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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

19
Set23

Chaves antiga


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Como esta semana é de regresso às aulas, hoje ficamos com duas imagens de escolas, a primeira da antiga escola primária do Caneiro e a segunda do Liceu Nacional de Chaves.

 

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Por sinal foram as minhas duas escolas, a primária e a do secundário, não no tempo destas imagens, mas alguns anos depois. Para o Caneiro já ingressei com a escola com as os dois edifícios de 4 salas cada, um edifício para as meninas e outro para os rapazes, com muro separador a meio, mas penso que não teria sido muito longe da antiga escola que aqui fica, pois recordo que durante uma temporada ainda tivemos aulas na escola do Santo Amaro devido às obras do Caneiro.

Quanto ao Liceu, o edifício já era o da imagem, pelo menos na parte visível, mas penso que as árvores já não eram as da imagem e as sebes do jardim, já tinha a altura atual, na imagem ainda rasteira. Serão certamente imagens dos anos 50

 

06
Set23

Cidade de Chaves - Um olhar cheio de Sol


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Já sei que os dias de sol continuam arredados da vida flaviense, mas aqui pelo blog continuamos com imagens cheios de luz do astro rei, muito verde, flores e o rosa “institucional” das paredes da fachada do Liceu à espera da fornada do ano letivo de 2023-2024, e a cidade também espera pela vida dos nossos jovens estudantes a aprenderem, também, a serem mulheres e homens.

 

 

10
Ago22

Cidade de Chaves - Um olhar, três monumentos

o forte, a capela e o liceu


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Hoje fica uma foto que é do tipo 3 em 1, ou seja, três construções, três arquiteturas e três monumentos. Eu explico melhor:

 

- três construções, que por ordem de profundidade, a primeira é a do Liceu (ou Escola Secundária Fernão de Magalhães), a segunda da Capela da Lapa e a terceira do Forte de S.Francisco.

 

- Três arquiteturas, agora por ordem contrária, em que uma é de arquitetura militar, outra religiosa e outra escolar.

 

- Três monumentos, ora aqui pouco interessa a ordem, porque dois são mesmo monumentos e o terceiro também é, não por serem oficialmente monumentos nacionais, mas pelo menos são edifícios classificados, mas mais pelas suas funções de ontem e de hoje. O Forte de São Francisco por ter sido um dos bastiões da nossa defesa militar, que por acaso, até, das únicas vezes que foi necessário defender-nos, não nos defendeu, mas prontos, faz parte dos nossos monumentos seiscentistas, e isso basta-lhe.

Já a capela da lapa, mesmo de construção mais singela que a do forte, pelo menos em tamanho, não cumpre a sua função religiosa de missas habituais, casamentos e batizados, mas cumpre uma função ainda mais nobre, a de ser funerária, que na ausência de uma casa funerária a sério, e mesmo sem condições, vai recebendo os nossos entes queridos e os outros também, porque a morte, podemos não gostar dela, mas é democrática, não escolhe ricos nem pobres, poderosos ou não poderosos e nunca foi racista.

Quanto ao liceu, é o meu monumento, foi a minha escola, que me ajudou a educar e formar, foi onde mais aprendi, quer nas aulas, quer fora dela, cheia de momentos felizes, e hoje, até mesmo aqueles que foram menos felizes, são felizes, quem me dera passar por eles outra vez. Foi lá que fiz amigos para sempre, e conhecidos quase todos os de então, incluindo algumas bestas que já então demonstravam um bocadinho das bestas que iriam ser toda a vida e não estou a falar daqueles que não se davam muito bem com os estudos, pois desses conheço alguns e até são bem-educados e bem formados, as bestas a que me refiro, são mesmo bestas… bem, e fico-me por aqui porque já fiquei maldisposto… Mas viva o Liceu!

 

Até amanhã! 

 

P.S. - Hoje não há "Crónicas de assim dizer", foram de férias!

 

 

17
Ago21

Chaves de Ontem - Chaves de Hoje

O Liceu de Chaves - Cronologia


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ontem-hoje

 

Hoje vamos até o nosso Liceu, também em tempo denominado por Liceu Fernão de Magalhães, depois por Liceu Nacional de Chaves e, embora sempre Liceu, hoje é a Escola Secundária Fernão de Magalhães, que foi também a nossa (minha casa) até concluir o Curso Complementar dos Liceus e parte do 12º ano. Vamos deixar aqui a sua cronologia e algumas fotos desde o primeiro Liceu da Rua do Poço, ao Liceu do Largo do Anjo, e ao Liceu do Jardim das Freiras, hoje,  Escola Secundária do Largo das Freiras.

