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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

03
Fev22

Reino Maravilhoso - Verin e Eurocidade

Douro e Entre os Montes


VERÍN - EUROCIDADE CHAVES-VERÍN - GALIZA

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Já há algum tempo que não vínhamos aqui com esta rubrica do Reino Maravilhoso – Douro e Entre os Montes que tal como anunciámos desde o início visa ser uma proposta para um dia de passeio a partir da cidade de Chaves, num raio máximo de pouco mais de 100Km de modo a abranger terras a norte do Rio Douro e sua vizinhança, mas também a entrar na Galiza que nos é mais próxima.

 

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Assim, hoje vamos para um passeio aqui à mão de semear, e que embora já na Galiza nem precisamos de sair de casa, isto se em vez de considerarmos a nossa cidade de Chaves no seu conceito histórico, consideramos a nossa cidade ao nível europeu, ou seja a Eurocidade Chaves-Verín, ou seja, vamos até ao lado galego da nossa cidade, até Verín.

 

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Claro que este passeio nem precisa de ser recomendado aos flavienses, pois desde sempre que os flavienses frequentam com regularidade Verín, diria que com uma regularidade diária, mesmo no tempo em que Portugal e Espanha estavam dominados pelas respetivas ditaduras de Salazar e Franco, tal já acontecia, inclusive, havia duas vezes por ano em que a fronteira levantava as suas barreiras para a população, de um e outro lado, passar livremente sem qualquer controle. Tal acontecia por altura da Feira dos Santos em Chaves, e das festas do Lázaro em Verín.

 

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Festas do Lázaro, que penso que ainda se realizam, mas sem a importância de então, pelo menos no levar flavienses até lá. Aos poucos, a festa de Verín passou a ser a festa do Intróido (entrudo/carnaval) e dos cigarróns, que hoje são às centenas e que durante mais de 15 dias levam milhares de pessoas até Verín para desfrutarem e participarem nos vários dias e noites temáticas e respetivos desfiles (noite das comadres, dos compadres, domingo corredoiro, domingo e terça feira de carnaval, etc). Hoje em dia, se ainda existisse fronteira entre as duas localidades, teria de ser nesta altura que elas tinha de abrir livremente.

 

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E o que nos leva até Verín? Ora aquilo que sempre nos levou, ou seja vamos para as suas festas, às compras mas também pela gastronomia ou passeios gastronómicos, ou sejam, as mesmas razões que trazem os de Verín a Chaves.

 

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Continuo a afirmar que este post e passeio não se destina a flavienses, pois esse vão por lá quando precisam ou lhes da na gana. É antes para quem nos visita, para quem visita a cidade histórica de Chaves, saber que tem mais ofertas dentro da nossa Eurocidade Chaves-Verín, com o lado galego a apenas 20km de Chaves, com percurso em autoestrada ou estradas nacionais, bastando seguir a veiga de Chaves ou o rio Tâmega em direção a Norte e/ou nascente, respetivamente.

 

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Em Verín, para além das suas festas de Intróido, recomendamos fora destas, uma visita pelo seu centro histórico, que também o tem, uma visita ao castelo de Monterrei e já que está por lá, embarque numa de provar as suas tapas galegas sem esquecer o pulpo (polvo) à galega. Os vinhos das proximidades também se recomendam.

 

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Assim, se vier com tempo em passeio por Chaves, dedique uma manhã, ou uma tarde ou até o dia todo a um passeio até Verín, e no regresso, aproveite e ateste o depósito do seu popó, que sempre poupa uns euros. Ah! E problemas com a língua, não há, nem vale a pena tentar falar castelhano ou galego, fale-lhes em português corrente que eles entendem-nos perfeitamente.

 

 

Ligações recomendadas:

https://www.visitchavesverin.com/

14
Out21

Reino Maravilhoso - Allariz

Douro e entre os montes


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ALLARIZ - GALIZA

 

Mais uma voltinha para um dia de passeio pelo Reino Maravilhoso, no qual, nós, também incluímos terras galegas com a mesma identidade transmontana, não ficasse a Galiza aqui ao lado.

