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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

28
Fev24

SEXO

OCASIONAIS


ocasionais

 

 

*SEXO*

Há muitos muitos anos, aí pelos meios dos «cinquenta» do século passado, li (provavelmente num livrinho das * Selecções Reader's Digest*) a recomendação de um autor: - «se queres ter a certeza de que lêem o que escreves, põe-lhe o título de «Sexo».

 

Fui-me a uma máquina de escrever, com teclado *HCESAROPS*, do pai de uma colega, funcionário no Tribunal; coloquei três folhas ripadas da *Sebenta*, separadas por papel químico, e escrevi um conto, cheio de primaveras, flores e passarinhos, a descrever as aventuras de um jogo de Hóquei em patins entre Portugal e Espanha, «acontecido», como de costume, no «pavilhão» do “Cemitério Velho*, lá, na «Bila», onde uns mais velhos diziam ser o «Jesus Correia» ou o «Correia dos Santos», e outros, «o Adrião», o «Bouçós» ou o «Velasco».

 

Os «sticks» eram feitos com os trochos das giestas seleccionadas com muita aventura no, então, arborizado «cañon» entre o Corgo e o Cabril. A bola era muito especial: fabricada com meias dos «famigerados» atletas do Liceu Camilo Castelo Branco.

 

Passei as folhas da Sebenta para as mãos de uns colegas, pedindo-lhes que depois as trespassassem para outros.

 

Dois ou três ainda lhe pousaram os olhos.

 

Ninguém comentou.

 

Peguei nas folhas. E no cimo de cada uma, seguindo o conselho do autor evocado arriba, escrevi em letras gordas e vermelhas: SEXO.

 

No Portão da *Entrada dos Rapazes* coloquei uma; num dos galhos daquela árvore lá ao fundo do *pátio do Recreio* (dos Rapazes), que servia para avaliar a nossa capacidade de salto a pé junto, a distâncias variáveis sinalizadas com um risco na terra do *Pátio*, e na qual tínhamos de ficar pendurados e depois fazer umas «elevações», outra; e uma terceira na parede perto da Entrada para as Aulas.

 

Perante o amontoar de malta e o burburinho «estrondoso», lá veio, mais que apressado, o CARMINÉ, o contínuo jagunço, sempre à espreita da mínima oportunidade para importunar a rapaziada e ameaçar queixa ao Reitor, na altura o distinto Professor e autor da Gramática de Alemão, Martinho Vaz Pires.

 

O resto?!...

 

Passei a ser um escritor famoso!

 

M., trinta de Janeiro 2024

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

21
Fev24

OCASIONAIS

Ele há carteiros e «carteireiros»


ocasionais

 

*Ele há carteiros e «carteireiros»!*

 

Os activos, brilhantes e empenhados *agentes-técnicos-de-distribuição-de-correspondência-de-encomendas-de-propaganda-política-e-publicitária e de outros serviços postais* na comarca flaviense desempenham as suas sacerdotais funções com uma cerimónia de fazer inveja aos sumo-pontífices a celebrarem a Festa dos Tabernáculos ou a dos Ázimos no Templo de Salomão, no tempo de Vespasiano.

 

O santo sacrifício de levar uma carta ou uma encomenda, pequena ou pequenina, mesmo do tamanho de uma caixulinha das mais pequerruchas do «Correio Verde» dos CTT, a uns velhotes e, ou, doentes, de uma qualquer ALDEIA parece ser um vil acto pagão, uma missão que «ofende a sua», altíssima e cintilante, «dignidade profissional!

 

É que tocar à campainha ou bater, ou chamar ao portão, de uma casa de ALDEIA e esperar que um octogenário assome à janela, à varanda, à porta para ver quem é (os amigos e as pessoas de bem abrem o portão, entram e chamando por alguém da casa ficam identificados!), e chegue lá do fundo do quintal, da sala, ou da cozinha, e atravesse o quinteiro não é coisa que se faça a um *agente-técnico-de-distribuição-de-correspondência-de-encomendas-de-propaganda-política-e-publicitária e de outros serviços postais* na comarca flaviense, antigamente conhecidos e reconhecidos como «carteiros».

 

Claro que outra coisa é entregar o «recado postal» numa Pastelaria, num CAFÈ, numa taberna; numa ourivesaria, numa lavandaria, num talho; no consultório de um médico ou num escritório de advogado; … ou na sede do Partido político, de sua eleição!

 

Além disso, os «avisos» para levantamento de correspondência têm de ser consumidos e dar consumições aos destinatários postais, ora essa!

 

Os parolos, os labregos dos aldeãos?!

 

Que se desenrasquem!

 

Que se desermerdem!

 

Que vão primeiro à bruxa, para saberem, ou adivinharem, o dia, a hora, o minuto certo, certinho, a que suas majestades chegam à porta!

 

Se não, que se arrastem até à cidade e andem de Anás para Caifás até acertarem com a «dependência» dos CTT em que pára o objecto constante no solene, quão imperial e imperativo, «AVISO»!

 

Palavra de «carteireiro»!

 

M., sete de Janeiro 2024

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

 

 

09
Dez23

Ocasionais

* boa pequena*


ocasionais

 

*boa pequena*

 

Absorvido pela leitura, e pela meditação em que ela me mergulha, não reparei nas pessoas que se sentaram às mesas próximas de mim.

 

Fui tomar o meu pingo da tarde a um novo CAFÈ, onde o ambiente consente a leitura sossegada, sem a perturbação de vozearia e das «carvalhadas e castanheiradas», que por aqui são a sonora e colorida exibição da personalidade e da esmerada «boa educação» da gente aprimoradamente culta, desta minha alargada vizinhança. 

 

- Olá, Luís!

 

Surpreendeu-me, quase como um susto, esta exclamação.

 

Levantei os olhos desde *Os Miseráveis*, mas não vi ninguém a minha frente. Nem a meu lado.

 

Bem, a meu lado, sim, mas de costas voltadas.

 

Uma senhora dirigiu esse cumprimento a um Victor Hugo.

 

Na mesa do lado, sentava-se um velho da minha idade, de cenho carregado, com farto bigode e brancas barbas crescidas, e um olhar perdido. Apoiava a face na mão esquerda e a fonte esquerda nos rijos dedos.

 

- Olá, Luís!  -   repetiu a cachopa.

 

- Não te lembras de mim?!  -   interrogou, com um tom de carinhosa censura.