 

 

Cronologia

1903, princípios - Miguel Máximo da Cunha Monteiro, presidente da Câmara de Chaves, requer ao governo a instalação em Chaves de um instituto secundário, na esperança de um dia o transformar em liceu; o Ministro da Marinha, António Teixeira de Sousa, que em tempos exercera medicina em Valpaços e em Vidago, aproveitando a ausência no estrangeiro do Ministro da Instrução Pública, o conselheiro Hintze Ribeiro, entrega ao substituto, o general Luís Augusto Pimentel, natural de Chaves, para publicação imediata de um decreto já redigido, informando que era desejo do próprio ministro que o novo estabelecimento entrasse de imediato em funcionamento; envio de texto para o Diário Oficial;

 

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Liceu da Rua do Poço

 

1903, 5 Outubro - início da sua actividade num edifício da Rua do Poço, uma ex-escola primária convenientemente adaptada, com os dois recreios e as duas entradas distintas, bem como uma sala para meninas, " a fim de evitar-se o convívio com os alunos, a exemplo do que se faz nos diferentes liceus do reino"; abertas as matrículas só para o 1º ano, de acordo com o decreto da sua constituição, inscreveram-se cerca de 60 alunos (47 rapazes e 13 raparigas); o liceu iniciou a sua actividade com dois professores, um efectivo com a categoria de reitor, destacado do Liceu de Castelo Branco, o outro agregado, vindo do Liceu de Aveiro; mais tarde juntou-se-lhes um terceiro professor, voluntário e gratuito, que tomou a seu cargo a Educação Física; o município viu-se impedido de atender às despesas do estabelecimento de ensino devido às dificuldades financeiras;

 

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O Liceu no Largo do Anjo

1905 - a Câmara dos Deputados recusa uma proposta para o liceu passar a ser financiado pelo Estado, apresentada pelo conselheiro e Ministro da Instrução, o flaviense José Eduardo Coelho;

 

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O Liceu no Largo do Anjo

1906, Março - o Dr. Barros de Moura apresenta um projecto de lei para a transferência dos encargos financeiros do liceu para o Estado, comprometendo-se a Câmara, como parte interessada, a participar nas despesas da sua manutenção; a proposta não chegou a passar do gabinete do Ministro da tutela; a cidade de Vila Real aproveitou o para se insurgir abertamente contra tal pretensão, alegando através de um semanário local, que "nunca em nenhum país se havia criado uma outra circunscrição própria";

1 Agosto - visita de D. Carlos a Chaves; ao despedir-se da vereação, nos Paços de Concelho, foi apresentada ao Rei uma comissão de estudantes, pedindo a passagem do liceu para o Estado; o Rei prometeu que recomendaria ao governo esta petição e a Câmara dispõe-se a fazer todos os sacrifícios para conservar o liceu, esperançado numa ajuda do Estado; os encarregados de educação, dispuseram-se a recolher verbas para o liceu, minorando assim as dificuldades do município;

 

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O Liceu no Largo do Anjo

1907 - o jornal "O Independente" notícia a inscrição no orçamento do Estado de uma verba de 2 000$000 como subsídio ao Liceu de Chaves; nesta época circulou por Chaves o boato que o Parlamento havia votado a extinção do Liceu de Chaves, por proposta do deputado Ascenço Guimarães, o que agitou a população local; Agosto - "O Flaviense" anuncia que o subsídio não foi cancelado, mas duplicado, graças ao o ilustre conterrâneo Cândido de Sotto Mayor;

 

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Construção do Liceu do Jardim das Freiras - Fotografia da casa Fotografia Alvão - Porto 

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Construção do Liceu do Jardim das Freiras - Fotografia da casa Fotografia Alvão - Porto 

 

1907 / 1908 - no final deste ano lectivo, o município não renova o contrato de renda com o proprietário da Rua do Poço, considerando as instalações demasiado exíguas para o número crescente de alunos; optaram pelo amplo palacete do Largo do Anjo, deixado vago com o encerramento do Colégio do P. Joaquim Fontoura, passando o liceu a ocupar o 1º. andar e águas-furtadas;

 

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Construção do Liceu do Jardim das Freiras - Fotografia da casa Fotografia Alvão - Porto 

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Construção do Liceu do Jardim das Freiras - Fotografia da casa Fotografia Alvão - Porto 

1910, 21 de Março - tornando-se aquele espaço também insuficiente, o presidente da Câmara oficia ao sub-inspector escolar que, a partir do "princípio do novo ano lectivo, precisava de todo o edifício" para instalação do Liceu;