 

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Já lá vão uns anos largos que descobrimos Allariz e, claro, só podíamos sair de lá agradados com aquilo que vimos e lá vivemos, principalmente com a exemplaridade com que o seu centro histórico foi recuperado, com o uso/ocupação desse mesmo centro, com a gastronomia local, com a sua história e os seus monumentos. Tão agradados ficámos que de vez em quando temos de voltar lá, infelizmente, quase sempre à noite ou por outros motivos que nos levam por lá que não nos deixam tempo para a fotografia, mesmo assim, fomos fotografando umas coisas que dão para ter uma ideia do que é Allariz.

 

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Allariz que fica a caminho de Orense, a 78km de Chaves, 1 hora de viagem quase toda por autoestrada (autovia), embora se possa também fazer pela antiga estrada nacional (Verin-Orense).

 

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Em Allariz é obrigatório percorrer o seu centro histórico, um passeio à beira rio, visitar as suas igrejas, tomar umas copas nos seus bares e os restaurantes também de recomendam, e outros pontos de interesse, entre os quais a Fundación Vicente Risco, onde no meio de muita oferta cultural poderá a ficar a conhecer outras curiosidades tais como a história do homem lobo galego.

 

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Para saber mais um pouco de Allariz, recorremos a um sítio da net dedicado ao turismo galego. Inicialmente pensámos em deixar aqui a versão portuguesa do texto, mas optámos pela versão oficial galega, que como poderão observar, não difere muito do nosso português

 

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Allariz, cuxa orixe remóntase ao século VI, recibiu o Premio Europeo de Urbanismo pola recuperación do centro histórico e do río. Residencia real na Idade Media, aquí se educou o mozo Alfonso X o Sabio e non é de estrañar que a beleza da contorna inspirase algunha das súas “Cantigas”.

 

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Patrimonio

O xeodestino posúe entre outros alicientes o Camiño de Santiago, chamado aquí Camiño do Sueste-Vía da Prata. Un percorrido dobre (vén bifurcado desde A Gudiña) que permite coñecer pequenos núcleos con moita historia como Xunqueira de Ambía e a súa colexiata. O itinerario cruza Allariz (...)

 

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Allariz tivo a sorte de conservar practicamente intacto o seu núcleo principal, granítico tanto nas rúas como nos edificios. A súa exemplar rehabilitación mereceu o premio Europa Nostra e hoxe a vila é un modelo do turismo sustentable galego. Os seus museos conforman unha pequena rede que, xunto coa potenciación de negocios hostaleiros “con encanto” e o agarimo co que se trataron as beiras do río, atraen milleiros de visitantes. Xa saíndo do casco histórico fai falta subliñar a ponte románica de Vilanova.

 

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O municipio de Allariz pertence e dá nome á Reserva da Biosfera Área de Allariz, un mosaico humano e natural elaborado con séculos de paciencia e laboriosidade.

 

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Festas e gastronomía

Os Maios é uma ancestral tradição galega que ainda se celebra com muita força em Ourense. Em toda a província é uma festa com grande participação popular pelo magusto, no outono, mas é na capital onde essa festa está declarada de Interesse Turístico Galego, tal como na anterior.

 

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Não tão velha, mas também com séculos em cima, visto que data de 1317 e agora desfruta da mesma categoria, é a Festa do Boi, com as ruas de Allariz como palco na comemoração do Corpo de Deus.

 

E é tudo por hoje.

 

 

02
Set21

Reino Maravilhoso - Alberguería (Galiza)

Douro e entre os montes


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Alberguería - Galiza

 

A nossa proposta de hoje para um passeio de um dia no Reino Maravilhoso, ou mesmo uma manhã/tarde, é até Alberguería, aqui ao lado, na vizinha Galiza, a 57 km de distância de Chaves.

 

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E vamos até Alberguería por várias razões e algumas até fortes, isto se tem interesse em saber a origem das coisas, como onde e como nasce um rio, que no caso, até é o também nosso rio Tâmega. Pois é mesmo ao lado desta pequena aldeia galega que nasce o rio Tâmega, lá no alto do monte Talariño, a 975m, onde curiosamente, a umas dezenas de metros da nascente do Tâmega, também a nascem de mais dois rios, o rio Lima e o Arnóia.

