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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

21
Fev24

OCASIONAIS

Ele há carteiros e «carteireiros»


ocasionais

 

*Ele há carteiros e «carteireiros»!*

 

Os activos, brilhantes e empenhados *agentes-técnicos-de-distribuição-de-correspondência-de-encomendas-de-propaganda-política-e-publicitária e de outros serviços postais* na comarca flaviense desempenham as suas sacerdotais funções com uma cerimónia de fazer inveja aos sumo-pontífices a celebrarem a Festa dos Tabernáculos ou a dos Ázimos no Templo de Salomão, no tempo de Vespasiano.

 

O santo sacrifício de levar uma carta ou uma encomenda, pequena ou pequenina, mesmo do tamanho de uma caixulinha das mais pequerruchas do «Correio Verde» dos CTT, a uns velhotes e, ou, doentes, de uma qualquer ALDEIA parece ser um vil acto pagão, uma missão que «ofende a sua», altíssima e cintilante, «dignidade profissional!

 

É que tocar à campainha ou bater, ou chamar ao portão, de uma casa de ALDEIA e esperar que um octogenário assome à janela, à varanda, à porta para ver quem é (os amigos e as pessoas de bem abrem o portão, entram e chamando por alguém da casa ficam identificados!), e chegue lá do fundo do quintal, da sala, ou da cozinha, e atravesse o quinteiro não é coisa que se faça a um *agente-técnico-de-distribuição-de-correspondência-de-encomendas-de-propaganda-política-e-publicitária e de outros serviços postais* na comarca flaviense, antigamente conhecidos e reconhecidos como «carteiros».

 

Claro que outra coisa é entregar o «recado postal» numa Pastelaria, num CAFÈ, numa taberna; numa ourivesaria, numa lavandaria, num talho; no consultório de um médico ou num escritório de advogado; … ou na sede do Partido político, de sua eleição!

 

Além disso, os «avisos» para levantamento de correspondência têm de ser consumidos e dar consumições aos destinatários postais, ora essa!

 

Os parolos, os labregos dos aldeãos?!

 

Que se desenrasquem!

 

Que se desermerdem!

 

Que vão primeiro à bruxa, para saberem, ou adivinharem, o dia, a hora, o minuto certo, certinho, a que suas majestades chegam à porta!

 

Se não, que se arrastem até à cidade e andem de Anás para Caifás até acertarem com a «dependência» dos CTT em que pára o objecto constante no solene, quão imperial e imperativo, «AVISO»!

 

Palavra de «carteireiro»!

 

M., sete de Janeiro 2024

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

 

 

09
Dez23

Ocasionais

* boa pequena*


ocasionais

 

*boa pequena*

 

Absorvido pela leitura, e pela meditação em que ela me mergulha, não reparei nas pessoas que se sentaram às mesas próximas de mim.

 

Fui tomar o meu pingo da tarde a um novo CAFÈ, onde o ambiente consente a leitura sossegada, sem a perturbação de vozearia e das «carvalhadas e castanheiradas», que por aqui são a sonora e colorida exibição da personalidade e da esmerada «boa educação» da gente aprimoradamente culta, desta minha alargada vizinhança. 

 

- Olá, Luís!

 

Surpreendeu-me, quase como um susto, esta exclamação.

 

Levantei os olhos desde *Os Miseráveis*, mas não vi ninguém a minha frente. Nem a meu lado.

 

Bem, a meu lado, sim, mas de costas voltadas.

 

Uma senhora dirigiu esse cumprimento a um Victor Hugo.

 

Na mesa do lado, sentava-se um velho da minha idade, de cenho carregado, com farto bigode e brancas barbas crescidas, e um olhar perdido. Apoiava a face na mão esquerda e a fonte esquerda nos rijos dedos.

 

- Olá, Luís!  -   repetiu a cachopa.

 

- Não te lembras de mim?!  -   interrogou, com um tom de carinhosa censura.

 

O Hugo, o meu homónimo LUÍS, fitou-a com um ar de duplicada surpresa.

 

Ela fez um ligeiro desvio, e eu dei conta de ser uma mulher no fim da mocidade, já madura, no entanto, ainda elegante.

 

Reparei no suplicante olhar do Victor, o LUÍS, a rogar à memoria a misericórdia de lhe decifrar o retrato daquela mulher.

 

Diante do pasmo e do ar indiferente, do LUÍS, a moça, desenhando um sorriso a que o brilho do olhar deu mais encanto, lembrou-lhe:

 

- Sou a Margarida!

 

Victor Hugo, aliás, o meu vizinho LUÍS, olhou com mais atenção e pormenor.

 

E respondeu:

 

- A Margarida era linda! Muito linda! Muito bonita!

 

Era bela, quase sem o saber!

 

Vossemecê é … bonita.

 

- Podemos conversar um bocadinho?   -  perguntou, com um laivo de angústia na voz, a senhorita.

 

Fiz que mexia nas folhas do bloco de apontamentos, nas canetas, nos guardanapos de papel, no alinhamento dos óculos enquanto olhava de esguelha para ambos, o LUÍS vizinho e a «madame», e apurava o ouvido.

 

O Victor Hugo, aliás, o LUÍS, desceu a mão da queixada e desviou-a para uma cadeira: convidava a estranha senhora a sentar-se.

 

LUÍS sentiu um aperto no coração, já de si tão apertado com o desgosto de um adeus, no tempo e horas, já tão distantes, em que o trazia tão dilatado por um amor sincero, imenso, tão apaixonado.

