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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

24
Ago22

Cidade de Chaves - Um olhar e algumas palavras

Madalena de ontem e de hoje


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Houve um tempo em que a Madalena vivia dento de muralhas à volta das instituições militares, tal como acontecia na então vila de Chaves, que foi uma grande praça militar, aliás existem pelo menos duas cartas militares, uma com a planta das muralhas seiscentistas, já com o Forte de São Francisco, de autoria de Rodrigo Sande, e outra de 1753 de Josê Monteiro de Carvalho, esta idêntica à anterior mas onde consta também o Forte de São Neutel, onde no título de ambas as cartas se pode ler: “ PLANTA DA PRAÇA DE CHAVES, CAPITAL DA PROVÍNCIA DE TRÁS-OS-MONTES” . Eia, sempre que leio isto até sinto uns calores a subir por mim acima, e orgulho de ser flaviense…mas, pois, há sempre os “mas”, e este é para dizer que essa de Chaves ser capital da Província de Trás-os-Montes foi há 200 anos. Com o tempo, as muralhas perderam a sua importância militar e aos pouco foi sendo cedida, incluindo a sua pedra para novas construções, ou para servir de suporte às casas adossadas, ou para fundações das mesmas, ou mesmo aproveitada para servirem de parede das próprias casas, ou então completamente derrubadas para dar lugar a novas construções ou outras instalações, tal como aconteceu na Madalena em que  quase metade da muralha foi destruída para ser construído no seu espaço o Jardim Público, ou seja, há coisa de cento e tal anos atrás Chaves assistiu a grandes transformações rebentando com as costuras das muralhas, e nos cento e tal anos seguintes acabou-se com o resto, apenas escaparam os dois fortes (São Francisco e São Neutel), a Torre de Menagem, o revelim do Cavaleiro, e pequenos troços de muralha ainda visíveis mas com construções e cima ou encostadas.

 

Fica uma imagem extra, com uma das tais cartas militares, a de 1753.

 

800-1295-1-8-12 planta chaves 1753.jpg

 

Tudo isto que disse atrás para dizer que foi aí que nasceu a nova Madalena, mais ou menos como hoje se conhece, embora mais recente se tivessem cometido perfeitos disparates ou aberrações, nomeadamente entre a Rua Cândido Sotto Mayor e a Travessa de São José, com a demolição da casa dos arcos e posteriormente o restante casario. A ideia inicial, dizem, era a de esse espaço dar lugar a um largo, mas (outro mas) e este de outros interesses, fizeram que em vez do largo nascesse lá um mamarracho perfeitamente desenquadrado do casario que o envolve.

 

Mas o que queria dizer mesmo é que a cidade de Chaves (centro histórico) está a assistir a uma nova transformação, felizmente que agora há regras para cumprir e obedecer,  e em vez de novas construções estamos a assistir, e bem, a reconstruções do existente. Quanto ao uso dessas reconstruções, aí, talvez fosse necessário também criar algumas regras, não é porque atualmente isso seja uma preocupação, mas lá diz a sabedoria do povo – Mais vale prevenir, que remediar… e com esta me bou!

 

Até amanhã!

 

 

12
Abr19

Chaves de ontem, Chaves de hoje


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Rua da Muralha - Castelo Hotel - Foto recente

ontem-hoje

 

Era previsível que todo o velho casario da Rua da Muralha, mais cedo ou mais tarde,  desse lugar a novas construções, e assim aconteceu. Em geral, quer nas recuperações, quer nas reconstruções, tenho sempre receio do resultado final, acontece que às vezes altera-se para melhor mas outras há em que mais valia manter o que estava, tal como diz a canção “pra melhor, está bem, está bem, pra pior, já basta assim”. Na Rua da Muralha, recuperar o que existia em pouco melhoraria, pois eram construções desinteressantes e arquitetonicamente falando muito pobres. Felizmente os novos proprietários decidiram-se por demolir tudo que existia, optando por uma construção totalmente nova, e a meu ver resultou na perfeição, com uma cércea q.b. e com uma finalidade que só vem valorizar o local e a cidade, um hotel, foi o destino final. Castelo Hotel é assim que se chama, só o conheço por fora, mas como  costuma dizer-se — “Vê-se pela aragem quem vai na carruagem”  — Assim se por fora é interessante e agradável, pela certa que o seu interior também o é.

 

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Rua da Muralha - em 2012

Não sei se é pela nova conjuntura económica, ainda de crise, que os construtores/investidores flavienses deixaram-se dos grandes blocos de betão para passarem às recuperações e reconstruções no centro histórico da cidade, e com gosto, para bem de todos nós, principalmente a cidade que se torna cada vez mais atrativa e interessante, e já não era sem tempo, mesmo faltando ainda muito por fazer, principalmente em termos de uso e aqui, não se pode descurar que os pisos superiores das construções precisam de gente dentro, famílias, pois são elas que dão vida às cidades, principalmente nas horas que vão para além das horas comerciais.

 

 

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