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Não, esta imagem que fica não é para descobrirem o Wally ou verem onde está o Zelig Woody Allen. Nada disso, é mais uma das coisas do meu baú e trata-se de uma coisa bem séria, uma manifestação popular em reivindicação de um interesse comum, que mesmo sendo garantido pela nossa constituição, há que reivindicá-lo de vez em quando.
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Decorria o dia 21 de fevereiro de 2007 e aqui não se cantava “a paz, o pão, habitação, saúde”, apenas se reivindicava por saúde e pela manutenção das urgências do Hospital de Chaves. Uma manifestação que sendo de interesse comum de todos os flavienses, mas também da região, reuniu milhares de pessoas a lutar pela mesma causa. Havendo consenso e partidarismos à parte, o sucesso era garantido, o da manifestação, claro está, quanto ao resto, basta olhar para o hospital que hoje temos, ou seja, e tal como diz o povo “A montanha pariu um rato”.
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Certo que ficámos com as urgências, mas só para algumas, as mais ligeiras, pois nas mais graves, lá vamos a toque de caixa para a Vila ou para o Porto e depois, agora, politicamente falando, começa a estar na moda dizer (os mesmos de sempre de Lisboa) que temos de dar mais atenção ao interior, ao despovoamento, coisa e tal. Aqui volto à canção do inicio desta conversa, pois sem “a paz, o pão, habitação, saúde” e a canção ficou curta, pois também deveria ter na sua letra a educação, sem isto tudo junto, não há quem se demore muito por cá. E no entanto tudo seria tão fácil, pois vendo bem as coisas, para termos tudo, só nos falta metade. Paz temos, habitação também, se calha até de sobra, educação falta-nos o ensino superior, agora estamos deficientes é em pão e saúde, ou melhor, em como ganhar “ouros” para o primeiro e onde tratar da nossa saúde sem ter de ir à Vila ou ao Porto.
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E no meio disto tudo lá vamos caindo como patinhos, por exemplo nesta do hospital, a de ficarmos sem as urgências e a maioria das suas valências, prometerem-nos um hospital todo xpto na Vila que com as scuts (de borla) nos ficaria a meia hora de distância. Duas promessas duas mentiras, nem o hospital da Vila é xpto e as scuts bem cedo deixaram de ser de borla, e o problema é que, se queremos saúde a sério, no mínimo temos que ir aos hospitais privados do Porto. Pois é, os de Lisboa, se querem começar a olhar para o problema do despovoamento do interior a sério, que mostrem a sua boa vontade e que comecem por devolver-nos as scuts de borla e as valências do nosso hospital, isto com urgência, depois o resto, o pão…
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Ah!, querem saber como terminou a manifestação!? Pois pela certa que a maioria que participou ainda se lembra, mas tal como numa boa festa de aldeia que só é (era) grande se houver porrada, por aqui, manifestação que se preze tem de terminar com o corte da estrada na fronteira, tal como a de 21 de fevereiro de 2007 aconteceu, mas, como era dia de feira, terminou ainda a tempo de se almoçar uma boa feijoada num dos restaurantes da cidade. Quanto ao hospital, atualmente, bem lhe poderiam chamar um central de espera e encaminhamento, isto quando não é de embalamento… e leia-se este embalamento como sendo de uma embalagem e não o de embalar recém nascidos, pois a esses, o embalamento também ter de ser feito na Vila.
Se quiserem descobrir o Wally ou, se estiveram lá, saber onde estavam, cliquem na primeira imagem que ela amplia um pouco. Depois de abrir mais ampliada no flickr, se carregarem na tecla Z, ela ainda amplia mais um pouco.