9 Agosto - o Semanário refere um ofício da Câmara, endereçado ao reitor do liceu, "pondo à disposição da Reitoria todo o edifício em que, até aqui estiveram instalados o Liceu e a escola Central do sexo masculino"; esta decisão partira do Banco de Chaves, proprietário do edifício, que exigira da Câmara o despejo da Escola Central, ali instalada, como condição para arrendar todo o edifício ao liceu;

 

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Fotografia da casa Fotografia Alvão - Porto

 

1911, 15 Dezembro - tendo em vista libertar-se do pagamento da renda do edifício, a Câmara decide solicitar ao Ministro da Guerra a cedência do ex-Hospital de S. João de Deus, na Madalena, ocupado pela Guarda Fiscal, para aí instalar o Liceu, pretensão que não foi satisfeita;

 

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Anos 40

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Atualmente

 

1915 - o edifício encontrava-se, novamente, repartido por mais dois inquilinos, a Guarda Republicana e a Biblioteca Municipal;

6 Maio - o reitor faz ofício ao presidente do município informando que, devido à cedência do antigo refeitório do edifício para aquartelar a Guarda Republicana, iria ocupar o recinto da ginástica;

 

1918, Julho - propõe-se ocupar o rés-do-chão como celeiro municipal e pensa-se na transferência da Guarda Republicana; solicita-se à Câmara a cedência da outra parte da casa, onde esteve instalada a Guarda Republicana e que já pertenceu ao Liceu;

 

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Tempos da Mocidade Portuguesa

1919, 7 Janeiro - Decreto-Lei nº 5096 determina a atribuição de um patrono a cada um dos liceus nacionais, escolhido dentre "personalidades de relevo da nossa história pátria"; a Chaves coube-lhe o nome do primeiro circum-navegador, Fernão de Magalhães; a Câmara suspendeu os pagamentos aos professores e demais funcionários, escudada no Decreto nº. 4 799, que transferira para o Estado a propriedade integral do liceu;

30 Maio - o reitor Cândido Augusto de Melo, preocupado com o boato da extinção do liceu, oficiou a Câmara, cujo presidente, Nicolau Mesquita, o sossegou;

 

1920, 28 Janeiro - o novo presidente camarário, resolveu libertar-se da obrigação financeira do liceu;

 

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O Liceu de hoje

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O Liceu de hoje

 

1922 - a Câmara põe à disposição do Ministério da Instrução Pública o edifício e propriedade anexa que pertencera às religiosas de Nossa Senhora da Conceição, no Largo das Freiras;

 

1934 - determina-se que todos os futuros alunos da 1ª classe e os das outras classes que, pela primeira vez, se matricularam no liceu têm de passar, obrigatoriamente, pelo gabinete do médico escolar;

 

1936 / 1937 - fundação da Mocidade Portuguesa; o liceu tornou-se, no epicentro das suas actividades, com a elevação dos seus reitores a subdelegados da ala local e fazendo das próprias instalações o grande palco das suas acções "formativas";

 

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Anos 70 (Sec.XX) o desporto e as duas modalidades rainhas do Liceu

 

1937 - o curso geral é elevado para 6 anos, subdivididos em dois ciclos de três anos cada, regressando-se à fragmentação do ano por disciplinas; introduziam-se 3 novas disciplinas: Educação Moral e Cívica, Actividades da Mocidade e Sessões Culturais;

 

1938 - o orçamento do Estado atribuíra para a construção do Liceu de Chaves 3 300 contos;

 

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1940 - equaciona-se a solução de instalar o Liceu no antigo mosteiro, depois de todo o espaço desocupado, inclusive as dependências onde estavam instalados a Biblioteca e o Museu municipais;

13 Março - em sessão de Câmara é apresentado o ofício nº 3494, datado de 7 do corrente e assinado pelo Chefe de Repartição do Património da Direcção da Fazenda Pública, "pedindo para informar se a Câmara acedia a devolver o convento e anexo à posse do estado, para ali instalar o futuro Liceu";

23 Março - o Presidente informa a vereação que o Conselho Municipal havia autorizado, em reunião no dia 21, ceder ao Estado, gratuitamente, o antigo convento e sua respectiva cerca, com a área aproximada de 13 000 m2, para a construção do Liceu Fernão de Magalhães";

Julho - escritura de doação gratuita do mosteiro ao Estado; o Estado fez lavrar o seu projecto específico, subordinado às características monásticas básicas do edifício, de acordo com as suas proporções, o desenvolvimento em quadrilátero e o claustro ao centro;

 

