Flavienses por outras terras - Laurinda Marques Silva
Laurinda Marques Silva
E, de repente, quase sem darmos por isso, publicámos no mês passado a 50ª entrevista de “Flavienses por outras terras”.
Este mês, para a 51ª entrevista, vamos até Penafiel, ao encontro da Laurinda Marques Silva.
Onde nasceu, concretamente?
Nasci em Chaves, na Rua das Caldas, numa das casas que lá havia. Passados 3 ou 4 anos fomos viver para o Largo do Postigo, atualmente com o nome de Rua Joaquim José Delgado. Tudo devido à construção das novas Termas que existem agora.
Nos tempos de estudante, em Chaves, que escolas frequentou?
Andei numa escola primária particular que pertencia à Professora Deolinda, mais conhecida por Almas. Andei no Liceu Fernão de Magalhães. No ano seguinte mudei para a Escola Industrial e Comercial de Chaves.
Em que ano e por que motivo saiu de Chaves?
Saí de Chaves em 1964. Casei em Janeiro desse ano, indo viver para Coimbra.
Em que locais já viveu ou trabalhou?
Como o meu marido era militar de carreira acompanhei-o sempre e morei em vários sítios, em Portugal Continental e Ultramarino. Sempre regressei a Chaves para ver os meus pais e a família nos Natais, Páscoa e férias de verão.
Diga-nos duas recordações dos tempos passados em Chaves:
Tenho imensas recordações. Vou falar apenas de quando era criança e adorava andar de bicicleta na minha rua até à Ponte Nova (Ponte Eng. Barbosa Carmona). Na adolescência, ir ao futebol, ao cinema, lanchar no Café Ibéria, passear no Jardim das Freiras e assistir às verbenas no Jardim Público, durante os meses de verão. E muito, muito mais...
Proponha duas sugestões para um turista de visita a Chaves:
Para os turistas atualmente, os monumentos, as Termas e um passeio nas margens do Rio Tâmega. Tem vistas maravilhosas. Tem uma boa gastronomia, o presunto, as alheiras, os pastéis de carne e o folar de carne.
Com que frequência regressa a Chaves?
No ano passado estive lá de férias. Já lá não ia há dez anos. Encontrei uma cidade diferente, melhor numas coisas e pior noutras. Faltou o movimento na cidade, nas Freiras, nas esplanadas em toda a cidade. Em pleno verão… nem queria acreditar.
Gostaria de voltar para Chaves para viver?
Chaves já não dá para viver lá. Gostaria muito, será sempre a minha cidade que eu recordo todos os dias. Irei sempre que puder. Gostava de ver os Flavienses unidos.
O espaço “Flavienses por outras terras” é feito por todos aqueles que um dia deixaram a sua cidade para prosseguir vida noutras terras, mas que não esqueceram as suas raízes.
Se está interessado em apresentar o seu testemunho ou contar a sua história envie um e-mail para flavienses@outlook.pt e será contactado.