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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

02
Set20

Noval - Chaves - Portugal

Aldeias de Chaves


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Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje esse resumo para a aldeia das Noval.

 

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Noval, aldeia que já fica na serra, embora o seu território ainda entre no vale superior de Chaves, se assim pudermos chamar ao vale paralelo à veiga de Chaves que se vai desenvolvendo desde Vilela Seca até Pastoria e Curalha, passando por Bustelo, Sanjurge e Soutelo. Não é propriamente um vale como o da veiga de Chaves, sem interrupções, mas são sempre terras baixas mais ou menos à mesma cota.

 

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Noval que durante muitos anos me trouxe enganado, aliás até à premira vez que lá fui, isto já em 2007, pois até aí, sempre pensei que Noval era um bairro de Soutelo. Noias que se nos metem na cabeça, pois embora próxima de Soutelo, é uma aldeia estruturada como tal e bem separada de Soutelo.

 

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Mas hoje não estamos aqui para falar da aldeia, isso já o fizemos nos sete posts anteriores que lhe dedicámos ao longo da existência deste blog, hoje estamos aqui pelo vídeo com todas as imagens da aldeia das Noval que foram publicadas até hoje neste blog, tal como tem acontecido com as restantes aldeias. Espero que gostem e para rever aquilo que foi dito sobre a aldeia, ficam links para esses posts após o vídeo.

 

Aqui fica:

 

 

 

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Noval:

 

https://chaves.blogs.sapo.pt/noval-chaves-portugal-1679054

https://chaves.blogs.sapo.pt/noval-chaves-portugal-1320500

https://chaves.blogs.sapo.pt/noval-chaves-portugal-1213464

https://chaves.blogs.sapo.pt/noval-chaves-portugal-1143452

https://chaves.blogs.sapo.pt/844286.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/453513.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/212137.html

 

 

E quanto a aldeias de Chaves, despedimo-nos até ao próximo sábado em que teremos aqui a aldeia de Orjais.

 

 

 

05
Mai18

Noval - Chaves - Portugal


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Nesta nova ronda pelas aldeias de Chaves, onde aproveito para trazer aqui alguns olhares que escaparam nas anteriores seleções e seguindo a ordem alfabética, hoje toca a vez a Noval. E ainda bem que o faço hoje, porque se o fizesse quando iniciei o blog, das Nogueirinhas (aldeia do último sábado) teria passado diretamente para Orjais, a próxima aldeia…

 

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…Acontece que quando iniciei o blog pensava eu que já conhecia bem todo o concelho de Chaves. Se não me engano, pensava na altura que só me faltariam conhecer duas aldeias às quais nunca tinha ido. E embora o topónimo de Noval já não me fosse estranho, por um motivo qualquer eu pensava que era assim uma espécie de arrabaldes de Soutelo onde a floresta seria rainha e senhora, com uma ou duas casas pelo meio, e daí ficar-me sempre por Soutelo.  Como eu estava enganado…

 

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Não me perguntem como vim a saber que afinal Noval não era nenhum arrabalde, mas mais uma das nossas aldeias, sei, isso recordo bem, que quando descobri ser uma aldeia não descansei enquanto não fui lá, o que aconteceu poucos dias depois, e dei graças pela feliz descoberta, mal comecei a entrar na aldeia, comecei logo a ficar incrédulo com o que via, perguntando-me que raio me tinha acertado na cabeça para ter ousado pensar que Noval era um arrabalde de Soutelo. Rendi-me a Noval e a partir dessa data, de vez em quando vou por lá espreitar para ver se tudo continua dentro dos conformes, aproveitando para recolher e registar mais uns olhares.

 

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Hoje ficam algumas imagens de algumas passagens por Noval, todas de arquivo, da primeira recolha de 2007, de uma nevada em 2009, de 2013 e 2016. E com certeza que outras ainda passarão por aqui, futuramente, tal como também irei por lá mais vezes, pois por mais vezes que passemos pelos locais, há sempre qualquer coisa de interesse que nos escapa

 

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Mas fica também um pequeno resumo daquilo que me continua a surpreender cada vez que vou por lá. A entrada é uma delas, hoje aqui identificada com a fotografia da nevada e que surpreende tando de inverno como de verão, outono ou primavera, principalmente pelo túnel que o arvoredo forma e pelo colorido que vai mudando de tom conforma a época do ano, sem falar nas sensações que se sentem ao passar-se por baixo dele, salientando o da frescura de verão.