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1942 - início das obras de adaptação, preservando-se os azulejos da capela, que foram oferecidos à Câmara, bem como os altares e as alfaias, que foram entregues à Igreja da Madalena; a Câmara institui 2 prémios a favor dos melhores alunos do liceu e da escola industrial, com os nomes do General Carmona e do Dr. Oliveira Salazar, a serem entregues no 1º de Dezembro de cada ano;

 

1943, 24 Dezembro - conclusão das obras e entrega oficial do edifício ao Ministério da Educação;

 

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1944, 16 Janeiro - inauguração do edifício do liceu, com uma sessão solene no salão de festas, estando presente o reitor, Dr. Armando dos Santos Pereira, o governador civil do distrito, o Tenente Assis Gonçalves; o liceu possuía apenas 9 salas de aula normais, para as 7 turmas desse ano;

 

1947 - o Liceu mudou de denominação, passando a designar-se Liceu Nacional de Chaves;

 

1947 / 1948, entre - procedem-se a algumas reformas; por exemplo, é imposto aos alunos a inscrição obrigatória nos quadros da Mocidade Portuguesa e o traje oficial dos alunos dos Liceus passou a ser a farda da Mocidade Portuguesa ou da Mocidade Portuguesa Feminina; reduz-se o curso geral para 5 anos e condiciona-se a frequência aos alunos, por limites de idade;

 

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1956 / 1957 - tinha 307 alunos e 10 turmas, havendo necessidade de instalar uma turma no anfiteatro;

 

1957 - início da construção de mais 12 salas de aula normais e de um novo ginásio, graças aos esforços do Senhor Reitor Dr. José Morais Lopes;

 

1957 / 1958 - reacendimento das tradições académicas;

 

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O Liceu dos nossos dias

1963, Outubro - inauguração de mais 12 salas de aula normais, no prolongamento do edifício para N. e com um novo ginásio, a O., sobre a cantina;

 

1964 - acréscimo da cozinha e do refeitório, construídos no topo N.;

 

1974 - 5 dias após o "25 de Abril", os alunos apoderam-se "simbolicamente" do liceu, tornando este dia feriado para todos;

 

 

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O Liceu dos nossos dias

 

2006, 23 agosto - o imóvel esteve em vias de classificação nos termos do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, 1.ª série-A, n.º 16, de 2006; 2008, 28 novembro - despacho de encerramento do processo de classificação do Diretor do IGESPAR, I.P..

 

Texto - Fonte: Direção-Geral do Património Cultural http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=20400

 

 

26
Jan21

Chaves de Ontem - Chaves de Hoje

O Liceu de Chaves


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Hoje, nesta rubrica de Chaves de ontem, Chaves de hoje, não vamos andar com muito palavreado, apenas deixar 5 momentos distintos daquela que hoje é a Escola Secundária Fernão de Magalhães, mas que continua a ser conhecido como o Liceu.

 

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Um primeiro momento em que o Liceu já não era convento mas que ainda não era Liceu, mas sim um Museu arqueológico. Ia para dizer o primeiro museu de Chaves, mas não, pois reza a história que o primeiro foi o nosso duque, o Duque da praça principal, o D.Afonso, que no seu tempo o abriu, conjuntamente com uma biblioteca.

 

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As outras duas imagens (esta anterior e a seguinte) já mais recentes, aí sim, já era Liceu, o Liceu Nacional de Chaves que depois também se passou a chamar Liceu Fernão de Magalhães, ainda no tempo em que ainda se ensinava que todos os navegadores de nacionalidade portuguesa, eram heróis nacionais, mesmo que estivessem ao serviço do reino de Espanha e não tivessem sido eles a levar a cabo as proezas que nos impingiam, essas iam por el cano abaixo… fosse ele Sebastião ao não, pois Sebastião só tínhamos um, mas esse perdeu-se num dia de nevoeiro.

 

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Por fim, o Liceu de hoje, com a primeira imagem que abre esta rubrica a ser datada de outubro do ano que passou e a que fica a seguir, também do último dia do ano de 2020.

 

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Por último só um aparte, pois trata-se da minha escola, ou seja, de todas as escolas por onde passei, e foram algumas, esta foi a que mais me marcou e onde muita coisa me aconteceu pela primeira vez, para além dos amigos que ficaram para sempre, esta foi a minha verdadeira escola.

 

 

10
Mar20

Ontem, hoje e amanhã...

