A Galiza aqui ao lado... Mosteiro do Poio
Hoje retomamos aqui uma rubrica que tem estado adormecida, não por falta de conteúdos, mais por falta de oportunidade, por falta de uma metodologia a seguir e por outras prioridades. Mas as oportunidades também se criam, idem para as prioridades e a metodologia, se há de ser mais elaborada, que o seja menos, ficando-se por exemplo por locais interessantes para visitar, tendo em conta que a Galiza fica aqui ao lado.
O porquê desta rubrica já foi em tempo explicado, mas relembro. O território que este blog pretende abranger em especial, é o da região de Chaves, ou seja, o concelho de Chaves e todos os concelhos vizinhos sem esquecer, claro, que ao longo de 50 km o concelho de Chaves confronta com a Galiza, muito para além da Eurocidade Chaves-Verin . Nem que fosse apenas por esta razão, esta rubrica já tinha razão de ser aqui no blog, mas em geral, este blog também, ocasionalmente, faz abordagens a outras localidades transmontanas deste Reino Maravilhoso, e um pouco a Norte de todo o Rio Douro, ou seja, das regiões que culturalmente falando mais próximas estão de nós, e aqui, entra de novo a Galiza, pois tem mais traços históricos e culturais comuns connosco do que com a própria Espanha à qual pertence administrativamente, mas não culturalmente, começando pela língua, o galego, que não é mais que o nosso português antigo. Tudo isto faz do povo galego um povo irmão e um povo amigo. E nem sequer vamos falar da antiga Gallaecia e do povo galaico, embora seja esse o território deste blog.
Por sinal todo este território é feito de belezas impares que vai além da nossa região de Chaves e do nosso Reino Maravilhoso, belezas naturais, culturais mas também religiosas, principalmente no que toca à riqueza arquitetónica dos seus templos, desde as simples aminhas e nichos, às capelas, igrejas, catedrais e mosteiros.
Mas entremos então na Galiza aqui ao lado, precisamente com a visita a um mosteiro que fica na Galiza um bocadinho mais distante, a 200 km, 2H30 de viagem, numa localidade que fica junto à Ria de Pontevedra e que dá pelo curioso nome de Poio. Um mosteiro que descobri por mero acaso mas que me encantou por tudo o que vi, conjunto e pormenores, incluindo o seu museu de obras de arte e a decoração dos claustros feita por artistas (pedreiros) portugueses. Fica um bocadinho da história deste mosteiro:
O Monasterio de San Xoán de Poio (Mosteiro de São João de Poio) foi Fundado por São Frutuoso no século VII. Durante a Idade Média reuniu o poder feudal nesta parte da Ria de Pontevedra. Os monges beneditinos deixaram o mosteiro em 1835, como causa esteve a “Ley de Desamortización” , e em 1890 instalou-se nele a Ordem Mercedária . O claustro data do século XVI, obra do arquiteto Ruíz de Pamames e do mestre Mateo López. A igreja é renascentista, com elementos barrocos nas balaustradas do coro. Se quiser aprofundar mais sobre este mosteiro nem há como seguir este link: https://es.wikipedia.org/wiki/Monasterio_de_San_Juan_de_Poyo
E hoje ficamos por aqui, com a certeza de que esta rubrica passará a ter alguma regularidade, que poderá também servir de convite a um passeio um dia ou fim-de-semana.