 

O Hugo, o meu homónimo LUÍS, fitou-a com um ar de duplicada surpresa.

 

Ela fez um ligeiro desvio, e eu dei conta de ser uma mulher no fim da mocidade, já madura, no entanto, ainda elegante.

 

Reparei no suplicante olhar do Victor, o LUÍS, a rogar à memoria a misericórdia de lhe decifrar o retrato daquela mulher.

 

Diante do pasmo e do ar indiferente, do LUÍS, a moça, desenhando um sorriso a que o brilho do olhar deu mais encanto, lembrou-lhe:

 

- Sou a Margarida!

 

Victor Hugo, aliás, o meu vizinho LUÍS, olhou com mais atenção e pormenor.

 

E respondeu:

 

- A Margarida era linda! Muito linda! Muito bonita!

 

Era bela, quase sem o saber!

 

Vossemecê é … bonita.

 

- Podemos conversar um bocadinho?   -  perguntou, com um laivo de angústia na voz, a senhorita.

 

Fiz que mexia nas folhas do bloco de apontamentos, nas canetas, nos guardanapos de papel, no alinhamento dos óculos enquanto olhava de esguelha para ambos, o LUÍS vizinho e a «madame», e apurava o ouvido.

 

O Victor Hugo, aliás, o LUÍS, desceu a mão da queixada e desviou-a para uma cadeira: convidava a estranha senhora a sentar-se.

 

LUÍS sentiu um aperto no coração, já de si tão apertado com o desgosto de um adeus, no tempo e horas, já tão distantes, em que o trazia tão dilatado por um amor sincero, imenso, tão apaixonado.

 

Ela sentou-se. E logo do lado do coração do LUÍS.

 

- Foi no tempo das primeiras cerejas, lembras-te, Luís?!

 

Ao Victor Hugo tomou-o um certo desassossego.

 

A mim, as cerejas trouxeram-me à lembrança a alegria e a felicidade da minha meninice, lá, na minha GRANGINHA natal, e do grande trambolhão que eu, o Mário e o Júlio demos, montados numa enorme galha da cerdeira da TIA AUGUSTA do TIO QUIM, pais da Laurinda, para o quinteiro.

 

A TIA AUGUSTA do TIO QUIM disse-nos para «irmos às cerejas». Estavam lindas de morrer, quer-se dizer, ainda melhor, de comer!

 

Catrapumba!

 

E o trambolhão ficou eternamente lembrado!

 

LUÍS não se lembrava. Já tinha vivido muitos tempos de cerejas, mas, desde aquele desditoso adeus, deixou de contar e celebrar primaveras   -   no Outono da sua vida, só tem vivido dias e noites de Inverno!

 

No seu olhar, e nas rugas dos seus olhos, estão escritas essas palavras.

 

Num relance, pude ver de frente a Margarida.

 

Realmente, era … bonita. O desenho da sua boca fazia um lindo sublinhar do brilho dos seus olhos.

 

Disse para comigo:

 

- Deve ser uma boa pequena!

 

(*boa pequena* é uma maneira muito carinhosa de dizer bem, mesmo muito bem, de uma moça, rapariga ou mulher, lá, na minha terra natal. É um certificado de qualidade, mais válido do que os carimbados com selo branco! E eu aprecio «as falas» da minha terra!).

 

Ela pôs-lhe a mão no braço descansado na mesa. O do lado do coração.

 

Vi o Hugo, aliás o meu homónimo LUÍS, endireitar levemente as costas, levantar um tantinho a cabeça como que a procurar o calendário de uns dias de demorada aurora, e olhar com alguma vaguidade para a … bonita mulher.

 

Margarida, fitando-o com ternura, sorrindo com bondade, apertou-lhe o braço.

 

E disse:

 

- Foi no tempo das primeiras cerejas, Luís. E no tempo do nosso primeiro beijo!

 

Depois, comíamo-las da boca um do outro!

 

Senti que o LUÍS sentiu uma pontada no peito. Ali, do lado do coração.

 

Para lá levou a mão direita. Com ela acariciou a aba do casaco.

 

Verteu uma lágrima. Grossa.

 

Não foi a tempo de a limpar com a mão   -    caiu no tampo da mesa.

 

Procurou no bolso direito das calças o pacote de lenços de papel.

 

Gastou os lenços.

 

Não conseguiu enxugar os olhos!

 

M., catorze de Novembro de 2023

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

29
Nov23

Ocasionais

Saudade


ocasionais

 

*Saudade*

 

 

-. Aos «resistentes» e aos «ausentes»,

da minha *Flavilândia*.-

 

 

 

Um dos colaboradores da minha estimação, do Blogue *CHAVES*, escreveu, há dias, sobre a “SAUDADE”:

- «Diz-se frequentemente que não tem tradução noutras línguas e que é um sentimento só nosso, dos Portugueses… (como se os sentimentos pudessem ser exclusivos de alguns povos…). Deixemo-nos de sobranceria».

Talvez porque nunca se tenha afastado muito, e durante muito tempo, para lá das fronteiras espanholas e das atlânticas, as suas “Vivências” da SAUDADE, tenham ficado por «saudades»   -   saborosos «recuerdos», gostosos «souvenirs», emocionantes e tão fugazes «encontros de terceiro, quarto ou quinto grau».

Sim. A saudade é um sentimento residente em qualquer Povo.

Mas ninguém como os portugueses exprime por uma só palavra esse lamento de amor e de ausência.

Nem os persas de DARIO nem os gregos de Jenofonte; nem Platão, nem Aristóteles; nem Espinosa; nem Ribot, nem Castilla del Pino souberam expressá-la, defini-la como um português:

*Floresce entre os Portugueses a saudade por duas causas mais certas em nós que em outra gente do mundo, porque de ambas essas causas tem o seu princípio: AAMOR re AUSÊNCIA são os pais da saudade, e como nosso natural é, entre as mais nações. Conhecido por amoroso, e nossas dilatadas viagens ocasionam as maiores ausências, daí vem que donde se acha muito amor e ausência larga, as saudades sejam mais certas, e esta foi sem falta a razão por que entre nós habitassem como em seu natural centro*.

D. Francisco Manuel de Melo, in “Epanáforas amorosas”.

-.-..--.-.-.

Txª. de Pascoais: - A SAUDADE tanto a descobrimos «em nosso coração como na montanha, no mar ou no deserto».

