos em pagamentos de foros de valor acessível. Estes contratos de aforamento eram promovidos indistintamente pela Coroa e/ou pelas Casas Nobres e Senhorios Eclesiásticos.
Beça
Beça tem vestígios que informam a presença de habitantes da época pré-romana, sendo a sua origem mais antiga. Integra um conjunto de povoados que revelam vestígios da presença dos povos antigos designadamente dos romanos e dos suevos cuja ocupação resultava da existência de minérios e da sua exploração, dando origem a habitats mais ou menos permanentes. Almeida Fernandes situa Beça já no tempo suévico coma sendo Berese uma das circunscrições identificadas no Paroquiale Suevo que nos remete para o seculo VI.
OS CASTROS E OUTROS VESTÍGIOS ARQUELÓGICOS
Em Beça, junto da povoação de Carvalhelhos, existe um conjunto de vestígios que constitui um dos castros mais importantes desta região de Boticas, amplamente referenciado por vários investigadores — o castro de Carvalhelhos, também conhecido por Castelo dos Mouros.
Castro de Carvalhelhos
Em 1951 fizeram-se as primeiras escavações destes vestígios de uma forma sistemática, apoiadas pela empresa das Águas de Carvalhelhos, dirigidas por Santos Júnior. Nesse mesmo ano foi classificado como "imóvel de interesse público" (IIP). Junto da povoação de Lavradas passa um ramo da via romana que ligava Bracara Augusta a Aquae Flaviae, podendo encontrar-se vestígios da calcada romana. No espaço territorial desta aldeia encontram-se também vestígios de um antigo povoado fortificado a que chamam Castro de Lavradas. A norte de Seirrãos existem vestígios de construção que se pensa corresponderem aos restos de uma torre defensiva com privilegiada situação geográfica e estratégica conhecida como Torre de Seirrãos. Não se conhece ao certo a sua origem nem tempo de construção. Em 1758 o Pároco de Beça informa que esta torre já estava em ruinas e atribui-lhe uma origem lendária, outros informam que terá sido mandada construir no reinado de D. João I, podendo porém ser uma evolução de um antigo povoado castrejo .
AS CARTAS DE POVOAMENTO
Como já referimos, as cartas de povoamento foram um instrumento legal decisivo na promoção da ocupação do território, na sua defesa e no seu desenvolvimento económico.
Entre os contratos de aforamento conhecidos para as terras de Barroso destaca-se o aforamento da "Póvoa" de Lavradas, feito nos finais do seculo XIII (1288 da era Cristã), no tempo do Rei D. Dinis e que, tudo o indica, esta na origem da actual aldeia de Lavradas.
Lavradas
De facto, por este documento fundador de Lavradas verifica-se que foi terra ocupada, a partir de uma carta de aforamento passada pelo Rei de Portugal, a um conjunto de povoadores que, com suas mulheres, receberam autorização de Sua Majestade para formarem 11 casais (propriedades agrícolas) que deveriam povoar, lavrar e frutificar a troco de um foro (renda) traduzido em dois maravedis e dois alqueires de pão (um de milho outro de centeio) por casal, que deveriam pagar pelo S. Martinho. Foi através deste modelo de ocupação do território que muitas famílias se dispuseram a mudar para esta terra inóspita, agreste e pejada de muitos perigos. Para o efeito as condições de povoamento eram mais atractivas. Os faros contratados eram pagos em espécie, produtos que a terra dava e de valor reduzido. Para além disso tinham direito a proteção do senhorio, estando isentos de alguns tributos e tarefas a que normalmente estavam obrigados os foreiros para com o seu senhor.
Veja-se o documento, tal como se encontra no Paco Ducal de Vila Viçosa, sede da Casa de Bragança que adaptamos para Português moderno, a fim de facilitar a sua leitura e compreensão.
