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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

21
Fev24

OCASIONAIS

Ele há carteiros e «carteireiros»


ocasionais

 

*Ele há carteiros e «carteireiros»!*

 

Os activos, brilhantes e empenhados *agentes-técnicos-de-distribuição-de-correspondência-de-encomendas-de-propaganda-política-e-publicitária e de outros serviços postais* na comarca flaviense desempenham as suas sacerdotais funções com uma cerimónia de fazer inveja aos sumo-pontífices a celebrarem a Festa dos Tabernáculos ou a dos Ázimos no Templo de Salomão, no tempo de Vespasiano.

 

O santo sacrifício de levar uma carta ou uma encomenda, pequena ou pequenina, mesmo do tamanho de uma caixulinha das mais pequerruchas do «Correio Verde» dos CTT, a uns velhotes e, ou, doentes, de uma qualquer ALDEIA parece ser um vil acto pagão, uma missão que «ofende a sua», altíssima e cintilante, «dignidade profissional!

 

É que tocar à campainha ou bater, ou chamar ao portão, de uma casa de ALDEIA e esperar que um octogenário assome à janela, à varanda, à porta para ver quem é (os amigos e as pessoas de bem abrem o portão, entram e chamando por alguém da casa ficam identificados!), e chegue lá do fundo do quintal, da sala, ou da cozinha, e atravesse o quinteiro não é coisa que se faça a um *agente-técnico-de-distribuição-de-correspondência-de-encomendas-de-propaganda-política-e-publicitária e de outros serviços postais* na comarca flaviense, antigamente conhecidos e reconhecidos como «carteiros».

 

Claro que outra coisa é entregar o «recado postal» numa Pastelaria, num CAFÈ, numa taberna; numa ourivesaria, numa lavandaria, num talho; no consultório de um médico ou num escritório de advogado; … ou na sede do Partido político, de sua eleição!

 

Além disso, os «avisos» para levantamento de correspondência têm de ser consumidos e dar consumições aos destinatários postais, ora essa!

 

Os parolos, os labregos dos aldeãos?!

 

Que se desenrasquem!

 

Que se desermerdem!

 

Que vão primeiro à bruxa, para saberem, ou adivinharem, o dia, a hora, o minuto certo, certinho, a que suas majestades chegam à porta!

 

Se não, que se arrastem até à cidade e andem de Anás para Caifás até acertarem com a «dependência» dos CTT em que pára o objecto constante no solene, quão imperial e imperativo, «AVISO»!

 

Palavra de «carteireiro»!

 

M., sete de Janeiro 2024

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

 

 

09
Dez23

Ocasionais

* boa pequena*


ocasionais

 

*boa pequena*

 

Absorvido pela leitura, e pela meditação em que ela me mergulha, não reparei nas pessoas que se sentaram às mesas próximas de mim.

 

Fui tomar o meu pingo da tarde a um novo CAFÈ, onde o ambiente consente a leitura sossegada, sem a perturbação de vozearia e das «carvalhadas e castanheiradas», que por aqui são a sonora e colorida exibição da personalidade e da esmerada «boa educação» da gente aprimoradamente culta, desta minha alargada vizinhança. 

 

- Olá, Luís!

 

Surpreendeu-me, quase como um susto, esta exclamação.

 

Levantei os olhos desde *Os Miseráveis*, mas não vi ninguém a minha frente. Nem a meu lado.

 

Bem, a meu lado, sim, mas de costas voltadas.

 

Uma senhora dirigiu esse cumprimento a um Victor Hugo.

 

Na mesa do lado, sentava-se um velho da minha idade, de cenho carregado, com farto bigode e brancas barbas crescidas, e um olhar perdido. Apoiava a face na mão esquerda e a fonte esquerda nos rijos dedos.

 

- Olá, Luís!  -   repetiu a cachopa.

 

- Não te lembras de mim?!  -   interrogou, com um tom de carinhosa censura.

 

O Hugo, o meu homónimo LUÍS, fitou-a com um ar de duplicada surpresa.

 

Ela fez um ligeiro desvio, e eu dei conta de ser uma mulher no fim da mocidade, já madura, no entanto, ainda elegante.

 

Reparei no suplicante olhar do Victor, o LUÍS, a rogar à memoria a misericórdia de lhe decifrar o retrato daquela mulher.

 

Diante do pasmo e do ar indiferente, do LUÍS, a moça, desenhando um sorriso a que o brilho do olhar deu mais encanto, lembrou-lhe:

 

- Sou a Margarida!

 

Victor Hugo, aliás, o meu vizinho LUÍS, olhou com mais atenção e pormenor.

 

E respondeu:

 

- A Margarida era linda! Muito linda! Muito bonita!

 

Era bela, quase sem o saber!

 

Vossemecê é … bonita.

 

- Podemos conversar um bocadinho?   -  perguntou, com um laivo de angústia na voz, a senhorita.

 

Fiz que mexia nas folhas do bloco de apontamentos, nas canetas, nos guardanapos de papel, no alinhamento dos óculos enquanto olhava de esguelha para ambos, o LUÍS vizinho e a «madame», e apurava o ouvido.

 

O Victor Hugo, aliás, o LUÍS, desceu a mão da queixada e desviou-a para uma cadeira: convidava a estranha senhora a sentar-se.

 

LUÍS sentiu um aperto no coração, já de si tão apertado com o desgosto de um adeus, no tempo e horas, já tão distantes, em que o trazia tão dilatado por um amor sincero, imenso, tão apaixonado.

 

Ela sentou-se. E logo do lado do coração do LUÍS.

 

- Foi no tempo das primeiras cerejas, lembras-te, Luís?!

 

Ao Victor Hugo tomou-o um certo desassossego.

 

A mim, as cerejas trouxeram-me à lembrança a alegria e a felicidade da minha meninice, lá, na minha GRANGINHA natal, e do grande trambolhão que eu, o Mário e o Júlio demos, montados numa enorme galha da cerdeira da TIA AUGUSTA do TIO QUIM, pais da Laurinda, para o quinteiro.

 

A TIA AUGUSTA do TIO QUIM disse-nos para «irmos às cerejas». Estavam lindas de morrer, quer-se dizer, ainda melhor, de comer!

 

Catrapumba!

 

E o trambolhão ficou eternamente lembrado!