 

Ela sentou-se. E logo do lado do coração do LUÍS.

 

- Foi no tempo das primeiras cerejas, lembras-te, Luís?!

 

Ao Victor Hugo tomou-o um certo desassossego.

 

A mim, as cerejas trouxeram-me à lembrança a alegria e a felicidade da minha meninice, lá, na minha GRANGINHA natal, e do grande trambolhão que eu, o Mário e o Júlio demos, montados numa enorme galha da cerdeira da TIA AUGUSTA do TIO QUIM, pais da Laurinda, para o quinteiro.

 

A TIA AUGUSTA do TIO QUIM disse-nos para «irmos às cerejas». Estavam lindas de morrer, quer-se dizer, ainda melhor, de comer!

 

Catrapumba!

 

E o trambolhão ficou eternamente lembrado!

 

LUÍS não se lembrava. Já tinha vivido muitos tempos de cerejas, mas, desde aquele desditoso adeus, deixou de contar e celebrar primaveras   -   no Outono da sua vida, só tem vivido dias e noites de Inverno!

 

No seu olhar, e nas rugas dos seus olhos, estão escritas essas palavras.

 

Num relance, pude ver de frente a Margarida.

 

Realmente, era … bonita. O desenho da sua boca fazia um lindo sublinhar do brilho dos seus olhos.

 

Disse para comigo:

 

- Deve ser uma boa pequena!

 

(*boa pequena* é uma maneira muito carinhosa de dizer bem, mesmo muito bem, de uma moça, rapariga ou mulher, lá, na minha terra natal. É um certificado de qualidade, mais válido do que os carimbados com selo branco! E eu aprecio «as falas» da minha terra!).

 

Ela pôs-lhe a mão no braço descansado na mesa. O do lado do coração.

 

Vi o Hugo, aliás o meu homónimo LUÍS, endireitar levemente as costas, levantar um tantinho a cabeça como que a procurar o calendário de uns dias de demorada aurora, e olhar com alguma vaguidade para a … bonita mulher.

 

Margarida, fitando-o com ternura, sorrindo com bondade, apertou-lhe o braço.

 

E disse:

 

- Foi no tempo das primeiras cerejas, Luís. E no tempo do nosso primeiro beijo!

 

Depois, comíamo-las da boca um do outro!

 

Senti que o LUÍS sentiu uma pontada no peito. Ali, do lado do coração.

 

Para lá levou a mão direita. Com ela acariciou a aba do casaco.

 

Verteu uma lágrima. Grossa.

 

Não foi a tempo de a limpar com a mão   -    caiu no tampo da mesa.

 

Procurou no bolso direito das calças o pacote de lenços de papel.

 

Gastou os lenços.

 

Não conseguiu enxugar os olhos!

 

M., catorze de Novembro de 2023

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

29
Nov23

Ocasionais

Saudade


ocasionais

 

*Saudade*

 

 

-. Aos «resistentes» e aos «ausentes»,

da minha *Flavilândia*.-

 

 

 

Um dos colaboradores da minha estimação, do Blogue *CHAVES*, escreveu, há dias, sobre a “SAUDADE”:

- «Diz-se frequentemente que não tem tradução noutras línguas e que é um sentimento só nosso, dos Portugueses… (como se os sentimentos pudessem ser exclusivos de alguns povos…). Deixemo-nos de sobranceria».

Talvez porque nunca se tenha afastado muito, e durante muito tempo, para lá das fronteiras espanholas e das atlânticas, as suas “Vivências” da SAUDADE, tenham ficado por «saudades»   -   saborosos «recuerdos», gostosos «souvenirs», emocionantes e tão fugazes «encontros de terceiro, quarto ou quinto grau».

Sim. A saudade é um sentimento residente em qualquer Povo.

Mas ninguém como os portugueses exprime por uma só palavra esse lamento de amor e de ausência.

Nem os persas de DARIO nem os gregos de Jenofonte; nem Platão, nem Aristóteles; nem Espinosa; nem Ribot, nem Castilla del Pino souberam expressá-la, defini-la como um português:

*Floresce entre os Portugueses a saudade por duas causas mais certas em nós que em outra gente do mundo, porque de ambas essas causas tem o seu princípio: AAMOR re AUSÊNCIA são os pais da saudade, e como nosso natural é, entre as mais nações. Conhecido por amoroso, e nossas dilatadas viagens ocasionam as maiores ausências, daí vem que donde se acha muito amor e ausência larga, as saudades sejam mais certas, e esta foi sem falta a razão por que entre nós habitassem como em seu natural centro*.

D. Francisco Manuel de Melo, in “Epanáforas amorosas”.

-.-..--.-.-.

Txª. de Pascoais: - A SAUDADE tanto a descobrimos «em nosso coração como na montanha, no mar ou no deserto».

 

 

 

 

-.-.-.-

Em «Obras póstumas», na *Redondilha*, versejava Nicolau Tolentino:

MOTE

Distâncias e saudades

As nodosas carvalheiras

Que assombram ermas estradas;

Altas rochas, penduradas

Sobre medonhas ribeiras;

Duras, íngremes ladeiras,

Escuras concavidades,    -

- São as tristes soledades,

A quem meu cansado peito

Conta o mal que lhes têm feito

Distâncias e saudades.

 

e,

 

*Seria a vida um céu, uma ventura rara,

Uma ideal felicidade,

Se, por contrariar Deus, Satan não inventara

Isto só: - a SAUDADE!