Lavradas
Aforamento da Pobra das Lavradas em Barroso
Dom Denis pela graça de Deos Rey de Portugal e do Algarve a todos aquelles que esta carta virem faço saber que eu dou e outorgo a foro pêra todo sempre aos pobradores das Lavradas,
E a sas molheres, e todos seus sucessores a mha Pobra das Lavradas que he em terra de Barroso per aquelles termhos que som conteudos na Carta que esses pobradores teem do Conselho de Monte alegre per tal preyto e so tal condiçom que elles fagam hy honze casaaes e que os pobrem e lavrem e fruteviguem os ditos casaaes e que dem ende a mim e a todos os meus successores cada anno compridamente ou ao Concelho de Monte alegre se essa terra tever dous marevedis velhos e dous alqueires de pam de cada casasl e darem o pam por Sam Martinho meyo milho e meyo centeo e darem os dyeiros aas terças do anno assy como derem a outra renda da terra e a esse tempo e nom devem hy meter outro foreyro e eles nom devem a vender nem dar nem doar nem alhear em nenhuma maneyra as ditos casaaes, nem parte deles a Ordem nem a Abade, nem a clérigo, nem a Cavalleyro, nem a Dona, nem a Escudeyro, nem a nenhuma pessoa relligiosa, se nom a tal pessoa que faga a mym e todos meus successores cada anno dito fora. E mando e defendo que nenhum nom seja ousado de Ihys fazer mal, nem força, nem Ihys filhe rendo seu sem seu grado, nem Ihys pouse hy ricomem, nem prestameyro, nem Alcayde, nem moordomo, nem outro homem, que Ihys força faça so pena dos meus encoutos. En testemoyo da qual cousa dey ende a elles esta mha carta. Dante em Lixboa vinte e oito dias de Dezembro. El Rey o mandou. Domingo Pires a fez era de mil trezentos e vinte e seis.
(…)
Carvalhelhos
Para além desta carta de povoamento da terra de Lavradas também é conhecida a carta de aforamento da "Póvoa de Carvalhelhos", em tudo semelhante a de Lavradas, sendo esta de 25 de Dezembro de 1326, passada a oito povoadores e suas mulheres para nela fazerem oito casais e a carta de foro de um prado em Beça, esta do tempo de D. Afonso III.
UM DOCUMENTO DE 1758
No ano de 1758 o Rei D. José através do seu ministro Marquês de Pombal desenvolveu um inquérito a todas as paróquias do Reino de Portugal continental que hoje se encontram no IAN/TT. Este inquérito que foi respondido pelos párocos das freguesias era composto de três partes: a primeira respeitante a paróquia onde se tratava de saber da sua historia, produções agrícolas, população, instituições locais, igreja e capelas com suas devoções e romagens, a segunda tratava dos rios e ribeiros que nela existissem, assim como das levadas e represas, moinhos e pisoes, e a terceira perguntava pela serra e por todas as suas características, se tinha lagoas e nascentes, monumentos, capelas, caça e árvores. E a resposta dada pelo pároco da freguesia de Beça, nesse ano a Abade Caetano Rodrigues Vergueiro, que adiante apresentamos. Note-se que esta memória paroquial tem uma narrativa muito rica. 0 Abade faz uma descrição geográfica da terra de Bessa colocando-a no centro do mundo partindo para uma descrição do relevo e do território para além do seu termo numa viagem notável. Por razões que se prendem com a qualidade do documento ficaram partes do texto por ler, que não foi possível superar. Para melhor leitura foi actualizado o Português naquelas palavras que consideramos necessário, introduzindo-se-Ihe pontuação e parágrafos.
Pontes sobre o Rio Beça - Carreira da Lebre
Discrição da freguesia de São Bartolomeu de Bessa conforme os interrogatórios contidos na ordem circular do Muito Reverendo Senhor Doutor Vigário Geral da Comarca de Chaves, deste Arcebispado Primaz.
Esta freguesia de São Bartolomeu de Bessa está situada no concelho de Barroso o Norte de Portugal, assim pela qualidade fria que nele domina, como por ficar verdadeiramente ao Norte, pois dista de Castela para parte do Nascente vinte léguas e para a parte do Norte confina com a Galiza que é o Reino mais o Norte de Portugal. Chama-se Barroso, não pelos muitos barros de que seja abundante, antes as terras todas são soltas e coma arientas e de poaca correia, propriedade do barro; mas há tradição que havendo cinco anos de seca na Província do Minho que confina com ela para a parte do Sul, os moradores desta província obrigados da [...] se retirarem para esta situação par ser mais alta e abundante de águas e nela edificaram suas choupanas de terra para se abrigar dos temporais que são grandes neste sitio, em todo a tempo. Nem em todo este concelho há Lugar ou vila ou sitio que esta espacialmente se chame Barroso, que possa dar a denominação a este concelho. Antes, é nome tao odioso que as do contra do mesmo concelho dizem lá para Barroso, sacudindo fora de si este nome do modo que podem.