 

LUÍS não se lembrava. Já tinha vivido muitos tempos de cerejas, mas, desde aquele desditoso adeus, deixou de contar e celebrar primaveras   -   no Outono da sua vida, só tem vivido dias e noites de Inverno!

 

No seu olhar, e nas rugas dos seus olhos, estão escritas essas palavras.

 

Num relance, pude ver de frente a Margarida.

 

Realmente, era … bonita. O desenho da sua boca fazia um lindo sublinhar do brilho dos seus olhos.

 

Disse para comigo:

 

- Deve ser uma boa pequena!

 

(*boa pequena* é uma maneira muito carinhosa de dizer bem, mesmo muito bem, de uma moça, rapariga ou mulher, lá, na minha terra natal. É um certificado de qualidade, mais válido do que os carimbados com selo branco! E eu aprecio «as falas» da minha terra!).

 

Ela pôs-lhe a mão no braço descansado na mesa. O do lado do coração.

 

Vi o Hugo, aliás o meu homónimo LUÍS, endireitar levemente as costas, levantar um tantinho a cabeça como que a procurar o calendário de uns dias de demorada aurora, e olhar com alguma vaguidade para a … bonita mulher.

 

Margarida, fitando-o com ternura, sorrindo com bondade, apertou-lhe o braço.

 

E disse:

 

- Foi no tempo das primeiras cerejas, Luís. E no tempo do nosso primeiro beijo!

 

Depois, comíamo-las da boca um do outro!

 

Senti que o LUÍS sentiu uma pontada no peito. Ali, do lado do coração.

 

Para lá levou a mão direita. Com ela acariciou a aba do casaco.

 

Verteu uma lágrima. Grossa.

 

Não foi a tempo de a limpar com a mão   -    caiu no tampo da mesa.

 

Procurou no bolso direito das calças o pacote de lenços de papel.

 

Gastou os lenços.

 

Não conseguiu enxugar os olhos!

 

M., catorze de Novembro de 2023

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

02
Mar22

Ocasionais


ocasionais

1600-(54448)

Nota do Blog Chaves: Comentário/post em resposta a um comentário no post " De Regresso à Cidade" de segunda-feira, dia 28 de fevereiro.

 

 

 

28

FEV22

De regresso à cidade...

SHANGRILLA

 

A Very Precious Love

 

Ter saudades «desse tempo» não é ter saudades das misérias a que se refere FJR.

 

Saudosos desse tempo são aqueles que recordam com emoção e gratidão a protecção, a afeição, os desvelos, as liberdades irreverentes e «aganduladas» e os consolos que familiares e amigos lhes proporcionaram, e ainda mais sentidas por recebidas no meio dessas «misérias».

 

Os velhos de hoje, nas saudades «desse tempo», mesmo sem terem frequentado essa “casa do lado esquerdo”, mais velhos uns, menos mais velhos outros, estão a dizer os jovens de hoje que os valores do reconhecimento, da amizade, da solidariedade e da gratidão jamais deveriam ser esquecidos, abandonados ou negados.

 

FJR tem «saudades dos meus amigos que também tinham de lá ir comer para matar a fome». E não tem de amigos que não iam lá? Não creio que se tenha ficado só por esses amigos.

 

Mesmo assim, CHAVES, a NOSSA TERRA, a terra natal e por afeição de flavienses, “deixa sempre uma saudade”.

 

Assim, caro sr. FJR, não se admire de tantos velhos e muitos novos terem saudades da sua terra natal, da NOSSA TERRA, seja ela monárquica ou republicana, absolutista ou liberal, democrática ou ditatorial.

 

Manifestar saudades desse tempo é um sinal de gratidão para todos aqueles que nos ajudaram a suportá-lo e nos deram coragem para sair dele, e, hoje, velhos, antigos, darmos graças a Deus ou ao Diabo, à chuva, ao vento, ao trovão; ao Minho, ao Cávado, ao Douro, ao Vouga, ao Tejo, ao Guadiana; ao Oceano Atlântico e ao Mar da Palha; ao Tâmega, ao Ribelas, ao Brunheiro; às mouras encantadas da Ponte romana  ou do Pedrete; ao nascer do sol pelas ameias do CASTELO de MONFORTE de RIO LIVRE e ao pôr-do-sol pelo ALTO do CAMPO da GRANGINHA; à Srª da SAÚDE, à Srª da LIVRAÇÃO, à Srª do ENGARANHO, ao S. CAETANO e à Srª das BROTAS por vivermos num «MUNDO MELHOR»!

 

Quem não tem também saudades (não só da Lapa) dos bancos Jardim das Freiras, do Jardim do Bacalhau, do Jardim Público e do Tabulado?!

 

Da sua RUA ou da sua ALDEIA?!

 

De uma FONTE ou do ADRO da Igreja?!

 

Dos bailaricos com realejo, concertina ou acordeão?!

 

Dos arraiais e das Verbenas?!

 

Dos *Canários*, dos “Pardais*, do “Calypso”?!

 

Dos convívios familiares das cegadas e das malhadas, das vindimas, do «arranque das batatas», da matança do reco; do Domingo de Ramos, do Domingo Magro e do Domingo Gordo desse tempo que FJR recorda como «a miséria que reinava na época»?!

 

Felicito FJR por, apesar de tudo, também ter sido feliz na NOSSA TERRA.

 

Para si, FJR, para mim, para velhos, antigos, flavienses, de nascimento ou de afeição, CHAVES é a nossa “SHANGRILLA”, a qual, sempre que a recordamos, não estamos mais do que a fazer uma oração para nela voltarmos a nascer sob as perenes bem-aventuranças que nela outrora desfrutámos!

 

CHAVES deixa mesmo, e sempre, uma saudade!

 

M., Um de Março de 2022

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

09
Jan22

Ocasionais


ocasionais

 

“17º ANIVERSÁRIO do BLOGUE “CHAVES””

 

* ”Flavianas Musas, temas um pouco maiores cantemos.

Nem a todos agradam arbustos nem humildes tamargueiras;

Se bosques cantamos, bosques sejam de um cônsul, dignos *.

-Vergílio.

 

 

Os místicos dizem do 1 ser número racional; do 7, ser espiritual.

 

O 1 é recreativo e retoca as ideias.

 

O 7 é investigador e procura conhecimento.

