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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

06
Nov10

Mosaico da Freguesia de Vidago




 

Depois de passar pela Vila de Vidago, hoje vamos ao mosaico da freguesia de Vidago, que é quase à mesma coisa, pois Vidago é a única povoação da freguesia, mas hoje, vamos analisar e trazer aqui a freguesia e focar outros aspectos que ficaram de fora do post dedicado à Vila.

 

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Localização:


A Sul da cidade de Chaves e quase no limite do concelho confrontante com o concelho vizinho de vila Pouca de Aguiar

 

Confrontações:


Confronta com as freguesias de Arcossó, Vilarinho das Paranheiras,  Selhariz e Oura.

 

Coordenadas: (Em frente ao antigo apeadeiro de Campilho)


41º 38’ 22.92”N

7º 34’ 28.87”W

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Altitude:


Variável –  Entre os 340 e os 490m

 

Orago da freguesia:


Nossa Senhora da Conceição

 

Área:


8.21 km2

 

Acessos (a partir de Chaves):


– Estrada Nacional nº2 ou A24

 

 

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Povoações da freguesia:


- Vidago é a única povoação da freguesia.

 

 

População Residente:


Em 1930 – 1256 hab.

Em 1950 – 1609 hab.

Em 1960 – 1712 hab.

Em 1970 – 1188 hab.

Em 1991 – 1332 hab.

Em 2001 – 1186 hab.

 

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Em termos de população residente apenas existem dados a partir do momento em que Vidago é desanexado da freguesia de Arcossó, ou seja os primeiros Censos da freguesia são de 1930 em que se inicia com 1256 habitantes residentes. Desde então, tem mantido a sua população sempre acima dos mil habitantes, tendo em 1960 atingido o maior nº de habitantes com 1712 hab. Residentes. O número mais baixo foi atingido nos últimos Censos, embora a partir de 1970 a sua população não registe alterações consideráveis. Poder-se-á dizer que a população de Vidago estabilizou um pouco acima do milhar de habitantes, não se prevendo que os próximos Censos venham alterar a tendência desta estabilização.

 

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Principal actividade:

 

Hoje, não é fácil definir a principal actividade de Vidago. Se tempos houve que Vidago viveu à volta das suas afamadas águas, do termalismo e hotelaria, hoje a realidade é bem diferente.

 

Desde os anos da fundação da freguesia que Vidago se tem assumido como o segundo aglomerado habitacional mais importante no concelho, logo a seguir à cidade de Chaves e sendo durante muitos anos a única Vila do Concelho, agora com a companhia de Stº Estêvão, mas esta, quase e só apenas com o título de Vila, pois na sua essência, continua a ser uma aldeia.

 

Como Vila, na sua importância termal que teve mas também graças à sua localização geográfica, assumiu-se de facto como a segunda localidade do concelho de Chaves, chamando a si o comércio, um importante parque hoteleiro mas também alguns serviços de apoio àquela que eu chamo a grande região de Vidago e que abrange as suas freguesias vizinhas mas também as freguesias mais próximas do concelho de Vila Pouca de Aguiar.

 

Vidago tem Escola Secundária, Centro de Saúde, uma Corporação de Bombeiros, feira semanal, mercado, entre outros equipamentos e serviços e ainda o seu parque hoteleiro, embora este último, já longe dos seus tempos áureos de vila termal, com algumas das suas unidades mais emblemáticas e antigas com portas fechadas

 

