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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

25
Out20

JOÃO RIBEIRO - EXPOSIÇÃO DE PINTURA

BIBLIOTECA MUNICIPAL DE CHAVES * 24.OUT.2020 a 10-JAN-2021


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Homem Conversando com Cavalo (2001)

 

Abriu ontem, sábado, dia 24 de outubro e prolongar-se-á ate dia 10 de janeiro de 2021, na Biblioteca Municipal de Chaves, exposição de pintura de João Ribeiro – “ UM MUNDO PROVISÓRIO ÀS AVESSAS

 

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A vanguarda apenas interessa a João Ribeiro enquanto conceito. A praxis que hoje lhe é associada, seja a da arte conceptual ou a da arte multimédia, enquanto arte panfletária de uma pretensa vanguarda, anquilosada e cristalizada num conceito secular, interessa-lhe apenas como isso mesmo, como efémero epifenómeno agrilhoado ao decadente esplendor de um conceito.

 

Por outro lado, a João Ribeiro interessa, sim, a pintura, a pintura no sentido clássico, uma pintura que se alicerça ainda, devotamente, no desenho. Isto torna-se evidente quando a liberdade gestual do tratamento de fundo das suas obras cede lugar ao minucioso tratamento das figuras apresentadas em primeiro plano.

 

Para além deste obsessivo culto pelo desenho e de uma inalienável paixão pela pintura, João Ribeiro conjuga ainda uma irreprimível necessidade de constantemente experimentar diferentes suportes com o frenesim de alterar periodicamente as temáticas das suas séries, complementando esta atitude com um acentuado gosto pelos trocadilhos subversivos e pelo ensaio paródico.

 

É a transmutação de tudo isto que a sua exposição agora nos oferece, seja através de séries mais antigas, como Biombos, Homens Conversando com Cavalos e Mapas Alquímicos, seja através de séries mais recentes, como Contos da Chuva Agreste e Tábuas Sírias.

 

Esta exposição, comissariada por António Augusto Joel, assinala e celebra a doação de duas importantes obras do artista, Homem Conversando com Cavalo (2001) e Oklahoma (2009), ao Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso.

 

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JOÃO RIBEIRO (Lisboa, 1955) Licenciatura em Pintura / FBAUL. Mestrado em Artes Visuais / Ensino / ULHT https://www.joaoribeiroartistavisual.com

BIBLIOGRAFIA Alexandre Melo, Amadeu Lopes Sabino, Ana Isabel Ribeiro, António Augusto Joel, Batista-Bastos, Bernardo Pinto de Almeida, Cristina de Azevedo Tavares, Eduardo Paz Barroso, Eurico Gonçalves, Fernando Pamplona, Fernando Pernes, João Pinharanda, Joaquim Saial, José Luís Porfírio, José Manuel Anes, Mário Caeiro, Nuno Crespo, Nuno Rebocho, Rocha de Sousa, Rodrigues Vaz, Sílvia Chicó

 

COLEÇÕES INSTITUCIONAIS

 BIBLIOTECA DE SANTA MARIA DA FEIRA / BIBLIOTECA DA FCT-UNL / CM CHAVES / CM MATOSINHOS / CM PORTALEGRE / CM REGUENGOS MONSARAZ / CM SEIXAL / CM VILA NOVA DE FAMALICÃO / COLEÇÃO DA CGD / COLEÇÃO DO BCP / COLEÇÃO DOS CTT / MINISTÉRIO DA JUSTIÇA / MUSEU DA CIDADE DE VILA FRANCA DE XIRA / MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA NADIR AFONSO, CHAVES / MUSEU DE ARTE E PINTURA DIOGO GONÇALVES, PORTIMÃO / TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE SEIA

 

FILMOGRAFIA

2010 Pássaro Cego, vídeo de João Ribeiro com música de Manuel Paulo e palavras de João Monge

2009 Oklahoma, vídeo de Ricardo Reis sobre a obra homónima, com música de Kalu e Vasco Pinhol

2007 O Artista no seu Atelier, filme de Álvaro Queiroz no acervo da Cinemateca / ANIM

2005 Entre Nós, filme da RTP2 / Universidade Aberta

 