Minas de Beça
Tem este concelho pela parte do sul inclinada ao Nascente, por divisão, o Rio Tâmega, de que dará melhor noticia o pároco por donde ele corre e pelo Nascente confina com o concelho de Vila Pouca de Aguiar, e acima da Barca de Sobradelo, passa a confinar com o concelho de Chaves, principiando no lugar de Souto Velado, ficando o rio Tâmega ao Nascente, e daí pelo mesmo Nascente quase linha recta para o Node parte com Anelhe, Rebordondo, Casas Novas e Pastoria, lugares todos do concelho de Chaves. E daí linha, algum tanto curva, do Nascente para o Poente, ficando-lhe a Galiza ao Norte com quem confina chega ao lugar de [Paçadas], freguesia de São Lourenço do lugar de Cabril. E daqui sai outra linha, também mais curvada, paralelo para o Nascente ficando-lhe para o Sul a Província do Minho, partindo com Ruivães, com o concelho de Cabeceiras de Bastos e com o concelho do Couto de Dornelas, toma a findar no mesmo rio Tâmega a donde principiou. Tem seis léguas e meia de largo ou diâmetro do Sul ao Norte, e sete e meia de comprido do Poente a Nascente donde se vê claramente que não é este concelho de Barroso de figura perfeita circular, antes tem mais de oval.
Neste remate e princípio que demos a este concelho no rio Tâmega dele se vai levantando pouco a pouco e quase insensivelmente uma serra que vem correndo por légua e meia ate ao lugar das Boticas e aí principia a serra a empinar-se, enforma que tem meia légua de subida, nem tao ingreme que não possam vir carros por ela, posto que com seus caracóis não tão suave que não faço suar o caminhante a sua camisa se como fogo a quiser trepar.
Quintas
Acabada esta subida para o Poente repentinamente se da com os olhos em uma planície onde se estende algum tanto a vista e não desagradável a ela cultivada e com algumas árvores de frutos como são: castanheiros e cerdeiras, não tao plana que não tenha escorrenta para as águas, nem tao despenhada que seja custoso seu ascenso ou discenso. Continuando-se esta planície assim dita tiro de bala de artilharia para o rio Bessa, estendendo-se ao comprido ao longo do rio, do Sul para o Node, por meia légua faz a veiga da agricultura do lugar de Bessa.
Poucos passos entrada esta planície se da com os olhos na igreja matriz desta freguesia de Bessa cujo padroeiro é o senhor São Bartolomeu Apostolo; é esta igreja de uma nave só, forrada de madeira de escama de peixe. Tem seu campanário com dois sinos suficientes para chamar a freguesia. Tem coro e dois altares colaterais um donde se venera Nossa Senhora do Rosário, é imagem antiga de vestir mas perfeita; outro donde está colocado Santo Nome de Jesus, ou o Menino Deus, o Mártir São Sebastião e o Senhor e Santa Barbara, de quem é muito devota esta freguesia.
Seirrãos
Na capela-mor que também é forrada de esteira com seus brutescos se acham colocadas três imagens do bem-aventurado Apostolo São Bartolomeu, a primeira levantado em trono de talha antiga mas bem feita e da mesma talha é o retábulo e esta representa o Santo esfolado, a segunda esta colocada para o lado direito, ou do Evangelho, e representa ao Santo vestido e a terceira apresenta também o Santo vestido e esta sobre a banqueta do altar, serve para as procissões por ser mais manual. Para a parte do Evangelho no mesmo paralelo em que a imagem do Santo padroeiro vestida está no seu nicho, o Senhor São Pedro e a correspondência para o lado da Epístola esta o Senhor São Paulo e Santo Tomé. A sacristia desta capela-mor está de trás da mesma capela singularidade que se acha como poucas e todas as imagens referidas são perfeitas.
Está esta igreja circunvalada de alto muro e em círculo de planície [faz] um adro perfeito, tem as portas principais viradas para o poente e os poucos passos alguns degraus para tirar água da fonte para os ministérios da igreja a cuja servidão está obrigada a horta de hum particular contíguo ao mesmo adro para parte do Poente. Tem esta igreja duas portas travessas uma que respeita ao Norte, outra o Sul, e para a porta do Norte dais carvalhais de desmarcada gradeza e venerável tão antigos como a mesma igreja e freguesia. Esta igreja desviada do lugar à distancia de uma via-sacra com os passos medidos, pois no lugar começa e nele acaba. E ainda que salutaria é vistosa e dela se descobrem para parte do nascente Vilar de Porro que dista dela meia légua e Carvalhelhos que dista quarto de légua, lugar da mesma freguesia e o mais que avista para a parte do Poente são légua e meia de montanhas até chegar ao lugar das Alturas.
Pinhal Novo
Poucos passos caminhando da igreja assim descrita para o Poente que não excedam os da Via-sacra está o lugar de Bessa que é capital desta freguesia. Consta este lugar de quarenta fogos e pessoas cento e setenta e seis, com ausentes e menores e de sacramento. É abadia, que tiradas as quartas renderão duzentos mil réis que se consomem em pagar pensões e reparar a capela e residência, e como o sustento muito ordinário do abade e cura. É apresentação da Sereníssima Casa de Bragança [não] beneficiados, nem conventos, nem hospital, nem Casa de Misericórdia.