 

 

 

 

-.-.-.-

Em «Obras póstumas», na *Redondilha*, versejava Nicolau Tolentino:

MOTE

Distâncias e saudades

As nodosas carvalheiras

Que assombram ermas estradas;

Altas rochas, penduradas

Sobre medonhas ribeiras;

Duras, íngremes ladeiras,

Escuras concavidades,    -

- São as tristes soledades,

A quem meu cansado peito

Conta o mal que lhes têm feito

Distâncias e saudades.

 

e,

 

*Seria a vida um céu, uma ventura rara,

Uma ideal felicidade,

Se, por contrariar Deus, Satan não inventara

Isto só: - a SAUDADE!

….-

.- in “Anoitecer”, Cristiovam Aires

======’=======

MARIA LAMAS, na sua *Canção de Outono” fala de uma SAUDADE da qual, provavelmente, ninguém recorda:

 

*Dia sombrio e triste,

duma tristeza calma.

 

É o Outono, é o encanto suave

Das vidas que se extinguem devagar.

…-

Acorda na minha alma uma SAüDADE

Há muito adormecida –

- a SAüDADE de mim, daquela que eu  já fui,

Princesinha de sonho,

Menina ingénua e pura, a interrogar a vida, a sorrir ao amor.

……-…..

==========)======

 

ou,

 

**Saudade! gosto amargo de infelizes,

Delicioso pungir de acerbo espinho,

Que me estás repassando o íntimo peito

Com dor que os seios d’alma dilacera,

- Mas dor que tem prazeres - Saudade!

Misterioso númen, que aviventas

Corações que estalaram, e gotejam

Não já sangue de vida, mas delgado

Soro de estanques lágrimas - Saudade!

Mavioso nome que tão meigo soas

Nos lusitanos lábios, não sabido

Das orgulhosas bocas dos Sicambros

Destas alheias terras - Oh Saudade!

Mágico númen que transportas a alma

Do amigo ausente ao solitário amigo,

Do vago amante à amada inconsolável,

e até ao triste, ao infeliz proscrito

(dos entes o misérrimo na terra!)

Ao regaço da Pátria em sonhos levas,

- sonhos que são mais doces do que amargo,

cruel, é o despertar!.... **

Almeida Garrett-, in Invocação do Poema “Camões”.

 

-.-.-.-.-

E o *Menina e moça*, de Benardim Ribeiro, não vos (nos) diz nada da SAUDADE?!

 

-.-.-.-.-

-.-.-.-.-.-

 

E se lhe acrescentarmos, à palavra *SAUDADE*, a modulação e o tom «êstremôso» (extremoso) de um flaviense … do CANDO ou da GRANGINHA!...

Nas “Vivências” de cada um de vós, leitores, já visitastes cemitérios estrangeiros?

Quantas palavras «SAUDADE», no idioma local, encontrastes aí inscritas?

E nas lápides dos nossos cemitérios?

Quantos nomes próprios encontrais em espanhol, francês, italiano, alemão, mandarim, bengali, hindi, russo, japonês, árabe ... ou em Navajo?

Por esse Portugal fora, quantos não são os portugueses que têm por nome *SAUDADE*?

  1. por esse mundo fora, quantos o têm com «Recuerdo», «Souvenir», «Regret», «I miss you», «Te hecho de menos», «Anhelo», «Enyorança», «Verlagen», «Tocka», etc., etc.!

Nos «aerogramas» da *GUERRA do ULTRAMAR*, mesmo até só naqueles que eu escrevia, ditados por quem não sabia escrever, podeis encontrar mais SAUDADE que na homérica *ODISSEIA*.

E nem vos lembro quanta SAUDADE, anda nas rimas pimbalheiras e no FADO!

SAUDADE!

Até a tenda dos fatos, capotes e samarras que acrescentava mais fama aos *SANTOS*, de CHAVES, tinha por nome “CARDOSO da SAUDADE,”!...

E o galego D. Luís Alonso Girgado diz:  - «O tema da saudade -é ben sabido- é un dos máis constantes e característicos da poesía galega. Estudiada por numerosos ensaístas e cantada polos poetas, a SAUDADE semella ser unha clave esencial e fonda da alma galega e, conxuntamente, da portuguesa»!

A SAUDADE, é, realmente, uma palavra única!

NOSSA (na medida em que podemos considerar historicamente o Galego é Português como a mesma Língua).

 

E

 

Termino com um poema que me maravilhou na minha infância, tanto quanto me maravilhou o de Garrett.

SAUDADE

*Não conheces a «SAUDADE»

Pois dizes que nunca a viste,

Felizes os que não sabem,

Na verdade, que ela existe.

 

Vou contar-te, p’ra que saibas,

O mal que faz a «SAUDADE»,

E verás que onde ela entrar

Termina a felicidade.

 

A «SAUDADE» é a amargura

Que fica, do bem perder,

Nunca finda, sempre dura,

Por isso nos faz sofrer.

 

É tão amarga a «SAUDADE»,

Que dela queremos fugir,

Não mais se pode esquecer

Se a chegarmos a sentir.

 

A saudade é um martírio

Que nos turva o pensamento,

Matando a nossa alegria,

Da vida faz um tormento.

 

É tão triste uma «SAUDADE»

Quando é viva e bem sentida!

Entristece a nossa alma

Aniquila a nossa vida!

 

«SAUDADE», meiga palavra

Que tanta beleza encerra!

O peor dos sofrimentos

Que Deus nos deixou na terra!*

 

-.- Judith de Quenta Calheiros- (poema dedicado «À minha neta, Judith Fernanda de Quental).

-.-.-.-.

Bem avisava Victor Hugo:

- “Há locuções vulgares que têm o mérito de exprimir numa só frase uma ideia que mal se desenvolveria numa página”.

 

M., Vinte de Novembro de 2023

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

02
Mar22

Ocasionais


ocasionais

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Nota do Blog Chaves: Comentário/post em resposta a um comentário no post " De Regresso à Cidade" de segunda-feira, dia 28 de fevereiro.

 

 

 

28

FEV22

De regresso à cidade...

SHANGRILLA

 

A Very Precious Love

 

Ter saudades «desse tempo» não é ter saudades das misérias a que se refere FJR.

 

Saudosos desse tempo são aqueles que recordam com emoção e gratidão a protecção, a afeição, os desvelos, as liberdades irreverentes e «aganduladas» e os consolos que familiares e amigos lhes proporcionaram, e ainda mais sentidas por recebidas no meio dessas «misérias».