….-

.- in “Anoitecer”, Cristiovam Aires

======’=======

MARIA LAMAS, na sua *Canção de Outono” fala de uma SAUDADE da qual, provavelmente, ninguém recorda:

 

*Dia sombrio e triste,

duma tristeza calma.

 

É o Outono, é o encanto suave

Das vidas que se extinguem devagar.

…-

Acorda na minha alma uma SAüDADE

Há muito adormecida –

- a SAüDADE de mim, daquela que eu  já fui,

Princesinha de sonho,

Menina ingénua e pura, a interrogar a vida, a sorrir ao amor.

……-…..

==========)======

 

ou,

 

**Saudade! gosto amargo de infelizes,

Delicioso pungir de acerbo espinho,

Que me estás repassando o íntimo peito

Com dor que os seios d’alma dilacera,

- Mas dor que tem prazeres - Saudade!

Misterioso númen, que aviventas

Corações que estalaram, e gotejam

Não já sangue de vida, mas delgado

Soro de estanques lágrimas - Saudade!

Mavioso nome que tão meigo soas

Nos lusitanos lábios, não sabido

Das orgulhosas bocas dos Sicambros

Destas alheias terras - Oh Saudade!

Mágico númen que transportas a alma

Do amigo ausente ao solitário amigo,

Do vago amante à amada inconsolável,

e até ao triste, ao infeliz proscrito

(dos entes o misérrimo na terra!)

Ao regaço da Pátria em sonhos levas,

- sonhos que são mais doces do que amargo,

cruel, é o despertar!.... **

Almeida Garrett-, in Invocação do Poema “Camões”.

 

-.-.-.-.-

E o *Menina e moça*, de Benardim Ribeiro, não vos (nos) diz nada da SAUDADE?!

 

-.-.-.-.-

-.-.-.-.-.-

 

E se lhe acrescentarmos, à palavra *SAUDADE*, a modulação e o tom «êstremôso» (extremoso) de um flaviense … do CANDO ou da GRANGINHA!...

Nas “Vivências” de cada um de vós, leitores, já visitastes cemitérios estrangeiros?

Quantas palavras «SAUDADE», no idioma local, encontrastes aí inscritas?

E nas lápides dos nossos cemitérios?

Quantos nomes próprios encontrais em espanhol, francês, italiano, alemão, mandarim, bengali, hindi, russo, japonês, árabe ... ou em Navajo?

Por esse Portugal fora, quantos não são os portugueses que têm por nome *SAUDADE*?

  1. por esse mundo fora, quantos o têm com «Recuerdo», «Souvenir», «Regret», «I miss you», «Te hecho de menos», «Anhelo», «Enyorança», «Verlagen», «Tocka», etc., etc.!

Nos «aerogramas» da *GUERRA do ULTRAMAR*, mesmo até só naqueles que eu escrevia, ditados por quem não sabia escrever, podeis encontrar mais SAUDADE que na homérica *ODISSEIA*.

E nem vos lembro quanta SAUDADE, anda nas rimas pimbalheiras e no FADO!

SAUDADE!

Até a tenda dos fatos, capotes e samarras que acrescentava mais fama aos *SANTOS*, de CHAVES, tinha por nome “CARDOSO da SAUDADE,”!...

E o galego D. Luís Alonso Girgado diz:  - «O tema da saudade -é ben sabido- é un dos máis constantes e característicos da poesía galega. Estudiada por numerosos ensaístas e cantada polos poetas, a SAUDADE semella ser unha clave esencial e fonda da alma galega e, conxuntamente, da portuguesa»!

A SAUDADE, é, realmente, uma palavra única!

NOSSA (na medida em que podemos considerar historicamente o Galego é Português como a mesma Língua).

 

E

 

Termino com um poema que me maravilhou na minha infância, tanto quanto me maravilhou o de Garrett.

SAUDADE

*Não conheces a «SAUDADE»

Pois dizes que nunca a viste,

Felizes os que não sabem,

Na verdade, que ela existe.

 

Vou contar-te, p’ra que saibas,

O mal que faz a «SAUDADE»,

E verás que onde ela entrar

Termina a felicidade.

 

A «SAUDADE» é a amargura

Que fica, do bem perder,

Nunca finda, sempre dura,

Por isso nos faz sofrer.

 

É tão amarga a «SAUDADE»,

Que dela queremos fugir,

Não mais se pode esquecer

Se a chegarmos a sentir.

 

A saudade é um martírio

Que nos turva o pensamento,

Matando a nossa alegria,

Da vida faz um tormento.

 

É tão triste uma «SAUDADE»

Quando é viva e bem sentida!

Entristece a nossa alma

Aniquila a nossa vida!

 

«SAUDADE», meiga palavra

Que tanta beleza encerra!

O peor dos sofrimentos

Que Deus nos deixou na terra!*

 

-.- Judith de Quenta Calheiros- (poema dedicado «À minha neta, Judith Fernanda de Quental).

-.-.-.-.

Bem avisava Victor Hugo:

- “Há locuções vulgares que têm o mérito de exprimir numa só frase uma ideia que mal se desenvolveria numa página”.

 

M., Vinte de Novembro de 2023

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

15
Jun22

*CHAVES   -   Um olhar*

-.- Com sombras, saudades e rio -.-


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Um quadro com formidável expressão:

 

     - da arte do seu autor.

     - da importância da História Universal e Nacional.

     - do respeito para com antepassados (os dois Padrões dos Povos…).

     - da simbologia de um rio   - o TÂMEGA   -, o Ganges galaico-transmontano, aí percurso do céu       e da terra de tantos flavienses; o Mnemosine de tantos «resistentes» e de tantos «ausentes».

