O Barroso aqui tão perto
origem, história e território
INTRODUÇÃO
Como em todas as histórias, comecemos esta pelo seu início.
Este blog existe há 15 anos, começou pela descoberta de uma nova palavra que tinha aparecido na intenet – “blog”. Numa tarde sem nada que fazer, a curiosidade levou-me à sua descoberta. Afinal o que era um blog!?. Li umas coisas sobre eles e descobri ser uma ferramenta posta à nossa disposição, um espaço pessoal na internet onde poderíamos escrever, partilhar ideias e publicar imagens, vídeos, etc. Os formatos, “templates” já existia, a nós só nos exigiam, escrever e publicar, com imagens incluídas, se tal fosse o nosso desejo. Lembrei-me então do meu tempo de tropa, em que num ano passado em Angra do Heroísmo, devorava tudo que eram notícias da terrinha, num tempo em que ainda nada disto existis, nem sequer os telemóveis, quando muito o telefone para notícias muito breves, pois era caro, para conversas mais longas, recorríamos às cartas enviadas por correio. Lembro-me de na altura ir à Biblioteca Municipal de Angra do Heroísmo para ler o “Notícias de Chaves” que chegava lá 15 dias após ser publicado, mas eram para mim as notícias mais recentes da terrinha, onde lia tudo, incluindo os anúncios e a necrologia… Lembrei-me então, nessa tarde sem nada para fazer, experimentar criar um blog em que o destinatário seria eu próprio, ou seja, aquilo que gostaria de ler e ver se estivesse fora da terrinha. E assim foi, assim se iniciou o Blog Chaves, primeiro com pequenos textos soltos e imagens de Chaves. Pensava eu que era o único a ver aquilo que fazia, daí, nem sequer ter muitos cuidados, qualquer critério na construção do blog, do que ia dizendo e mostrando, até que apareceu o primeiro comentário, e aí, assustei-me…afinal não era só eu a ver aquilo. O restante da vida do blog, vai sendo conhecida por todos os que me acompanham e hoje todos sabemos como os blogs funcionam.
De Chaves ao Barroso, apenas um passo
Durante os primeiros anos de blog foi inteiramente dedicado à cidade de Chaves e mais tarde também às suas aldeias e lugares, perto de 150 no total. Muita coisa, mas nada que o tempo não possa vencer. E assim foi, passaram por aqui todas as aldeias do concelho de Chaves, algumas mais que uma vez. Era tempo de o blog se expandir para lá Chaves e as suas aldeias, daí surgir a ideia de ir também até às origens, as minhas, mas que pela certa seriam também de mais gente, pois embora eu seja flaviense de nascença, a minha família materna é de Montalegre e a paterna de Vila Pouca de Aguiar. E porque não a região de Chaves, alto Tâmega e Barroso sem deixar de foram a Galiza da fronteira com Chaves e também Vinhais, pela mesma razão de também fazer fronteira com o concelho de Chaves. Uma aventura que logo à partida se propunha como demorada, pois seria necessário todo o trabalho de campo na recolha de imagens e pesquisas para falar sobre essas novas aldeias, para além das nossas impressões pessoais.
Decidi assim iniciar esse alargamento pelo Barroso de Montalegre, aquele que melhor conhecia por ser terra da minha mãe, dos meus irmãos, tios primos e avós e natais de juventude. Inicialmente seria o território do concelho de Montalegre a explorar e de seguida passaria ao de Boticas, só que no entretanto, com o conhecimento da “Toponímia de Barroso”, apercebi-me que havia freguesias de Vieira do Minho e de Ribeira de Pena que também estavam incluídas no território de Barroso.
No levantamento das aldeias do concelho de Chaves, da margem esquerda do rio Tâmega, por várias vezes que as pessoas mais idosas, em conversa, quando se referiam ao Barroso, que para lá do rio, é tudo Barroso. Por outro lado, com a minha descoberta do Barroso além Montalegre, aquele que menos ou nada conhecia, fui-me dando conta que geográfica e fisicamente falando, o Barroso não tem uma identidade única, ou seja, características idênticas em todo o seu território, daí haver também, em versão mais ou menos oficial, a distinção entre o Alto-Barroso e o Baixo-Barroso, que eu nas minhas descobertas ia acrescentando ainda outros, que em tom de brincadeira cheguei a chamar “Barrosinhos”.
