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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

18
Fev21

Reino Maravilhoso - Uma noite sem luar mas com muitas estrelas...

Fotografia Noturna


1600-pena trevinca (9).jpg

1600-reino maravilhoso

 

Há quem pense que esta coisa da fotografia é coisa fácil, mas não é bem assim, deixo-vos como exemplo estas duas imagens de hoje em que tiveram o custo de 6 horas de viagem, 7 horas de espera e 3 horas a fotografar, tudo, para na prática conseguir duas imagens que até nem estão grande coisa, uma, é da Via Láctea, a nossa Galácia da qual faz parte o Sistema Solar (aquela coisa que na foto parecem nuvens, que de facto até são nuvens, mas não as que estamos habituados a ver, pois estas são nuvens moleculares. Pois esta foi a primeira imagem da noite, logo a primeira e por sinal muito rápida, porque lá em cima, longe do ruído das luzes noturnas, a Via Láctea vê-se mesmo, a olho nu, como se estivesse mesmo ali ao pé de nós, coisa que aqui no meio do ruido de todas as luzes das ruas, das casas, dos carros, etc, nos impossibilitam de ver tal beleza, tal como nos impossibilita de nos sentirmos, ou entrarmos, num estado de contradição, por uma lado sentimo-nos grandes por termos ali mesmo a Via Láctea, a nossa grande casa, por outro, sentimo-nos reduzidos ao nada, ao vermos que perante tanta imensidade somos tão pequeninos, insignificantes, tanto que se desaparecermos nem que seja e só da nossa Galáxia, ninguém dá por isso, apenas um pontino de pouco brilho, ou nem isso, porque nem estrela somos…

 

1600-pena trevinca (52)-1.jpg

 

Esta segunda foto demorou a outra metade da noite lá em cima, pois na realidade não é apenas uma fotografia, são 40 fotografias, cada uma com 30 segundos de exposição, são 40 imagens que nos permitem ver a trajetória aparente das estrelas, e aparente, porque na realidade não são as estrelas que se movimentam, mas nós, a terra. Sem qualquer dúvida que a fotografia noturna é também uma paixão, deu para perceber isso naquele 7 de agosto de 2016, uma paixão que apenas experimentei naquela noite em que também me apercebi que a minha vida não me permite ter certas paixões, mas também não digo que foi a última vez, o bichinho tocou-me, pode ser que numa noite futura suba lá outra vez, nem que seja e só para me sentir um grande insignificante…. Quanto a luz da imagem, até quase parece que é de dia, mas tal como se costuma dizer por aqui, estava tão escuro que não se via a ponta de um corno, podem crer que só me apercebi do lago depois de “revelar” as fotografias.

 

E foi assim o Douro e entre os montes do Reino Maravilhoso de hoje,  um pouco diferente do habitual mas igualmente entre os montes ou em cima deles.

 

Para quem não sabe o que é a via láctea, siga este link:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Via_L%C3%A1ctea

 

 

31
Mai11

Pedra de Toque - Noites de Verão


 

 

Noites de Verão

 

 

As noites tardam no fim destes dias quentes.

        

E quando descem com a brisa doce que quási não bole com as folhas verdes das árvores, convidam-nos ao festim do passeio tranquilo, à tertúlia sadia na mesa da esplanada, à bebida reconfortante que mata a sede que o calor do dia espalhou pelo corpo todo.

 

As paredes das casas respiram e refrescam por janelas e sacadas abertas de par em par.

 

Sobre quintais carentes cai a pressão do jacto de água que consola.

 

Mas o gozo do passeio é ritual que as ruas e vielas da nossa cidade merecem.

        

Ao compasso das pernas é bom sarandar os sonhos pelas pedras gastas das calçadas antigas onde se escondem as sombras dos heróis, reflectidas na altaneira Torre que perscruta do alto a grandeza das muralhas.

        

E porque não colher a frescura, poisando os olhos na verde-verdura-fresca dos jardins da cidade?


        

Como são também belas algumas casas senhoriais disseminadas pela zona histórica que a retina só vai memorizando quando nos dispomos ao prazer da vista…


Nas Caldas e pelo asfalto que a elas conduz, vale sempre a pena o passeio que poderá ser retemperado com os golinhos mágicos das milagrosas águas, brinde divino (?) da Natureza.

 

Depois há a cidade nova que já se estende pelos quatro pontos cardeais, que urge conhecer, calcorrear.

 

E se no Jardim Publico, no Tabolado ou nas Freiras, ouvir a melodia de uma banda de música – velha emoção antiga – escute esse som mágico, porque o stress e a angústia serão menores no bulício de amanhã.

 

As noites cálidas do Verão Flaviense são um irrecusável convite para melhor conhecermos e degustarmos esta cidade que é nossa.

 

E para que se engrandeça e progrida temos que amá-la.

 

Mas, como escreve Ribeiro de Carvalho, não se pode bem amar, aquilo que só, muito mal se conhece.

 

António Roque

 

 

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