Está este lugar de Bessa, como todos os mais da freguesia que com ele são [citos], no Arcebispado de Braga e dista dela doze léguas e da Corte de Lisboa sessenta. É Comarca de Chaves e dista dela três léguas e tudo Província de Trás dos Montes, é governada esta comarca pelo Vigário Geral posto pelo Senhor Arcebispo Primaz.
No civil é sujeito este lugar à vila de Montalegre, capital de Barroso, e dista dela três léguas para a parte do Node. Tem esta vila juiz de fora apresentado pela Sereníssima Casa de Bragança e está sujeito a Ouvidoria de Bragança.
Quintas
Consta esta abadia de sete lugares convêm a saber como são: Bessa, Quintas, Curroens (Seirrãos), Torneiros, Lavradas, Carvalhelhos e Vilarinho da Mó e Paço está no meio como outro da freguesia. Todos têm suas capelas decentemente ornadas para se administrar os sacramentos aos enfermos, sustentadas pelas limitadas esmolas dos mesmos lugares [respectivos] e administradas pelo abade da mesma freguesia de visitação pelo Ordinário. Bessa tem o título de Nossa Senhora da Apresentação e nesta capela esta o sacrário com a decência devida conforme julgam os Ordinários; Quintas, é o Senhor São Bento; Curroens, o Senhor São Martinho Bispo; Torneiros, a Senhora Santa Margarida; Carvalhelhos, o Senhor São Gonçalo; Lavradas, o Senhor Santo António; Vilarinho da Mó, o Senhor São Mamede e em todos estes lugares não há romagens de concurso, só no do Senhor São Bartolomeu se celebra a sua festa com um mercado de algumas tendas e comestível para os devotos que vem assistir a sua missa [cantando-lhe] com a música de [fraderma] e gaiteiros. Cada lugar destes tem respectivamente os seus termos e vintenas e se governam pelas leis municipais do seu concelho que como já disse, a saber, de Montalegre, Quintas e Curroens, São lugares reguengos foreiros e privilegiados onde quanto mal se [guardem] os seus privilégios a Sereníssima Casa de Bragança. Em Curroens (Seirrãos) se acha uma torre com bastante altura e largura a proporção arruinada para a parte do Sul [não] se sabe com certeza o autor dela. Alguns dizem ser alguns obra do [Lorvam Grande] que procedeu da Casa dos Infantes chamados os Cavaleiros e foi o caso que parindo uma mulher Senhora sete filhos de hum ventre e receando que o marido lhe imputasse sete pais, mandou por uma negra seis e encontrando-a o marido lhos tirou e mandou criar. E depois tudo em segredo, os mandou vestir todos da mesma lebre com o que tinha em casa e fazendo hum dia de festa entrando todos na mesma casa, não se conheciam uns aos outros. E vendo a mãe esta confusão chamou o marido e mandou que todos eram seus filhos quase homens para sempre e deste sete saiu o ladrão guiem que, dizem, fabricara a torre de Curroens para sair a furtar e roubar os passageiros. E nisto algum crédito se lhe pode dar por ser torre vizinha da estrada. Outros dizem fora um há dos doze pares de Inglaterra, porém como me mandam passar esta discrição debaixo de juramento e que a não mandassem e era a mesma, disto afirmo por certo porque conheço que há muitas torres neste Reino que [...]. E nem nesta torre não em outra coisa alguma nesta freguesia e fez algum dano o Terramoto de que falam os interrogatórios.
Beça
Terá esta freguesia três léguas de circunferência e uma de diâmetro parte pela parte do Norte com abadia de Santa Cristina de Cervos, correndo pelo meio uma boa légua de são Pedro de Morgade e correndo para a parte do Sul com abade de Santa Maria de Covas e correndo para a parte do Nascente com a vigararia de Vilar de Porro, são Lourenço de Codessoso e São Salvador de Eiró, cujos Párocos darão mais [certo nelas dos das suas padroeiros] que apresentam e todos estes confins ficam meia légua distantes desta freguesia.
Há nesta freguesia três chamadas confrarias, a saber: da Senhora do Rosário, do Santo Nome de [Deus] e São Sebastião e do Santíssimo Sacramento, e não [tem] mais riquezas as das indulgencias e rosários que rezam os confrades, uns pelos outros quando morrem e alguma esmola que tiram pelos fiéis da freguesia para lhe fazerem a sua festa correspondente e se não a tiram não a fazem mas está em termos de se perder tudo e se restarem todos pelas competências entre o Ordinário e Provedor por lhe querem tomar contas do que não tem e levar-lhe esportolas [maiores] do que os rendimentos e talvez seja esta a causa dos terramotos e não coisas naturais que se pretendem indagar.