De facto é impossível comparar em termos de identidade as aldeias do planalto da Serra do Larouco (Padornelos, Sendim, Santo André, Solveira, Gralhas, etc., etc., etc..) com as aldeias da freguesia de Salto, ou com as aldeias da freguesia de Cabril, entre outras. Em suma, fui-me dando conta que neste território do Barroso (e ainda só estamos no do Concelho de Montalegre), a vida das aldeias sofriam grande influência da terra onde estavam implantadas, e estas, das montanhas, serras e rios que que lhe eram próximas, a saber, da Serra do Larouco, a Serra do Gerês, a Serra do Barros e a Serra da Cabreira, e do Rio Cávado, Rio Rabagão, Rio Cabril.
Chegado a este ponto é que comecei a debruçar-me mais a fundo sobre o Barroso e o seu território, o que não foi/é fácil, partindo logo do princípio que em termos administrativos, ou melhor, em termos de divisões administrativas do território de Portugal, ao longo da história, o Barroso nunca foi província, distrito, concelho ou outro, mesmo noutras divisões do território, como as divisões para termos estatísticos, as NUTS - Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos, o território hoje conhecido do Barroso, sem ser mencionado, está incluído nas NUTS II na Região Norte e nas NUTS III na região do Alto Tâmega (Barroso de Montalegre, Boticas e Ribeira de Pena) e na Região do Ave(Barroso de Vieira do Minho).
Aliás se considerarmos o atual território do Barroso tal como é defendido por Montalegre, o Barroso pertence a (pelo menos) 4 concelhos (Montalegre, Boticas, Ribeira de Pena e Vieira do Minho), dois distritos (Vila Real e Braga) e a duas províncias (Trás-os-Montes e Minho).
Chegados aqui poderíamos, quase, dizer que o Barroso não existe, o que seria um disparate de todo o tamanho, pois todos sabemos que o Barroso existe, mas alguém poderá afirmar, com exatidão, quais sãos os limites do Barroso!? Pois, para podermos responder a isto teremos que esquecer as divisões administrativas oficiais e lançar mão da História e daquilo que ao longo dos tempos se foi dizendo sobre o Barroso.
O Barroso, origem, história e território
Entre e segundo os escritos de entendidos que se debruçaram sobre o assunto, as fronteiras do Barroso foram variando ao longo dos tempos, embora quase todos coloquem Montalegre como a terra de origem, a terra mãe e a capital do Barroso. Excluindo o Padre António Fontes que nos seus escritos faz uma abordagem do Barroso através do fator humano com o Barrosão e o seu feitio, os restantes abordam e entendem o Barroso a partir do território de Montalegre através dos tempos, pelo fator administrativo, contrariando em parte a sua origem, pois se assim não fosse, o território de origem seria igual ao atual território, e como veremos não aconteceu assim.
Por outro lado, pensava eu, que mais importante que o fator administrativo, que aos longos dos tempos foi variando e continuará a mexer nas fronteiras dos territórios, lembremo-nos que a última reorganização administrativa ocorreu em 2013. Mas ia dizendo, que pensava eu que mais importante que o fator administrativo seria o fator geográfico, ou seja, que uma região que fica de fora das divisões administrativas oficiais se ia regulando pela geografia, ou melhor, pelas características geográficas dessas mesmas regiões, como por exemplo a terra quente, por ser quente, a terra fria por ser fria, a região do douro, pelo rio Douro, ou as terras do vale do Ave por serem do vale do Ave ou até o Alentejo por ser além Tejo, ou seja, há caracteristicas geográficas idênticas ou perfeitamente delimitadoras pelas características físicas, comos os rios, os vales, as montanhas.
Sinceramente que quando iniciei esta pesquisa e estudo da região do Barroso, pensava que ela se enquadrasse em limites geográficos, que até os tem, e aí, mesmo que administrativamente o território fosse mudando práqui ou práli, o território do Barroso manter-se-ia, mas vamos ver o que dizem alguns dos documentos estudados.