 

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Mesmo que, “aprisionado” logo à partida, pois sobre a nascente foi instalada uma captação de água para abastecer a aldeia de Alberguería, podemos também dizer que começa logo a servir as populações por onde passa, e Albergueria não lhe “rouba” assim tanta água, pois estas aldeias galegas,  que culturalmente são verdadeiras irmãs das aldeias transmontanas, também ela sofrem da mesma maleita do despovoamento… mesmo assim, logo à nascença, o rio Tâmega já é um bom rego de água e umas centenas de metros abaixo, já tem o seu primeiro “lago”, que só não é um charco, porque é um rio.

 

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Imagens da nascente do Tâmega, do primeiro troço e do primeiro “lago”

 

Mas Alberguería tem também História secular, tal como o testemunha um monumento colocado num dos largos da aldeia “El Rollo – Pena de Picota”, um símbolo de jurisdição, justiça e castigo, tal como os nossos pelourinhos. Repare-se na imagem (que fica a seguir) como também aqui as aldeias galegas são irmãs das portuguesas, refiro-me ao poste e iluminação pública que com tanto espaço à volta a “EDP” lá do sítio resolveu colocá-lo mesmo ao lado do monumento, tanto que nem sei como é que em vez do poste não colocaram um candeeiro mesmo em cima de “El Rollo”. Enfim, como já estamos habituados, já ninguém estranha… não é!?

 

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Outra razão que nos leva até lá, é a mesma que nos leva à descoberta das nossas aldeias, pois todas elas são interessantes, onde o granito à vista também é rei e senhor nas construções/habitações o que confere a estas aldeias um interesse acrescido.

 

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Por último Alberguería faz parte de um dos Caminhos de Santiago   onde existe um albergue de peregrinos que recolhe e acomoda diariamente nas sua caminhada para Santiago de Compostela. Albergue que tem a curiosidade de a tradição “mandar” a cada peregrino que deixe uma concha de Santiago, inscrita com o nome do peregrino, e assim, por entre milhares de conchas já quase não há espaço nas pareces e teto para mais uma, mas há sempre lugar para mais uma e para todas.

 

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E fico-me por aqui, em razões para ir até Alberguería, num passeio simpático, quase todo feito por estrada num pequeno vale por onde o Rio Tâmega desce até nós e vai recebendo os seus afluentes, alguns bem caudalosos, algumas vezes maiores que o próprio Tâmega. Ainda a caminho, em Tamicelas, dois afluentes entram em simultâneo no Tâmega. Uma viagem cheia de curiosidades para se fazer nas calmas e neste tempo ainda de verão, até pode parar numa das suas praias fluviais.

 

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O caminho para lá chegar, não tem nada que enganar, é partir de Chaves em direção aVerin, depois Verin até Laza  onde, à entrada, encontrará uma série de placas indicativas (que ficaram registadas na fotografia anterior), onde, se repararem, lá está a placa de Albergueria, a indicar para a esquerda, a 13Km. A partir de aqui é só seguir essa estrada que não há mais desvios. ao todo são 57km, 1 hora de viagem. Vai ficar impressionado com o que estrada sobre nos últimos quilómetros antes de chegar a Alberguería, agora pense nos peregrinos que a sobem. Dizem, os que já a subiram, que é um dos troços mais difíceis de fazer em todos os cainhos de Santiago.

 

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E por hoje é tudo neste Reino Maravilhoso que nos rodeia, onde o complicado é só escolher quais os caminhos a trilhar, pois todos eles são interessantes e todos eles aqui à mão de semear.

 

 

22
Jul21

Reino Maravilhoso - Celanova - Galiza

Douro e entre os montes


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Quem acompanha o blog já sabe que esta rubrica do Reino Maravilhoso – Douro e Entre os Montes, não se fica só pelo rio Douro e Trás-os-Montes, ou pelo Reino Maravilhoso de Miguel Torga. Desde início que a ideia é a de mostrar algumas localidades de interesse para um dia de passeio ou de férias na proximidade da cidade de Chaves. Claro que dada a nossa proximidade, mas também identidade com a Galiza, desde logo a incluímos nesta rubrica. Até hoje já trouxemos aqui 24 localidades (incluindo a de hoje), das quais 6 eram galegas.