Torneiros
E tenho respondido aos interrogatórios pertencentes ao universo do reino politico, ou racional assim civil como espiritual desta freguesia falta-me responder aos interrogatórios do reino natural e para responder a estes seja-me [permitido] descrever segundo o meu à origem desta serrania ou montanha de Barroso para dela se [colherem] os rios e de lhes começar do clima e ainda a especialidade dos frutos desta montanha por todas as partes levantadas como donde [à vista] se observam mais as leis por não haver apotentados e nem homens insignes que façam respeito falo desta freguesia e ao mesmo dirá no mais deste concelho. Ninguém imagine que a cargo seria dos montes foi acaso como cuidaram os atomistas mas foi antes disposição da Divina Providencia que sem ela nada se move e se faz por que a cadeia dos montes tao [difusa] par todo o ser círculo da terra foi disposta e feita para mostra dos grandes poderes de Deus e para deles tirarmos as seus louvores justa.
Item montes e omnes collas para os mares estivessem clausurados entre certos termos justa. Item constituinte términos e jus = e para pelo altivo dos montes se despenhassem as águas para regar as tetras mais ardentes se recolhesse outra vez ao mesmo mar, para outra vez correr. = Justa idem flumine in mare iende exsceunt revertuntum ut eterim fluent = e todos sabem que os montes são os que atrás têm as águas do mar e que são os pastos da terra que muito com que isto se faz não pretendem para a descrição qua mandam fazer.
Vilarino da Mó
A [área] dos montes na terra de tal forma está disposta que imita a esfera natural porque assim como na esfera natural muitos círculos se lançam de pólo a pólo e alternativamente se cercam correndo o Equador pelo meio, ficando igual de uma e outra parte lançadas linhas paralelas se faz a esfera natural. Assim se se considerar o Cosmos esférico, acham-na distribuída em cadeias circulares de montes que correm de pólo a pólo, lançadas outras linhas circulares do Nascente ao Poente que servem como de Equador fica o globo da terra mais perto.
Finalmente assim como o corpo humano ou outro qualquer corpo organizado ficaria um esqueleto se lhe tirassem as partes húmidas e térreas e aquosas, assim este grande corpo esférico da terra ficaria um esqueleto se tirassem as partes térreas e a água, porque os mesmos ofícios que fazem os ossos no corpo humano fazem os montes no corpo da terra, pois, assim como os ossos solidam a corpo, assim os montes solidam a terra. E assim os ossos se fazem das partes mais [crassas] e frias do [calor] do corpo vivente, assim os montes se fazem das partes mais [crassas] e cruas e frias do corpo da terra porque assim como as partes do corpo viventes que mais distam do coração que é o sol do mundo pequeno ou microcosmos tem ossos mais duros e fortes como deve na cabeça do corpo humano porque distam mais do calor para se casarem, assim os montes no geo cosmo ou globo da terra são partes frias e cruas do [guello] da mesma terra porque distam mais do calor do sol para se cozerem. E mostra a experiência pois as partes mais vizinhas aos polos Norte e Sul são as mais montanhosas e é porque estão mais distantes do sol para as cozer o afinar. Nemo obsta que nas regiões quentes haja montes altimus e o sol não tem vigor para os cozer por que estes montes se defendem do sol pela sua altura pois ficam vizinhos à região media de ar que fria, porém será fora do nosso propósito tornámos à série dos montes que é o que tomei para explicar as montanhas de Barroso.
Torneiros
A primeira série de montes ordenada em círculos [divididos] pelo Ártico ou Norte por meridiano anglian, Germania até aos Alpes, os quais montes são como os grandes desta grande série ou cadeia donde se ata por estar por alguns espaços descontinua nos Alpes de novo a toda esta cadeia se ajunta o monte Apenino o qual ao comprido fica toda a área da Itália e dal confinada a mesma cadeia corre por Sicília ajuntando-se com os montes da Africa, ate aqueles montes que chamam montes da.
Outro nó desta grande cadeia se deriva até ao último promontório do pólo Austríaco chamada da Boa Esperança o qual mostra a razão se continua até ao mesmo pólo Antárctico, antena do Pólo Austral ou Antárctico ou Sul se estende por regiões ainda incógnitas usque ad fretum magullondiam, dai correndo polo Índio estão, série longíssima e majestosíssima de montes, com várias voltas que faz pelo amarelo, assim austral como Botica se toma aguentar no pólo do Norte, donde tinham dimanado.