 

Os velhos de hoje, nas saudades «desse tempo», mesmo sem terem frequentado essa “casa do lado esquerdo”, mais velhos uns, menos mais velhos outros, estão a dizer os jovens de hoje que os valores do reconhecimento, da amizade, da solidariedade e da gratidão jamais deveriam ser esquecidos, abandonados ou negados.

 

FJR tem «saudades dos meus amigos que também tinham de lá ir comer para matar a fome». E não tem de amigos que não iam lá? Não creio que se tenha ficado só por esses amigos.

 

Mesmo assim, CHAVES, a NOSSA TERRA, a terra natal e por afeição de flavienses, “deixa sempre uma saudade”.

 

Assim, caro sr. FJR, não se admire de tantos velhos e muitos novos terem saudades da sua terra natal, da NOSSA TERRA, seja ela monárquica ou republicana, absolutista ou liberal, democrática ou ditatorial.

 

Manifestar saudades desse tempo é um sinal de gratidão para todos aqueles que nos ajudaram a suportá-lo e nos deram coragem para sair dele, e, hoje, velhos, antigos, darmos graças a Deus ou ao Diabo, à chuva, ao vento, ao trovão; ao Minho, ao Cávado, ao Douro, ao Vouga, ao Tejo, ao Guadiana; ao Oceano Atlântico e ao Mar da Palha; ao Tâmega, ao Ribelas, ao Brunheiro; às mouras encantadas da Ponte romana  ou do Pedrete; ao nascer do sol pelas ameias do CASTELO de MONFORTE de RIO LIVRE e ao pôr-do-sol pelo ALTO do CAMPO da GRANGINHA; à Srª da SAÚDE, à Srª da LIVRAÇÃO, à Srª do ENGARANHO, ao S. CAETANO e à Srª das BROTAS por vivermos num «MUNDO MELHOR»!

 

Quem não tem também saudades (não só da Lapa) dos bancos Jardim das Freiras, do Jardim do Bacalhau, do Jardim Público e do Tabulado?!

 

Da sua RUA ou da sua ALDEIA?!

 

De uma FONTE ou do ADRO da Igreja?!

 

Dos bailaricos com realejo, concertina ou acordeão?!

 

Dos arraiais e das Verbenas?!

 

Dos *Canários*, dos “Pardais*, do “Calypso”?!

 

Dos convívios familiares das cegadas e das malhadas, das vindimas, do «arranque das batatas», da matança do reco; do Domingo de Ramos, do Domingo Magro e do Domingo Gordo desse tempo que FJR recorda como «a miséria que reinava na época»?!

 

Felicito FJR por, apesar de tudo, também ter sido feliz na NOSSA TERRA.

 

Para si, FJR, para mim, para velhos, antigos, flavienses, de nascimento ou de afeição, CHAVES é a nossa “SHANGRILLA”, a qual, sempre que a recordamos, não estamos mais do que a fazer uma oração para nela voltarmos a nascer sob as perenes bem-aventuranças que nela outrora desfrutámos!

 

CHAVES deixa mesmo, e sempre, uma saudade!

 

M., Um de Março de 2022

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

09
Jan22

Ocasionais


ocasionais

 

“17º ANIVERSÁRIO do BLOGUE “CHAVES””

 

* ”Flavianas Musas, temas um pouco maiores cantemos.

Nem a todos agradam arbustos nem humildes tamargueiras;

Se bosques cantamos, bosques sejam de um cônsul, dignos *.

-Vergílio.

 

 

Os místicos dizem do 1 ser número racional; do 7, ser espiritual.

 

O 1 é recreativo e retoca as ideias.

 

O 7 é investigador e procura conhecimento.

 

E cá temos um 17, um 17º Aniversário de um Blogue, em 2 de Janeiro de 2022, inevitável e imperativamente glorioso, aplaudido (invejado!) e com legítimas esperanças de uma vida longa e brilhante!

 

Dado que todos os números são compostos pelos algarismos-raiz (1 a 9), e recorrendo à simbologia esotérica do número, ao olharmos o 17   -   porque hoje celebramos o 17º Aniversário do **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso**, podemos dizer que estamos, nesta celebração, perante o pioneirismo e a aventura (1) e perante uma afirmação de energia aplicada ao estudo, à investigação, à descoberta, à revelação (7) do autor do Blogue.

 

Pitagorismo à parte, o 17, hoje, representa o venturoso sucesso de uma aventura e a notável realidade de um trabalho prestimoso e nobre do autor do BLOGUE aniversariante   -   FERNANDO RIBEIRO!

 

Na visita ao BLOGUE “CHAVES”, pela leitura dos seus Post(ai)s e pela beleza das suas fotografias    -   Pois! A ARTE não está só naquilo que os olhos vêem, mas, também, naquilo que a obra nos sugere (nos faz ver, nos dá a compreender), nos põe a adivinhar e, até, nos faz acreditar!    -,    bem podemos dizer de FERNANDO RIBEIRO que a sua ligação ao seu torrão natal, à sua, e NOSSA, NORMANDIA TAMEGANA e ao “REINO MARAVILHOSO” é quase mística!

 

O maior pecado do FERNANDO RIBEIRO é ter um BLOGUE de êxito, com mérito reconhecido nacional e internacionalmente: hoje não apresenta o contador de visitas   ---   em Janeiro de 2018 já ia em (três) 3 milhões! Não admira, pois, que a atávica «imbeija» tugalesa, ainda tão plantada na Flavilândia, faça há-de conta que o **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** não exista, e, os «progressistas», os «pós-modernistas», «os da Cultura» daí (a superioridade dos méritos do NANDO é para eles uma afronta) teimem em não reconhecer e aceitar o que é evidente: o que de prestígio este Blogue traz à «CIDADE», à REGIÃO, à Província, a CHAVES,  à NORMANDIA TAMEGANA, a Trans-visimontanos   -   à NOSSA TERRA! 

 

La ingratitud es hija de la soberbia”, diz Don Quijote, na carta ao “Gobernador de La Ínsula Barataria”.

 

O BLOGUE “CHAVES”, ou seja, FERNANDO RIBEIRO, apresenta um trabalho não só digno, mas também admirável!

 

Na passagem do 17º aniversário do **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** , expresso, aqui, no Blogue, o meu contentamento e o meu entusiasmo pela bem-aventurança da NOSSA TERRA   - *CHAVES* -  a NORMANDIA TAMEGANA   -   ter sido mimada, primorosamente apresentada e tornada ainda mais mundialmente conhecida, graças à arte, à dedicação e à competência, distintas e extraordinárias, do Normando-Tamegano (considero que este atributo lhe assenta que nem uma luva, concordam?) FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO.