 

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A partir de hoje vamos ter um mapa onde estão assinaladas todas as localidades que já passaram por esta rubrica, incluindo a nossa cidade de Chaves, que serviu de ponto de partida na primeira rubrica e desde onde se iniciam sempre estes percursos para visitas de um dia. E como tudo tem limites, limitamos também, com uma circunferência de 100Km de raio as localidades que poderão passar neste Reino Maravilhoso-Douro e Entre os Montes, com duas exceções, perfeitamente justificáveis porque simbólicas por estarem ligadas ao Rio Douro, ou sejam, Miranda do Douro e a cidade do Porto, a primeira por ser aí que o Douro entre em Portugal e a segunda por ser a sua foz, mas também por ser a grande cidade do Norte.

 

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Posto isto, vamos então até Celanova e nem que fosse e só pelo Mosteiro de San Salvador já valia a pena lá ir. Mosteiro de Sec. XVI-XVIII, fundado por São Rosendo (S.X.), agrupa na sua construção o estilo Renascentista, Barroso e Romântico. Ex-mosteiro Beneditino, Monumento Nacional de Espanha e foi premiado com o Prémio Europa Nostra em 1984.

 

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O mosteiro localiza-se na Plaza Mayor de Celanova, que é sempre a praça principal e central das localidades galegas e espanholas. Localidade esta de Celanova que se desenvolve à volta do mosteiro. Com pouco mais de cinco mil habitantes é também conhecida por ser terras de poetas,  como Manuel Curros Enriquez (1851-1908)  e Celso Emilio Ferreiro Míguez (1912-1979), este com uma estátua (cabeça) colocada junto ao mosteiro.

 

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Pra ir até Celanova, a maioria do percurso é por autoestrada, até Xinzo de Limia, onde se deve sair da autoestrada e apanhar a estrada nacional que liga Xinzo a Celanova. No total, entre Chaves e Celanova são 84,8km, mais ou menos 1 hora de viagem, que até pode ficar em caminho de Ourense, pois logo a seguir a Celanova pode apanhar de novo a autoestrada, a menos de 10km.  Vá até Celanova, que não se arrependerá.

 

 

01
Jul21

REINO MARAVILHOSO

Douro e Entre os Montes


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Ribeira Sacra/Cañon del Rio Sil

 

A nossa proposta de hoje vai outra vez até à vizinha Galiza, mais propriamente para a Ribeira Sacra, um pequeno “território” turístico entre o Rio Minho e o Rio Sil, que segundo as agências turísticas, numa visita tipo familiar, será coisa para conhecer em 4 dias. Mas como as nossas propostas são para um dia apenas, vamos até El Cañon del Sil.

 

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Geralmente esta descoberta da Ribeira Sacra faz-se a partir da cidade de Orense, Rio Minho acima. Para a nossa proposta de 1 dia de passeio, vamos atalhar, diretos ao Cañon del Sil sem ir a Orense. 105 Km (ida) para percorrer em 1H40,

 

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Depois de chegar ao Cañon del Sil e demorar-se por lá o tempo que for necessário, para o resto do dia tem várias opções. Uma é procurar o embarcadoiro e dar uma volta de barco pelo rio Sil. Se conhece o rio Douro, verá que entre estes dois rios há algumas identidades, mesmo no dispor da vinha em socalcos. Identidades mas também singularidades. Outra opção é partir rio acima a descoberta do muito que há para descobrir, desde passadiços, miradouros mas também muita oferta ao nível da arquitetura religiosa, com os seus mosteiros e igrejas, mas também as pequenas aldeias que ao longo da Ribeira Sacra se vão atravessando

 

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Seja como for, a proposta é regressar por Orense, ou seja, descer o rio Sil até desaguar no rio Minho e a partir daqui seguir o rio Minho até Orense. Chegados aqui já conhece o regresso a casa. Se não conhece, basta seguir as indicações em direção a Madrid até chegar ao norte da nossa Eurocidade de Chaves-Verin, ou seja até Verin, depois até ao sul da eurocidade (Chaves), é um pulo. Se estiver mesmo interessado em seguir a nossa proposta, fica um último conselho, entre na página do Turismo Galego e veja o que pode encontrar na Ribeira Sacra. Fica aqui o link:

https://www.turismo.gal/que-facer/rutas-turisticas/ruta-da-ribeira-sacra?langId=pt_PT#panel0

 

Bom passeio por entre os montes galegos e os nossos rios.