 

E cá temos um 17, um 17º Aniversário de um Blogue, em 2 de Janeiro de 2022, inevitável e imperativamente glorioso, aplaudido (invejado!) e com legítimas esperanças de uma vida longa e brilhante!

 

Dado que todos os números são compostos pelos algarismos-raiz (1 a 9), e recorrendo à simbologia esotérica do número, ao olharmos o 17   -   porque hoje celebramos o 17º Aniversário do **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso**, podemos dizer que estamos, nesta celebração, perante o pioneirismo e a aventura (1) e perante uma afirmação de energia aplicada ao estudo, à investigação, à descoberta, à revelação (7) do autor do Blogue.

 

Pitagorismo à parte, o 17, hoje, representa o venturoso sucesso de uma aventura e a notável realidade de um trabalho prestimoso e nobre do autor do BLOGUE aniversariante   -   FERNANDO RIBEIRO!

 

Na visita ao BLOGUE “CHAVES”, pela leitura dos seus Post(ai)s e pela beleza das suas fotografias    -   Pois! A ARTE não está só naquilo que os olhos vêem, mas, também, naquilo que a obra nos sugere (nos faz ver, nos dá a compreender), nos põe a adivinhar e, até, nos faz acreditar!    -,    bem podemos dizer de FERNANDO RIBEIRO que a sua ligação ao seu torrão natal, à sua, e NOSSA, NORMANDIA TAMEGANA e ao “REINO MARAVILHOSO” é quase mística!

 

O maior pecado do FERNANDO RIBEIRO é ter um BLOGUE de êxito, com mérito reconhecido nacional e internacionalmente: hoje não apresenta o contador de visitas   ---   em Janeiro de 2018 já ia em (três) 3 milhões! Não admira, pois, que a atávica «imbeija» tugalesa, ainda tão plantada na Flavilândia, faça há-de conta que o **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** não exista, e, os «progressistas», os «pós-modernistas», «os da Cultura» daí (a superioridade dos méritos do NANDO é para eles uma afronta) teimem em não reconhecer e aceitar o que é evidente: o que de prestígio este Blogue traz à «CIDADE», à REGIÃO, à Província, a CHAVES,  à NORMANDIA TAMEGANA, a Trans-visimontanos   -   à NOSSA TERRA! 

 

La ingratitud es hija de la soberbia”, diz Don Quijote, na carta ao “Gobernador de La Ínsula Barataria”.

 

O BLOGUE “CHAVES”, ou seja, FERNANDO RIBEIRO, apresenta um trabalho não só digno, mas também admirável!

 

Na passagem do 17º aniversário do **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** , expresso, aqui, no Blogue, o meu contentamento e o meu entusiasmo pela bem-aventurança da NOSSA TERRA   - *CHAVES* -  a NORMANDIA TAMEGANA   -   ter sido mimada, primorosamente apresentada e tornada ainda mais mundialmente conhecida, graças à arte, à dedicação e à competência, distintas e extraordinárias, do Normando-Tamegano (considero que este atributo lhe assenta que nem uma luva, concordam?) FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO.

 

E faço-o antes de chegar o 20º Aniversário (2025-01-02), porque nessa Data não faltarão discursos e orações a elogiar o BLOGUE (descontados que ficam os meus comentários e os meus «post(ai)s» nele editados  -  Pitigramas  -   sob o beneplácito do carácter indulgente de muitos dos seus visitantes, leitores e críticos, tão dispostos a acolher e a conviver com pessoas humildes como eu. Sei bem que, diante dos sábios e filósofos que frequentam este Blogue, os meus escritos não passam de bagatelas) e a louvar, com subida eloquência, com solenes panegíricos, com soberba ilustração o Sr. FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO, o FERNANDO RIBEIRO, o NANDO.

 

Em Dois de Janeiro de 2025 (20º) – ou 2030 (25º)  -  BODAS de PRATA do BLOGUE “CHAVES    -   todos vós fareis uma Festa de arromba”!

 

Sei, pelo recato que tendes mostrado em cada Aniversário do BLOGUE, mesmo no 5º, no 10º, no 15º, que todos vós estais a preparar-vos para fazer boa figura nessa celebração do 20º – ou  (25º)   -    Aniversário:  os alunos das Escolas de Samba do Rio de Janeiro nem aos calcanhares vos chegam, no esforço do ensaio para o «Dia das suas vidas»!

 

Assim, para não vos atrapalhar, aproveito o vosso resguardo e modéstia para deixar o meu testemunho de gratidão ao autor do **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** pela excelsa solidariedade que manifesta para com os Flavienses, Flavilandeses, Chavianos; Alto-Tamacanos, Trans-visimontanos, Normando-Tameganos, Flaverinenses (não esqueçam que aqui estão Galegos!); os Transmontanos; pelo engrandecimento que tem dado à NOSSA TERRA; e pela vaidade e pelo orgulho que a «resistentes» e a «ausentes» Flavienses, Trans-visimontanos, Normando-Tameganos e Transmontanos tem feito sentir.

 

É sabido que a maior parte dos leitores de jornais, livros, blogues passa pelas palavras, pelos parágrafos, pelos textos como gato sobre brasas. Os preconceitos e os complexos que os dominam, ou preenchem, não lhes consentem a melhor compreensão nem sequer a reflexão. Para isso também contribui a falta de cultura e, ou, de conhecimento acerca dos temas propostos.

 

Um Blogue é, também, um estímulo entre dois ou mais indivíduos, isto é, um instrumento de relação social. E, assim, uma relação de aproximação, de afinidade ou de afastamento, de repulsa, efémera ou duradoura, ou repetida em determinadas circunstâncias.

 

Não sendo os Blogues um substituto da Cultura, são, todavia, um bom complemento dela!

 

Bem, alguns visitam Blogues particularmente só para se indignarem com o autor de um Post(al) ou de uma fotografia.

 

E, ó flaviófilos flavienses, não vos “admirendes” se hoje ouvirdes o *BIGORRILHAS flavitarra * («esta noite, o sete-estrelo dançou por cima da sua casa e o vento trouxe-me…»), depois de ter engolido em seco e subir ao alto mais alto do OUTEIRO, gritar a todos os pulmões um «BRAVO!» ao autor do Blogue aniversariante!