Cidade de Chaves - Freiras


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Há quem diga que o passado não interessa, que apenas devemos viver o presente e projetar o futuro. Pois sim, quem quiser viver assim, que viva, eu por mim, vasculho e tenho presente muitas vezes o passado, erros, vitórias, sucessos, amizades, traições, solidariedade, camaradagem, amores, desilusões… muito dele, desse passado que contribuiu para a nossa formação como homens, está naquela casa cor de rosa que se vê ao fundo e num jardim que antes existia neste eirado. Ter o passado presente, sem saudosismo, contribui para nos conhecermos melhor, e também, para conhecer melhor os outros. Afinal somos os mesmos, só mais crescidos, mas com a vantagem de termos todos os registos do passado.  

 

 

11
Set19

De regresso às aulas...


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Já sei que a foto não é atual, aliás vê-se logo que não é a versão atual das Freiras, estávamos ainda na sua 4ª edição, que embora curta, ainda deu para ficar registada em algumas fotos. Também não é pela magia do colorido outonal em dia de sol, nem pela passagem transversal do Sr. João que lá ia à sua vida, nem por parte de mim vir a caminho da boleia para casa. Nada disso, hoje é mesmo para festejar o regresso às aulas, a festa do 1º dia de aulas, a festa dos reencontros, a festa de ver quem são as caras novas de colegas e professores, a festa da juventude e o seu regresso a um dos seus habitats naturais. Suponho que esta festa e ansiedade do primeiro dia de escola continue a ser o que era quando eu frequentava esta casa cor de rosa que hoje fica aqui em imagem, mas que também ficou registada para todo o sempre como a minha escola, que por mais escola secundária que seja, continua a ser o Liceu, a única ausência, é mesmo a do Jardim das Freiras que fazia parte da sua alma, dos nossos dias e dos dias de toda a cidade.

 

Sei que a inveja é um dos 7 pecados capitais, mas eu pecador me confesso em sentir inveja de já não ser um dos putos que vai ao primeiro dia de aulas… E com esta me bou!

 

 

 

14
Fev19

Cidade de Chaves, uma imagem e algo mais...


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Já farto do Inverno, fui à procura de uma imagem com sol, cor e vida. Encontrei esta que vos deixo. Não sei como cada um de vós, que estais para além deste ecrã que tenho à frente, vê e lê estas imagens. Da minha parte, quando seleciono uma foto para trazer aqui, há um clique inicial que me incentiva à escolha, só depois passo aos retoques, e enquanto os faço, vou vendo a imagem, alguns pormenores que à primeira vista nos escapam, e só depois passo à sua leitura, ou seja, aparentemente entro em modo de pasmaceira a olhar para ela em silêncio, mas a cabecinha não para de reflexionar sobre o que os olhos vão vendo. Na imagem de hoje, por exemplo, a reflexão caiu sobre em como o edifício dos antigos Bombeiros se transformaram em Biblioteca Municipal e sobre o Forte de São Francisco, como de uma unidade militar passou ao ensino, depois ao abandono, depois à sua ocupação por desalojados e finalmente a sua recuperação para uma unidade hoteleira, e chego à conclusão que em ambos os casos, a reciclagem foi feliz, exemplar até. Mas a minha cabecinha e reflexão acabou por aproveitar o portão do Liceu aberto, para entrar nele e perder-se nas salas e corredores, tal como quando andei nele perdido quando o frequentei, com um sistema de ensino que valoriza o marranço e decoranço,  sem deles tirar grandes ensinamentos, mas que dão médias altas para poder ingressar no ensino superior, num curso em que, na maioria das vezes, os jovens desconhecem, não gostam e nem têm vocação para ele. Enquanto, no entretanto, na mesma escola, alunos menos dedicados ao marranço e decoranço, que também se dedicam a outras atividades extracurriculares, são desvalorizados e penalizados por essas ações e eventos em que participam e organizam, quer na escola quer na sociedade, onde aprendem informalmente a desenrascar-se, a ganhar outras competências e a levar a bom porto as suas tarefas e objetivos, acabando muitas das vezes marginalizados e mesmo rejeitados pelo ensino formal e professores formais, sendo, em casos extremos,  dados como “casos perdidos”. Claro que não há regra sem exceção, e também há bons professores, poucos, que além de ensinarem, partilham conhecimentos e despertam, valorizam e incentivam os alunos a explorar as suas aptidões, conciliando-as com o ensino formal, abrindo-lhes outos horizontes e caminhos e percorrer. Mas claro que nestas coisas da escola, atualmente, o sistema e a maioria dos paizinhos, cada vez mais incutem nos filhos o espirito da concorrência e do egoísmo,  para os filhos atingirem um futuro pensado por eles (pais), que dê dinheiro e posição, pouco interessando a vocação e a felicidade de uma vida, e já nem quero falar em profissionalismo ou falta dele que hão de ter. E fico-me por aqui. Até amanhã!

 

 

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