 

 

27
Mai21

A Galiza aqui ao lado

A Rapa das Bestas - Sabucedo


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Hoje era dia de trazermos aqui o Reino Maravilhoso, mas em vez dele, vamos até outro reino, igualmente maravilhoso, igualmente entre montes, mas que fica além da raia, vamos até Sabucedo, da Galiza aqui ao lado. Uma proposta para um passeio com o destino a 167Km de Chaves, para percorrer maioritariamente por autovia, com tempo de duração (a viagem) de 2 horas para cada lado, isto a cumprir as regras de trânsito. A visita é para durar todo o dia e vamos ver cavalos, muitos cavalos, num evento cheio de tradição e secular que dá pelo nome de: – A Rapa das Bestas.

 

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As imagens falarão por si, mas fica aqui muito resumidamente daquilo que se trata. A Rapa das Bestas acontece todos os anos em Sabucedo - Pontevedra, onde nas montanhas próximas vivem cavalos, de vários proprietários da povoação,  em estado selvagem. Esses cavalos no inicio do verão são reunidos e conduzidos para um curro (curral) em Sabucedo para lhes cortarem as crinas e serem vacinados.

 

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E é dentro do curro que se dá continuidade à tradição, entre homem e cavalo, a “lutar” de igual para igual, ou seja, são formadas duas equipas de três homens cada, os primeiros, os aloitadores (lutadores) que, sem recursos a cordas ou qualquer outro instrumento, imobilizam um cavalo, que após imobilizado, uma outra equipa lhe corta as crinas e caudas para além de um veterinário lhe administrar as vacinas necessárias.

 

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Mas lutar de igual contra igual com cavalos não é tarefa fácil, alguns acidentes e imprevistos pelo meio, mesmo assim, os futuros homens já se atrevem a lidar com os protros e há mulheres corajosas que também vão às lides

 

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Após os todos os cavalos estarem todos com as crinas cortadas e vacinados, são devolvidos às montanhas, Este evento decorre durante três dias (sábado, domingo e segunda), enchendo o curro várias vezes por dia, transformando-se num espetáculo, numa festa, que recebe milhares de forasteiros nestes 3 dias.

 

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Extra espetáculo que o espetáculo já proporciona, os cavalos machos inteiros lutam entre si

 

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Nos intervalos há festa e música que por estas bandas é dada em jeito de gaitas de fol.

 

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Pelo meio, no público, muitos fotógrafos ocasionais, amadores e profissionais que registam cada momento da festa, e claro, as selfies… público composto por vários públicos onde até as crinas, de alguns, se diferenciam das restantes

 

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E na rua a festa continua, bem a nossa maneira com as barracas do costume a oferecerem comes e bebes e de tudo que se possa vender. Mas fica a garantia de um dia diferente e bem passado, se for por lá.

 

Para saber mais sobre este evento, fica aqui um sítio que pode consultar:

 

A Rapa das Bestas

 

06
Mai21

Reino Maravilhoso - O Rexo (Allariz)

Douro e Entre os Montes


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O Rexo – Allariz

 

O nosso destino de hoje neste Reino Maravilhoso é entre os montes galegos, próximos de Allariz,  a caminho de Orense.  Allariz que é também um destino bem conhecido por muitos flavienses, mas que passam ao lado, ou desconhecem o Centro de Educação Ambiental – O Rexo, onde se promovem várias atividades em pleno ambiente rural na companhia de um autêntico museu de arte contemporânea ao ar livre.