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A modernidade, as novas modas e novas ofertas, principalmente aquelas ligadas ao mar e à praia, mais convidativas, apelativas e popularmente mais acessíveis,  ditaram quase a morte das estâncias termais de interior. Vidago foi uma das vítimas desta nova onda das férias e da modernidade, no entanto, embora perdendo  os seus “clientes”,  foi mantendo toda a estrutura que foi criada para e por causa deles. Sem querer aqui entrar numa falta de visão e apatia dos responsáveis dos nossos destinos ao não saberem fazer frente aos novos desafios, Vidago foi sobrevivendo com outras infra-estruturas, nomeadamente a da água e do seu comércio mas também ligadas ao lazer e em muito ligadas ao Hotel Palace, ao seu parque e golf. Felizmente, Hotel Palace e golf que agora foram modernizados e abertos a um novo tipo de turismo, mais de elite, mas da qual Vidago poderá tirar algum proveito, ou talvez não, o futuro o dirá. Seja como for, há todo um património que foi recuperado e uma nova oportunidade para Vidago se poder impor como uma vila turística, onde também Vidago e os seus residentes, mas também as entidades responsáveis pelos desígnios deste concelho e não só, como a Junta de Freguesia, Autarquia e Associações de Desenvolvimento e a nova entidade do Turismo terão uma palavra a dizer e também uma oportunidade, tudo isto, se houver verdadeiro interesse no desenvolvimento não só de Vidago como da região e, diga-se, que teorias e teóricos não faltam, falta avançar para o concreto (e aqui não é o betão brasileiro) mas sim verdadeiras acções que valorizem o nosso ser interior e aquilo que de melhor temos. Claro que, para além do empenhamento,  haverá também que mudar a mentalidade e qualidade de quem decide, tarefa difícil (eu sei) mas não impossível. Pode ser que uma nova geração apareça com mais visão de futuro e sobretudo com uma visão sustentada, acabando de vez com “estes velhos do Restelo” que do verbo governar, apenas conhecem algumas poucas conjugações, principalmente as da primeira pessoa do singular, às vezes abertas à primeira do plural e à sua seita. Fernando Pessoa dizia que faltava cumprir Portugal, eu, à distância de um século digo que é urgente cumprir Portugal antes que Portugal se ….  Mas regressemos a Vidago, pois todo este discurso surgiu pelas referências à principal actividade de Vidago, que nasceu com a água e o termalismo mas que além disso, poderá ser muito mais, assim haja interesse e interessados.

 

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Particularidades e Pontos de Interesse:

 

As particularidades e pontos de interesse de Vidago já foram quase todas apontadas no post que lhe dediquei há uns tempos atrás, e pouco mais há que acrescentar, pois do ponto de vista histórico, Vidago é uma localidade e Vila recente, com mais ou menos um século de existência, mas são precisamente essas particularidades e pontos de interesse que fizeram nascer ou emergir Vidago que se tem de continuar e explorar adaptada aos novos tempos, os tais da modernidade que tanto por aí se apregoa e, essa modernidade, está em nós, nos nossos valores, saberes e sabores, que vão além de Vidago e que têm de ser entendidos como toda uma região, onde Vidago é um ponto de extrema importância. O nosso mal tem sido olhar para o umbigo e apenas para o umbigo, sem nos darmos conta que o umbigo só existe porque há todo um corpo que deixa que ele exista, sem nunca esquecer que ele também existe, porque alguém cortou o cordão umbilical para que ele possa ser, ou seja, tem um passado que foi vital para a nova vida mas ao qual estará sempre ligado, ou seja (outra vez) o futuro faz-se a olhar para a frente, mas em esquecer o passado, e só aí, é que devemos olhar para o umbigo. Entendam estas palavras como quiserem, e os que decidem, que reflictam (se é que o sabem fazer) sobre o seu papel nesta sociedade e se estão a pensar apenas neles ou também pensam no futuro dos filhos, netos e bisnetos… mas conhecendo como conheço esse responsáveis, pedir para pensarem e reflectir, já é pedir demais, pois não têm capacidade para tanto. É esta a nossa triste sina - ter quem se governe mas não termos quem nos governe - …

 

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Pois continuo a “filosofar” e penso que não vou conseguir sair desta linha de raciocínio, por isso, é melhor ficar por aqui e para saber mais sobre Vidago, nem há como regressar ao post que lhe dediquei e que poderá ver aqui:

 

http://chaves.blogs.sapo.pt/528702.html

 

Mas ciente que Vidago ainda é a Vila e menina dos olhos de Chaves e que poderá ser muito mais, assim haja coragem para o admitir e visão + interesse (inteligência) para que tal aconteça.

 

E com esta me vou.

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