 

A maioria dos portugaleses (não só flavienses, claro, clarinho!), mais dada à inveja do que ao reconhecimento, saboreia e derrete-se com a tendência (e a facilidade tão conveniente) de «elogiar os mortos e a si próprio e nunca os contemporâneos».

 

E a mim, nada me interessa e muito menos receio que invejosos e ingratos chamem lisonja ao meu apreço, à minha estima e à minha consideração por FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO: os seus merecimentos e as suas virtudes estão acima do meu reconhecimento e louvor!

 

Pelo seu carácter, pela sua personalidade, pela sua integridade; pela competências e empenho nas suas actividades, que a vida e a sorte lhe concedam ao autor do *BLOGUE “CHAVES”* todos os méritos!

 

A generosidade e bondade com que fui recebido e tratado pelo autor deste Blogue e por leitores e convivas bloguistas flavianos não as sei elogiar suficientemente!

 

Mas gostaria de estar, na celebração do 20º e do  25º Aniversário, nas BODAS de PRATA do *BLOGUE “CHAVES”* – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** (do FERNANDO RIBEIRO, Vosso, dos seus leitores e «mirolhadores», e, que diabo!, deixai-me dizê-lo, também MEU!…)- a aplaudir a vossa presença, os vossos salmos, loas e panegíricos, e felicitar (se vos ouço dizer «parabenizar», quilho-vos!) e  dar um afectuoso abraço ao NANDO.

 

Se aí não estiver, trocai as mãos com o compincha dos lados e batei duas palmas por mim.

 

M., dois de Janeiro de 2022

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

28
Nov20

Ocasionais


ocasionais

 

“O cachorro de ALCIBÍADES”

 

 

*Pode ser certo que ninguém engana o povo

eternamente;

mas o número de tontos é incontável

 e por meio da sua manipulação

 um grande país

pode ser dominado por muito tempo*.

-W.Durant

 

 

Os tugaleses regalaram-se todos quando, numa certa madrugada de Abril, acordaram e viram o estandarte da “República democrática anti-parlamentar” deitado abaixo e substituído pelo da “Democracia parlamentar”, isto é, a União Nacional ficou desfeita e a desunião nacional, em forma de seitas partidárias, foi feita.

 

Acabara-se o cantarolar e o falar a «solo»   -   em bandas e em bandos todos passaram a ter o seu momento de fama!

 

Quando não, com o passar do tempo e a consolidação dos interesses e poderes partidários, as melodias cantadas por cada um e por todos os tugaleses depressa ficaram dentro do mesmo tom: a maioria dos tugaleses ficou transformada num autêntico rebanho de Panurgo!

 

E todas as tretas e pantominas daqueles a quem os tugaleses entregam as rédeas do Governo serão sempre uma inspiração do “cachorro de Alcibíades”.

 

O exemplo presente de tais pantominas é o aproveitamento de tudo ou nada que o actual Presidente dos EE. UU. faça ou deixe de fazer, diga ou deixe por dizer   -  Donald TRUMP.

 

TRUMP é «o cachorro de Alcibíades» exposto pelos nossos governantes e pelos seus novos «cães de guarda».

 

Os «coyotes» da matilha mundializada com que mantêm parentesco, ai, esses são corcéis garbosos e valentes que saltam todos os obstáculos na corrida para a feitura do «homem novo», do seu glorioso e futuro «homo sino-sovieticus»!

 

A mim, resta-me dizer: quem não os conhecer que os compre!

 

Só que para minha fatalidade e desencanto meu, e, depois, de quase todos, os nossos «alcibíades» anões, caseirotes, pedantes a darem-se ares de marialva da política, sem saberem o que esta é ou significa, mesmo que pouco ou nada ignorantes, estúpidos ou demasiado estúpidos quão malvados e impostores, conseguem mesmo serem investidos com os votos de um bando enorme de pacóvios e «patos-bravos» tugaleses!

 

Os nossos políticos (como lhes encontro graça quando dizem, com os olhos inflamados, peito inchado e a beiça torcida, a adornarem-se com o ouropel da expressão: - Sim! Nós, os políticos!) embora «de vistas curtas, mas de mãos rápidas», incitam os palonços dos tugaleses a terem esperança num amanhã melhor, muito melhor, e, provavelmente, nuns «amanhãs que cantam»!…

 

Mas não lhes dizem como esperar!...

 

Tal como vai a moral social, ora consentida, ora alimentada por um governo sem prestígio, sem competência, sem interesse e dedicação sinceros à «causa pública», a coesão nacional vai-se desmoronando, o respeito pelas leis e pelas normas de boa convivência, os crimes de todos os padrões, modelos e feitios alastram que nem labaredas sopradas pelos ventos de vendavais   -   o “amor ao próximo” está a ser substituído pelo «medo do próximo».

 

A política ideológica de transformar uma sociedade, um povo, num rebanho de pensamento único, ou mesmo de pensamento vazio, onde o «mé» da carneirada é o som e o tom do «politicamente correcto» está a ser posta em prática pelo actual Governo, dito «da Geringonça» e a obrigar o indivíduo, a pessoa, o cidadão, a sociedade portuguesa à ignorância do conceito de dignidade humana!

 

Como, sensatamente, escreveu Nietzsche: - “Tudo o que eleve o indivíduo acima do rebanho e amedronte o próximo chama-se mau”   -   a nobreza de espírito, de atitudes e de auto-responsabilidade altivas  são «aquele estado de coisas» motivo de desconfiança.

 

Tornar a «carneirada» inofensiva é mais cómodo do que aplicar castigo!   -   assim entendem os modernos governantes com desígnios totalitários e social-fascistas!

 

Os portugueses estão a ser, delicada, mas descaradamente, capados …nos seus direitos e nas suas liberdades!

 

Ai se não estão!

 

Adormecidos, endrominados pelas lengas-lengas de governantes e de políticos de baixo quilate, os tugaleses estão a contentar-se com a felicidade geral dos rebanhos de pasto!

 

Nietzsche profetizou com acerto: - “Os europeus (de certo estava a pensar nos «tugas»!) do futuro serão trabalhadores verbosos, pobres de vontade e muito dóceis, que precisam do senhor, do chefe, como de pão para a boca!