 

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Para que não haja dúvidas onde fica o nosso destino, fica o mapa com o itinerário, mas podemos adiantar que O Rexo, fica a pouco mais de 3Km de Allariz, junto à povoação de Requeixo de Valverde, a 78 km de Chaves, e quase todos podem ser feitos em autoestrada e autovia grátis.

 

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Sobre o que lá existe, fica o que se diz na página oficial do Rexo, com link no final.

 

O texto está em galego, mas compreende-se bem, é assim como se fosse em português, mas com alguns erros pelo meio.

 

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O Centro de Educación Ambiental O Rexo está situado na Reserva da Biosfera Área de Allariz xestionada pola Fundación Ramón González Ferreiro.

 

Este espazo preséntase como un recurso, medio de apoio e complemento aos programas escolares, asociacións e familias. Conta cunhas instalacións (aula, granxa e queixería) acomodadas para desenvolver un proxecto educativo, que ten como fin e obxectivo xeral pór en coñecemento e valorización, iniciativas de desenvolvemento rural que axuden a preservar o medio natural.

 

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A través de xogos, dinámicas grupais, cancións e sobre todo da participación dos visitantes, os monitores achegan ós visitantes á flora e a fauna da Reserva da Biosfera, as tarefas e coidados na granxa, sensibilización ambiental, o traballo nunha queixería…

 

A edificación do centro levouse a cabo seguindo criterios bioclimáticos e coa instalación de enerxías renovables para un mellor aproveitamento dos recursos naturais na busca da coherencia co proxecto educativo. Así mesmo o edificio é unha ferramenta educativa máis a través das que traballamos a eficiencia enerxética, bioconstrucción, enerxías alternativas…

 

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INSTALACIÓNS

  • Aula, con capacidade para 50 persoas aproximadamente
  • Granxa de ovellas
  • Queixería
  • Casa de Palla
  • Charca con vida

 

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CONTIDOS

Desenvolvemento rural; Construcción sostible; Enerxía e cambio climático; Coñecemento do medio; Arte na natureza; Sensibilización e conservación ambiental…

 

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GRUPO DE VOLUNTARIADO

Dende o 2012 creamos o noso grupo de voluntariado a través do cal tentamos axudar a mellorar o noso entorno natural con saídas de limpeza e charlas divulgativas.

 

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ACTIVIDADES

As propostas do Centro de Educación Ambiental do Rexo personalízanse pensando nas características concretas dos participantes, idades, procedencia, nº de participantes… e sempre estamos abertos a suxerencias e aportacións.

 

Para os que dispoñen de pouco tempo está a Visita Básica, para aqueles que queiran gozar máis con nós están os obradoiros, xogos, roteiros e demáis visitas que vos darán a oportunidade de pasar no Rexo unha xornada enteira ou varias.

 

Fica o link para saber mais sobre O Rexo: https://fundacionrgf.org/cea-orexo/

 

 

 

 

25
Fev21

Reino Maravilhoso - Castelo de Monterrei - Galiza

Douro e Entre os Montes


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Em duas pequenas colinas que nascem no mesmo vale ergueram-se dois castelos, o de Chaves no então Reino de Portugal e o de Monterrei, mesmo ao lado de Verin, no Reino de Espanha, ambos com vistas privilegiadas para o mesmo ponto do vale onde ele estreita, precisamente onde se encontra a raia entre Portugal e a Galiza.

 

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Do nosso castelo flaviense apenas resta a Torre de Menagem e parte das muralhas que o protegiam, por seu lado, o de Monterrei mantém-se na íntegra com a sua Torre de Menagem, o Paço dos Condes (hoje convertido em museu), a Torre das Damas e a Igreja de Santa Maria Gracia.

 

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Destacado deste conjunto temos ainda o Hospital do Peregrinos e a Atalaia, no estremo oeste, esta em ruinas e tinha como objetivo defender a acrópole das investidas vindas de oeste.

 

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Pois a nossa proposta desta semana é uma visita a todo este conjunto, mas para ver exterior e interior, sem perder a belíssima igreja de Santa Maria Gracia, erguida na primeira metade do século XIV, e toda a arte sacra nela existente, também digna de ser apreciada.