     - de um ex-libris de “NOBRE CIDADE”.

     - de ícone da *NOSSA TERRA*!

 

E o velho, mais novo que eu, lembrando-me Spencer Tracy,  parece esperar por Hemingway, para lhe contar a história das suas façanhas de rapazote atrevido ou de estudante conquistador; de contrabandista ou de «engajador», de «cruzado» ou de «ex-combatente da Guerra do Ultramar»;  de um «resistente» ainda resistente ou de um regressado  «ausente» à espera da extrema-unção no seu torrão natal!  

 

E amanhã, nas montras e nas Bibliotecas e nas mãos de muita gente, «O VELHO E O RIO»!...

M.catorze de Junho de 2022

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

******************

Nota do Blog Chaves:  Este texto de Luís Henrique Fernandes chegou até nós, via e’mail, em jeito de comentário ao post de ontem, texto que achamos por bem deixar aqui, agora, com a mesma imagem de ontem, mas a p&b, apenas para fazer a diferença.

 

 

 

02
Mar22

Ocasionais


ocasionais

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Nota do Blog Chaves: Comentário/post em resposta a um comentário no post " De Regresso à Cidade" de segunda-feira, dia 28 de fevereiro.

 

 

 

28

FEV22

De regresso à cidade...

SHANGRILLA

 

A Very Precious Love

 

Ter saudades «desse tempo» não é ter saudades das misérias a que se refere FJR.

 

Saudosos desse tempo são aqueles que recordam com emoção e gratidão a protecção, a afeição, os desvelos, as liberdades irreverentes e «aganduladas» e os consolos que familiares e amigos lhes proporcionaram, e ainda mais sentidas por recebidas no meio dessas «misérias».

 

Os velhos de hoje, nas saudades «desse tempo», mesmo sem terem frequentado essa “casa do lado esquerdo”, mais velhos uns, menos mais velhos outros, estão a dizer os jovens de hoje que os valores do reconhecimento, da amizade, da solidariedade e da gratidão jamais deveriam ser esquecidos, abandonados ou negados.

 

FJR tem «saudades dos meus amigos que também tinham de lá ir comer para matar a fome». E não tem de amigos que não iam lá? Não creio que se tenha ficado só por esses amigos.

 

Mesmo assim, CHAVES, a NOSSA TERRA, a terra natal e por afeição de flavienses, “deixa sempre uma saudade”.

 

Assim, caro sr. FJR, não se admire de tantos velhos e muitos novos terem saudades da sua terra natal, da NOSSA TERRA, seja ela monárquica ou republicana, absolutista ou liberal, democrática ou ditatorial.

 

Manifestar saudades desse tempo é um sinal de gratidão para todos aqueles que nos ajudaram a suportá-lo e nos deram coragem para sair dele, e, hoje, velhos, antigos, darmos graças a Deus ou ao Diabo, à chuva, ao vento, ao trovão; ao Minho, ao Cávado, ao Douro, ao Vouga, ao Tejo, ao Guadiana; ao Oceano Atlântico e ao Mar da Palha; ao Tâmega, ao Ribelas, ao Brunheiro; às mouras encantadas da Ponte romana  ou do Pedrete; ao nascer do sol pelas ameias do CASTELO de MONFORTE de RIO LIVRE e ao pôr-do-sol pelo ALTO do CAMPO da GRANGINHA; à Srª da SAÚDE, à Srª da LIVRAÇÃO, à Srª do ENGARANHO, ao S. CAETANO e à Srª das BROTAS por vivermos num «MUNDO MELHOR»!

 

Quem não tem também saudades (não só da Lapa) dos bancos Jardim das Freiras, do Jardim do Bacalhau, do Jardim Público e do Tabulado?!

 

Da sua RUA ou da sua ALDEIA?!

 

De uma FONTE ou do ADRO da Igreja?!

 

Dos bailaricos com realejo, concertina ou acordeão?!

 

Dos arraiais e das Verbenas?!

 

Dos *Canários*, dos “Pardais*, do “Calypso”?!

 

Dos convívios familiares das cegadas e das malhadas, das vindimas, do «arranque das batatas», da matança do reco; do Domingo de Ramos, do Domingo Magro e do Domingo Gordo desse tempo que FJR recorda como «a miséria que reinava na época»?!

 

Felicito FJR por, apesar de tudo, também ter sido feliz na NOSSA TERRA.

 

Para si, FJR, para mim, para velhos, antigos, flavienses, de nascimento ou de afeição, CHAVES é a nossa “SHANGRILLA”, a qual, sempre que a recordamos, não estamos mais do que a fazer uma oração para nela voltarmos a nascer sob as perenes bem-aventuranças que nela outrora desfrutámos!

 

CHAVES deixa mesmo, e sempre, uma saudade!

 

M., Um de Março de 2022

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

30
Out20

Ocasionais


ocasionais

 

“Ir prò galheiro!”

 

Não temos Ministério da Saúde; temos ministério do Covid!

 

Não temos Ministra da Saúde; temos Ministra do Covid!

 

Não temos Secretário de Estado da Saúde; temos Secretário de Estado do Covid!

 

Não temos Directora-Geral de Saúde: temos Directora-Geral do Covid!

 

Portugal é um País salutar; cheiinho de gente com saúde para dar e vender: a excepção do surto de Covid até tem piada e mete graça!

