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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

26
Dez12

Mário Valpaços - Um artista Flaviense


 

Em tempo um amigo dizia-me que “estava morto para que a televisão lá de casa avariasse, para se desfazer do mono e comprar uma nova”. Pois eu por cá, a televisão que tenho serve-me e até sobra, pois pouco lhe ligo, mas o computador, esse, já é outra cantiga. Pois, tal como o meu colega, também eu estava mortinho para que o meu  PC avariasse, não para comprar um novo que as modas não dão para tanto, mas para lhe fazer uma limpeza geral e deixá-lo mais ligeirinho, que às vezes até já parecia o nosso antigo “texas” a subir para a estação de Loivos.  Pois lá me fez a vontade, e depois de uma noite de árduo trabalho, no dia seguinte negou-se a acordar.



Quero com isto dizer que estou sem o meu PC de trabalho e com ele, também ficou a repousar o meu arquivo fotográfico mais recente. Assim, lá tive que ir dar uma voltinha pelas fotos mais antigas, que vão ficando esquecidas, e ainda bem, pois reencontrei uma série de fotos da arte de Mário Valpaços, também ela quase sempre esquecida e nunca apoiada, e é pena, pois embora com muito de arte naïf não deixa de ser rigoroso e bem realista nos materiais que aplica, ou seja, os materiais que aplica nas suas miniaturas são rigorosamente iguais aos existentes na realidade do casario que  lhe serve de inspiração, tanto, que na maior parte das vezes até amostras de cor e outros materiais recolhia. Assim as miniaturas são uma cópia rigorosa da realidade o que, nalguns casos, já faz a história do casario antigo que existiu, pois depois das suas miniaturas executadas ,  algumas já sofreram obras com alteração de formas e materiais.

 


É por estas razões mas também pela sua arte que há muito o Mário Valpaços devia ter um espaço público,  onde a sua coleção de miniaturas pudesse ser apreciada e espaços não faltam. “Chaves dos Pequeninos”, onde o artista poderia alargar a sua coleção, e tanto quanto sei, há disponibilidade por parte do artista e pouco pede em troca, mas como sempre, talvez um dia quando tal seja possível , já seja também demasiado tarde.   

 


Ficam então mais algumas imagens da arte de Mário Valpaços, e digo mais algumas porque outras já por aqui passaram, tal como a sua poesia e um pouco da sua vida, da vida  de um artista singular, longe da fama e do glamour com que os artistas tanto gostam de se fazer acompanhar, pois o Mário Valpaços, com ele, apenas transporta a sua simplicidade e humildade.

 


Para quem quiser saber mais sobre este artista, fica aqui o link para um dos posts que lhe foi dedicado neste blog: http://chaves.blogs.sapo.pt/364102.html

Até amanhã.

23
Fev09

Mário Valpaços e Natureza - Um artista flaviense


Definam-me arte!?

Claro que cada um lá terá as suas definições, mas vejamos o que diz ao respeito o dicionário da língua portuguesa:

Arte s.f. 1 aplicação do saber à obtenção de resultados práticos, sobretudo quando aliado ao engenho; habilidade.

 

Vamos então partir do princípio de que quem pratica a arte, é um artista, com o mesmo princípio de que quem escreve poesia, é poeta. Puro e simples, mas todos sabemos que nem sempre é assim…e caindo no mesmo dicionário, artista, até nem é aquele que pratica a arte, mas antes aquele que aprendeu uma arte e aquele que cria obras de arte plástica.

 

Pois sejam quais forem as definições de arte e artista, eu conheço um artista em Chaves, que cabe em todas essas definições, mas querem as coisas do destino que a sua arte não saia da Urzeira e que mesmo que desça à cidade e todos a admirem (até com espanto), ela tenha de subir de novo até à Urzeira para mais uma vez estagiar no esquecimento.

Hoje vou fala-vos desse artista que dá pelo nome de Mário Valpaços (e Natureza). Mas bem melhor que ser eu a deixar aqui palavras sobre este artista e poeta, nada melhor que as suas próprias palavras para falar dele, palavras que Mario Valpaços e Natureza deixo escritas no seu livro de poesia  O que nos vai dando o meu coração

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(para ilustrar as suas palavras, ficam também algumas imagens da sua arte)

 

Mário Valpaços e Natureza, miniaturista e poeta. Nasceu em Chaves e 2/12/49, é solteiro e tem como estudos a quarta classe.