 

…A democratização da europa é, ao mesmo tempo, uma instituição involuntária para a criação de tiranos   -   entendida esta palavra em todos os sentidos, mesmo no mais espiritual   -   e levará à produção de um tipo preparado para a escravatura no sentido mais subtil”!

 

Nietzsche deixou-nos que pensar e que para reflectir!

 

Os portugaleses adoram a superficialidade: não foi por acaso que aderiram tão expeditamente à “Era do Efémero” (assim tenho qualificado a Era que que estou a viver)!

 

Sei bem, e vós também, quão pouco asseados de intenções, de propósitos e de espírito têm sido, e são, os nossos «abrílico-democratas» governantes!

 

Que prazer lhes encherá a alma, o corpo … e a carteira na medida em que falseiam uma “aurora de Abril” anunciadora da Democracia!

 

A verdade desse dia não demora a ser virada do avesso!

 

M., dezassete de Outubro de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

13
Jun20

Ocasionais


ocasionais

 

 

“Àplom”

 

 

*Somos verdadeiramente importantes

ou

simplesmente havemos conseguido

modelar perfeitamente a máscara

que nos diz sermos recordados?*

-Camus-in *O estrangeiro*.

 

 

Neste mês de Junho de 2020, por milagre dos santos populares, o dragão chinês, o “Covid de WHuam”, ficou na toca e os «magriços» não ficaram em casa.

 

Há feiras! Há praia!

 

E até os Cafés põem mesas e cadeiras à porta!

 

Na minha rua, à mesa da esplanada senta-se um tugalês de peito inchado. Camisete de alça fina e decote largo. Para a feitura dos calções azulados, o alfaiate roubou todo o tecido que deveria cobrir a tíbia, o perónio, o joelho e a coxa das duas pernas, e, assim, poder pregar o botão e fazer a presilha a segurar o calção na cinta!

 

À «técnica-superior-de ….» bastou-lhe a sombra e o sorriso escondido numa cara de poucos amigos para o cliente pisa-verdes ordenar:

 

-Um café cheio, bem quentinho, em chávena escaldada, sem espuma …e com bons modos!

 

Chegou o «cafezinho».

 

O cliente pisa-verdes põe os óculos no cimo do pouco cabelo que lhe decorava a cabeça.

 

Respira fundo. E puxa a máscara desde o queixo até à raiz do nariz. Olha à esquerda, olha à direita, e atira o olhar para o mar, adivinhado lá ao longe mesmo por cima da rama de um pinhal. Pega na saqueta do açúcar e sacode-a com energia.

 

 E, sem olhar, rasga o papelucho.

 

A abóbada celeste era o espelho ideal para reflectir a imagem que o janota fazia de si próprio: o conde de Orsini, sentado, não meteria tanto aplom!

 

Adoçou a bebida.

 

Procurou a colher. Acertou.

 

Meteu-a na xícara. Olhou à esquerda. Olhou à direita.

 

Abanou duas vezes o açúcar e o café.

 

Desceu a máscara para o pescoço.

 

Segurou a chávena com o indicador e manteve o equilíbrio da colher com o polegar, enquanto misturava o prazer do primeiro gole de café com a delícia de se ver formosamente reflectido pelo espelho celestial.

 

Suspirou!

 

Pousou a xícara.

 

Subiu a máscara até à raiz do nariz.

 

Olhou à esquerda e à direita!

 

Sentiu-se o centro das atenções dos que iam ao pão-quente, ou a encomendar o almoço, ou ler o «jornal da casa», ou dar à língua com o pretexto de uma «bejeca», um café, ou um sumo.

 

A camisete e os calções tapavam as suas carências!

 

Sentiu-se o foco dos olhares das matronas que, com o braço de fora, subiam ou desciam nos popós conduzidos pelos seus amores!

 

Desceu a máscara.

 

Subiu a chávena do café.

 

Segurou-a com o indicador e manteve o equilíbrio da colher com o polegar.

 

Bebeu outro gole.

 

Lambeu o beiço de cima.

 

Suspirou.

 

Alongou o olhar, para a esquerda e para a direita, torcendo um bocadinho mais o pescoço.

 

A máscara e os óculos satisfaziam as suas fantasias.

 

Pousou a xícara.

 

Tapou a boca e o nariz com a máscara.

 

Recostou-se mais na cadeira, que, por ser de ferro, melhor resistia ao espreguiçar de clientes importantes, com peso!

 

Um dos havaianos sapatos chineses soltou-se-lhe do pé quando tentava cruzar a perna e pôr um ar mais imperial.

 

Desceu a máscara para o pescoço.

 

Segurou a chávena com o indicador e manteve o equilíbrio da colher com o polegar enquanto entornava pela goela abaixo a última gota do café requisitado em chávena escaldada e servido com bons modos.

 

Pôs os óculos … a tapar os olhos.

 

Pôs a máscara a tapar a boca e o nariz.

 

Pôs umas moedas na nessa.

 

Levantou-se.

 

Olhou à esquerda. Olhou à direita.

 

Olhou para trás.

 

Seguiu em frente.

 

O céu prometia um dia lindo!

 

Mozelos, dois de Junho de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

29
Mai20

Ocasionais


ocasionais

 

OS LEOPOLDINOS

 

 “Portugal

é um Purgatório

povoado de almas”.

- UNAMUNO-

 

 

O gosto do poder aumenta com o tempo em que é usufruído. Daí ao fanatismo vai um passo muito curto.

 

Mansamente, com sorrisos, lindas palavras e «selfiezinhas», o estado policial vai-se instalando em Portugal.

 

Fronteiras encerradas, soberba, arrogância e abuso das forças policiais, militarizadas, fardadas. Ou até só com casaquitos fluorescentes (mais ou menos) de Serviços da Administração é o que se depara frente às liberdades ditas democráticas de um “25 de Abril” de cravos murchos, apodrecidos e mesmo fétidos!

 

A manipulação da informação e a vigilância individual estão a atingir níveis de indecência e de obscenidade.

 

A repressão social, está a chegar de mansinha. Não tardará a repressão política!

 

Dois passos à frente, e os adornados e adoçados com o palavrório e relambório da «cidadania», contaminados com o espírito borreguil, passarão a ser tratados abaixo de cão: os bichos serão senhores de mais e melhores direitos!

 

A comandar os «heróis do mar» estará o “Tugasoc». Aos “tugaleses” será permitida «a liberdade intelectual porque não têm intelecto algum».