De entre todos os documentos que encontrei, o que está mais próximo daquilo que quero abordar, é um do investigador João Soares Tavares que, sobre o assunto, afirma:
Sobre a origem da Terra de Barroso não se conhece um documento fidedigno. Teorias existem. É por certo uma região muito antiga. Dois documentos da terceira década do século XVI[i] confirmam a Terra de Barroso com diferenciadas unidades concelhias em dimensão e importância. A documentação referida certifica também a vila de Montalegre cabeça administrativa da Terra de Barroso.
Segundo a mesma fonte o Barroso era um vasto território que incluía o concelho de Montalegre, o concelho de Vilar de Vacas, o concelho do castelo de Piconha, o concelho do castelo de Portelo e o Couto de Dornelas.
O concelho de Montalegre possuía o maior número de freguesias[ii], o concelho de Vilar de Vacas duas freguesias apenas – Campos e Ruivães[iii], o concelho do castelo de Piconha incluía a vila de Tourém e três aldeias: Rubiás, Santiago e Meaos. Estas aldeias formaram o Couto Misto e eram habitadas indistintamente por portugueses e galegos, por último o concelho de Portelo reunia “oyto aldeas de termo as quaes se chamã omrras: Vilar de Perdizes, Santo André, Solveira (Sobreyra), Gralhas, Meixedo, Padornelos, Padroso e Sendim.” Assim assegura o “Numeramento de D. João III” do século XVI.Facto a assinalar, com base no documento citado, estas oito honras eram pequenas unidades territoriais com governo próprio, mas estavam dependentes da autoridade do alcaide do castelo de Portelo.
João SoaresTavares afirma ainda:
O documento “Demarcaçam da Villa de Montalegre…” de 1538, atesta a existência dos “lugares de honras” que são os seguintes: “Aldea de Villar de Perdizes, Aldea de Gralhas, Aldea de Padronelos, Aldea de Padroso, (…) e que estas quatro Aldeas sam subditas ao Castello de Portelo. Portanto confirma a dependência da autoridade do Alcaide do Castelo de Portelo. De salientar, neste documento do século XVI datado cerca de 10 anos após o referido atrás, as aldeias de Solveira, Santo André, Sendim e Meixedo não aparecem referenciadas.
Segundo o mesmo documento, todas as unidades concelhias citadas estavam integradas na Terra de Barroso, e também coloca a vila de Montalegre cabeça daquele território. De onde se conclui a importância que apresentava.
A Reforma Administrativa de Silva Passos decretada em 6 de Novembro de 1836 promoveu a extinção de uns concelhos e a criação de outros. Houve concelhos cujos territórios diminuíram, enquanto noutros aumentaram. Esta Reforma não foi definitiva sofrendo diferentes alterações até 1853 e, no que diz respeito à Terra de Barroso prolongaram-se até 1898.
Em 1836 iniciou-se a divisão do vasto território. Nesse ano as honras citadas – Vilar de Perdizes, Santo André, Solveira, Gralhas, Meixedo, Padornelos, Padroso e Sendim – foram extintas, sendo integradas no concelho de Montalegre. Algumas destas freguesias sofreram um desvio temporário para Ervededo que anteriormente fora um couto, conforme será analisado abaixo.
O concelho de Boticas criado em 1836 recebeu as suas freguesias do concelho de Montalegre. Apenas as freguesias Anelhe e Ardãos transitaram do concelho de Chaves. (Ambas pertenceram anteriormente ao Julgado de Barroso conforme se verifica nas Inquirições afonsinas de 1258 referentes àquele Julgado). Em 1855, Anelhe regressou ao concelho de Chaves.
O concelho de Boticas fundado em 1836 conforme se disse, foi extinto em 1895 para ser novamente restaurado em 1898.
Até à estabilização dos concelhos houve freguesias que saltitaram de um para outro. A freguesia de Cervos esteve apenas dois anos no concelho de Boticas. (1936-38) Em 1838 voltou ao concelho de Montalegre. Fiães do Tâmega aldeia da freguesia de Curros do concelho de Montalegre, em 1834 foi elevada a paróquia. Esteve no concelho de Ribeira de Pena entre 1895 e 1898, ano em que passou definitivamente para o concelho de Boticas. É freguesia deste concelho tendo anexado a aldeia de Veral.