 

Os velhos, asilados, exilados, confinados, esquecidos, ignorados, desprotegidos, afinal a «peste grisalha» tão desdenhada e odiada por um reles escaravelho da política portuguesa são realmente mercadoria NÃO-RENTÁVEL!

 

“Ainda bem que estão a cair como tordos”  -  estará a rir de gozo o tal que profetizava, em voz alta, a eliminação da velhada, enquanto os contabilistas do Governo esfregam as mãos  de contentes pelo oportuna poupança nas despesas com a doença e a enfermidade da dita «peste grisalha» a “ír pró galheiro”!

 

CÁ, neste Portugal traído, continua-se a considerar um Orçamento para a SAÚDE como uma DESPESA em vez de um INVESTIMENTO!

 

Indignei-me quando ouvi os nossos governantes, armados em valentes, inchar o peito e falar de «guerra» e de «bazucas», diante da expansão do vírus chinoca!

 

Os sírios, os curdos, os norte-moçambicanos, entre outros, se, por acaso, viram algum dos canais de Televisão tugaleses, decerto que assinaram um cessar-fogo, tal o espanto pela notícia de haver «guerra» num tal «jardim da Europa»: todos queriam ver, afinal, como seria uma verdadeira e real guerra pós-moderna!!!

 

Cheios de garganta, com o quartel-general a «dar palpites» a toda a hora nos palanques televisivos, os guerreiros e os guerrilheiros de todo o mundo pasmavam como é que as forças armadas mobilizadas para a «guerra» declarada pelo Governo «tuga» combatiam com armas, munições e equipamentos fora de «stock», e viam os milhões de €uros a voarem à força dos ventiladores chineses!

 

Com munições sem pólvora, as secções e os pelotões da linha da frente, mesmo sem municiadores, lá foram fazendo frente, e sem descanso, ao avanço do “vírus XI JINPING”.

 

Entretanto, o Governo «tuga» arranja uns milhões para banqueiros, mas nem um «chavo» para os cientistas portugueses ajeitarem uma vacina para meter a «maleita chinesa» na ordem!

 

E, perante este acto de desdém, bem me lembro da verdade e da realidade de «chegou-se aqui por irresponsabilidade criminosa das autoridades chinesas e por generalizada negligência política dos dirigentes políticos», dito e escrito por Manuel Maria Carrilho, no seu “Pensar o Mundo”!

 

Bem pensado e melhor dito!

 

Regime de excepção e de contingência; tiques de autoritarismo por parte de autarcas (nenhum quer ser menos autoritário que outro!), intrusão na vida pessoal, privada e íntima, vigiando os cidadãos com aplicações e uso de tecnologia digital, e, habilidosamente, as novas normas de conduta social encaixotam a população na doutrina totalitária e social-fascista do «homem novo»!

 

Fica o recado de Albert Camus: “O único meio de combater a praga é a honestidade.”

 

M., vinte de Julho de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

24
Set20

Ocasionais


ocasionais

 

COVIDIOTAS

 

 

“É pela atitude perante o poder

que se vê o tipo de (Povo) pessoa que somos”.

-A.Gruen-

 

 

O Governo, a Ministra da Saúde e a Directora-Geral da Saúde, com a responsabilidade de liderarem com competência e eficiência a luta contra o “VÍRUS CHINÊS”, porque são fracos, medíocres e mais comprometidos com outros objectivos e outros interesses, nem mesmo como exemplo de outros pares estrangeiros, que, de imediato, apoiaram a Ciência, a Investigação e o Desenvolvimento de uma vacina protectora ou tratamento efectivo para combater  o “COVID XI JINPING”, vêm, a toda a hora e momento, disfarçar o desastre das suas decisões e, ou, não-decisões, invocando e agarrando-se à letra das leis e dos regulamentos feitos ao sabor do que lhes dá na veneta, a eles e a outros, como os «xerifes» da OMS- Organização Mundial da Saúde, multiplicando burocracias ou justificações burocráticas, ignorando, e, ou, atropelando sentimentos das populações que, coitadas, têm de aturá-los!

 

Essa gentalha cretina que nos governa tem mais respeito pelas regras que pela vida de cada um ou de todos nós!

 

As suas aparições permanentes nas Televisões não visam mais do que adormecer o já pouco juízo crítico dos portugaleses! Escondem-se da realidade e escondem-nos a realidade com superficialidades!

 

Que deleite o deles fazendo dos portugueses uns autênticos “COVIDIOTAS”!

 

Não sabem e, ou, não querem saber das verdadeiras necessidades e dos verdadeiros sentimentos dos portugaleses, em relação ao “COVID/19”!

 

Se sabem, não o mostram!

 

Que cínica simplicidade e banalização nos processos de instalarem o terror «covidesco» … já com notórios laivos «pidescos», reduzindo a razão de viver a estatísticas e … a máscaras!

 

O estado policial digital está a caminho de um Portugal cada vez mais pequenino!

 

As diatribes da «libelinha cinderela» e da «pikachu soletrista,» lá vão tirando as pedras do caminho para que os mandantes do nosso País se perpetuem no poder, instalando mesmo uma dinastia nos dois modernos tons fascistas: o social-fascismo e nazi-fascismo!

 

Governo, Ministra da Saúde e Directora-Geral da Saúde, apaparicados pelo cantinflas prediZente “Celito Marcelfiezinho”, em vez de encorajarem os tugaleses diante do inimigo «Zhongghuónimo», mingam-lhes a coragem!

 

Será a politiquice gerigonçada desta falsa, e dita sempre jovem, democracia portuguesa a causa de uma doença que se espalha assustadoramente pelo país   -   a sífilis política?!