Outra serie de montes se continua do Oriente para o Ocidente porque da última regiam dos sinos de tal sorte se encadeia montes e com os montes que aqueles que os estenderam pela chama transversalmente fora do clima os recebo e continua polo Ocidente da Itália e Cáspio e da Asia Menor até aos montes Alpes. Donde toda a Gália Narborense com a continuada série de montes corre até aos Pirineus, logo [...] se vê os círculos que os montes fazem no globo da terra de pólo a pólo e do Oriente ao Ocaso e ainda que pare esta pelo mar e ainda pela terra vão muitas vezes disfarçados e não são círculos tão perfeitos que não tenham linhas curvas, conforme pede a necessidade da terra.
Lavradas
E estamos nos montes que fazem o país e além das montanhas de Barroso que dividem estas da Espanha da Franca [com algumas] mais coroas sempre se conserva a neve de vários ramos ou braços; um corta direito e daí a arida facia chamado serra Morena deste ramo de junto para Portugal e em Castela se chama serra de Gata e em Portugal serra de Estrela. Da serra da Estrela disfarçado hora até ora Basto passa ao Minho e ela se expira com seus altos e baixos e faz a Província do Minho e para a fazer se lamelha até que vai abater no concelho de Barroso e ali se exalta e empaba coma um mar bravo, até faz um pela parte do Sul quase é inacessível enforma que génio, da terra é todo o mesmo só deferem que Barroso é um monte levantado e soberbo e Minho de um Barroso mais baixo e humilde.
Outro fazem os vizinhos lançando-se para a porta e extremo ou braço bem a saber a Bragança e daí dissimulado passa a Chaves e em Chaves se levanta e vem fazendo muro a Barroso para parte do nascente correndo para sul três léguas; outro braço finalmente dos Perendos entra em Astorga no Reino de Galiza e cercado a Barroso pelo Norte o faz também por aquela parte levantosa com que por todas as partes fazendo vários círculos e rodeios de empenharam dos Perendos a fazer este concelho levantado. Dentro do conselho ainda há montes e serras mas não tao altos. Destes darão conta os párocos que em tomo outra vez a discrição do sítio natural desta freguesia que o que se [me recomenda].
Principiando do Nascente das margens do rio Tâmega se principia a levantar uma serra ou para melhor a ressurgir, [Confinando-se] por espaço de meia légua na coroa dele está o lugar de Torneiros primeiro desta freguesia e consta de dezoito fogos e pessoas oitenta e uma entre menores, adultos e ausentes. De pão de centeio e milho e castanhas medianamente, colhe algum vinho maduro nas ladeiras da corga chamada a Seixa a qual tem alguma caça grossa, coma porcos e corços. Não sei que tenha águas medicinais, as que tem não são desagradáveis ao gosto. E não há notícia que deste lugar saísse homem insigne, e da sua capela já fiz conta.
Vilarinho da Mó
Continuando-se esta serra ate agora chamada serra de Torneiros caminhando para o Nascente por hum quarto de légua faz uma quebrada que terá de largura tiro de bala de artilharia e neste sitio está primeiro o lugar de Cerraens e logo tiro de mosquete o lugar das Quintas, Cerraens consta de dezasseis fogos e pessoas cinquenta e sete entre menores e ausentes e adultos. 0 fruto em que predomina são: castanhas, colhe [centeio, medianamente] milho e algum vinho e o mais verde de ramadas. Não saíram dele homens insignes nem tem mais coisa digna de notar que a torre de que já dei conta. O lugar das Quintas consta de quarenta e um fogos, pessoas cento e quarenta e nove entre adultos, menores e ausentes. Colhe pão e castanhas moderadamente, milho e centeio, que trigo em toda a freguesia não se cultiva ainda que se dá cultivando-o. Não o saíram dele homens insignes nem há noticia que as águas tenham virtude alguma. Por esta quebrada da serra passa a estrada para Braga.
E logo se principia a levantar esta mesma serra para parte por quarto de légua deixando só hum boqueirão passar a estrada que vem de Chaves para as entranhas de Barroso e para Braga. No cume desta subida se acha o lugar de Bessa com o descrive donde a serra quebra algum tanto e com inclinação suave se vai levantando e fazendo veiga deste lugar por meio quarto de légua e nela se colhe centeio bastante que fruto que predomina deste lugar, algum milho e poucas castanhas e menos vinho. As águas são boas para o gosto mas não são medicinais nem tao pouco aqui houve homens insignes.