Do concelho de Montalegre transitou em 1839 para o concelho de Boticas a freguesia S. Salvador de Canedo. Permaneceu em Boticas até 1895, para nesse ano incorporar o concelho de Ribeira de Pena que fora criado em 1853. Parte das aldeias dessa freguesia: Canedo, Pena Longa, Seirós e Alijó formaram uma nova freguesia com o topónimo Canedo, enquanto as aldeias Viela e Melhe integraram a freguesia de Santa Marinha do referido concelho.
O pequeno concelho de Vilar de Vacas constituído pelas freguesias Campos e Ruivães, em 1706 incluía mais as “aldeias Fafião e Pincães da paróquia de S. Lourenço de Cabril, termo de Montalegre” e as aldeias “Linharelhos e Caniçó paróquia de Santa Maria de Salto, termo da vila de Montalegre”. (4) Pelo citado Decreto foi aumentado em 1836, recebendo as seguintes freguesias do concelho de Montalegre: Ferral, Cabril, Covelo do Gerês, Reigoso, Pondras, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Um aumento com pouca durabilidade. Extinguiram o concelho em 1853 passando as freguesias Campos e Ruivães para o concelho de Vieira do Minho regressando as restantes freguesias referidas ao concelho de Montalegre.
O couto de Dornelas que inicialmente pertenceu ao arcebispado de Braga, em 1836 foi integrado como freguesia no concelho de Boticas. Aquele território é constituído por sete povoações.
Tourém, sede do concelho do castelo da Piconha extinto em 1836, passou a freguesia do concelho de Montalegre.
Em 1864 com a assinatura do Tratado dos Limites entre Portugal e Espanha, os três lugares Rubiás, Santiago, e Meaos, que formavam o Couto Misto, passaram a constituir território espanhol.
Algumas povoações da Terra de Barroso extinguiram-se, nomeadamente: S. Vicente do Gerês, Soutelo, Madalenas, S. Frutuoso de Barrosinho, Carrili, Padroselos. Esta aldeia que outrora pertenceu ao Julgado de Barroso é hoje uma imagem nostálgica do concelho de Ribeira de Pena.
Até se verificar a estabilização dos concelhos houve um saltitar de freguesias. Para finalizar apresento mais o seguinte exemplo: O couto de Ervededo que estava fora da Terra de Barroso, em 1836 foi também sujeito à Reforma Administrativa de Silva Passos. Nesse ano aumentou o pequeno território. Do concelho de Montalegre transitaram: Meixedo, Vilar de Perdizes (Santo André), Vilar de Perdizes (S. Miguel) e Solveira, portanto pertencentes outrora à Terra de Barroso. Com a nova constituição teve vida efémera. Foi extinto em 1853. As aldeias referidas regressaram ao concelho de Montalegre. As restantes ao concelho de Chaves.
(...)
Resumindo: Conforme se constata, a antiga Terra de Barroso incluía diferentes unidades concelhias atrás referenciadas. A Reforma Administrativa de Silva Passos de 1836 provocou transformações significativas. Actualmente, o seu território encontra-se repartido por quatro concelhos localizados em dois distritos (Vila Real e Braga) e, uma pequena parcela foi deslocada para a Galiza. Do seguinte modo: em todo o concelho de Montalegre, na quase totalidade do concelho de Boticas, (excepto a freguesia de Ardãos, que pertencia ao concelho de Chaves), no concelho de Vieira do Minho, (freguesias de Ruivães e Campos), no concelho de Ribeira de Pena (toda a freguesia de Canedo e as aldeias Viela e Melhe da freguesia de Santa Marinha). Na Galiza permanecem as aldeias Rubiás, Santiago e Meaos localizadas a norte do concelho de Montalegre.
Depois de todas a história que aqui ficou sobre o Barroso, baseada nas palavras do investigador João Soares Tavares, fiquei um pouco confuso com as suas conclusões (resumo) a respeito do Barroso atual, seja como for, aquele que é mais ou menos oficial e aceite, é o do mapa 4 que atrás ficou, no entanto, eu tenho outras fronteiras para o Barroso, que no meu entender seria o mais lógico, isto deixando de parte as fronteiras administrativas e as perdas e ganhos de território e até mesmo o fator humano defendido pelo Padre Lourenço Fontes.
