Cidade de Chaves - Um olhar...
Frio, de inverno
Apenas um olhar, frio, de Inverno, daqueles que nós bem conhecemos...
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Apenas um olhar, frio, de Inverno, daqueles que nós bem conhecemos...
Tenho a Serra do Brunheiro por companhia, é para onde todas as manhãs lanço o primeiro olhar para sentir o pulsar dos dias.
Nestes dias de Inverno, por vezes as nuvens baixas fazem a névoa no grande planalto do Brunheiro, transformando-se em gelo a quem se quer impor à sua passagem. Gelo no planalto que ditam os dias frios no vale, daquele que dói quando através das roupas se entranha até nos chegar ao corpo.
São dias cinzentões que têm todos os ingredientes para serem odiados… mas quer o destino, ou sei lá o quê, que eu goste deles assim, tal como a flor que lá no alto da serra enfrenta o frio que a atravessa e não verga, mesmo que doa …
Um bom dia…frio.
Finalmente chegou o tempo do tempo, isto é, o frio, às vezes com chuva à mistura, também bem fria. Tempo também de levar o reco de ceba ao banco e das boas lareiras. Prá rua, convém não esquecer de deitar mais roupinha para o corpo, e para os mais friorentos, umas luvas para as mãos, um cachecol para o pescoço sem esquecer o garruço para a cabeça. Vão por mim, já sei que dizem que estamos habituados ao frio, mas o conforto destes pormenores, agradecem-se sempre.
Um bom feriado e fim de semana!
Agora sim, estamos no inverno, naquele inverno que é tão típico em Chaves, com frio e nevoeiro, daquele que já cá está quando o dia nasce e fica até à noite e que faz saber bem estar em casa, de preferência com lareira. Pessoalmente até gosto dos dias assim, mesmo com o frio que às vezes chega a doer, e os ossos se queixem, mas é bem melhor que os verões de inferno, agora é só acrescentar mais uma ou duas peças de roupa, gorros, luvas e cachecóis, ao invés do verão, que se alivia a roupa até à última peça, o problema está, quando chegados aí, já não há mais nada para tirar…
Hoje o regresso à cidade não é nosso, pois estamos confinados e somos dos que cumprimos, mas há quem, alheios a esta coisa do vírus, regresse sempre á cidade e ao vale, e se deixe estar por lá desde o cair da noite até por volta do meio-dia do dia seguinte, embora às vezes, teimosos que eles são, fiquem por lá a noite e o dia todo, às vezes, semanas a fio…
Esses dois teimosos têm nome, um chama-se nevoeiro, alapa-se no vale e não sai de lá, o outro chama-se frio, não se vê mas sente-se, costumam andar juntos e é uma das duplas mais flaviense que conheço e que todos os flavienses conhecem, comentam ou falam, e como se de chagas se tratassem, não nos largam, invadem-nos o corpo, às vezes até doer e não há roupa que lhe resista, é como o vírus que praí anda, invade-nos o corpo sem saber por onde entram. Mas indiferentes a tudo isto, talvez por hábito ou simples gosto, há que goste dos dias assim, e quem está longe, quiçá até os recorde com saudades, e uma coisa é certa, visto lá de cima, da croa dos montes, tem tanto de mistério como de beleza e quer queiramos oi não, fazem parte do nosso ser flaviense.
O inverno chegou há dias, o Natal já lá vai, hoje é o último dia do ano de 2019, mais logo, 2020 fará a sua entrada em dia frio e seco, em Chaves, sinónimo de nevoeiros noturnos e matinais acrescidos de geadas das boas, daquelas branquinhas, com o seu que de perigo para quem anda na estrada, principalmente para aqueles que não sabem o que é uma estrada gelada e não conhecem as curvas sombrias onde o gelo se vai acumulando dia após dia, ou seja, com nevoeiro e gelo, na estrada, todo o cuidado é pouco, mas este tempo de frio seco de geadas (fora do vale onde o nevoeiro é residente) também tem coisas boas, que o digam aqueles que lá na aldeia têm o reco cevado para ir ao banco e os lareiros à espera de carga de coisas boas… enfim, para condizer deixou uma fotografia de uma geada das boas…
P.S. – Este blog, a partir de amanhã, irá estar sujeito a algumas alterações, principalmente nos conteúdos, mas sem abandonar a sua linha. Sempre que isto acontece, vamos pedindo que façam chegar até nós algumas sugestões, mas raramente nos respondem. Supomos que estarão satisfeitos com aquilo que fazemos, mas sabemos que não é bem assim, que têm opinião e que até gostariam de ver aqui alguns temas tratados, outras imagens, eu sei lá... Têm e sempre tiveram a caixa de comentários do blog à disposição para dar a vossa opinião ou fazer os vossos pedidos, que eu terei em conta. Se o quiserem fazer em privado, estejam à vontade enviando-me um e’mail para (ribeiro.dc@gmail.com) Fico a aguardar algumas sugestões. Entretaqnto, para os que gostam de fotografia, e como este blog é dedicado à cidade de Chaves e região (Alto-Tâmega e Barroso) onde preferencialmente publicamos imagens deste “Reino Maravilhoso”, reativei um antigo blog que agora passou a chamar-se “Fotografia e outros Devaneios” onde estou a publicar diariamente, pelo menos uma foto, de outros temas, em geral fotografias que não são de Chaves nem da Região (embora também as possa haver), fotografias que eu gostei de fazer e tenho todo o gosto em partilhar, estando para já definidos alguns temas prioritários: P&B, CutOut, Devaneios, Arquitetura, Design e Outras Paragens, neste último com fotografias de Portugal, estrangeiro e outras que não caibam nos outros temas. Um pouco de tudo onde apenas a fotografia interessa. Espero que gostem tanto quanto eu gosto de o fazer. Fica aqui o endereço que tem também link na barra lateral do blog Chaves: https://fotosfr.blogs.sapo.pt
Até pró ano!