 

Ora, o porquê de eu incluir no meu nome a natureza? Porque estes últimos anos da minha vida tenho-os vivido na sua companhia, sendo ela a minha vizinha mais próxima, a minha fiel amiga.

 

É com ela que me tenho visto e entendido nas horas bem difíceis e amargas da minha vida. É no seu abrigo que me tenho reconfortado e vou buscar forças e alegria. E foi nela que me vi nascer, e continuo a crescer como poeta. Eis pois aqui a razão de eu querer incluir no meu nome a natureza, querendo, assim, dar-lhe o meu agradecimento, pois sem ela nada poderia fazer.

 

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Acabei de publicar o meu segundo livro de poesia, minha e dela (a natureza). Sempre no meu género. A chamada poesia de amores, do coração, as quadras dedicadas ao campo e às suas gentes, no seu dia a dia.

 

Espero que não desiluda e seja do agrado de todos, que eu prometo continuar sempre com a mesma dedicação e vontade, de fazer mais e melhor.

 

Aproveito esta oportunidade para deixar aqui o meu sincero agradecimento a todas as pessoas que me têm comprado os meus livros, colaborando, assim, comigo.

 

Também o meu pedido e desculpas a todas aquelas pessoas a quem me é impossível citar ou dedicar uma quadra.

 

Têm que me perdoar e ser compreensíveis, caso contrário o livro teria que ter um milhar de páginas!

O MEU MUITO OBRIGADO

 

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Também em jeito de introdução no seu livro, vamos conhecer as suas faces, continuando com as suas palavras:

 As outras minhas faces

 

As minhas outras faces, que muita gente nunca viu ou conhece, são dignas de um romance. Elas, já de mim partiram... Tão marcadas e castigadas pelas lutas e tropeços da vida, e por lágrimas lavadas.

Mas elas também foram queridas e acarinhadas.

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Cada ser tem um destino. Temos caminhos diferentes a percorrer, com o chamado "peso da cruz da vida" de cada um de nós.

As outras minhas faces, são como as outras faces da vida: com jardins floridos, lagos e patos, mas também com muitas agruras. Como a roseira, que não nos dá só rosas, também tem os espinhos. Como o céu, que não tem só as estrelas e aquele luar que tudo ilumina, até as nossas almas e corações. Há dias que também se nos apresentam com nuvens escuras e tormentosas, que nos transtornam, fazendo-nos do doce, azedume.

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A pessoa que sabe o que quer, que se diz honesta e leal, enquanto cá permanece luta até que as suas forças se acabem, para conseguir, com dignidade, realizar seus sonhos, desejos profissionais ou amorosos, sem magoar ou passar por cima de alguém.

É, pois, nas nossas faces e olhos que vai ficando gravada a história das nossas vidas, que nem por todos é compreendida. Por vezes transportamos, durante a vida, rótulos e fardos que alguém com mais astúcia nos soube pôr em cima. E é por isso que nós valemos toda a riqueza do mundo quando somos crianças. Que a mim, mesmo em criança, a vida já me foi carrasca ... Bem, isso já era um filme muito negro para ser visto, mas não aconselhado a todos os corações ...

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Sobre o poeta, homem e artista, fica tudo dito nas suas palavras, sobre a sua obra, principalmente as miniaturas de edifícios da cidade de Chaves, as imagens que vos deixo também dizem tudo. A cidade reproduzida em miniatura à escala aproximada de 1:50, com todos os pormenores e onde todos os materiais utilizados nas miniaturas são iguais aos materiais reais (pedra, madeira, cimento, argila, tintas e cores, etc.) Umas autênticas obras de arte que são preciosas demais para estarem na Urzeira longe dos olhares públicos de quem aprecia arte. Uma autêntica cidade de Chaves em miniatura que merecia um espaço público permanente…e não é por falta de vontade e disponibilidade do artista que isso não acontece.

 

As imagens de hoje são de arquivo, mais propriamente de Outubro de 2005, ou seja a última vez que vi as suas obras expostas em público.

 

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