CHAVES

Como gostamos de andar pelos sítios que gostamos, esta semana vamos mais uma vez até ao Tabolado, ainda frio e invernoso, mas é só uma questão de mais ou menos agasalho, e os dias lá vão rolando… mesmo que seja a pé, sem rodas.

De regresso à cidade, e é sempre um gosto fazê-lo à beira rio por um dos percursos pedonais que a cidade tem, pena, só temos mesmo por a nossa vida não nos permitir que isso aconteça todos os dias.

Uma boa semana.

Hoje fazemos o regresso à cidade pelo Jardim do Tabolado, por entre folhas caídas e outros poemas, mesmo que não sejam os de Garret, mas são as folhas e os poemas coloridos de outono... embora aqui a preto e branco, pois a cor, fica como exercício do nosso (vosso) imaginário.

Uma boa semana!

Esta foi a primeira versão do Jardim do Tabolado, que assim se manteve durante uns anos, não muitos, depois, aos poucos, começaram as alterações até à versão atual, com melhoramentos introduzidos, sem qualquer margem de dúvida, embora em tempo, e a meu ver,  se tivessem cometido alguns pecados que ainda hoje por lá existem, refiro-me à piscina municipal e aos campos de ténis, não pelas infraestruturas em si, que nada tenho contra elas, antes pelo contrário, mas pela sua localização, principalmente a piscina, localizada mesmo (ou quase) ao centro do jardim.

Cá estamos com mais um regresso à cidade, desta vez, ou mais uma vez, à beira rio, no Tabolado, e com o calor que tem estado, até se agradece, não porque a água do rio refresque o ambiente, mas pelo menos dá alguma sensação de frescura, mas as sombras do Tabolado, essas sim, agradece-se pelo bem que sabem.

Uma boa semana e se estiver de férias, goze-as bem, se tem de ir trabalhar…lá teremos de ter paciência.

Um olhar  ainda possível desde o Tabolado até o Castelo, nos finais dos anos 60 do século passado, com a copa do velho olmo em frente a Igreja da Misericórdia ainda visível e de pé . Outros tempos!

Hoje, para variar um pouco, vamos ter três posts, todos com fotos do dia de ontem, a primeira, da magia das cores de outono a acontecer no jardim do Tabolado em Chaves. O segundo post, a acontecer dentro de momentos, será o da exposição de fotografia de Raul Silva Pereira que ontem inaugurou ao fim da tarde dentro, na Biblioteca Municipal de Chaves, incluída no ciclo de exposições mensais “Os nossos artistas” que a CM Chaves está a levar a efeito.

O terceiro post, será do concerto de Jazz de Afonso Pais, que aconteceu ontem à noite no Auditório do Centro Cultural de Chaves, mas esse, só para mais logo, à tarde.

Até já e até lá!

Tabolado com a  torre de menagem de fundo, era assim até finais dos anos 70 ou inícios dos anos 80 do século passado.

Aproveito para deixar aqui a importância que os postais ilustrados tiveram e têm para a documentação visual da era pré-digital da fotografia, pois é graças a eles que hoje podemos ver como era Chaves antiga do quase todo o século XX.

Hoje fica um olhar sobre o Tâmega e o Tabolado, um olhar que muitos de nós lançamos diariamente por vários segundos quando passamos na ponte ou ao lado, sem dúvida um olhar agradável, mas ainda mais agradável é descer até ao Tabolado, desfrutar do sol ou da sombra e do murmurar da queda das águas do Tâmega na presa, das melodias debitadas pelos melros e outros passarinhos que mesmo invisíveis ao nosso olhar estão lá com o seu instrumento a compor toda a orquestra da passarada, e tudo isto é grátis, mas mais que isso, gratificante. Vale sempre a pena perdermos por lá breves minutos que sejam para no final podermos ganhar o dia.   

No cais não há chegadas nem partidas, ninguém espera por ninguém, ninguém se despede de nada, apenas a névoa, que, indiferente a tudo e a todos, nasce no rio, mas não navega, antes, em silêncio, vestido de uma invisibilidade visível, povoa todo o espaço que há para povoar. Também este nosso regresso à cidade se faz em silêncio, à beira rio, povoando também de passos o passeio que percorremos em linha, sem deixar rastro, enquanto entramos pela névoa adentro até, também nós, nos tornarmos invisíveis.

Uma boa semana!