 

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E desta vez não deixamos o roteiro para lá chegar, pois basta atravessar a raia de VilaVerde da Raia/Feces de Abajo para o Castelo de Monterrei se mostrar, depois basta segui-lo com o olhar até lá chegar, ou seja, terá de ir até Verin e na avenida principal que atravessa Verin, vira à esquerda em direção a Orense e no sentido contrário a Madrid e logo a seguir a Verin tem o desvio para o Castelo. Também pode ir a pé a partir de Verin. Se gosta de caminhadas, deixe o popó em Verin, atravesse o Tâmega e junto à Casa do Escudo há um caminho pedonal que nos leva direitinhos ao Castelo, que fica a apenas 600m de distância (mas sempre a subir).   

 

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Para ficar a saber mais sobre este castelo e conjunto, dê uma vista de olhos ao que está na wikipédia, pois lá conta-se quase toda a história deste conjunto. Ah!, falta referir apenas, que a partir da cidade de Chaves, basta uma manhã ou tarde para conhecer todo o conjunto, ainda fica com o resto do dia para as tapas e copas…

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_Monterrei

 

 

25
Fev20

Entrudo, Entróido e Carnaval

Verín, Laza e Podence


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Careto de Podence

Entrudo ou Carnaval está aí, nas ruas das aldeias, vilas e cidades, um pouco por todo o mundo, e é coisa muito antiga com origens para todos os gostos. Em miúdo, lá em casa falava-se no entrudo e pouco em carnaval. Embora o primeiro termo esteja mais ligado ao mundo rural e o segundo, mais globalizado. Entrudo para nós, entróido aqui para os nossos vizinhos galegos ou para a nossa Eurocidade Chaves-Verin, já que em Chaves, não há tradição do que quer que seja (entrudo ou carnaval), ou melhor, até havia, em manifestações espontâneas de pequenos grupos, não organizados,  de um entrudo porco, sujo, feio e barulhento, era mesmo assim, com farinha e carvão, rabichas e bombas a estourarem por todo o lado, “peidos chocos” e serem largados em lugares público e salas de aula, seringas de água de todas as formas e feitios, e serpentinas para os mais betinhos,  etc.

 

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Cigarrón de Verín - Galiza

Coisas que até eram proíbas de serem utilizadas (como as bombas e petardos) mas que se compravam por aí em qualquer sítio, inclusive eram vendidas a crianças. Mas a diversão principal da cidade (Chaves) era mesmo aproveitar essa proibição na presença da polícia, fazendo rebentar as bombas nos seus pés, o que os deixava zonzos na procura dos atiradores, pois no meio da confusão era quase impossível saber quês as lançou, sendo mesmo, às vezes, lançadas a certa distância, principalmente quando a polícia abandonava o local e as bombas continuavam a rebentar-lhe junto aos pés, pois a tática da rapaziada era furar uma batata, meter-lhe a bomba dentro e lança-la a rolar para distâncias maiores. Meia dúzia de atiradores e o resto era assistência, estas, até iam tendo alguma graça, agora chegar a casa todo molhado, enfarinhado e sujo de carvão, já não tinha tanta graça. Assim, se é que isto era entrudo, era o que ia havendo nas ruas de Chaves e não era coisa de um dia, mas de vários… mas isto eram outros tempos, em que televisões poucas havia, internet nem em sonhos, té certo que tínhamos cinema, mas não era todos os dias.

 

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O Homem Líquen (Carnaval de Verín - Galiza)

Mas voltemos ao Entrudo e Carnaval, às suas origens bem antigas. Pois olhando ao seu significado e origem, o Entrudo talvez seja o termo mais correto, ou melhor, o mais correto seria mesmo entrudo carnavalesco, porque os nossos, têm as duas vertentes, isto olhando à sua origem e ao significado dos termos na sua origem, em que o entrudo tem origem no latim introitus (intróito), com o significado de introduzir, dar entrada, começo ou anunciar a aproximação da quadra quaresmal, por sua vez o Carnaval, mais antigo, remonta ao tempo dos deuses, estava ligado a vários rituais do final de inverno e início da primavera, com festividades e cerimónias aos deuses, destacando-se uma,  a de lançar ao mar uma barcaça – o carrus navalis (carro naval) – repleta de oferendas, após ter sido abençoada por um sacerdote, tendo o ritual por objectivo a purificação e a fecundidade das terras, onde a  multidão assistia mascarada à partida da barca, prosseguindo depois em procissão pelas ruas. Mas há outra versão, esta já da era cristã, a explicação etimológica para o termo «Carnaval» aponta para a palavra carnisvalerium (carnis de carne, valerium, de adeus), o que designaria o adeus à carne durante a quaresma, hoje, nos dias de jejum.