PARCERIAS ARTÍSTICAS E PROJETOS

2018 «WRS», exposição e projeto coletivo na Casa da Liberdade / Mário Cesariny, Lisboa

2017 «Além Marchas», exposição e projeto coletivo na Galeria Perve e na Sociedade Boa União em Alfama, Lisboa «Conexões Afro-Ibéricas Americanas», exposição e projeto colectivo, com organização da Galeria Perve, na UCCLA, Lisboa

2012 Com a VOARTE, autor do libreto do bailado no projeto multidisciplinar «O Nada», Guimarães, capital da Cultura «Objet Trouvé», instalação com vídeo e duas pinturas, projeto coletivo com curadoria de Mário Caeiro, na Galeria Plataforma Revolver, Lisboa

2011 «Vicente», instalação com desenho, projeto coletivo na Galeria Ermida de Nossa Senhora de Belém, com curadoria de Mário Caeiro, Lisboa

2010 Com a VOARTE, no projeto multidisciplinar «Depois»

2009 A convite de Joaquim Benite, realiza o espaço cénico da peça Dois Homens, de José Maria Vieira Mendes, e inaugura a exposição «Oklahoma» no Teatro Municipal de Almada A convite do Festival Imaginarius, colabora com Gonçalo M. Tavares, João Gil e Pedro Sena Nunes no projeto de vídeo e instalação «Ladrões de Deus», Mercado de Santa Maria da Feira Com João Monge, Manuel Paulo e Nancy Vieira colabora no projeto musical e vídeo «Pássaro Cego» Com a VOARTE, colabora no projeto multidisciplinar «O Aqui» Realiza a instalação / projeção «Lágrimas de S. Lourenço», com curadoria de Mário Caeiro, Skyway 09, Tórun / Polónia

2003 Realiza um biombo monumental no Museu da Cidade de Vila Franca de Xira, em colaboração com o arquiteto Cândido Chuva Gomes

 

PRÉMIO ESPÍRITO SANTO ESTEVES /II BIENAL DE CHAVES /PORTUGAL /1985

 

PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES COLETIVAS

1988, 1986, 1984 BIENAL DE LAGOS / PORTUGAL

1987, 1985 BIENAL DOS AÇORES / PORTUGAL

1987 MARCA / MADEIRA / PORTUGAL

1985 BIENAL DE CHAVES / PORTUGAL

1985 BIENAL DE DESENHO / COOPERATIVA ÁRVORE / PORTO / PORTUGAL

1984 BIENAL DE VILA NOVA DE CERVEIRA

 

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PRINCIPAIS EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS:

2018 3 GERAÇÕES / MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA NADIR AFONSO / CHAVES

2017 MAPAS ALQUÍMICOS / BIBLIOTECA CAMÕES / CÂMARA MUNICIPAL / LISBOA

2016 A SANTIDADE DA ÁGUA / SPGL / LISBOA

2015 WHISPERS / GALERIA PERVE / LISBOA

2009 OKLAHOMA / TEATRO MUNICIPAL DE ALMADA

2007 DEUSES DE JARDIM / BIBLIOTECA UNL / CAMPUS DA CAPARICA

2005 O PARAÍSO PROVÁVEL / GALERIA CUBIC / LISBOA

2003 O PARAÍSO IMPROVÁVEL / GALERIA ENES / LISBOA

1999 VIVA PORTUGAL / CASA DA CULTURA / V.N. FAMALICÃO

1998 VIAGEM / GALERIA ALMADA NEGREIROS DO CGP / TORONTO / CANADÁ A LUA COM A MÃO ESCONDIDA / GALERIA ENES / LISBOA

1993 O PARAÍSO DE ALFREDO / GALERIA DE S. BENTO / LISBOA

1991 BAPAUMESTRAAT / GALERIA DE S. BENTO / LISBOA CONTES FANTASTIQUES / GALERIE FAYLA / BRUXELAS / BÉLGICA

1987 NIRVANA URBANA / GALERIA DE S. BENTO / LISBOA

 

 

 

24
Abr19

Cidade de Chaves - Uma proposta cultural...


