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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

19
Dez22

De regresso à cidade

Cidade de Chaves


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Desta vez fazemos o regresso à cidade ainda de noite, com a iluminação de Natal da rua de Stº António, mas chegamos às Freiras já de dia, mas ainda com tudo fechado, não por causa das horas, mas pela chuva e também pelo frio, pelo menos a julgar pelas imagens que hoje vos deixo, mas até nem é bem assim,  na realidade, mesmo com chuva e frio a cidade de dia não para, mais ou menos movimentada, com gente nas ruas e até há esplanadas montadas, algumas, os fumadores agradecem e o café até sabe melhor com um ar fresquinho a passar-nos nas faces e ponta do nariz, já a chuva não, não sabe tão bem, é chata mas atura-se. Quanto às noites, continuam escuras, mas com muitas luzinhas e cores, tudo a brilhar e cintilar, no ar e no chão, na contagem decrescente para a consoada e dia de Natal, que já vão acontecer nesta semana, este ano em fim-de-semana.

 

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Boa semana, boas festas e até amanhã, que cá estaremos de novo, ou ainda hoje se recebermos o texto do João no correio da manhã.

 

 

28
Jun22

Chaves de Ontem - Chaves de Hoje

Freiras na Década de 40 do Séc.XX


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No nosso arquivo de fotografias antigas, esta imagem das Freiras é mais antiga. Simples curiosidade nossa levou-nos a uma breve pesquisa para a podermos localizar no tempo, o ano se possível, no entanto, por hoje, só chegámos até à década em que esta foto foi tomada, ou seja, anos 40 do Séc.XX, com o posto da GNR já pronto, mas os Bombeiros ainda em construção e ainda sem o edifício dos correios e da caixa geral de depósitos. No entanto, no outro lado da praça já existe o novo edifício do liceu que só foi construído nos anos 40

 

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Para termos a certeza daquilo que atrás se afirma, lançámos mão ainda de outra foto, da Foto Alvão, do Porto, posterior à primeira imagem, já com o edifício dos antigos bombeiros concluído e com a entrada de cima do liceu, já sem os edifícios militares que aí existiam e que ainda constam na primeira imagem. Esta segunda imagem está também datada pela Foto Alvão como sendo da década de 40 (penso que do final da década). Como curiosidade, verifica-se também que as Freiras nesta mesma década de 40, sobre a sua primeira transformação, com a versão do jardim das freiras que a todos da minha geração deixou saudades já presente nesta segunda imagem.

 

 

10
Mar20

Ontem, hoje e amanhã...

Cidade de Chaves - Freiras


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Há quem diga que o passado não interessa, que apenas devemos viver o presente e projetar o futuro. Pois sim, quem quiser viver assim, que viva, eu por mim, vasculho e tenho presente muitas vezes o passado, erros, vitórias, sucessos, amizades, traições, solidariedade, camaradagem, amores, desilusões… muito dele, desse passado que contribuiu para a nossa formação como homens, está naquela casa cor de rosa que se vê ao fundo e num jardim que antes existia neste eirado. Ter o passado presente, sem saudosismo, contribui para nos conhecermos melhor, e também, para conhecer melhor os outros. Afinal somos os mesmos, só mais crescidos, mas com a vantagem de termos todos os registos do passado.  

 

 

02
Abr19

Estórias de telemóvel


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De vez em quando lá temos que esvaziar as fotografias que vamos acumulando nos nossos telemóveis, fotografias que, como sempre, têm o dom de congelar momentos, mas também, às vezes, estórias associadas a esses momentos. Pois hoje em dia o telemóvel para além de poder fazer e receber chamadas, enviar e receber mensagens ou ainda, como é o meu caso e noia minha, fazer coleção de mensagens recebidas não lidas. Pode ainda servir para nos ligáramos à internet, entre outras coisas, mas é sobretudo um instrumento multiusos muito útil, nem que seja para fazer uma conta mais complicada e ter sempre à mão uma “máquina fotográfica” para registar momento singulares. Nem sei como é que antigamente se conseguia viver sem telemóveis…

 

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Geralmente vamos juntando no telemóvel molhos de fotografias que nos fazer recordar momentos, permitindo-nos saber, pelo menos, em que dia, local (se tiver GPS) e hora foi tomada. Por exemplo na primeira foto, num singular momento de rara beleza em que o nevoeiro começa a ceder à força do Sol, foi tomada este ano, no dia 17 de janeiro, junto ao Rio Tâmega. Já nesta última imagem do Estádio Municipal de Chaves foi tomada no dia 20 de novembro de 2018 às 16h:57m:31s, imediatamente antes de se iniciar o jogo de Portugal-Polónia em Sub 21 no play-off para o Europeu em que Portugal perdeu por 1-3. Como veem também servem para registar grandes momentos com memórias tristes, pois Portugal foi eliminado nesse jogo.

