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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

07
Ago20

O Barroso aqui tão perto - Lapela

Aldeias do Barroso de Montalegre - Com Vídeo


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LAPELA - MONTALEGRE

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje esse resumo para a aldeia das Lapela, Montalegre.

 

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Aldeia de Lapela vista desde Ponteira

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Aldeia de Lapela vista desde Peneda de Cima

Uma das vantagens das aldeias de montanha são as suas vistas. Delas alcançam-se muito mais além do que desde um vale, e também as suas aldeias vizinhas. Claro que o contrário também é verdade, as aldeias ganham outra visibilidade quando são aldeias de montanha, principalmente vistas desde as aldeias vizinhas, como é o caso das duas últimas imagens, uma com Lapela vista desde Ponteira e a outra desde a Peneda de Cima.

 

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Lapela é uma das aldeias barrosãs da Serra do Gerês, mas estar na serra do Gerês não significa que esteja lá nas alturas, aliás as aldeias mais baixas do Barroso estão todas na Serra do Gerês, principalmente aquelas que ficam mais próximas do Rio Cávado (margem direita) e Rio Cabril. Lapela, não é das mais baixas, mas anda na cota dos 650m de altitude.

 

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Lapela é também uma das aldeias das proximidades do Rio Cávado, a cerca de 500 m do rio, medida em projeção horizontal, mas também não é sinónimo de acessibilidade, embora possa parecer. Acontece que entre a aldeia e o rio a montanha desce a pique. Veja atrás as fotografias da aldeia vista desde Ponteira e Peneda de Cima para ver quão acentuada é essa descida para o rio, que não se vê, mas fica lá bem no fundo da encosta da serra.

 

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Quanto à aldeia, foi para nós uma agradável surpresa, arrumadinha e limpinha, rodeada com o verde que é característico nestas terras mais baixas do Barroso, mas logo interrompido pelos grandes rochedos da Serra do Gerês, onde a vegetação quase desaparece, pela menos a vegetação mais alta, pois quando muito, algumas urzes, carqueja e outra vegetação ainda mais rasteira. O verde só existe mesmo à volta da aldeia. Veja novamente a foto de Lapela vista desde Ponteira, onde esta palavras são ilustradas.

 

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Por último, na última imagem que vai ficar a seguir, fazemos um elogio ao fio azul, trazendo aqui mais uma das suas utilidades. Até hoje, não houve nenhuma aldeia transmontana onde tivesse estado que não haja utilizações deste fio azul, o melhor de todos, daí o elogio que lhe faço de vez em quando, principalmente quando o vejo com uma nova utilidade. Apenas um aparte para justificar a última foto.

 

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E agora sim, o vídeo com todas as imagens da aldeia das Lapela que foram publicadas até hoje neste blog. Espero que gostem e para rever aquilo que foi dito sobre  Lapela  no post anterior que lhe dedicámos, fica um link no final para o mesmo.

Aqui fica o vídeo, espero que gostem:

 

 

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Lapela:

 

http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-lapela-1435209

 

 

E quanto a aldeias de Barroso, despedimo-nos até ao próximo domingo, quando teremos aqui a mais uma das suas aldeia, mas do concelho de Boticas.

 

 

 

11
Set16

O Barroso aqui tão perto... Lapela


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Nesta aventura de descobrir as aldeias do Barroso para as trazer aqui aos domingos, tentamos descobrir pontos de interesse para registar em imagem. Geralmente os pontos de interesse histórico como vestígios de castros e outros que reza a História, sem lhe querer retirar o interesse e importância, são pouco atrativos para as objetivas se fixarem neles e deles fazer um registo. Há no entanto outros pontos sem qualquer valor ou interesse histórico que, por serem atrativos,  ficam bem na fotografia e servem de convite a uma visita para quem as vê. São estes últimos que geralmente procuramos no Barroso.

 

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Numa das últimas vezes que andámos pelo Barroso fomos ver algumas aldeias da freguesia de Cabril, ou mais propriamente a margem direita do Cávado a partir da Barragem de Paradela, pois nem todas as aldeias aí localizadas pertencem a Cabril, como por exemplo Sirvozelo e Cela, por onde começámos, embora a nossa aldeia de hoje pertença a Cabril.