 

Os portugueses têm estado estão a aturar os seus governantes com demasiada condescendência!

 

Mozelos, cinco de Setembro de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

 

11
Set20

Ocasionais


ocasionais

 

 

Covidemónio

 

 

“You'll find that life is still worth-while

If you just smile”.

-Chaplin-

 

Parece que o coração de cada um dos portugueses ficou endurecido com o VIRÚS CHINÊS e que todos caminham e vivem ao lado dos queixumes como se eles fossem a linguagem natural dos homens.

 

O COVID mata. O medo do COVID mata mais!

 

Os medos e os policiamentos covidescos estão a fazer fugir a alegria.

 

O Governo e os «Jornalísticos» descobriram o orgasmo da safadeza, do cinismo e da sua mediocridade ao insistirem em divulgar, quase d’hora a hora, o número de mortos, de infectados, internados, «desinternados» à pala do COVID!

 

O Governo e os «Jornalísticos» não conseguem determinar, nem sequer deles falar, dos afectados! Não dos afectados na conta bancária, não, senhor! Mas dos afectados na alma, no coração, no espírito!

 

Ao “Telejornal”, ao “Primeiro Jornal”, ao “Jornal da Tarde”, ao “Jornal da Noite”, ao “Notícias à hora certa” bem se lhes pode juntar o “Noticiário da Manhã, da Pandemia”, o “Noticiário das Onze, do “VÍRUS CHINÊS”, o “Noticiário do Meio-dia, do “COVID/19”, o “Noticiário da Uma, do “VÍRUS de WHUAM”, o “Noticiário da Tarde, do “COVID XI JINPING em Portugal”, o “Jornal da Vespertino, do CORONAVÍRUS”, “O Jornal da Noite, da Pandemia” a informar «os nossos cidadãos, com escrupulosa objectividade, dos progressos e retrocessos da doença, prestar o apoio das suas “colunas invertebradas” a todos os que, conhecidos ou desconhecidos, estejam dispostos a lutar contra o flagelo,…, transmitir as directivas das autoridades» (Não use máscara: não serve para nada! O Uso de máscara é obrigatório, e se estiver mal posta apanha um enxerto de porrada de polícias! ……… Cá pra mim, uma medalha de S. Roque, nem que fosse a do seu cachorro, arrenegava bem mais o diabo do Covid!) E lá vai o COVID CHINÊS servir de capa e contra-capa a uma enciclopédia de subtil propaganda ao governo geringonçado e da recandidatura de um truão e de cartazes a receitar pílulas de poupança em gastos desnecessários!

 

Os novos Donos e DONAS da Saúde, nunca fartos nem envergonhados por terem dito ontem uma coisa e hoje o seu contrário, derretem-se, babam-se «à hora certa» das “Notícias” e «à hora oportuna e conveniente» da Publicidade para  falarem de mortos, de internados, de «desinternados», e apresentarem esfarrapadas desculpas das culpas dos correligionários que, além de não saberem combater o inimigo (estamos em guerra, proclamam!) metem os pés pelas mãos, multiplicam-se em asneiras e desmultiplicam-se em oportunidades para dar nas vistas, ficarem à frente de um microfone e das câmaras das Televisões!

 

Pudera! O exemplo vem de cima!

 

E não há como amacacadamente imitar o cantinflas preDiZente -mor!

 

Ao fim de quase meio ano de «guerra», o Inimigo chinoca ainda não sofreu uma baixa!

 

Que nação valente esta!

 

Aos €uros desviados para os ventiladores chineses foi um ar que se lhes deu!...

 

Tanta treta das DONAS e dos Donos da Saúde e, afinal, o que fazem e o que nos dizem para fazermos é esperar sentados, à espera que o Covid parta para a China como de lá veio!

 

Claro que o «mister» XI JINPING continuará a esfregar as mãos de contente: os seus objectivos foram alcançados!

 

O importante é andarmos todos de cara tapada e de costas voltadas!

 

A paixão de viver só é consentida aos frequentadores de Festivais, de comícios políticos … e de «touradas politiquetas»!

 

 Os tugaleses continuam de olhos fechados: nem o COVID os força a pensar!

 

Os tugaleses são ignorantes por vício!

 

Julgam-se ter nascido já a saber tudo … de tudo!

 

Todos se dizem capazes  -   e alguns o serão!   -  de grandes acções.

 

Quantos serão capazes de um grande sentimento?!

 

, na “Guerra do Ultramar”, nos anos 60, poucos vi capazes de algo que valesse a pena!

 

No próximo 10 de Junho a Ministra da Saúde, a Directora-Geral de Saúde, mais os cromos da seita (ai! Tenho de acrescentar AS CROMAS!...) irão ser condecoradas pelo preDiZente pamplinas (que, até, pelas vezes sem conta em que meteu o bedelho no Covid, para eludir, lavar, branquear, limpar a «shit» do kosta y sus muchachas, e fazer dos portugueses, portugaleses e tugaleses uma cambada de tansos, vai condecorar-se a si próprio!) com o grande colar e medalha (de platina) da pandemia!

 

As «autoridades»   -   desde o quase insignificante presidente de Junta de Freguesia a jagunços camuflados com farda de bombeiro, de polícia ou de militar da «gê-éne-érre», com boina à fanfarrão e, ou, pistola à cinta; porteiros promovidos a «seguranças», e até os vestidos e investidos com os mais poderosos (embora vergonhosamente mais baixos do que altos) cargos políticos, e, a rematar, com as ridículas vedetas do estúdio da Saúde   -  ministra , directora-geral e os seus bobos de corte!   -   bem que aproveitaram o “COVID CHINÊS” para passarem a tratar tugaleses, portugaleses e portugueses como condenados!