 

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Dentro da aldeia, salienta-se o casario tradicional, o traçado das ruas, a capela e casa senhorial ao lado, mas também o passadiço por cima do caminho logo a seguir à capela, também visível na foto da capela, mas encoberto por uma árvore. Entre outros motivos de interesse, podemos até destacar alguns contrastes, como o da última foto onde o milho parece querer competir com as linhas das comunicações, das novas tecnologias e elétricas que, com o exagero e abuso com que nos vão ao bolso, bem as podiam conduzir por valas…

 

 

 

26
Dez15

Noval - Chaves - Portugal


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O tempo passa sem darmos por isso. Pensava eu que a última vez que tinha ido a Noval em recolha de imagens tinha sido há dois ou três anos, e na realidade passei por lá há dois anos atrás, mas já em pleno anoitecer, ou mais noite que dia, pelo que só deu para recolher três imagens, mas como a maioria sabe, sem luz não há fotografia, pelo menos sem longas exposições e um tripé, que foi o caso. Pois em recolha de imagens a sério só aconteceu duas vezes e já lá vão uns anitos, uma das vezes foi em 2007 e a outra em 2009, pelo que é natural que as imagens que hoje vos deixo não estejam muito atualizadas.

 

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Assim pela certa já entenderam que esta última imagem com neve não é destes últimos dias, mas antes de dezembro de 2009. Embora já em pleno inverno o tempo continua por cá anormalmente quente para a época, aliás não tenho memória de ter passado um Natal com temperaturas tão altas. Contudo não quero com isto dizer que esteja calor, mas antes que daquele frio-frio a que os invernos nos têm acostumado, ainda não chegou.

 

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Ficam então três imagens de Noval, uma pequena aldeia aqui ao lado de Chaves e mesmo colada à aldeia de Soutelo, mas se não o soubéssemos, pelas suas características, principalmente do casario, bem acreditaríamos que se podia tratar de uma das aldeias de montanha. Noval que conjuntamente com Soutelo foram aldeias rainhas na tecelagem de linhos e das famosas mantas de lã. Mas isso já são coisas de outros tempos.

 

 

 

19
Abr15

Noval - Chaves - Portugal


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Quando ainda andava à descoberta do concelho de Chaves e ainda não tinha uma noção muito clara das suas aldeias e lugares, em suma do seu todo, pensava que Noval era um bairro da aldeia de Soutelo. Na verdade no tempo em que pensava isso nunca lá tinha ido e não sei porque razão cheguei mesmo a convencer-me que o aglomerado do Lugar do Paço, ainda em Soutelo, era Noval. Durante uns anos foi assim.

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Um dia porém, também já não me lembro porque, decidi seguir a estrada até ter um lugar onde virar e não é que descubro Noval, a aldeia, a verdadeira e oh que surpresa. Inicialmente critiquei-me pela leviandade de partir sempre a descoberta sem ter um mapa ou uma carta de apoio, a militar por exemplo, onde não escapa nada, mas depois de cair em mim vi que não havia leviandade nenhuma nas minhas atitudes, pois sempre gostei e ainda gosto de ser surpreendido, principalmente quando é pela positiva, como foi o caso e não foi único nas descobertas das aldeias do nosso concelho.

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A partir de aí, de vez em quando, passo por lá para confirmar as minhas primeiras impressões. Continuam a confirmar-se, o que por um lado me deixa agradado, pois a integridade de aldeia mantém-se, por outro lado, a integridade dos lugares geralmente está associada ao envelhecimento da população, à qual Noval também me parece não estar alheia.

 

 

16
Out11

Ferraduras da Sorte


 

Agora que os Santos estão aí à porta, vou tentar por um dinheirinho de lado para comprar uma ferradura e uns preguitos para pregá-la na porta. Nunca se sabe se não afasta a crise e com sorte, pode ser que leve também os políticos de Lisboa e os imitadores da província. Já estou por tudo e, à excepção dos políticos, já acredito em tudo.

 

Mais logo, ao meio dia, a conclusão de mais um conto “do mundo que acabou” de Herculano Pombo.

 


29
Mai10

Mosaico da Freguesia de Soutelo



 

Como sempre aos fins-de-semana, vamos até ao nosso mundo rural, com mais um mosaico de uma freguesia, hoje com o mosaico de SOUTELO.

 

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Mosaico da Freguesia de Soutelo - Chaves

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Localização:


A Noroeste da cidade de Chaves da qual dista 7 km.

 

Confrontações:


Confronta com as freguesias de Seara Velha, Calvão, Sanjurge, Valdanta, Curalha e Redondelo, todas do concelho de Chaves.