 

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Pois um dos pontos de interesse que levávamos para visitar eram as cacatas de Cela de Cavalos que pelas indicações que tínhamos poderiam ser alcançadas a partir da Cela ou de Lapela. Visita às cascatas que se tornou numa missão impossível, pois o nosso “calçado”, um carro ligeiro,  não era apropriado para lá chegarmos, bem que tentámos, mas não deu mesmo, e chegar lá a pé também não dava, pois tínhamos uma agenda muito completa para podermos perder tempo em andanças pedonais. Decidimos então aquilo que já temos decidido noutros locais de género – reservar um dia só para estes locais, e aí sim, com todo o tempo de um dia poderemos alcançá-los e dedicar-lhe o tempo que merecem.

 

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Pois então, nessa visita, meios desiludidos por não ter alcançado um dos objetivos, passámos ao ponto seguinte que era a aldeia de Lapela. Desta aldeia levava como ponto de referência, assinalado no mapa turístico do Município de Montalegre, a casa do navegador Cabrilho que tivemos oportunidade de ver e registar em fotografia e ao qual passaremos já a seguir.

 

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Entretanto para a feitura deste post fomos como habitualmente à procura de outros dados escritos sobre a aldeia e no livro de Montalegre, de José Dias Baptista, encontrámos a referência ao penedo da Laje dos Bois, que segundo o livro é célebre por ser incomum. Como aquando da visita não tínhamos esta referência não o detetámos mas quem sabe se não será um dos que conseguimos apanhar numa das fotos que vos deixo.

 

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Mas vamos ao navegador Cabrilho cuja História ainda não chegou a um consenso quanto à sua origem de nascimento mas que o mesmo é reivindicado por Montalegre e pela freguesia de Cabril e aldeia de Lapela. E como nestas coisas da História não gostamos de inventar vamos àquilo que está escrito, primeiro na página da net da Junta de Freguesia de Cabril e depois no livro “Montalegre” que acaba por ser a reprodução do mesmo texto, este de autoria de Manuel Dias  do livro “Montalegre terras de Barroso” :

 

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João Rodrigues Cabrilho (séc. XVI) - Segundo algumas opiniões, João Rodrigues Cabrilho, nasceu no lugar de Lapela, freguesia de Cabril. Precárias “condições de vida levaram-no a emigrar para a vizinha terra da Galiza, mas não seria, ainda, aí que resolveria os seus problemas. Era então, o tempo das descobertas, já tinha sido assinado o Tratado de Tordesilhas e as boas relações existentes entre as cortes de D. João II e os Reis Católicos (Fernando e Isabel) permitiam que portugueses e espanhóis fossem mutuamente aceites em empreendimentos de cada um dos países.

 

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Tendo optado pelo serviço na marinha , o montalegrense  Cabrilho torna-se navegador ao serviço da Espanha e cruza o Atlântico. Viveu em Cuba, participou na conquista do México, sob comando de Cortez, foi subindo na hierarquia e, é já , como oficial comandante  que integra a expedição à província de Oaxaca, onde ajuda a fundar a cidade do mesmo nome (actualmente elevada pela UNESCO à categoria de Património Mundial  da Humanidade).

 

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Em 1524, avança para a Guatemala e também aí colabora na fundação da primeira capital do país, Santiago de los Caballleros, onde fixa residência e ascende ao estatuto de Fidalgo. Muito prestigiado,  coberto de honrarias, regressa a Espanha em 1532 e toma como esposa Dona Beatriz Ortega, filha de um abastado mercador de Sevilha. A sua vocação e o seu destino estavam , porém, do outro lado do Atlântico. Retorna à Guatemala com a mulher, que lhe dá dois filhos. É sucessivamente, magistrado, governador (da cidade de Iztapa, onde passa a residir) e almirante. Nesta condição, comanda, em 1540, uma missão às Molucas (“Especiarias“).