O direito à diferença, sim, porque é um direito, não o de ser diferente por ser idoso ou usar bengala, esses apenas são mais velhotes que os menos idosos, talvez um pouco diferentes porque têm muita mais experiência e sabedoria, e talvez por se movimentarem mais devagarinho, mas chegam sempre onde os outros chegam. Também não é o direito à diferença por ir todos para o mesmo lado, sabe-se lá pra onde, também não vamos por aí. O direito à diferença também não é pelos vermelhos da fotografia sobre o restante P&B, não, isso é noia minha, gosto e prontos, passemos à frente… A diferença também não está nas Freiras, embora aqui, nesta imagem de arquivo, estivesse na sua 3ª edição, sem, no entanto, ter sido aumentada e melhorada, antes pelo contrário, vai mantendo as suas dimensões e vai sendo piorada de edição para edição, e aqui nem tido havido direitos, antes imposições, toma lá e cála-te. Freiras de fora. Se tivesse tempo, continuava aqui a gastar o meu português escrito, mas como o soninho já pede cama, vou direto ao assunto, aliás, penso que nem se trata de nenhum direito à diferença, mas apenas, isso sim, o de já estar farto dos dias quentes de verão, porque não gosto do calor, porque me faz transpirar, porque me tolhe os dias… daí ter ido ao arquivo sacar uma imagem com frio, só para contrariar o estado do tempo e nela sentir alguma frescura… Concluindo, até pode fazer a diferença, mas retiro o direito inicial… e com esta me bou até ao meio-dia em ponto com mais um artista fleviense em exposição.
Hoje vamos a mais uma imagem com frio e o nosso habitual nevoeiro matinal, isto quando não lhe dá para entrar pela tarde dentro. Dizem os de fora que já estamos habituados e verdade se diga que a vida não para por causa de um mero nevoeiro ou frio, venham eles como vierem, mas não é bem estarmos habituados, é mais, isso sim, sabermos como nos defender deles, em suma, conviver com eles. Andamos mais direitinhos, sem grandes movimentos para o calor não sair do corpo, mãozinhas nos bolsos a não ser que outras prioridades as exijam de fora, quanto ao nariz, a ponta, essa desgraçada lá terá que ficar de fora a aparar as marradas, para o resto do corpo reforça-se com mais uma ou duas peças de roupa, os pés convém não pararem durante muito tempo e depois, para os mais sensíveis, há sempre uns acessórios tipo luvas, cachecóis, gorros, bonés, etc. Basta-lhes ficar os olhos de fora para verem por onde andam, e prontos, venha lá o nevoeiro e o frio que a nós tanto nos faz, estamos habituados…
Neve da boa, em Chaves
Era, neve mesmo da boa, todo o dia a chover-lhe em cima e ela não desarmou.
Ficam meia dúzia de imagens, com neve junto ao Rio Tâmega, nos jardins do Castelo, no Museu de Arte Contemporânea, com brincadeiras na neve e outra a lembrar a nossa ruralidade, e, claro, uma com a nossa Top Model Ponte Romana a espreitar - sem mais palavras.
Dia de neve em Chaves dá quase para dizer que é dia de festa. Tenho a certeza de que quando a meio da tarde de ontem começou a nevar, todos pararam nos seus afazeras para se abeirarem da janela a ver a neve cair, isto os que estavam dentro de portas, pois os da rua transbordavam de felicidade com a neve a cair-lhes na pinha, suponho. É a criança que vive dentro de nós que não resiste ao cair da neve.
Pois outros interesses só me permitiram mesmo deitar-lhe um olhar breve e só no regresso a casa, já noite, é que deu para fazer dois registos para memória futura. Pode ser que de manhazinha, já à luz do dia, o manto branco se mantenha sobre a cidade, e aí, sejam possíveis mais uns registos para memória futura. Para já ficam os meus dois registos de ontem à noitinha, dia 27 de fevereiro de 2018.
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*Jardim das Freiras*- De regresso à cidade-Faltam ...
Foto interessante e a preservar! Parabéns.
Muito obrigado pela gentileza.Forte abraço.João Ma...
O mundo que desejamos. O endereço sff.saúde!
Um excelente texto, amigo João Madureira. Os meus ...