 

Uns atormentam-nos com ameaças de bastão, de pistola, de prisão; outros, a toda a hora e momento, nas Televisões, com o medo, o fantasma, o terror do CORONAVÍRUS CHINÊS, disparando números, estatísticas, sentenças, previsões, profecias e desfolhando ziguezagueantes sarrabiscos numa catadupa tal que nos deixam a todos com a cabeça à roda!

 

Até parece que os poderes legislativo, executivo e judicial; mai-los «jornalisteiro», «opineiro» e «pandeminólogo» sempre muito bem acompanhados, na hora certa, pelo cantinflas do preDiZente da República vivem e dormem obcecados por nos fazer sentir que, nós, portugueses, portugaleses e tugaleses, cada dia que vivemos apenas significa a véspera da nossa morte!

 

Deram-se, de mão beijada e por baixo da mesa, milhões e milhões de €uros a Empresas administradas por sem-vergonha, como a TAP e o Novo Banco!

 

Os milhões de €uros pagos por ventiladores chinocas, que nunca chegaram, levados pelo vento!

 

Não ouvi, não li, não soube que tivessem sido dados uns cêntimos sequer aos nossos cientistas para tentarem a descoberta de um remédio, de uma arma mortífera (já que a «eles» tanto lhes gosta falar em guerra!), de uma vacina ou de uma pílula para derrotar o VÍRUS CHINÊS!

 

Será que, afinal, os cientistas portugueses são uma cambada de burros?!

 

Terá sido o CORONAVÍRUS mais um dos caprichos amacacados dos salafrários comunistas-chefes chineses?!

 

“A porcaria desta doença! Até os que a não têm a trazem no coração”!

 

Os PANDEMÓNIOS chineses puseram o mundo num autêntico pandemónio!

 

É tempo de isto acabar!

 

 

M., vinte e cinco de Julho de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

29
Mai20

Ocasionais


ocasionais

 

OS LEOPOLDINOS

 

 “Portugal

é um Purgatório

povoado de almas”.

- UNAMUNO-

 

 

O gosto do poder aumenta com o tempo em que é usufruído. Daí ao fanatismo vai um passo muito curto.

 

Mansamente, com sorrisos, lindas palavras e «selfiezinhas», o estado policial vai-se instalando em Portugal.

 

Fronteiras encerradas, soberba, arrogância e abuso das forças policiais, militarizadas, fardadas. Ou até só com casaquitos fluorescentes (mais ou menos) de Serviços da Administração é o que se depara frente às liberdades ditas democráticas de um “25 de Abril” de cravos murchos, apodrecidos e mesmo fétidos!

 

A manipulação da informação e a vigilância individual estão a atingir níveis de indecência e de obscenidade.

 

A repressão social, está a chegar de mansinha. Não tardará a repressão política!

 

Dois passos à frente, e os adornados e adoçados com o palavrório e relambório da «cidadania», contaminados com o espírito borreguil, passarão a ser tratados abaixo de cão: os bichos serão senhores de mais e melhores direitos!

 

A comandar os «heróis do mar» estará o “Tugasoc». Aos “tugaleses” será permitida «a liberdade intelectual porque não têm intelecto algum».

 

Cumulados de mentiras, os “tugaleses” serão sacramentados com o juramento de fidelidade ao Ministério da Verdade, do Grande Irmão!

 

Os grupelhos e os bandos social-fascistas e socialistas fascizóides, os «LEOPOLDINOS» pós-modernos, estão a fazer uma lavagem ao cérebro dos “tugaleses”, com tão elevada frequência e tão enorme pressão que os prostra numa trágica estagnação mental. É o que a política cultural, de informação, melhor dizendo, propaganda, e de distracção e recreio televisivos, radiofónicos e festivaleiros dos nossos governos ditos democráticos está a realizar nos «tugaleses»!

 

Aos Partidos políticos «tugaleses», principalmente aos «geringonçados», o “Covid chinês” calhou-lhes que nem ginjas!

 

A campanha do medo teve início.

 

Os Governantes e o «enCOSTAdo predizente» da República sabiam bem que uma das consequências do medo é «ser submisso ao Chefe»!

 

Os Governantes e o «enCOSTAdo predizente» da República foram lestos em usar uma linguagem guerreira   -   declararam guerra contra o “vírus de WHuam”, com uma arrogância a fazer envergonhar os Afonsos Henriques, o IV e Albuqerque; D. Nuno, Carvalho Araújo, Bento Roma ou o coronel Maçanita!

 

Depois, aparecem diariamente, e vezes sem conta, nas Televisões com «bitaites» muito a propósito, a lembrar aos «tugaleses» a sua «obrigação cívica» de se sujeitarem a mil sacrifícios, a gozarem das «amplas liberdades» confinados em pós-modernos campos de concentração.

 

Aos nossos Governantes e ao «enCOSTAdo predizente» da República que jeito lhes deu o «estado de excepção»!

 

Eles até nem o queriam! Mas que rica oportunidade para ver até que ponto seriam capazes de controlar o «pagode lusitano»!

 

Falam, insistem, doutrinam o «distanciamento social» (o nosso próximo foi abolido, diz, a propósito, G. Agamben) para melhor executarem o «controlo social»!