 

Coordenadas: (Largo do Cruzeiro Coberto)


41º 45’ 30.37”N

7º 31’ 54.85”W


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Altitude:


Variável –  Entre os 450 e os 650m

 

Orago da freguesia:


Nossa Senhora da Conceição

 

Área:


8.99 km2

 

Acessos (a partir de Chaves):


– Estrada Municipal nº535, com passagem por Casas dos Montes e Valdanta.

 

 

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Aldeias da freguesia:


- Soutelo

- Novais

 

População Residente:


Em 1900 – 518 hab.

Em 1920 – 498 hab.

Em 1940 – 570 hab.

Em 1960 – 657 hab.

Em 1981 – 431 hab.

Em 2001 – 384 hab.

 

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Desde que existem dados da população (CENSOS) podemos verificar que a freguesia de Soutelo, entre os anos de 1864 e 1940 manteve a sua população residente sempre entre os 500 e 600 habitantes, nem sequer o abaixamento de população de 1920 sentido em todas as freguesias, por esta freguesia não foi significativo. De 1940 a 1960, a população subiu e desviou-se da linha de tendência que vinha a percorrer até aí, atingido o pico de população em 1960 com 657 habitantes. De 1960 a 1970 a freguesia em apenas 10 anos perde 30% da sua população, vindo esta perda a agravar-se se a compararmos com os últimos Censos de 2001 em que a percentagem de perda sobe para os 42% e que a manter-se a linha de tendência de perda de população, nos próximos Censos a percentagem ultrapassará os 50%. Números sérios demais que há muito mereciam um estudo aprofundado bem como medidas para os contrariar, mas enfim, são os números do despovoamento ao qual a actual crise também vai beber um pouco.

 

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São também números atípicos para uma freguesia de proximidade de Chaves, no seu perímetro urbano e que não tem a montanha como domínio. Se me apresentassem os números sem o rótulo da freguesia, não hesitaria em dizer que se tratava de uma das nossas freguesias mais distantes de montanha.

 

 

Principal actividade:


- Desde sempre foi a agricultura, com terrenos férteis para a batata, centeio, fruta e vinho. Em tempos (não muito distantes) existiu outra actividade importante na freguesia, sendo famosa pelo fabrico artesanal de cobertores e mantas de lã. Com o tempo foi-se perdendo esta produção artesanal chegando-se ao momento actual onde não me consta haver pela freguesia quem se dedique a esta actividade. Os tais sabores e saberes da terra já não são mais da terra…

 

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Particularidades e Pontos de Interesse:

 

Se por um lado (ou quase tudo) o despovoamento das nossas aldeias ´tem de ser olhado pela negativa, há no entanto alguns pontos positivos que se lhe podem associar. Com o abandono das populações também o casario vai sendo abandonado e se por um lado envelhece e se deteriora, por outro lado continua a existir e a dar algum significado ao velho núcleo habitacional das aldeias. Pois tal também acontece por esta freguesia, com Soutelo e Noval a manterem os seus antigos núcleos, embora envelhecidos. Felizmente as novas construções têm nascido maioritariamente fora do núcleo antigo destas duas aldeias, sendo ainda possível manter o seu interesse a nível do casario tradicional, assim haja vontade de o manter, mas também de o recuperar.

 

A proximidade de Chaves deveria ser um dos pontos de mais interesse desta freguesia nas suas duas vertentes, ou seja, do proveito que ambas poderiam tirar desta proximidade, para além do dormitório actual e agricultura de subsistência que por lá se pratica. Retomar a antiga tradição da produção artesanal dos cobertores e mantas de lã, adaptada aos novos tempos, seria ouro sobre azul…mas para tal acontecer e despertar antigos interesses tornando-os actuais e reais, alguém terá de fazer o trabalho de casa…mas anda praí muita gente distraída a olhar para os umbigos e a construir castelos na areia. Enquanto tal vai acontecendo, vão-se perdendo os verdadeiros sabores e saberes de toda uma cultura aldeã.

 

 

Historicamente falando e pelos importantes povoados antigos das imediações, pode-se acreditar que também esta freguesia tivesse conhecido povoamentos antigos desde a pré-história não ficando também alheia à romanização. Mais recente e ligada ainda à época medieval poder-se-á ligar a notável Casa do Paço, um edifício de notável e interessante arquitectura ostentando uma quase tão vetusta como tosca pedra de armas dos Cogomilhos onde se inscrevem as 5 chaves. Já em 1758. Nas «Memórias Paroquiais» a Casa do Paço recebe alguns comentários por parte do pároco redactor onde comentava “não haver tradição certa da sua origem”. Estudiosos da casa dizem que possivelmente deverá tratar-se de uma residência senhorial baixo-medieval não fortificada.