 

Cumulados de mentiras, os “tugaleses” serão sacramentados com o juramento de fidelidade ao Ministério da Verdade, do Grande Irmão!

 

Os grupelhos e os bandos social-fascistas e socialistas fascizóides, os «LEOPOLDINOS» pós-modernos, estão a fazer uma lavagem ao cérebro dos “tugaleses”, com tão elevada frequência e tão enorme pressão que os prostra numa trágica estagnação mental. É o que a política cultural, de informação, melhor dizendo, propaganda, e de distracção e recreio televisivos, radiofónicos e festivaleiros dos nossos governos ditos democráticos está a realizar nos «tugaleses»!

 

Aos Partidos políticos «tugaleses», principalmente aos «geringonçados», o “Covid chinês” calhou-lhes que nem ginjas!

 

A campanha do medo teve início.

 

Os Governantes e o «enCOSTAdo predizente» da República sabiam bem que uma das consequências do medo é «ser submisso ao Chefe»!

 

Os Governantes e o «enCOSTAdo predizente» da República foram lestos em usar uma linguagem guerreira   -   declararam guerra contra o “vírus de WHuam”, com uma arrogância a fazer envergonhar os Afonsos Henriques, o IV e Albuqerque; D. Nuno, Carvalho Araújo, Bento Roma ou o coronel Maçanita!

 

Depois, aparecem diariamente, e vezes sem conta, nas Televisões com «bitaites» muito a propósito, a lembrar aos «tugaleses» a sua «obrigação cívica» de se sujeitarem a mil sacrifícios, a gozarem das «amplas liberdades» confinados em pós-modernos campos de concentração.

 

Aos nossos Governantes e ao «enCOSTAdo predizente» da República que jeito lhes deu o «estado de excepção»!

 

Eles até nem o queriam! Mas que rica oportunidade para ver até que ponto seriam capazes de controlar o «pagode lusitano»!

 

Falam, insistem, doutrinam o «distanciamento social» (o nosso próximo foi abolido, diz, a propósito, G. Agamben) para melhor executarem o «controlo social»!

 

O “Covidezinho chinoca” calhou-lhes que nem sopa no mel! Deu-lhes oportunidade para entrar a toda a hora e momento nas casotas «tugalesas», com ares e linguagem de guerrilheiros triunfantes (a linguagem guerreira permite exigir os maiores sacrifícios, inclusivamente a perda da liberdade individual   -   como sublinha o cronista Ramón Lobo), fazendo crer as suas pantominas épicas e as suas atrapalhadas mentiras gloriosas!

 

A bandidagem que se arregimenta na política, fá-lo com o «desejo de enriquecer» e com a ambição de «manter os outros na miséria».

 

Esta constante e ridiculamente propalada «jovem democracia portuguesa», depois de ter já sido caracterizada, com uma cleptocracia, uma oclocracia, uma oligarquia, uma plutocracia, uma mediocracia, e outras «cias» e «ias», chegou ao ponto de ser mesmo uma “KAKISTOCRACIA”!

 

Esta democracia «abrileira», nascida com tanta alegria e esperança, está a transformar-se numa imensa nuvem de tristeza, e até de uma perda de honra dos portugueses!

 

Que decepção!

 

Os nossos Presidentes da III República, dita “Democracia Portuguesa”, meteram e metem, salvo honrosa excepção, pior figura que os do Estado Novo!

 

Os nossos Primeiros-Ministros e membros do Governo e da Assembleia da República foram e são bem mais reles e medíocres que os da II República!

 

Aos nossos ministros, parlamentares e autarcas pouco importa o desperdício, o esbanjamento de dinheiro, o acumular de calotes: O Estado (o nosso) é o único a ter o privilégio de não pagar as dívidas! Alguns deles até garantem pôr as pernas da “Merkel” a tremer como varas verdes!...

 

O Covid/19 (coronavirus disease 2019, para gosto dos neo-parlantes tugalenglish) constituiu uma insidiosa forma de dominar, controlar e amordaçar os lusíadas!

 

Por este andar, o Futuro dos Portugueses adivinha-se cada vez mais desditoso!

 

Nenhum País, nenhuma Sociedade, «pode ser “GRANDE” sem Grandes Homens», lembrou B. Russell.!

 

PORTUGAL é mesmo um País pequenino!

 

M., vinte e quatro de Maio de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

15
Mai20

Ocasionais


ocasionais

 

Ao Prof VALBOM, de ÁGUAS FRIAS

 

 

 

“XI JINPINGS”

 

 

*Se te falta coragem para entrar

na toca do lobo,

como podes apanhar

os seus lobecos?!*

-minha adaptação de provérbio chinês-

Luís Henrique Fernandes

 

 

Somos todos chinocas!

 

Somos todos “XI JINPINGS”!

 

Ai se não somos, carago!

 

Os chinos começaram por semear entre os outros Povos as confusões e desconfusões de um tal sábio seu, Confúcio.

 

Com aquela paciência chinesa, vinda dos tempos das dinastias XIA, SHANG ZHOU, e aperfeiçoada pelas dinastias HAN, JIN e TANG; requintada pelas dinastias SONG, YUAN e MING, QING, as sementes lá foram grelando, grelando.

 

Até que, em 1911, em WHUAM, os chinos resolveram acabar com os imperantes, e SUN YAT-SEN, líder do Kuo-min-tang (Partido Nacionalista chino), mesmo de férias no COLORADO, toma conta dos destinos da CHINA, graças à capacidade e competência militar de um comandante de igual ou maior valia que SUN TZU   -  Chiang Kai-shek, que se tornaria o primeiro presidente da Republica da CHINA.

 

Só que o veneno comunista já tinha sido injectado para dentro da Grande Muralha.

 

Mau, Maria!  - vociferou Chiang Kai-shek, quando um Mao-Tsé-Tung, à frente da Porta de Tian'anmen proclamou a República Popular da CHINA!  Tão popular, tão popular que até é UNIPARTIDÁRIA!...