Claro que é, talvez, a minha visão romântica sobre o assunto, mas é baseada nas características geográficas com semelhanças e território bem definido e delimitado por agentes naturais como as montanhas e os rios. Sei que vale o que vale e não pretende absolutamente nada, nem sequer pretende ser polémico, pois aceito as fronteiras do atual Barroso. Apenas quero mostrar a minha visão sobre este assunto ou de como eu gostaria que fosse, não para me incluir nela, ser barrosão como flaviense, pois a minha costela barrosã já me chega para ser também barrosão, aliás, se fossemos por aí, eu até ficaria de fora, pois embora nascido em Chaves, nasci na margem esquerda do Rio Tâmega, que fica fora dos limites deste meu Barroso “romântico”, chamemos-lhe assim. Fica então o mapa do meu Barroso, a seguir virá a sua defesa.
Pois para defesa recorro às montanhas e rios e também clima, limites naturais de territórios. Assim, se considerarmos as montanhas, poderíamos ter dois Barrosos possíveis, um mais pequeno e que ficaria circunscrito ao território entre as serras do Gerês, serra do Larouco, serra do Leiranco, serra do Barroso e serra da Cabreira, ou seja, quase e só o concelho de Montalegre. Para o alargarmos à inclusão de Boticas, já temos que ir até um Barroso mais alargado em que um rio já entra como fronteira, o Rio Tâmega, aliás fronteira do Barroso “oficial” e “aceite” de hoje em dia, e é aí que começa a entrar o meu Barroso romântico, pois naturalmente o rio Tâmega seria uma fronteira bem definida e definitiva do território de Barroso, que por sua vez é secundado por uma outra fronteira de montanhas – a serra de Mairos e a serra do Brunheiro com remate da serra de Santa Bárbara.
Por outro lado, recorrendo à história do Barroso, grande parte desse território flaviense que eu defendo como pertencer ao Barroso, já lhe pertenceu, apenas depende como se veja o movimento das fronteiras administrativas, senão vejamos, a freguesia de Anelhe já foi pertença do Barroso e se considerarmos que o Couto de Ervededo, tal como o Couto de Dornelas, foram parte integrante do Barroso, então também teríamos pelo menos 7 freguesias de Chaves a pertencer ao Barroso, a saber: Anelhe, Seara Velha (com Soutelo). Calvão e Soutelinho, Ervededo, Vilela Seca, Bustelo e Vilarelho, ou seja, da margem direita do Rio Tâmega, apenas 5 freguesias é que nunca pertenceram ao Barroso, são elas a freguesia de Stª Maria Maior, Valdanta, Santa Cruz/Trindade e Sanjurge, Curalha e Redondelo.
E fico-me por aqui. Mas antes queria acrescentar que a feitura deste post coincidiu com um outro post que tinha pensado para esta rubrica de “ O Barroso aqui tão perto”, um post dedicado ao Padre Lourenço Fontes, por altura dos seus 80 anos, que fez ontem, e ficam os meus parabéns atrasados, quando ao post, ficará para outra altura, pois tal como me disse um amigo “Nesse dia não faltarão manifestações de aplauso ao António, hoje Padre Fontes ou Padre Lourenço Fontes.”
E com esta me bou!
[i] “Numeramento mandado fazer por D. João III (1527-1530) “, in Archivo Histórico Português, vol. VII, publicado em Lisboa, 1909; “Demarcaçam da Villa de Montalegre Concelho de Barroso Diocisis de Braga e asy dos Castellos de Portelo e Castello de Piconha e daldeas das honras anexas a elles por ser tudo termo de Barroso e Tourem”, 1538, Arquivo da Casa de Bragança, Vila Viçosa.
[ii] Foi fundado em 9 de Junho de 1273 pelo foral outorgado por D. Afonso III, Chancelaria de D. Afonso III, Livro I, f.110, I.A.N./T.T.
[iii] Vilar de Vacas teve carta de foro outorgada por D. Pedro l em 27 de Junho de 1363. (Chancelaria de D. Pedro I, livro de Doações, fls.85vº e 86, I.A.N./T.