 

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De valor patrimonial da freguesia, além do conjunto do casario típico e tradicional que ainda existe e da referida Casa do Paço, poderei ainda salientar a Igreja Paroquial e a Capela do Espírito Santo. De cariz religioso também se assinala o Cruzeiro da Srª da Saúde, com cobertura assente em quatro colunelos. Aparentemente toda esta estrutura da cobertura parece merecer uma intervenção urgente, pelo menos a julgar pelo peso e desvio (abertura) a que os quatro colunelos estão sujeitos, mas outra gente mais entendida que eu e com responsabilidades, pela certa que passa por lá regularmente e já deve ter notado que aquela estrutura não estará nas melhores condições…mas nestas coisas já se sabe que os santos da casa não fazem milagres, mas nem há como ir deitando um ouvido ao que o povo vai dizendo, principalmente quando diz que mais vale prevenir do que remediar… e com esta já estou quase no ir!

 

Tempo ainda para referir a Quinta do Noval e a referência a um estudioso e ilustre flaviense, o Padre Adolfo Magalhães.

 

 

 

Link para os posts neste blog dedicados à  freguesia


Para mais pormenores e fotografias sobre esta freguesia, nem há como fazer uma passagem pelos posts que lhes foram dedicados neste blog, seguindo os links:

 

 

-  Soutelo

 

-  Noval

 

 

 

 

 


27
Dez09

Noval , Chaves, Portugal


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Em 27 de Setembro de 2007 deixava aqui um post sobre Noval (http://chaves.blogs.sapo.pt/212137.html) onde além de uma fotografia eu ia dizendo:

 

«Já há algum tempo que não ia por Noval. Aliás acho que nunca lá fui com olhos de ver (de ver para blog), mas na última visita, levei esses tais olhinhos e fiquei espantado com tanta beleza e contraste.»

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Era ainda no tempo em que aqui no blog se publicava uma fotografia por aldeia e, embora as palavras tentassem descrever um pouco da vida e das belezas da aldeia, em imagem, apenas uma foto, era quase nada. Assim, havia que de novo ir a Noval para tentar recolher fotograficamente um pouco do seu aspecto geral, e fui, uma, duas, três vezes… de verão com muito sol e calor, de inverno com muito frio e neve. Penso que agora sim, já por aqui pode ficar uma imagem feita de imagens de Noval. Mas claro que nunca se consegue transmitir a aldeia no seu todo, por isso, se gostarem das imagens que vos deixo, nem há como ir lá, e ver Noval ao vivo, pois é sempre outra coisa.

 .

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Dizia eu em 2007 ter ficado «Espantado por ser uma aldeia que apenas a tão poucos quilómetros de Chaves veste tanta ruralidade, no mais puro e rural que uma aldeia tipicamente rural e transmontana pode vestir. Nem parece que a cidade é ali ao lado» felizmente tudo no bom sentido, dizia então e continuo a dizer. Pelo menos aparentemente, assim o parece, pois é uma aldeia ainda com gente que trata dos férteis campos e culturas, tem crianças, água pura, cristalina e corrente, ainda a correr livremente nas bicas, imagem que já não é muito comum hoje em dia.

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Dizia também no post anterior: - «enfim, uma aldeia que ainda é aldeia, embora a nossa interlocutora de serviço, enquanto esperava à entrada do “pobo”pela “beternária” para lhe “bêr” a égua que já não comia há quatro dias, se lamentasse que os filhos da terra se casavam e iam para a terra das mulheres… mas aqui o “mal”, até nem está na aldeia, pois já se sabe que as ”molheres” puxam sempre prá terra delas”. Claro que sim, todos nós homens já há muito que sabemos disso!.».

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Mas como Noval ainda tem gente, também devo partir do princípio que as mulheres da aldeia, casaram e por lá ficaram. Suposições minhas, mas seja como for, aparentemente Noval é uma das nossas aldeias típicas, comparada até às de montanha, mas com a diferença de viver ao lado do vale, de Chaves e que tem gente.

