CHAVES

Duarte de Armas, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons

Uma vez que temos andado pelas artérias da malha medieval de Chaves, dentro dos limites da muralha medieval, hoje deixamos aqui duas gravuras do Castelo de Chaves, uma, a primeira, mais fiel àquilo que teria sido a realidade na altura da execução da gravura, que é de autoria de Duarte de Armas e que faz parte do Livro das Fortalezas executado em 1509-1510.

A segunda imagem, que embora a tenha no meu arquivo de Chaves antiga, desconheço a data de execução e autoria, ou melhor, não tenho a certeza, mas arrisco a dizer ser uma interpretação recente, finais do Séc. XX e não muito realista, a bem dizer, é uma interpretação fantasiosa da gravura de Duarte de Armas, mas vista numa outra perspetiva, “aérea”, onde há uma tentativa de encaixar a atual malha existente dentro da muralha original, mas com alguns erros pelo meio. Seja como for, a perspetiva é interessante e dá para ter uma ideia da malha atual que temos vindo a abordar, ou seja, mais ou menos, como seria o nosso centro histórico se a muralha medieval ainda existisse no seu todo.

Até amanhã!

São mesmo pedaços da nossa história flaviense, o que se vê do lado direito da imagem é um pequeno troço da muralha medieval onde está colocada uma placa toponímica com a inscrição “Postigo das Caldas” e possivelmente seria mesmo um postigo, isto é, uma pequena entrada/saída praticada na muralha para acesso e colher as águas quentes onde hoje estão as caldas de Chaves, águas essas que durante muitos anos e até há poucas dezenas de anos atrás, forneciam água quente as casas do centro histórico de Chaves, que era transportada em cântaros e vendida porta a porta para banhos e outros usos domésticos. Este pequeno troço da muralha é um dos poucos que está visível e resistiu até aos nossos dias.