 

E faço-o antes de chegar o 20º Aniversário (2025-01-02), porque nessa Data não faltarão discursos e orações a elogiar o BLOGUE (descontados que ficam os meus comentários e os meus «post(ai)s» nele editados  -  Pitigramas  -   sob o beneplácito do carácter indulgente de muitos dos seus visitantes, leitores e críticos, tão dispostos a acolher e a conviver com pessoas humildes como eu. Sei bem que, diante dos sábios e filósofos que frequentam este Blogue, os meus escritos não passam de bagatelas) e a louvar, com subida eloquência, com solenes panegíricos, com soberba ilustração o Sr. FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO, o FERNANDO RIBEIRO, o NANDO.

 

Em Dois de Janeiro de 2025 (20º) – ou 2030 (25º)  -  BODAS de PRATA do BLOGUE “CHAVES    -   todos vós fareis uma Festa de arromba”!

 

Sei, pelo recato que tendes mostrado em cada Aniversário do BLOGUE, mesmo no 5º, no 10º, no 15º, que todos vós estais a preparar-vos para fazer boa figura nessa celebração do 20º – ou  (25º)   -    Aniversário:  os alunos das Escolas de Samba do Rio de Janeiro nem aos calcanhares vos chegam, no esforço do ensaio para o «Dia das suas vidas»!

 

Assim, para não vos atrapalhar, aproveito o vosso resguardo e modéstia para deixar o meu testemunho de gratidão ao autor do **BLOGUE “CHAVES” – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** pela excelsa solidariedade que manifesta para com os Flavienses, Flavilandeses, Chavianos; Alto-Tamacanos, Trans-visimontanos, Normando-Tameganos, Flaverinenses (não esqueçam que aqui estão Galegos!); os Transmontanos; pelo engrandecimento que tem dado à NOSSA TERRA; e pela vaidade e pelo orgulho que a «resistentes» e a «ausentes» Flavienses, Trans-visimontanos, Normando-Tameganos e Transmontanos tem feito sentir.

 

É sabido que a maior parte dos leitores de jornais, livros, blogues passa pelas palavras, pelos parágrafos, pelos textos como gato sobre brasas. Os preconceitos e os complexos que os dominam, ou preenchem, não lhes consentem a melhor compreensão nem sequer a reflexão. Para isso também contribui a falta de cultura e, ou, de conhecimento acerca dos temas propostos.

 

Um Blogue é, também, um estímulo entre dois ou mais indivíduos, isto é, um instrumento de relação social. E, assim, uma relação de aproximação, de afinidade ou de afastamento, de repulsa, efémera ou duradoura, ou repetida em determinadas circunstâncias.

 

Não sendo os Blogues um substituto da Cultura, são, todavia, um bom complemento dela!

 

Bem, alguns visitam Blogues particularmente só para se indignarem com o autor de um Post(al) ou de uma fotografia.

 

E, ó flaviófilos flavienses, não vos “admirendes” se hoje ouvirdes o *BIGORRILHAS flavitarra * («esta noite, o sete-estrelo dançou por cima da sua casa e o vento trouxe-me…»), depois de ter engolido em seco e subir ao alto mais alto do OUTEIRO, gritar a todos os pulmões um «BRAVO!» ao autor do Blogue aniversariante!

 

A maioria dos portugaleses (não só flavienses, claro, clarinho!), mais dada à inveja do que ao reconhecimento, saboreia e derrete-se com a tendência (e a facilidade tão conveniente) de «elogiar os mortos e a si próprio e nunca os contemporâneos».

 

E a mim, nada me interessa e muito menos receio que invejosos e ingratos chamem lisonja ao meu apreço, à minha estima e à minha consideração por FERNANDO DORES COUTO RIBEIRO: os seus merecimentos e as suas virtudes estão acima do meu reconhecimento e louvor!

 

Pelo seu carácter, pela sua personalidade, pela sua integridade; pela competências e empenho nas suas actividades, que a vida e a sorte lhe concedam ao autor do *BLOGUE “CHAVES”* todos os méritos!

 

A generosidade e bondade com que fui recebido e tratado pelo autor deste Blogue e por leitores e convivas bloguistas flavianos não as sei elogiar suficientemente!

 

Mas gostaria de estar, na celebração do 20º e do  25º Aniversário, nas BODAS de PRATA do *BLOGUE “CHAVES”* – Olhares sobre o Reino Maravilhoso** (do FERNANDO RIBEIRO, Vosso, dos seus leitores e «mirolhadores», e, que diabo!, deixai-me dizê-lo, também MEU!…)- a aplaudir a vossa presença, os vossos salmos, loas e panegíricos, e felicitar (se vos ouço dizer «parabenizar», quilho-vos!) e  dar um afectuoso abraço ao NANDO.

 

Se aí não estiver, trocai as mãos com o compincha dos lados e batei duas palmas por mim.

 

M., dois de Janeiro de 2022

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

28
Nov20

Ocasionais


ocasionais

 

“O cachorro de ALCIBÍADES”

 

 

*Pode ser certo que ninguém engana o povo

eternamente;

mas o número de tontos é incontável

 e por meio da sua manipulação

 um grande país

pode ser dominado por muito tempo*.

-W.Durant

 

 

Os tugaleses regalaram-se todos quando, numa certa madrugada de Abril, acordaram e viram o estandarte da “República democrática anti-parlamentar” deitado abaixo e substituído pelo da “Democracia parlamentar”, isto é, a União Nacional ficou desfeita e a desunião nacional, em forma de seitas partidárias, foi feita.

 

Acabara-se o cantarolar e o falar a «solo»   -   em bandas e em bandos todos passaram a ter o seu momento de fama!

 

Quando não, com o passar do tempo e a consolidação dos interesses e poderes partidários, as melodias cantadas por cada um e por todos os tugaleses depressa ficaram dentro do mesmo tom: a maioria dos tugaleses ficou transformada num autêntico rebanho de Panurgo!

 

E todas as tretas e pantominas daqueles a quem os tugaleses entregam as rédeas do Governo serão sempre uma inspiração do “cachorro de Alcibíades”.