 

Já quanto ao seu casario, é mesmo uma das nossas aldeias mais típicas, ou seja, com as suas velhas casas, algumas abandonadas e a caminho da ruína e também as inevitáveis intervenções novas, algumas com algum gosto enquanto que outras… enfim o típico das nossas aldeias onde não houve medidas de salvaguarda, sensibilização, incentivos, empenho e um planeamento atempado onde o núcleo da antiga aldeia pudesse ser preservado e uma nova aldeia pudesse nascer à volta do seu “centro Histórico”. Medidas que deveriam ter sido tomadas na altura certa a par de outras que deveriam ter travado o êxodo rural. Pecados do passado (ainda recente) que hoje já não têm solução.

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Vamo-nos congratulando com algumas recuperações exemplares, como a de uma que acontece em Noval, de uma casa senhorial e, é exemplar nem que seja e só por estar a ser recuperada, pois a grande maioria das nossas casas senhoriais e solarengas do concelho, estão dotadas ao abandono e a caminho da ruína e, nalgumas delas, nem a pedra de armas das grandes famílias de antigamente chega para manter de pé a sua dignidade. Nem para essas grandes casas que fazem parte da história do nosso concelho há medidas para a sua salvaguarda. Assim, é sempre de elogiar qualquer recuperação que se faça, pois também elas prolongam no tempo a nossa história.

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Pois esta casa senhorial de Noval ligada à quinta da Quinta da Família Pereira, foi pertença da família do Padre Adolfo Magalhães, que pela sua erudição (professor primário e de liceu, sócio correspondente do Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia, amante da Arqueologia e Poeta. Foi professor no seminário, abade da Sé Catedral de Vila Real e pároco de Fornelos, Arcossó e Vidago) dá nome a uma Rua de Chaves em pleno Centro Histórico.

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Padre Adolfo de Magalhães que sem qualquer dúvida é um dos nossos ilustres flavienses e que futuramente merecerá aqui um post no blog, com a sua vida e obra e que como H.Pombo referia num comentário do post de 2007 dedicado a Noval, o Padre Adolfo de Magalhães tinha a «humildade de um sábio, aberto ao mundo e à sua maravilhosa diversidade. Terá deixado um património cultural e reflexivo que importa dar a conhecer»

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Mas voltemos a Noval, que se encontra situada na encosta da serra, virada a nascente, recebendo todo o bom sol da manhã que os seus terrenos férteis agradecem e respondem com a produção de boa batata, centeio, fruta e vinho mas também toda a gama dos produtos típicos das hortas de proximidade das aldeias (cebola, alhos, couves, naval, cenouras, alface, etc.).

 

Noval que fica naquele tal vale alto que eu já várias vezes referi aqui, o tal que começa lá para os lados de Bustelo e se prolonga até Curalha e Pastoria, o mesmo que hoje a auto-estrada corta quase ao meio e de onde a nossa aldeia convidada de hoje mostra o seu ar simpático que se vai confundido com o arvoredo e a serra.

 

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Noval pertence à freguesia de Soutelo e (teoricamente) a distância até à cidade é de 8 quilómetros, ou melhor, até ao centro da cidade, pois como hoje ela já rebentou pelas costuras e até Valdanta é sempre cidade, bem poderemos dizer que Noval se encontra apenas a três ou quatro quilómetros da cidade.

 

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O acesso à aldeia, tal como já se percebeu, é feito a partir da cidade por Casas dos Montes, Valdanta e Soutelo, sempre pela Estrada Municipal 535. Vizinhos com ligações importantes, além da sede de freguesia, são os da Pastoria onde «as raparigas casam todas com os rapazes da terra»  segundo a nossa interlocutora de serviço. Mas nem todas, digo eu.

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Quanto ao seu passado e história, há pouca documentação ao respeito. Um pequena capelinha de devoção ao Divino Espírito Santo, dizem existir dos romanos uma epígrafe na rocha no lugar do Cavalo do Mouro. Também,  de época não determinada,  existem nas proximidades duas sepulturas antropomórficas cavadas numa rocha.

 

 

Quanto ao seu topónimo não descobri nenhum escrito que adiantasse uma possível origem. Como tal aventuro-me eu, ou seja, é aldeia que fica naquele tal vale alto e paralelo ao famoso vale de Chaves. Porque não então vir daí o seu topónimo ou seja a de uma povoação no vale

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E agora sim, penso que Noval já tem o seu post completo, com algumas imagens de verão e de nevão e a escrita possível, pois sobre a aldeia não há praticamente nenhuma documentação, valendo-me como sempre nestes casos, pelo conhecimento que tenho da aldeia e da conversa com os seus residentes e, também neste caso, resistentes.

 

Até amanhã!

 

 

 

 

 

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