 

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A 27 de Junho de 1542, sobe com a sua armada ao longo do flanco oeste do continente americano. Desembarca na costa a que chamaria Califórnia e na qual procedeu a levantamentos topográficos. Pouco mais de seis meses decorridos,  aí chegaria ao fim da sua vida de aventuras: no dia 3 de Janeiro de 1543, uma tempestade parte-lhe uma perna e rouba-lhe a vida. É sepultado na Ilha de Possesion, que seria rebaptizada com o seu nome. Já no nosso tempo, a cidade de San Diego, na Califórnia – onde avulta uma importante comunidade portuguesa - , celebra anualmente o Dia de Cabrilho , apelido derivado do chão de origem, Cabril, acrescentando ao seu nome.

In “Montalegre terras de Barroso” de Manuel Dias

 

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Ainda quanto à História de Lapela fica aqui a Casta do Foro da Vila de Lapela tal qual a encontrámos no sítio da net da Junta de Freguesia de Cabril:

 

Farol de Lapela1.bmp

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Por último vamos então nós até Lapela com as nossas impressões pessoais, começando pela sua localização, que a partir de hoje nos posts do Barroso passarão a ter mapa com a localização no concelho.

 

mapa-lapela.jpg

 Pois quanto à localização situa-se numa das zonas mais interessantes do Concelho de Montalegre e num daqueles Barrosos diferentes ao Alto Barroso, ao Baixo Barroso. Isto para quem gosta da natureza e do ambiente de Montanha ou de Serra, pois já estamos em plena Serra do Geres mas ainda e na ordem dos 700 metros de altitude. A paisagem é composta maioritariamente por penedio e vegetação rasteira como a urze (torga) e a carqueja, entre outras espécies do género.

 

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Embora em terras de altura e de serra como atrás descrevemos, de vez em quando forma-se pequenos vales abrigados, com terra de cultivo. Foi aí que nasceram algumas pequenas aldeias, entre as quais Lapela, que contará com aproximadamente trinta construções e nem todas de habitação. Adivinha-se muito despovoada e com população envelhecida, contudo é uma aldeia simpática, com gente na rua, limpinha e asseadinha, com uma pequena capela no centro da aldeia com um acrescento aparentemente recente mais cuidado parecendo-nos servir como casa mortuária.

 

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E é tudo, restam os habituais créditos às consultas efetuadas cujas referências aqui ficam:

 

Bibliografia consultada:

 

“Montalegre” de José Dias Baptista, edição do Município de Montalegre, 2006

 

WEB:

http://www.jf-cabril.pt/lapela.php?pg=160

 

E ficam também os links para as anteriores abordagens deste blog ao Barroso e suas aldeias:

 

A Água - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-a-agua-1371257

Amiar - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-amiar-1395724

Cepeda - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-cepeda-1406958

Fervidelas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fervidelas-1429294

Fiães do Rio - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-fiaes-do-1432619

Gralhas - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-gralhas-1374100

Meixedo - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-meixedo-1377262

O colorido selvagem da primavera http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-o-colorido-1390557

Olhando para e desde o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-olhando-1426886

Padornelos - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padornelos-1381152

Padroso - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-padroso-1384428

Pedrário - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pedrario-1398344

Pomar da Rainha - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-pomar-da-1415405

Sendim -  http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sendim-1387765

Solveira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-solveira-1364977

Stº André - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sto-andre-1368302

Tabuadela - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-tabuadela-1424376

Telhado - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-telhado-1403979

Travassos da Chã - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-travassos-1418417

Um olhar sobre o Larouco - http://chaves.blogs.sapo.pt/2016/06/19/

Vilar de Perdizes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1360900

Vilar de Perdizes /Padre Fontes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1358489

Vilarinho de Negrões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilarinho-1393643

São Pedro - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sao-pedro-1411974

Sendim -  http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sendim-1387765

Solveira - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-solveira-1364977

Stº André - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-sto-andre-1368302

Vilar de Perdizes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1360900

Vilar de Perdizes /Padre Fontes - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilar-de-1358489

Vilarinho de Negrões - http://chaves.blogs.sapo.pt/o-barroso-aqui-tao-perto-vilarinho-1393643

 

 

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