 

E esta ânsia e ganância dos Tsé-Tungs e Tunguinhos quererem que todo o mundo seja uma autêntica “Quinta do Orwell” fez com que o sucessor do MAO ZEDONG, Deng Xiao-ping com toda aquela paciência aperfeiçoada e requintada pelos seus antepassados e aprimorada pelo seu antecessor, depois de dar cabo do Bando dos Quatro, e «imbejôso» dos *Portugueses de Quinhentos*, resolveu espalhar chinesices pelos Quatro Cantos do Mundo  -    não tivesse ele, Ping-Xiao-Deng (lendo, «à chinesa», da direita para a esquerda) tirocinado em CANTÃO!...

 

Até aqui, todos os leitores sabem da História até «milhore» do que eu, sem dúvida alguma!

 

As sementes grelaram, grelaram; começaram a dar muita folha!

 

E, depois de já estarem a fazer muitas flores, o pequinês Xi Jinping, deu conta que toda essa paciente paciência chinesa estava na hora de dar frutos, saborosos, deliciosos, opiados, adamamos e diamantinos frutos!

 

Com a mão no pé de todos os grelos de todas as Repúblicas e Monarquias, não havia como celebrar o grito popular de WHUAM: em 2019 decreta a Lei Universal do VIÍRUS de WHUAM!

 

E, em nome da republicana e popular igualdade chinesa, toca toda a gente andar de máscara!

 

Saímos à rua, e damos conta que, afinal!…

 

… Somos todos “XI JINPINGS”, c’um catano!

 

 

Quem diria que até o ZORRO, em vez de mexicano-californiano, queria ser chinês!

 

M.,, treze de Maio de 2020

路易斯 Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

16
Jan20

Ocasionais


ocasionais

 

 “AOS BISBÓRRIAS”

 

“A glória dos grandes homens

deve sempre medir-se pelos meios

de que se serviram para a alcançar”.

-La Rochefoucauld-

 

 

Depois de tantos anos já passados de “Democracia”, sinto um profundo desprezo pelas figuras, figurinhas e figurões da política nacional.

 

Por este andar, de gente cretina, medíocre, oportunista, sem-vergonha, corrupta, não tardará que o Povo português se indigne ao ponto de julgar e condenar toda a trupe que o tem traído, enganado e roubado!

 

Portugal e os portugueses têm sido governados «democraticamente», isso sim, por gente da mais perversa.

 

Na verdade, neste «jardim da Europa à beira-mar plantado» ainda caem algumas gotas de orvalho   -   já não há, jamais, um pingo de vergonha!

 

Quando se elege para a Assembleia da República uma deputada por um Partido que, arroupado por essa eleição, vai para a frontaria da Assembleia insultar a História de Portugal e enxovalhar a Bandeira Portuguesa, que mais dizer a não ser gritar «às Armas!»?!

 

Há crimes, há pecados que não têm remissão!

 

Nem nesta nem na outra vida!

 

O silêncio e a indiferença de deputados, de Ministros e do Presidente da República não tem perdão!

 

E quando deitam alarvices pela boca fora, sabem  bem utilizar «ad náusea» o chavão da  «jovem democracia portuguesa», impantes de uma vaidade assolapada, como se fossem os engenheiros e construtores de tal monumento político, convencidos que disfarçam os erros, os disparates, as vergonhas com que conduzem à decadência desta democracia, não fazem mais do que denunciar e pôr às claras a sua eterna puberdade política!

 

Passeiam-se por aí enfatuados e iludidos que o exercício das suas funções se resume a uma afirmação de «nós e os outros»!

 

Endrominado pelas dogmáticas mentiras e aldrabices de quem tem assaltado o poder e o tem governado, o povo português continua distante de adquirir consciência pública de cidadania!

 

Basta de encher este povo com promessas nunca cumpridas e com esperanças sempre enganadas e atraiçoadas!

 

Ao insaciável apetite pelo poder, essa gente maldosa e malvada, que com capa e batina de «democratas» tem administrado Portugal, essa gente-gentalha associa uma infindável desfaçatez de hipocrisia.

 

Às palavras enganadoras dos seus discursos, esses petimetres sabem combinar ardilosamente a voz enganadora.

 

E, a horas certas, servem-se com oportunidade do chavão que «os portugueses são um Povo de brandos costumes»!

 

Sê-lo-ão, sê-lo-ão!

 

Até um dia!

 

Os Portugueses são, realmente, um Povo sofredor e resignado. Aguentam o «custe o que custar» passivamente, sem protestar.

 

Mas eu deixo um aviso aos bisbórrias que abocanharam as rédeas do poder em Portugal:

 

- “A ira mais terrível é a ira dos mansos”!

 

O fado português é o de um Povo inquieto, de um Povo com destino errante, de um Povo sem descanso.

 

A decadência social, cívica, moral, cultural que se está a viver, os salafrários que ocupam os bancos, as cadeiras, os palanques e o cadeirão do poder bem que a disfarçam com feiras, festanças e festivais     e «selfies» com o pantomineiro-mor do reino!

 

E a fome que se adivinha eludem-na, nas cidades, nas vilas e nas aldeias com a «feira das sopas», já envergonhados com a «malga do caldo»!

 

O fogo de artifício é uma paixão e uma arte bem portuguesa: o êxtase que qualquer foguetório provoca no «zé pagode»!...

 

À superstição ancestral dos portugueses, os «abrileiros de 74» aparelharam-lhe o fanatismo partidário-político … e (já agora) o futebolístico!

 

Não! Não é só o «rei que vai nu».

 

Nus vão também, na sua maioria, os portugaleses. Nesta democracia aldrabada, caldeirada de política mercenária de oportunistas, corruptos, cretinos e ditadores encapuzados, a política passeia-se nua, e vazia, pelos “Passos Perdidos”, de S. Bento, e pelos jardins floreados e «selfizados», do Palácio de Belém!

 

Estamos, voltamos a estar, na era do paganismo político: nos novos altares criados pelos homens, é, como outrora, “ao homem que se imola e aos animais a quem se enaltece”!

 

O cartel dos principais Partidos políticos não tem feito mais do que reduzir os cidadãos portugueses ao papel de eleitores!

 

O descrédito da política   -  actividade que, por definição, tem por fim último o bem comum    -   empurra o homem para o individualismo egotista e, consequentemente, degrada o sentido de comunidade.

 

Quero deixar ao meu neto um mundo melhor, não uma sociedade que me faz ter saudades daquela em que fui nascido e criado!