 

O exemplo presente de tais pantominas é o aproveitamento de tudo ou nada que o actual Presidente dos EE. UU. faça ou deixe de fazer, diga ou deixe por dizer   -  Donald TRUMP.

 

TRUMP é «o cachorro de Alcibíades» exposto pelos nossos governantes e pelos seus novos «cães de guarda».

 

Os «coyotes» da matilha mundializada com que mantêm parentesco, ai, esses são corcéis garbosos e valentes que saltam todos os obstáculos na corrida para a feitura do «homem novo», do seu glorioso e futuro «homo sino-sovieticus»!

 

A mim, resta-me dizer: quem não os conhecer que os compre!

 

Só que para minha fatalidade e desencanto meu, e, depois, de quase todos, os nossos «alcibíades» anões, caseirotes, pedantes a darem-se ares de marialva da política, sem saberem o que esta é ou significa, mesmo que pouco ou nada ignorantes, estúpidos ou demasiado estúpidos quão malvados e impostores, conseguem mesmo serem investidos com os votos de um bando enorme de pacóvios e «patos-bravos» tugaleses!

 

Os nossos políticos (como lhes encontro graça quando dizem, com os olhos inflamados, peito inchado e a beiça torcida, a adornarem-se com o ouropel da expressão: - Sim! Nós, os políticos!) embora «de vistas curtas, mas de mãos rápidas», incitam os palonços dos tugaleses a terem esperança num amanhã melhor, muito melhor, e, provavelmente, nuns «amanhãs que cantam»!…

 

Mas não lhes dizem como esperar!...

 

Tal como vai a moral social, ora consentida, ora alimentada por um governo sem prestígio, sem competência, sem interesse e dedicação sinceros à «causa pública», a coesão nacional vai-se desmoronando, o respeito pelas leis e pelas normas de boa convivência, os crimes de todos os padrões, modelos e feitios alastram que nem labaredas sopradas pelos ventos de vendavais   -   o “amor ao próximo” está a ser substituído pelo «medo do próximo».

 

A política ideológica de transformar uma sociedade, um povo, num rebanho de pensamento único, ou mesmo de pensamento vazio, onde o «mé» da carneirada é o som e o tom do «politicamente correcto» está a ser posta em prática pelo actual Governo, dito «da Geringonça» e a obrigar o indivíduo, a pessoa, o cidadão, a sociedade portuguesa à ignorância do conceito de dignidade humana!

 

Como, sensatamente, escreveu Nietzsche: - “Tudo o que eleve o indivíduo acima do rebanho e amedronte o próximo chama-se mau”   -   a nobreza de espírito, de atitudes e de auto-responsabilidade altivas  são «aquele estado de coisas» motivo de desconfiança.

 

Tornar a «carneirada» inofensiva é mais cómodo do que aplicar castigo!   -   assim entendem os modernos governantes com desígnios totalitários e social-fascistas!

 

Os portugueses estão a ser, delicada, mas descaradamente, capados …nos seus direitos e nas suas liberdades!

 

Ai se não estão!

 

Adormecidos, endrominados pelas lengas-lengas de governantes e de políticos de baixo quilate, os tugaleses estão a contentar-se com a felicidade geral dos rebanhos de pasto!

 

Nietzsche profetizou com acerto: - “Os europeus (de certo estava a pensar nos «tugas»!) do futuro serão trabalhadores verbosos, pobres de vontade e muito dóceis, que precisam do senhor, do chefe, como de pão para a boca!

 

…A democratização da europa é, ao mesmo tempo, uma instituição involuntária para a criação de tiranos   -   entendida esta palavra em todos os sentidos, mesmo no mais espiritual   -   e levará à produção de um tipo preparado para a escravatura no sentido mais subtil”!

 

Nietzsche deixou-nos que pensar e que para reflectir!

 

Os portugaleses adoram a superficialidade: não foi por acaso que aderiram tão expeditamente à “Era do Efémero” (assim tenho qualificado a Era que que estou a viver)!

 

Sei bem, e vós também, quão pouco asseados de intenções, de propósitos e de espírito têm sido, e são, os nossos «abrílico-democratas» governantes!

 

Que prazer lhes encherá a alma, o corpo … e a carteira na medida em que falseiam uma “aurora de Abril” anunciadora da Democracia!

 

A verdade desse dia não demora a ser virada do avesso!

 

M., dezassete de Outubro de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

11
Set20

Ocasionais


ocasionais

 

 

Covidemónio

 

 

“You'll find that life is still worth-while

If you just smile”.

-Chaplin-

 

Parece que o coração de cada um dos portugueses ficou endurecido com o VIRÚS CHINÊS e que todos caminham e vivem ao lado dos queixumes como se eles fossem a linguagem natural dos homens.

 

O COVID mata. O medo do COVID mata mais!

 

Os medos e os policiamentos covidescos estão a fazer fugir a alegria.

 

O Governo e os «Jornalísticos» descobriram o orgasmo da safadeza, do cinismo e da sua mediocridade ao insistirem em divulgar, quase d’hora a hora, o número de mortos, de infectados, internados, «desinternados» à pala do COVID!

 

O Governo e os «Jornalísticos» não conseguem determinar, nem sequer deles falar, dos afectados! Não dos afectados na conta bancária, não, senhor! Mas dos afectados na alma, no coração, no espírito!

 

Ao “Telejornal”, ao “Primeiro Jornal”, ao “Jornal da Tarde”, ao “Jornal da Noite”, ao “Notícias à hora certa” bem se lhes pode juntar o “Noticiário da Manhã, da Pandemia”, o “Noticiário das Onze, do “VÍRUS CHINÊS”, o “Noticiário do Meio-dia, do “COVID/19”, o “Noticiário da Uma, do “VÍRUS de WHUAM”, o “Noticiário da Tarde, do “COVID XI JINPING em Portugal”, o “Jornal da Vespertino, do CORONAVÍRUS”, “O Jornal da Noite, da Pandemia” a informar «os nossos cidadãos, com escrupulosa objectividade, dos progressos e retrocessos da doença, prestar o apoio das suas “colunas invertebradas” a todos os que, conhecidos ou desconhecidos, estejam dispostos a lutar contra o flagelo,…, transmitir as directivas das autoridades» (Não use máscara: não serve para nada! O Uso de máscara é obrigatório, e se estiver mal posta apanha um enxerto de porrada de polícias! ……… Cá pra mim, uma medalha de S. Roque, nem que fosse a do seu cachorro, arrenegava bem mais o diabo do Covid!) E lá vai o COVID CHINÊS servir de capa e contra-capa a uma enciclopédia de subtil propaganda ao governo geringonçado e da recandidatura de um truão e de cartazes a receitar pílulas de poupança em gastos desnecessários!

