Flavienses por outras terras - Joaquim Queiroga
Joaquim Queiroga
Nesta crónica do espaço “Flavienses por outras terras” voltamos à zona de Lisboa, mais concretamente à margem sul. Em Paio Pires, no Seixal, vamos encontrar o Joaquim Queiroga.
Onde nasceu, concretamente?
Nascido e criado na Rua do Tabolado.
Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?
Frequentei o Externato Infante D. Henrique (Srªs Monteiras) e o Liceu Fernão de Magalhães.
Em que locais já viveu ou trabalhou?
Em 1969 fui estudar para Coimbra, de onde regressei em 1974. Em 1981 saí novamente de Chaves e fui viver e trabalhar para Bragança, onde iniciei a minha vida profissional como Oficial de Justiça. Em 1984 fui viver para a Margem Sul, onde ainda resido, trabalhando em diversos Tribunais, em Lisboa, Almada e Moita, até à aposentação. Hoje em dia dedico-me ao associativismo e presido à Associação de Andebol de Setúbal, desde 2013.
Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:
Os meus tempos de infância no Canto do Rio (vivia ali perto), os banhos na Galinheira e no Canhoto, com os meus muitos amigos Jime, Bibi, Carlos Magalhães, Gusto Serra, Hélder, Rui Carvalho, Tó Kim, e tantos outros. Igualmente recordo os tempos que dediquei aos meus Bombeiros de Cima.
Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:
Como não poderia deixar de ser é obrigatório encaminhar os turistas a fazerem visitas aos monumentos históricos da cidade e arredores, e a degustação do Pastéis de Chaves, do folar e do fumeiro. Deveria haver da parte da autarquia um forte investimento na divulgação destes produtos.
Estando longe de Chaves, do que é que sente mais saudades?
Muitas. Da Feira dos Santos, do meu tempo de Escoteiros, de Bombeiros, mas essencialmente dos muitos amigos em geral e dos que já nos deixaram precocemente.
Com que frequência regressa a Chaves?
Raramente. Efeitos de uma família pequena e quase toda a viver por outras paragens.
O que gostaria de encontrar de diferente na cidade?
Gostava de ver o movimento comercial que já teve. Porém, infelizmente, os conceitos de comércio tradicional mudaram (pululam centros comerciais), os jovens já não brincam nas ruas, os mais velhos já não frequentam os cafés e as suas tertúlias. Efeitos do progresso? Gostava também de ver resolvido o problema do Museu das Termas de Chaves. Finalmente, mas utópico, gostava de ver a descoberto todas as muralhas de Chaves e o casario edificado sob a Ponte Romana.
Gostaria de voltar para Chaves para viver?
Sem dúvida. Sinto falta de uma lareira, dos potes, do fumeiro e de um escano.
O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.
Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.