 

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Mas regista também momentos felizes de superior qualidade como o deste prato que comi no jantar de 6 de março, confecionado por mim, com uns rojões do talho, uma batatinhas do planalto do Brunheiro, alhos da Amélia, salsa da minha horta e os pickles dum frasco que estava no frigorífico e agora que reparo bem nele, faltam-lhe as azeitonas de Mirandela, mas pelo menos foi confecionado com o azeite de Valpaços. Não me peçam a receita porque a minha mestria culinária só me permite fazer um prato uma única vez, mesmo que os ingredientes sejam os mesmos… ou seja, é sempre como sai, mas este saiu bem, estava uma delícia…

 

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E de pratos passemos para uma imagem estranha das Freiras que no mínimo dará para pensar um pouco, isto para quem conhece o local, pois para quem não conhece, é apenas uma foto banal de um local banal, de um dia de sol banal, com outras coisas banais… a única coisa que não é banal, é mesmo ou não é mesmo, o ser um dia de Inverno que parece Verão, não é banal mas é anormal.

 

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E das Freiras passemos para os ténis psicadélicos da menina Dorinha. Atenção que os nomes destas estórias poderão ser ou não fictícios. Ténis bonitos pá! Não são como os do meu tempo, brancos, aliás no meu tempo nem havia ténis, havia sapatilhas, mas eram Sanjo, em bota,  um luxo utilizado religiosamente só nas aulas de ginástica, nos treinos e jogos de basquetebol. Ólarilas que assim era, isto se quisesse avezar outras quando as velhas estivessem a rebentar pelas costuras ou deixassem de servir nos pés.

 

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E por último a flor do marmeleiro. Geralmente não reparamos muito nas flores das árvores de fruto, no entanto têm pormenores lindíssimos, sobretudo na composição e tons e combinações de cores, fazendo arranjos únicos. Umas das que mais aprecio são mesmo a composição folhas/flores e tonalidades macias do marmeleiro florido, só igualada pela exaltação das cores da romãzeira, ou pelo perfume da flor de limoeiro. Mas esta foto tem estória, pois estava eu a tomar esta foto quando atrás de mim oiço dizer “tenho lá em casa um com este, olhe que no outro ano deu-me 60 baldes de marmelos, dei muitos mas com alguns ainda fiz marmelada. Aprendi a fazê-la com a minha falecida, aprendi enquanto a ajudava, agora como morreu, olhe, faço eu a marmelada. É para dar aos meus filhos e eu também gosto dela”. Religiosamente o Sr. Zé vem à minha procura todos os anos por esta altura, falamos sempre um pouco, um bocadinho de tudo, mas sempre, também da sua falecida, pois por ironia do destino temos um momento/episódio que nos une à sua falecida, que ele recorda bem e eu também…”lembra-se, você ainda trabalhava lá em cima e estava à sua espera quando recebi uma chamada no meu telemóvel a dizerem-me que a minha mulher tinha morrido. Já não pude espera por si. Lembra-se!?. — Claro que me lembro, Sr. Zé!.  

 

 

21
Set18

Cidade de Chaves - Largo das Mijaretas


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Para os da minha geração e anteriores, este espaço, era a sala de estar da cidade, o seu centro, o seu coração, ponto de encontro com ou sem encontros marcados. Era. Desse tempo e desse espaço, apenas se recordam os momentos que a nossa memória resolveu congelar para de vez em quando ir descongelando  numa conversa do género – lembras-te quando… ou foi aqui que… hoje existe o espaço com alguns passares sem estares, perdeu-se a sala, perdemos o centro da cidade que hoje é complicado perceber onde ele está,  perdemos o pulsar do seu coração e o ponto de encontro, apenas umas mijaretas la plantadas, mas com todo o simbolismo das lágrimas de um chorar de quem perdeu algo que amava. Seja como for, nunca mais será possível voltar à nossa sala, mas é o que temos, contentemo-nos em ter ainda as suas memórias, pois é sinal que ainda andamos por cá.

 

 

 

01
Ago17

Um olhar sobre a cidade, com algumas memórias


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Os velhos edifícios e lugares da cidade carregam com eles muitas das nossas memórias, principalmente estes que estavam no coração da cidade, desde as Freiras no tempo em que era jardim, ponto de encontro e sala de estar. Era aí que todos nos encontrávamos sem ser necessário marcar encontro, pois era ponto obrigatório de estar, de esperas ou nem que fosse, e só, de passagem ou dizer presente. Com os velhos edifícios era o mesmo. A esquina do Lopes era um ponto estratégico, o problema era ter lá lugar, ao lado a loja de peças de automóvel e depois era o Aurora, o antigo Aurora, primeiro sala de professores do liceu e de gente queque, para passar, depois de democratizado, a ser de toda a gente, ou quase, pois houve sempre quem continuasse fiel ao seu sport, comercial ou ibéria, mas era o Aurora, de toalha nas mesas e sala de estar para longas conversas, sempre com mesas ocupadas mas onde se iam revezando os seus ocupantes sem nunca a deixar vaga. Memórias de vivências que hoje são impossíveis de serem repetidas.