Torneiros
É regada a margem desta veiga com a água do rio Bessa que toma o nome do mesmo lugar e o continua desde o seu nascimento correndo até se fundir com o rio Tâmega. Terá este rio de comprido três léguas e meia corre do Norte para o Sul. 0 seu nascimento é no lugar do Pedrário freguesia de Sarraquinhos que é anexa de Santa Cristina de Servos. Dá algumas águas da fonte da mesma o lugar de Sarraquinhos e em pouco tempo engrossa com as águas de vários regatos que não têm nome, enforma que andam moinhos e alguns pisões que os engenhos que há neste rio e por isso a donde presas e levadas o seu nascimento nem tem coisa digna de notar. Corre placidamente passa pelo lugar de Rebordelo da freguesia de São Pedro de Morgade e há uma ponte de pau capaz de passarem bestas. Vem a este lugar de Bessa e daqui passa a Penalonga freguesia de Canedo e desta o seu nascimento que dista de Bessa duas léguas e de Penalonga duas e meia. Corre placidamente da Penalonga até se meter no rio Tâmega que é uma légua no lugar de Santo Alegro na Ribeira de Pena, vai sempre precipitado por se levantarem aqui os montes para fazerem a Barroso para a parte do Sul e de caminho recebe o rio Abestres que corre do Poente para o Nascente e sai de Covas e do Couto. Os seus párocos darão melhor noticia das suas qualidades. 0 Bessa sempre conserva o seu nome ate se meter no Tâmega.
É rio perene mas não tão caudaloso que não passe a vau em todo o ano tem outra ponte de pau em Pena Longa e neste lugar da Bessa distará um quarto de légua a dezoito do mesmo lugar uma ponte de cantaria lavrada com quatro arcos de bastante altura, chamada a Ponte Pedrinha, por onde passa a estrada de Chaves para Braga. Por todo este distrito de Pena Longa até ao seu nascimento não recebe em si rios que tenham nome, senão alguns regatos ainda que corre entre serras não tem ladeiras despenhadas antes todas dão passagem a carros e em qualquer parte admite poldras para se passar apreonxota (sic, a pé enxuto) e nem nele os moinhos de pão que de azeite nem fruta desta terra, nem de todo o Barroso, todo o ano não é navegável, nem tem capacidade para isso pelo pouco fundo.
Minas de Beça
Não tem margens de árvores frutíferas, excepto amieiros e salgueiros das infrutíferas. Não tem nas margens [...] a menos pela frialdade das águas e por as águas não tem virtude alguma medicinal. É abundante de trutas e alguns escalos e enguias. Descrito assim o rio Bessa. Dele para a parte do Nascente se principia outro outra vez e levanta a serrania uma légua pelo rio acima desde Pena Longa até o lugar de Rebordelo e crescendo vai pouco a pouco insensivelmente até que forma um semi círculo que é forma? Ou horizonte deste lugar de Bessa para o Sul, Nascente e Norte para a parte do Sul se chama de serra do [Gairam] que é da freguesia de Santa Maria de Vilar de Porro, mais acima se chama a Portela da Vigia sita na freguesia de Santa Maria de Covas e Vilar de Porro, correndo circularmente para o nascente se chama a no lugar de Viveiros da freguesia de Covas e correndo para a parte do Poente e Norte e Nascente se chama a [Ferreira] e a poucos passos e correndo mais adiante passando a fonte do lugar de Carvalhais se chama a serra de São Domingos por ter em cima a capela deste Santo tudo freguesia de São Pedro de Morgade menos a que esta no termo das Lavradas desta freguesia e torna a fechar este semicírculo e Rebordelo da mesma freguesia de Morgade em forma que este semicírculo faz horizonte ou termo da vista a este lugar de Bessa.
Dentro deste semicírculo meio quarto de légua para o Nascente está o lugar de Carvalhelhos desta freguesia. Consta de vinte e um fogos e pessoas sessenta e três. Colhe centeio, milho e castanhas moderadamente. Nele não há coisa digna de notar dos interrogatórios, só por uma fonte que lhe chamam as Caldas e como efeito fumega mas nasce misturada com outras águas frias. E não se sabia a intenção de seu calor se se [precoce] faz as outras águas tépidas sendo de natural frias e por este lugar passa a estrada que vai de Chaves para Braga que atrás descemos, passava o rio Bessa na ponte Pedrinha.
Pinhal Novo
Saindo de Carvalhelhos para o nascente quarto de légua esta situado o lugar das Lavradas desta freguesia. Consta de trinta e dais fogos e pessoas cento e vinte e três. Está em lugar mais alto desta serrania. Colhe centeio bastante, castanha poucas, vinho e azeite nada, que é comum a toda a freguesia de Barroso, milho pouco, e não mais coisa de notar. Conteúdo nos interrogatórios, [de si tem o ser] lugar muito frio e combatido de todos os ventos e por esta rezam dará nele a neve mais tempo.
Caminhando outra vez para o nascente se acha distante do lugar das Lavradas meia légua pequena o lugar de Vilarinho da Mó. Consta este de nove fogos, pessoas quarenta e três. Dá centeio bastante, castanhas medianamente, vinho e azeite nada. Como se disse milho algum e não há mais nada digno de nota nesta do que falam os interrogatórios.