 

Os novos Donos e DONAS da Saúde, nunca fartos nem envergonhados por terem dito ontem uma coisa e hoje o seu contrário, derretem-se, babam-se «à hora certa» das “Notícias” e «à hora oportuna e conveniente» da Publicidade para  falarem de mortos, de internados, de «desinternados», e apresentarem esfarrapadas desculpas das culpas dos correligionários que, além de não saberem combater o inimigo (estamos em guerra, proclamam!) metem os pés pelas mãos, multiplicam-se em asneiras e desmultiplicam-se em oportunidades para dar nas vistas, ficarem à frente de um microfone e das câmaras das Televisões!

 

Pudera! O exemplo vem de cima!

 

E não há como amacacadamente imitar o cantinflas preDiZente -mor!

 

Ao fim de quase meio ano de «guerra», o Inimigo chinoca ainda não sofreu uma baixa!

 

Que nação valente esta!

 

Aos €uros desviados para os ventiladores chineses foi um ar que se lhes deu!...

 

Tanta treta das DONAS e dos Donos da Saúde e, afinal, o que fazem e o que nos dizem para fazermos é esperar sentados, à espera que o Covid parta para a China como de lá veio!

 

Claro que o «mister» XI JINPING continuará a esfregar as mãos de contente: os seus objectivos foram alcançados!

 

O importante é andarmos todos de cara tapada e de costas voltadas!

 

A paixão de viver só é consentida aos frequentadores de Festivais, de comícios políticos … e de «touradas politiquetas»!

 

 Os tugaleses continuam de olhos fechados: nem o COVID os força a pensar!

 

Os tugaleses são ignorantes por vício!

 

Julgam-se ter nascido já a saber tudo … de tudo!

 

Todos se dizem capazes  -   e alguns o serão!   -  de grandes acções.

 

Quantos serão capazes de um grande sentimento?!

 

, na “Guerra do Ultramar”, nos anos 60, poucos vi capazes de algo que valesse a pena!

 

No próximo 10 de Junho a Ministra da Saúde, a Directora-Geral de Saúde, mais os cromos da seita (ai! Tenho de acrescentar AS CROMAS!...) irão ser condecoradas pelo preDiZente pamplinas (que, até, pelas vezes sem conta em que meteu o bedelho no Covid, para eludir, lavar, branquear, limpar a «shit» do kosta y sus muchachas, e fazer dos portugueses, portugaleses e tugaleses uma cambada de tansos, vai condecorar-se a si próprio!) com o grande colar e medalha (de platina) da pandemia!

 

As «autoridades»   -   desde o quase insignificante presidente de Junta de Freguesia a jagunços camuflados com farda de bombeiro, de polícia ou de militar da «gê-éne-érre», com boina à fanfarrão e, ou, pistola à cinta; porteiros promovidos a «seguranças», e até os vestidos e investidos com os mais poderosos (embora vergonhosamente mais baixos do que altos) cargos políticos, e, a rematar, com as ridículas vedetas do estúdio da Saúde   -  ministra , directora-geral e os seus bobos de corte!   -   bem que aproveitaram o “COVID CHINÊS” para passarem a tratar tugaleses, portugaleses e portugueses como condenados!

 

Uns atormentam-nos com ameaças de bastão, de pistola, de prisão; outros, a toda a hora e momento, nas Televisões, com o medo, o fantasma, o terror do CORONAVÍRUS CHINÊS, disparando números, estatísticas, sentenças, previsões, profecias e desfolhando ziguezagueantes sarrabiscos numa catadupa tal que nos deixam a todos com a cabeça à roda!

 

Até parece que os poderes legislativo, executivo e judicial; mai-los «jornalisteiro», «opineiro» e «pandeminólogo» sempre muito bem acompanhados, na hora certa, pelo cantinflas do preDiZente da República vivem e dormem obcecados por nos fazer sentir que, nós, portugueses, portugaleses e tugaleses, cada dia que vivemos apenas significa a véspera da nossa morte!

 

Deram-se, de mão beijada e por baixo da mesa, milhões e milhões de €uros a Empresas administradas por sem-vergonha, como a TAP e o Novo Banco!

 

Os milhões de €uros pagos por ventiladores chinocas, que nunca chegaram, levados pelo vento!

 

Não ouvi, não li, não soube que tivessem sido dados uns cêntimos sequer aos nossos cientistas para tentarem a descoberta de um remédio, de uma arma mortífera (já que a «eles» tanto lhes gosta falar em guerra!), de uma vacina ou de uma pílula para derrotar o VÍRUS CHINÊS!

 

Será que, afinal, os cientistas portugueses são uma cambada de burros?!

 

Terá sido o CORONAVÍRUS mais um dos caprichos amacacados dos salafrários comunistas-chefes chineses?!

 

“A porcaria desta doença! Até os que a não têm a trazem no coração”!

 

Os PANDEMÓNIOS chineses puseram o mundo num autêntico pandemónio!

 

É tempo de isto acabar!

 

 

M., vinte e cinco de Julho de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

13
Jun20

Ocasionais


ocasionais

 

 

“Àplom”

 

 

*Somos verdadeiramente importantes

ou

simplesmente havemos conseguido

modelar perfeitamente a máscara

que nos diz sermos recordados?*

-Camus-in *O estrangeiro*.

 

 

Neste mês de Junho de 2020, por milagre dos santos populares, o dragão chinês, o “Covid de WHuam”, ficou na toca e os «magriços» não ficaram em casa.

 

Há feiras! Há praia!

 

E até os Cafés põem mesas e cadeiras à porta!

 

Na minha rua, à mesa da esplanada senta-se um tugalês de peito inchado. Camisete de alça fina e decote largo. Para a feitura dos calções azulados, o alfaiate roubou todo o tecido que deveria cobrir a tíbia, o perónio, o joelho e a coxa das duas pernas, e, assim, poder pregar o botão e fazer a presilha a segurar o calção na cinta!

 

À «técnica-superior-de ….» bastou-lhe a sombra e o sorriso escondido numa cara de poucos amigos para o cliente pisa-verdes ordenar:

 

-Um café cheio, bem quentinho, em chávena escaldada, sem espuma …e com bons modos!