 

O “Covidezinho chinoca” calhou-lhes que nem sopa no mel! Deu-lhes oportunidade para entrar a toda a hora e momento nas casotas «tugalesas», com ares e linguagem de guerrilheiros triunfantes (a linguagem guerreira permite exigir os maiores sacrifícios, inclusivamente a perda da liberdade individual   -   como sublinha o cronista Ramón Lobo), fazendo crer as suas pantominas épicas e as suas atrapalhadas mentiras gloriosas!

 

A bandidagem que se arregimenta na política, fá-lo com o «desejo de enriquecer» e com a ambição de «manter os outros na miséria».

 

Esta constante e ridiculamente propalada «jovem democracia portuguesa», depois de ter já sido caracterizada, com uma cleptocracia, uma oclocracia, uma oligarquia, uma plutocracia, uma mediocracia, e outras «cias» e «ias», chegou ao ponto de ser mesmo uma “KAKISTOCRACIA”!

 

Esta democracia «abrileira», nascida com tanta alegria e esperança, está a transformar-se numa imensa nuvem de tristeza, e até de uma perda de honra dos portugueses!

 

Que decepção!

 

Os nossos Presidentes da III República, dita “Democracia Portuguesa”, meteram e metem, salvo honrosa excepção, pior figura que os do Estado Novo!

 

Os nossos Primeiros-Ministros e membros do Governo e da Assembleia da República foram e são bem mais reles e medíocres que os da II República!

 

Aos nossos ministros, parlamentares e autarcas pouco importa o desperdício, o esbanjamento de dinheiro, o acumular de calotes: O Estado (o nosso) é o único a ter o privilégio de não pagar as dívidas! Alguns deles até garantem pôr as pernas da “Merkel” a tremer como varas verdes!...

 

O Covid/19 (coronavirus disease 2019, para gosto dos neo-parlantes tugalenglish) constituiu uma insidiosa forma de dominar, controlar e amordaçar os lusíadas!

 

Por este andar, o Futuro dos Portugueses adivinha-se cada vez mais desditoso!

 

Nenhum País, nenhuma Sociedade, «pode ser “GRANDE” sem Grandes Homens», lembrou B. Russell.!

 

PORTUGAL é mesmo um País pequenino!

 

M., vinte e quatro de Maio de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

15
Mai20

Ocasionais


ocasionais

 

Ao Prof VALBOM, de ÁGUAS FRIAS

 

 

 

“XI JINPINGS”

 

 

*Se te falta coragem para entrar

na toca do lobo,

como podes apanhar

os seus lobecos?!*

-minha adaptação de provérbio chinês-

Luís Henrique Fernandes

 

 

Somos todos chinocas!

 

Somos todos “XI JINPINGS”!

 

Ai se não somos, carago!

 

Os chinos começaram por semear entre os outros Povos as confusões e desconfusões de um tal sábio seu, Confúcio.

 

Com aquela paciência chinesa, vinda dos tempos das dinastias XIA, SHANG ZHOU, e aperfeiçoada pelas dinastias HAN, JIN e TANG; requintada pelas dinastias SONG, YUAN e MING, QING, as sementes lá foram grelando, grelando.

 

Até que, em 1911, em WHUAM, os chinos resolveram acabar com os imperantes, e SUN YAT-SEN, líder do Kuo-min-tang (Partido Nacionalista chino), mesmo de férias no COLORADO, toma conta dos destinos da CHINA, graças à capacidade e competência militar de um comandante de igual ou maior valia que SUN TZU   -  Chiang Kai-shek, que se tornaria o primeiro presidente da Republica da CHINA.

 

Só que o veneno comunista já tinha sido injectado para dentro da Grande Muralha.

 

Mau, Maria!  - vociferou Chiang Kai-shek, quando um Mao-Tsé-Tung, à frente da Porta de Tian'anmen proclamou a República Popular da CHINA!  Tão popular, tão popular que até é UNIPARTIDÁRIA!...

 

E esta ânsia e ganância dos Tsé-Tungs e Tunguinhos quererem que todo o mundo seja uma autêntica “Quinta do Orwell” fez com que o sucessor do MAO ZEDONG, Deng Xiao-ping com toda aquela paciência aperfeiçoada e requintada pelos seus antepassados e aprimorada pelo seu antecessor, depois de dar cabo do Bando dos Quatro, e «imbejôso» dos *Portugueses de Quinhentos*, resolveu espalhar chinesices pelos Quatro Cantos do Mundo  -    não tivesse ele, Ping-Xiao-Deng (lendo, «à chinesa», da direita para a esquerda) tirocinado em CANTÃO!...

 

Até aqui, todos os leitores sabem da História até «milhore» do que eu, sem dúvida alguma!

 

As sementes grelaram, grelaram; começaram a dar muita folha!

 

E, depois de já estarem a fazer muitas flores, o pequinês Xi Jinping, deu conta que toda essa paciente paciência chinesa estava na hora de dar frutos, saborosos, deliciosos, opiados, adamamos e diamantinos frutos!

 

Com a mão no pé de todos os grelos de todas as Repúblicas e Monarquias, não havia como celebrar o grito popular de WHUAM: em 2019 decreta a Lei Universal do VIÍRUS de WHUAM!

 

E, em nome da republicana e popular igualdade chinesa, toca toda a gente andar de máscara!

 

Saímos à rua, e damos conta que, afinal!…

 

… Somos todos “XI JINPINGS”, c’um catano!

 

 

Quem diria que até o ZORRO, em vez de mexicano-californiano, queria ser chinês!

 

M.,, treze de Maio de 2020

路易斯 Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

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