 

 

 

02
Fev17

Três momentos da cidade de Chaves


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Hoje ficamos com três momentos da nossa cidade. Um da Rua Direita, outra da Rua do Poço e outra do antigo Jardim das Freiras, que hoje é largo.

 

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Curiosamente ruas, jardim ou largo que nos seus topónimos nos remetem até aos seus passados, quase todos distantes, mas que ficaram até hoje como uma memória, como uma marca da História.

 

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Uma Rua Direita que é torta mas que nos remete até ao tempo em que ia direita ao centro do poder e da urbe, uma Rua do Poço sem poço mas que em tempos por lá teria existido e por último as freiras que nos remetem até ao antigo convento que deu lugar a uma escola.

 

01
Dez16

Palavras colhidas do vento...


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Há algum tempo que vejo trabalhos no Jardim das Freiras, naquilo que chamam uma remodelação do dito. Coisa que agradou a quem sempre contestou a obra de antes e a indiferença perante outros tantos. A unanimidade é sempre difícil e nos dias que correm, quase tanto como a razoabilidade.

 

Aqueles a quem a notícia encheu de júbilo, por certo, não esperam que o Largo das Freiras regresse ao postal antigo que já foi. Assim como também não volte a ser frequentado como o foi no passado.

 

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Depois da conversa nos cafés próximos e eram quatro, as pessoas retomavam-na no jardim, aproveitando para esticar as pernas e as tertúlias prolongavam-se a desoras. Nas estações do ano mais amenas, o interior dos cafés repleto de frequentadores na maior parte do tempo, despovoava-se e trasladava-se para as esplanadas. Os estudantes mais velhos do Liceu marcavam a diferença em relação aos mais novos e nos intervalos das aulas davam voltas ao rectângulo irregular do jardim, pois o pátio da escola já não era para eles, assim como os calções.

 

Eu sei que a remodelação tem mais finalidades do que um simples jardim e também é certo que, parte dessas finalidades eram já asseguradas por outros locais, como o Jardim Público – o coreto ainda lá está e espaço não falta – ou o Largo do Arrabalde, para a intervenção pública.

 

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Chaves, cidade, não é o que anteriormente foi e por mais que isso pese aos saudosistas, não poderia ser. Seria mau que assim fosse. Mas, em abono daqueles que suspiram pelo passado, devo dizer que também sinto nostalgia pelo centro da urbe habitado, com um comércio pujante, policiado, tranquilo e limpo. E nesse sentido, o Jardim das Freiras contribuía… em muito.

 

Agora, o que também não pode deixar de ser dito, é a repetição das causas a que está por trás desta remodelação. Exige-se mais sensatez, estudo e estabilidade nas decisões públicas. Apenas, deixar de “começar a casa pelo telhado”…

 

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Encerram-se as termas para obras. Obras que demoram mais de dois anos, excedendo todos os prazos da empreitada… inaugura-se o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso. Depois de concluída a obra do edifício das Termas Romanas, detectam-se problemas… remodela-se o Jardim das Freiras…

 

 

Numa destas noites sonhei com a minha avó materna, Luísa, de seu nome. Foi um sonho bonito… como se costuma dizer. Curiosamente na manhã que se seguiu, li uma publicação de Xavier Alcalá, escritor galego que muito prezo e de quem sou amigo desde as primeiras horas no “facebook”.

 

Xavier é escritor de nomeada e desconheço se por passatempo ou coisa mais séria, recolhe obituários, normalmente, por causa da castelhanização dos nomes e apelidos galegos. Na maior parte das vezes, os nomes vêm seguidos do apodo pelo qual o defunto era conhecido.

 

Isto é, vem o nome em castelhano e depois a nomeada em galego, do qual resultam notas pícaras de Xavier Alcalá, que é um defensor à outrance do idioma galego.

 

Pois bem, nesse obituário identificava-se o falecido e por baixo vinha o que segue:

 

- “que a avó (…), te cuide, como gostava, das feridas desta vida”

 

Faço votos que assim suceda… aliás, como Xavier Alcalá comentou, e a mim, que a minha avó Luísa sare as minhas feridas, de preferência, nesta vida.

 

Mário Esteves

 

 

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