Enfim fica este lugar de Bessa capital desta freguesia metido em num círculo de cerras por que para a parte do Nascente fica o outeiro do Senhor São Bartolomeu padroeiro desta freguesia de que já dei conta. E este outeiro para parte do Nascente tem por horizonte um termo da vista toda a ribeira Douro, concelho de Vila Pouca de Aguiar, vista mais agradável que a do Poente pois nesta não topam os olhos senão com urzes e tojos de que estão estas serras povoadas e na veiga acham vinhas e verdes oliveiras e outras especialidades de árvores frutíferas de que os seus Párocos darão melhor conta.
Rio Beça - Carreira da Lebre
Deste outeiro de São Bartolomeu fariam levantadas pouco um certo para a parte do Norte e esta se chama a serra de Cervos por o seu se encontrar para a freguesia de Cervos e dali se comunica com serra do Eiró, e outros de que os párocos darão melhor etapa para esta parte avista deste lugar não é áspera não tem fontes de especial notícia como também as não tem as outras serras que tenho escrito. Passada meia légua na [linha] que dela vira um braço para a parte do Nascente por espaços de meio quarto de légua e vai terminar no rio Bessa defronte do lugar de Rebordelo que dizemos e aqui se acaba de fechar o círculo, em que este lugar está metido. E este rio faz uma veiga entre estas serras do Norte para o Sul, e este rasgo entram os ventos do Node e Sul de que há bem lavrado esta terra, e isto é o respeita ao reino natural.
No que toca no reino animal há pouco porque os frios consomem que há muitos lobos e desaforados porcos do monte poucos pela razão do frio; domésticos poucos carneiros também pela mesma razão, vacas mais há a criação muito bem e mais haveria se houvesse pastos. No que respeita ao reino mineral não à ali noticia que em todo Barroso, haja minas de metal, algum. Que em todo ele é muito falto de outeiro e também faz que o grande frio neste tempo da Quaresma me impedem a tomar mais largas e me desculparam as erratas desta discrição pois me não deram tempo a rever mas entendo e tenho satisfeito aos interrogatórios e são verdade e abaixo vai certidão jurada.
Torneiros
Certifico o padre Caetano Rodrigues Vergueiro, Abade de São Bartolomeu de Bessa em come por verdade dos interrogatórios inclusos em uma ordem circular do Muito Reverendo Senhor Doutor Vigário Geral desta comarca de Chaves, Arcebispado Primaz fiz a descrição acima e me enformei com diligencia pedida na ordem, de tudo o que nela vai e por me parecer verdade o escrevi e como tal o juro in verbo sacerdotis. Hoje doze de Margo de mil setecentos e cinquenta e oito. Bessa e vai esta certidão assinada por mim e o reverendo abade de Servos e o reverendo vigário de Santa Maria de Vilar do Porro como párocos mais vizinhos. O abade Caetano Rodrigues Vergueiro. Miguel Pinto abade de Santa Cristina de Cervos. António Dias Trindade vigário de Santa Maria de Vilar do Porro).
Referencias documentais:
IAN/TT, Memórias Paroquiais, vol. 7, memória 10, fl. 177.
ADB/UM. Igrejário: Tombo desta Igreja, 1555, liv. 4, fl 380v; Obrigação à fábrica da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, 1628, liv. 29, fl. 29; Obrigação à fábrica da ermida de S. Miguel o Anjo, 1651, liv. 16, fl. 38; Obrigação a fábrica do Santíssimo Sacramento, 1728, liv. 69, fl. 486. ADVR, Registo de Baptismos: 1626-1707, 1730-1882; Registo de Casamentos: 1626-1882; Registo de Óbitos: 1626-1701, 1771-1882.
Registo de Testamentos: 1720-1754. Total de Livros: 43.
I.I. P.: Castro de Carvalhelhos sobranceiro a estância termal das Caldas Santas de Carvalhelhos/Castelo dos Mouros; Ponte Pedrinha sobre o Rio Beça.
Ainda antes de terminar fica link para os posts dedicados às aldeias da freguesia de Beça:
Beça
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-beca-2084341
Carreira da Lebre
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-carreira-da-2147770
Carvalhelhos
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-carvalhelhos-2089260
Lavradas
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-lavradas-2093549
Minas de Beça
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-minas-de-2097102
Pinhal Novo
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pinhal-novo-2106653
Quintas
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-quintas-2115523
Vilarinho da Mó
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilarinho-da-2140099
Torneiros
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-torneiros-2131346
Seirrãos
https://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-seirraos-2119998