 

M., dezassete de Dezembro de 2019

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

02
Jan20

Ocasionais


ocasionais

 

“15º ANIVERSÁRIO do BLOGUE ‘CHAVES”

 

 

No, no há sido en libros donde he aprendido

 a querer a mi Patria:

 há sido recorriéndola,

há sido visitando devotamente sus rincones”.

-D. Miguel de Unamuno

 

 

Conhecer o BLOGUE “CHAVES” dá de sobra para se ver que o FERNANDO tem os dias (e as noites) muito preenchidos, com preocupações e canseiras.

 

Se nos lembrarmos que também tem uma vida profissional, mais se dá conta do preenchimento do espaço das suas preocupações (e, evidentemente, outras responsabilidades .... com “o seu quintal” e «circunstâncias adjacentes»).

 

Ao fim de tantos anos de uma assiduidade exemplar, de uma dedicação extremosa à revelação e à divulgação dos encantos, dos méritos e dos valores de todos os recantos da NOSSA TERRA, de uma NORMANDIA TAMEGANA, soberba parcela do “Reino Maravilhoso”, é bem mais do que merecido que este BLOGUE passe a ser considerado Património Cultural de Trás-os-Montes.

 

Porém, estou certo, quando, por aqui, por este Blogue, forem publicados os Post(ai)s acerca dos POBOS GALEGOS, também eles inscritos na NORMANDIA TAMEGANA, o BLOGUE passará a ser Património Cultural Galaico-Transmontano!

 

Nos seus Post(ai)s, Don FERNANDO leva-nos à descoberta de que todos os povoados da NORMANDIA TAMEGANA, da NOSSA TERRA, têm um inimaginável fascínio, sedutores encantos, uma rica história!

 

O BLOGUE “CHAVES” é, realmente, um irrecusável convite a fazer-nos peregrinos por esse encantador “Reino Maravilhoso”!

 

Quão precioso é para mim   -   e para vós, não?!    -     ouvir falar de qualquer rincão desse condado, e poder dizer: “Já estive !”.

 

Há preguiça, desinteresse ou mesmo sobranceria em visitar rincões cheios de história e de encantamento, aqui e ali, na NOSSA TERRA.

 

E, por contraponto, quanta ambição e quanta prontidão em dar um salto a Londres; fazer uma peregrinação a Roma; correr a levantar o papo para a Torre Eiffel e dobrar o cachaço ao Arco de Triunfo!

 

Não sabem?! Ainda há magia na NOSSA TERRA!

 

Consultado o «Oráculo de Delfos», as espirais do incenso queimado no turíbulo da pitonisa revelavam-me que a mensagem transmitida pelo BLOGUE “CHAVES” dizia que o “REINO MARAVILHOSO TRANS-VISIMONTANO”, lugar de consolo e de repouso, continua a não ser conhecido por uma maioria de normando-tameganos e muito menos pelos portugaleses!

 

É preciso sem demora aprender a amar o nosso torrão natal!

 

E este BLOGUE “CHAVES”, hoje aniversariante, ajuda-nos a todos nessa lição!

 

Camilo e Torga andaram por aí!

 

E hoje anda o D’Artagnan Don FERNANDO, el Pluto, mai-los três Mosqueteiros BERTO, TIO NONA e TerçOlho, pela graça do deus Larouco!

 

FERNANDO RIBEIRO é tratado pelos «pavonautas» da política provinciana como o foi o herói da Mitologia   -   é demasiado “pesado”, (importante, virtuoso e apaixonado pela cidade) para que a «nau» flaviense possa transportá-lo!

 

Esses petimetres «pavões, lalões e lambões» lembram o tribuno grego que mandou nivelar um campo de trigo cortando as espigas que sobressaiam acima das outras! Eles são daquela raça de gente que “Sofre mais com as venturas alheias do que com as misérias próprias"!

 

O BLOGUE “CHAVES” está sólida e prestigiosamente acompanhado por bons escritores, interessados e curiosos leitores, exigentes e apurados críticos, e por brilhantes «opinólogos» com vibrantes e sonoros comentários sempre prontos na ponta da língua (mas no mirante do “Sport”, nas suas salas piramidais das «workshops» da má-língua)!

 

FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO é um crédito para a NOSSA TERRA, para CHAVES, para a NORMANDIA TAMEGANA!

 

O BLOGUE “CHAVES” é, na verdade, um luminoso complemento da cultura flaviense e NORMANDO-TAMEGANA.

 

Tardiamente a História virá reconhecer, aplaudir e comemorar o feito, e os feitos, deste BLOGUE e do seu autor. Tempo virá em que a todos os flavienses será coisa agradável lembrarem-se do FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO, quer eles próprios falando dele, quer ouvindo-o de outros!

 

Não será para admirar: é o fatalismo do comodismo, do egoísmo, da gosmice, e da ingratidão humana!

 

Tantos flavienses que quereriam aplaudir e, neste Dia de Aniversário do BLOGUE “CHAVES”, celebrar o FERNANDO D.C. RIBEIRO! Mas o medo aos amuos dos seus caciques politicastras tolhe-lhes os braços e as mãos e mantém-lhes a boca fechada!

 

Para mim é sempre valioso e merecedor do meu reconhecimento o pedacinho do seu precioso tempo que, através do seu BLOGUE, dedica à NOSSA TERRA!

 

Direi como D. Miguel de Unamuno:

 

- Como seria interessante ver uma tabela de valores de méritos literários e artísticos de flavienses tal como estabelecida pelos seus conterrâneos e tal como a formada por estrangeiros que os conheçam!

 

A maioria dos «daí», espantados com a classificação estrangeira e habituados apenas à colheita, no BLOGUE, de algumas brasas para melhor destilarem a sua bílis, traduziriam o seu despeito com um «era o que mais nos faltava! Aparecer como uma eminência um bloguista que não suportamos, vê-lo, ouvi-lo e lê-lo durante tanto tempo sem termos suspeitado semelhante coisa»!

 

Às minhas felicitações, acrescento o desejo de que o fogo das quinze velas que rodeiam o “Bolo de Aniversário” do BLOGUE “CHAVES” sirvam para manter afastados do seu autor os demónios … reais, imaginários ou «em figura de gente»!

 

Eu creio que o sol ainda brilha sobre o Brunheiro”!

 

M., dois de Janeiro de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

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