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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

18
Dez21

Nova exposição temporária no MACNA - Chaves

Linhas de Vento - Percursos Artísticos na Natureza (Land Art)


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Abriu ontem ao público a exposição itinerante de obras da Coleção Serralves — “Linhas de Vento – Percursos Artísticos na Natureza. Na abertura estiveram presentes o Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz, a Presidente do Concelho de Administração da Fundação Serralves Ana Pinho e a, Coordenadora do Programa de Itinerância da Coleção Serralves e Curadora desta exposição “Linhas de Vento” do MACNA, Joana Valsassina.

 

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Quanto à exposição que foi concebida propositadamente para o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, proveniente de um importante núcleo de obras da Coleção Serralves que se inserem na tendência artística do final dos anos 60 do século passado, conhecida como Land Art, ou Earthworks, ou ainda Earth Art. Embora na prática este tipo de arte procure na natureza o lugar e matéria para o desenvolvimento de projetos artísticos, ou seja a arte a acontecer fora dos salões de exposições, neste caso, poder-se-á dizer que acontece o inverso, ou seja, é a “arte da natureza” que entra no salão de exposições. Sem dúvida uma exposição diferente, onde em vez das convencionais pinturas e óleo sobre tela, temos elementos naturais como rochas, troncos de madeira, sons, imagens de vídeo, etc. Para quem gosta de arte, é uma exposição a não perder e que até poderá esclarecer o abrangente que é a arte contemporânea.

 

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A exposição abriu ontem e manter-se-á patente ao público até 17 de abril de 2022, no horário de funcionamento do MACNA. No Salão Principal do MACNA e galeria, mantém-se a exposição permanente de Nadir Afonso com  "Entre o Local e o Global".

 

 

07
Out18

Pergaminho dobrado em dois


pergaminho

 

Os falos têm o poder de deflagrar puritanos.

 

Na vida existe muita coisa que me incomoda, mas pelo menos três têm uma particularidade de me chatear ao ponto de me espernear no chão enquanto grito: “Foda-se a Maria Leal”. Essas três coisas são: a CMTV, sopa de canja e pessoas que se levam demasiado a sério, de uma circunspeção tal que chegam ao ponto de criar um certo tipo de rigidez nas falangetas dos seus semelhantes.

 

A primeira é muito parecida a problemas intestinais. A segunda é de facto pérfida aos meus anseios culinários na medida em que me consegue oprimir de tal maneira que dou por mim, por vezes, a saciar-me com três bolachas Maria barradas a manteiga só para não desgostar aquelas pevides manhosas. Em relação à terceira tenho muita coisa a dizer. A pletora de sentimentos que provoca é insofismável e abarca toda a paleta de emoções. Estarão vocês a pensar “o que é que está para aqui a dizer este gajo”. Calma! Já estão a fervilhar. Parecem coelhos com vontade de regabofe.

 

É o seguinte: abomino gentinha com falta de sentido de humor, mas se elas manifestassem o seu desagrado enquanto estão em casa sozinhas a espremer borbulhas e a masturbarem-se de vergonha de serem como são, isso não me incomodava. Agora quererem calar o outro só porque o menino ou a menina não aprecia. Epá, besuntem-se de esperma de escaravelho até criarem uma camuflagem perfeita e depois atirem-se ao poço da seriedade, por favor.

 

Mudando de assunto, mas continuando no mesmo, não é que a Fundação de Serralves, na famosa exposição de Robert Mapplethorpe: Pictures, decidiu retirar um conjunto de obras do artista norte-americano por esta apresentar, na sua maioria, muitos falos e coisas enfiadas, digamos, no rabo. Obviamente, e como devem prever, ninguém está preparado para ver isso. As pessoas estão tão habituadas a outros tipos de chavascal – telenovelas portuguesas e os programas nos canais generalistas de domingo à tarde.

 

Num primeiro momento, a administração da Fundação proibiu certas fotos a menores de 18 anos, reservando um espaço para os mais sensíveis. Posteriormente, permitiu-se a entrada a menores de 18 anos quando acompanhados pelos “respetivos representantes legais”. Coisa, claro, que nenhum menor está habituado a assistir ao monte. No máximo, uma turma de vinte e quatro alunos numa aula de TIC.

 

Não é tudo isto uma chafurdice de moralismo puritano? Duvido, sinceramente, que um jovem menor se surpreenda com as imagens em exposição, exprimindo: “Calma, isto não é tão diferente como o RedTube. É apenas mais requintado, mais bonito e despoleta em mim uma vontade exacerbada de prática de deboche”.

 

É chato para mim ter o conhecimento de censura neste admirável – acatem o sarcasmo – mundo moderno e democrático. Não vivi sequer nenhum dia em ditadura, e agradeço isso ao povo que mais ordena. Mas também não é agora que, vá lá, me apeteça saborear os tempos louros em que o meu pai dizia “Era à reguada, se te portasses mal” ou “Até um irmão teu podia denunciar-te”. Prezo tanto a liberdade que é intolerável sequer pensar em censura. Mesmo assim, vivemos tempos muito difíceis e é preciso o regozijo de todos para que as almas puritanas se vergam perante a sequência de tarolos disformes da obra de Robert Mappletorpe.  

 

Herman JC

 

 

 

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