Não tendo a vivência do quotidiano flaviense do Fernando Ribeiro, nem a memória do Humberto Serra, diria que este autocolante me foi vendido por duas finalistas da altura, a Glória e a Fátima. Preparavam a viagem de conclusão de curso ao estrangeiro e esta, como sabemos, era uma das formas clássicas de angariar fundos para esse fim.
Dessa altura lembro-me de umas sessões de brainstorming, de onde saíram uma sugestão para um trabalho de design, em que o mundo se elevava por intermédio de um balão cheio de sorrisos, e uma forma de contornar uma análise literária de um texto desinteressante que o Manuel Araújo lhes havia distribuído para debate. Recordo terem-me contado que o grupo antagonista ficou sem argumentos porque elas, surpreendentemente, acabaram por desmontar o texto pela negativa, em vez de o defenderem.
Mas como disse, não tendo frequentado o Magistério, a distância e a memória podem-me enganar e isto poderá ter acontecido em 1986, ano de que também possuo um autocolante. Talvez elas, a Glória ainda em Chaves, a Fátima algures pelo mundo, se recordem da viagem e nos queiram falar desse tempo no Magistério e de quem criou o design do autocolante. E se não forem elas, talvez outros finalistas ou professores da altura.