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Hoje deixo aqui um alerta para os mais distraídos que gostam de arte contemporânea e ainda não viram a exposição de Ema Berta e das 3 Gerações (Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro) que está patente ao público no MACNA - Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso. Pois se ainda não viu estas exposições só terá mais 4 dias para as poder ver, mais precisamente até às 19 horas do próximo domingo.

 

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Mas este alerta não é só para os distraídos que gostam de arte contemporânea, mas para todos em geral, e aqui, além das exposições temporárias como estas que estão de saída, acrescento a restante arte e restantes artistas que estão em permanência, refiro-me a Nadir Afonso e à sua exposição permanente neste espaço, mas também a Álvaro Siza Vieira e o próprio edifício do MACNA, também ele uma obra de arte contemporânea, porque a arte contemporânea não se limita apenas às artes plásticas.

 

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Escultor e Designer João Machado com a Pintora Ema Berta

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De facto esta nova tendência da arte nasce em meados do século passado onde, embora não rompendo de todo com a arte moderna até aí praticada, apresenta expressões e técnicas artísticas inovadoras, incentivando a reflexão subjetiva sobre a obra.

 

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Escultor Carlos Barreira com a Pintora Cristina Valadas

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Uma nova tendência que passou a manifestar-se além das artes plásticas, influenciando também outras artes como as do teatro, música, dança, fotografia, literatura, moda, instalações, etc, ou ainda, com recurso às novas tecnologias e o evoluir da ciência deu origem a vários movimentos como o minimalismo, arte conceitual, híper-realismo, body art, vídeo-art, happening, arte urbana, graffiti, arte póvera, internet art, etc. e outras formas onde os artistas encontrem uma forma de se expressar. A Arte contemporânea passou a valorizar mais o conceito, a atitude e a ideia da obra do que necessariamente o objeto final. A intenção é refletir de modo subjetivo sobre a peça artística, não apenas contempla-la pela sua natureza estética.

 

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Escultura de Carlos Barreira (Fotografia de Filipe Barreira)

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Mas embora a arte contemporânea tivesse encontrado outros espaços para os artistas expressarem e divulgarem a sua arte, tal como espaços ao ar livre, a rua, ou mais alargados e globalizados tal como os espaços que a internet disponibiliza, os museus continuam, cada vez mais, a acolher também todas estas formas de arte e outras que pelas suas características, só aí poderão ser expostas, transformando os museus também num espaço de reflexão que também poderá ser de provocação, exacerbando os sentidos de quem os visita, muito para além da simples apreciação estética da obra de arte.

 

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Pintor João Ribeiro com a Pintora Ema Berta

 

É assim a arte contemporânea, e mesmo que ainda haja por aí algumas mentes conservadoras que lhe queiram resistir em que a arte se limita apenas ao óleo sobre tela, agora a arte é outra, democratizou-se em todos as suas expressões e sentidos.

 

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Oratório e Oklahoma (5 painéis) de João Ribeiro

 

Tudo isto por causa das exposições de Ema Berta e 3 Gerações (Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro) que estão de saída do MACNA, onde, a título de curiosidade está um arista flaviense, o Escultor Carlos Barreira com as suas esculturas com movimentos e sons, onde não falta uma representação da Pedra da Bolideira.

 

 

 

29
Mar19

Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso - Chaves - Portugal


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Hoje vamos até ao Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso onde estão patentes ao público 3 exposições com os trabalhos de 5 artistas: Nadir Afonso, Ema Berta, Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro, dois deles flavienses (Nadir Afonso e o escultor Carlos Barreira).  Exposições a não perder. Se ainda não as viu e está interessado em vê-las, não se distraia, pois a exposição individual de Ema Berta e a coletiva 3 Gerações, de Carlos Barreira, Cristina Valadas e João Ribeiro, já entraram na contagem decrescente dos seus últimos dias, pois só estarão por cá até ao próximo de 28 de abril.

 

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