 

Chegou o «cafezinho».

 

O cliente pisa-verdes põe os óculos no cimo do pouco cabelo que lhe decorava a cabeça.

 

Respira fundo. E puxa a máscara desde o queixo até à raiz do nariz. Olha à esquerda, olha à direita, e atira o olhar para o mar, adivinhado lá ao longe mesmo por cima da rama de um pinhal. Pega na saqueta do açúcar e sacode-a com energia.

 

 E, sem olhar, rasga o papelucho.

 

A abóbada celeste era o espelho ideal para reflectir a imagem que o janota fazia de si próprio: o conde de Orsini, sentado, não meteria tanto aplom!

 

Adoçou a bebida.

 

Procurou a colher. Acertou.

 

Meteu-a na xícara. Olhou à esquerda. Olhou à direita.

 

Abanou duas vezes o açúcar e o café.

 

Desceu a máscara para o pescoço.

 

Segurou a chávena com o indicador e manteve o equilíbrio da colher com o polegar, enquanto misturava o prazer do primeiro gole de café com a delícia de se ver formosamente reflectido pelo espelho celestial.

 

Suspirou!

 

Pousou a xícara.

 

Subiu a máscara até à raiz do nariz.

 

Olhou à esquerda e à direita!

 

Sentiu-se o centro das atenções dos que iam ao pão-quente, ou a encomendar o almoço, ou ler o «jornal da casa», ou dar à língua com o pretexto de uma «bejeca», um café, ou um sumo.

 

A camisete e os calções tapavam as suas carências!

 

Sentiu-se o foco dos olhares das matronas que, com o braço de fora, subiam ou desciam nos popós conduzidos pelos seus amores!

 

Desceu a máscara.

 

Subiu a chávena do café.

 

Segurou-a com o indicador e manteve o equilíbrio da colher com o polegar.

 

Bebeu outro gole.

 

Lambeu o beiço de cima.

 

Suspirou.

 

Alongou o olhar, para a esquerda e para a direita, torcendo um bocadinho mais o pescoço.

 

A máscara e os óculos satisfaziam as suas fantasias.

 

Pousou a xícara.

 

Tapou a boca e o nariz com a máscara.

 

Recostou-se mais na cadeira, que, por ser de ferro, melhor resistia ao espreguiçar de clientes importantes, com peso!

 

Um dos havaianos sapatos chineses soltou-se-lhe do pé quando tentava cruzar a perna e pôr um ar mais imperial.

 

Desceu a máscara para o pescoço.

 

Segurou a chávena com o indicador e manteve o equilíbrio da colher com o polegar enquanto entornava pela goela abaixo a última gota do café requisitado em chávena escaldada e servido com bons modos.

 

Pôs os óculos … a tapar os olhos.

 

Pôs a máscara a tapar a boca e o nariz.

 

Pôs umas moedas na nessa.

 

Levantou-se.

 

Olhou à esquerda. Olhou à direita.

 

Olhou para trás.

 

Seguiu em frente.

 

O céu prometia um dia lindo!

 

Mozelos, dois de Junho de 2020

Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

 

15
Mai20

Ocasionais


ocasionais

 

Ao Prof VALBOM, de ÁGUAS FRIAS

 

 

 

“XI JINPINGS”

 

 

*Se te falta coragem para entrar

na toca do lobo,

como podes apanhar

os seus lobecos?!*

-minha adaptação de provérbio chinês-

Luís Henrique Fernandes

 

 

Somos todos chinocas!

 

Somos todos “XI JINPINGS”!

 

Ai se não somos, carago!

 

Os chinos começaram por semear entre os outros Povos as confusões e desconfusões de um tal sábio seu, Confúcio.

 

Com aquela paciência chinesa, vinda dos tempos das dinastias XIA, SHANG ZHOU, e aperfeiçoada pelas dinastias HAN, JIN e TANG; requintada pelas dinastias SONG, YUAN e MING, QING, as sementes lá foram grelando, grelando.

 

Até que, em 1911, em WHUAM, os chinos resolveram acabar com os imperantes, e SUN YAT-SEN, líder do Kuo-min-tang (Partido Nacionalista chino), mesmo de férias no COLORADO, toma conta dos destinos da CHINA, graças à capacidade e competência militar de um comandante de igual ou maior valia que SUN TZU   -  Chiang Kai-shek, que se tornaria o primeiro presidente da Republica da CHINA.

 

Só que o veneno comunista já tinha sido injectado para dentro da Grande Muralha.

 

Mau, Maria!  - vociferou Chiang Kai-shek, quando um Mao-Tsé-Tung, à frente da Porta de Tian'anmen proclamou a República Popular da CHINA!  Tão popular, tão popular que até é UNIPARTIDÁRIA!...

 

E esta ânsia e ganância dos Tsé-Tungs e Tunguinhos quererem que todo o mundo seja uma autêntica “Quinta do Orwell” fez com que o sucessor do MAO ZEDONG, Deng Xiao-ping com toda aquela paciência aperfeiçoada e requintada pelos seus antepassados e aprimorada pelo seu antecessor, depois de dar cabo do Bando dos Quatro, e «imbejôso» dos *Portugueses de Quinhentos*, resolveu espalhar chinesices pelos Quatro Cantos do Mundo  -    não tivesse ele, Ping-Xiao-Deng (lendo, «à chinesa», da direita para a esquerda) tirocinado em CANTÃO!...

 

Até aqui, todos os leitores sabem da História até «milhore» do que eu, sem dúvida alguma!

 

As sementes grelaram, grelaram; começaram a dar muita folha!

 

E, depois de já estarem a fazer muitas flores, o pequinês Xi Jinping, deu conta que toda essa paciente paciência chinesa estava na hora de dar frutos, saborosos, deliciosos, opiados, adamamos e diamantinos frutos!

 

Com a mão no pé de todos os grelos de todas as Repúblicas e Monarquias, não havia como celebrar o grito popular de WHUAM: em 2019 decreta a Lei Universal do VIÍRUS de WHUAM!

 

E, em nome da republicana e popular igualdade chinesa, toca toda a gente andar de máscara!

 

Saímos à rua, e damos conta que, afinal!…

 

… Somos todos “XI JINPINGS”, c’um catano!

 

 

Quem diria que até o ZORRO, em vez de mexicano-californiano, queria ser chinês!

 

M.,, treze de Maio de 2020

路易斯 Luís Henrique Fernandes, da Granginha

 

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