 

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Cigarrón de Verín - Galiza

Chegados aqui, continuo a pensar que o entrudo carnavalesco é mesmo o termo próprio, pois por um lado temos o Entrudo como a introdução à quaresma com o adeus à carna, é a a parte religiosa da coisa e por outro, o carnaval entra com sua parte pagã da coisa, com os desfiles, máscaras, brincadeiras, matrafonas, bailes, bombas e serpentinas.

 

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Os Peliqueiros de Laza (Galiza) - Invasão das casas

Para entrudo deste post, há a dizer que as imagens de hoje são de dois entróidos, o de Verin com os seus cigarróns e o de Laza com os seus peliqueiros e os caretos de Podence. Estres três sim, com tradição e mais qualquer coisa de significado, e embora os três tenham em comum os chocalhos nas costas dos caretos, são completamente diferentes. Os mais genuínos, sem dúvida que são o de Podence e o de Laza, o de Verin é o de maior sucesso, pois modernizou-se, adaptou-se aos novos tempos, mantém algumas tradições, mas explorou a folia no sentido da farra, da borga, dos copos, das noitadas, da festa… e tem sido um sucesso a chamar a Verin milhares de pessoas para as suas celebrações, com a noite das comadres, dos compadres, o domingo corredoiro e os desfiles de domingo e terça-feira (hoje) onde tudo termina.

 

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Cigarróns de Verin - Galiza

E por hoje é tudo, com imagens dos nossos carnavais transmontanos ou galegos, bem diferentes daqueles mais afamados de Portugal.  E é tudo, da nossa parte também cumprimos esta quadra, curiosamente, este ano, se termos ido a nenhum deles, as imagens são de arquivo, mas continuam atuais.

 

 

 

20
Set19

O Factor Humano


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  As águas e os rios

 

Às vezes a escrita é como a chuva, torna-se escassa e desaparece nos longos estios, aqui e ali, interrompido por catadupas de palavras. Nem sempre essas palavras são as mais adequadas ou a mais necessárias, no entanto podem significar a sobrevivência.

 

Há poucos dias a Inês levou-me a percorrer a Ecovia do Vez, desde os Arcos de Valdevez até Sistelo. O rio Vez corre ainda com alegria nas suas águas límpidas. Nos vinte quilómetros da Ecovia há espaço para tudo, até para a solidão. Há represas, gralheiras, poços fundos onde pudemos banhar-nos. A região do Minho tem uma riqueza de águas, de nascentes, de pequenos ribeiros cheios de rãs verdes. Águas que parecem brotar de um mistério. Nem todo o Portugal tem estas características. A forma de aproveitamento da Ecovia do Vez resulta bem, porque se trata de um rio despoluído. Como é aliás o Tâmega de Verin para montante.

 

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Troço do Rio Tâmega entre a nascente e Verin

Era tão importante que a Eurocidade Chaves-Verin tivesse um projecto sério de identificação dos pontos de poluição do nosso Tâmega, na Galiza e em Portugal, de forma a eliminá-los ou ao menos mitigá-los.

 

Toda a área de laser do Açude merece uma requalificação para poder ser utilizada por todos, sendo para tal necessário, antes de tudo, uma boa qualidade da água.

 

É inquestionável que ao passear de verão pelo nosso Polis, somos afectados pela degradação do leito do rio e das suas águas.

 

Até agora os sucessivos executivos invocaram falta de autonomia para resolverem este problema. Até agora os sucessivos governos e os seus Ministérios do Ambiente nada fizeram.

 

Perdemos já demasiados anos, que dificilmente são recuperáveis.

 

Manuel Cunha (pité)

 

 

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