“OS LEOPOLDINOS”
“Portugal
é um Purgatório
povoado de almas”.
- UNAMUNO-
O gosto do poder aumenta com o tempo em que é usufruído. Daí ao fanatismo vai um passo muito curto.
Mansamente, com sorrisos, lindas palavras e «selfiezinhas», o estado policial vai-se instalando em Portugal.
Fronteiras encerradas, soberba, arrogância e abuso das forças policiais, militarizadas, fardadas. Ou até só com casaquitos fluorescentes (mais ou menos) de Serviços da Administração é o que se depara frente às liberdades ditas democráticas de um “25 de Abril” de cravos murchos, apodrecidos e mesmo fétidos!
A manipulação da informação e a vigilância individual estão a atingir níveis de indecência e de obscenidade.
A repressão social, está a chegar de mansinha. Não tardará a repressão política!
Dois passos à frente, e os adornados e adoçados com o palavrório e relambório da «cidadania», contaminados com o espírito borreguil, passarão a ser tratados abaixo de cão: os bichos serão senhores de mais e melhores direitos!
A comandar os «heróis do mar» estará o “Tugasoc». Aos “tugaleses” será permitida «a liberdade intelectual porque não têm intelecto algum».
Cumulados de mentiras, os “tugaleses” serão sacramentados com o juramento de fidelidade ao Ministério da Verdade, do Grande Irmão!
Os grupelhos e os bandos social-fascistas e socialistas fascizóides, os «LEOPOLDINOS» pós-modernos, estão a fazer uma lavagem ao cérebro dos “tugaleses”, com tão elevada frequência e tão enorme pressão que os prostra numa trágica estagnação mental. É o que a política cultural, de informação, melhor dizendo, propaganda, e de distracção e recreio televisivos, radiofónicos e festivaleiros dos nossos governos ditos democráticos está a realizar nos «tugaleses»!
Aos Partidos políticos «tugaleses», principalmente aos «geringonçados», o “Covid chinês” calhou-lhes que nem ginjas!
A campanha do medo teve início.
Os Governantes e o «enCOSTAdo predizente» da República sabiam bem que uma das consequências do medo é «ser submisso ao Chefe»!
Os Governantes e o «enCOSTAdo predizente» da República foram lestos em usar uma linguagem guerreira - declararam guerra contra o “vírus de WHuam”, com uma arrogância a fazer envergonhar os Afonsos Henriques, o IV e Albuqerque; D. Nuno, Carvalho Araújo, Bento Roma ou o coronel Maçanita!
Depois, aparecem diariamente, e vezes sem conta, nas Televisões com «bitaites» muito a propósito, a lembrar aos «tugaleses» a sua «obrigação cívica» de se sujeitarem a mil sacrifícios, a gozarem das «amplas liberdades» confinados em pós-modernos campos de concentração.
Aos nossos Governantes e ao «enCOSTAdo predizente» da República que jeito lhes deu o «estado de excepção»!
Eles até nem o queriam! Mas que rica oportunidade para ver até que ponto seriam capazes de controlar o «pagode lusitano»!
Falam, insistem, doutrinam o «distanciamento social» (o nosso próximo foi abolido, diz, a propósito, G. Agamben) para melhor executarem o «controlo social»!
O “Covidezinho chinoca” calhou-lhes que nem sopa no mel! Deu-lhes oportunidade para entrar a toda a hora e momento nas casotas «tugalesas», com ares e linguagem de guerrilheiros triunfantes (a linguagem guerreira permite exigir os maiores sacrifícios, inclusivamente a perda da liberdade individual - como sublinha o cronista Ramón Lobo), fazendo crer as suas pantominas épicas e as suas atrapalhadas mentiras gloriosas!
A bandidagem que se arregimenta na política, fá-lo com o «desejo de enriquecer» e com a ambição de «manter os outros na miséria».
Esta constante e ridiculamente propalada «jovem democracia portuguesa», depois de ter já sido caracterizada, com uma cleptocracia, uma oclocracia, uma oligarquia, uma plutocracia, uma mediocracia, e outras «cias» e «ias», chegou ao ponto de ser mesmo uma “KAKISTOCRACIA”!
Esta democracia «abrileira», nascida com tanta alegria e esperança, está a transformar-se numa imensa nuvem de tristeza, e até de uma perda de honra dos portugueses!
Que decepção!
Os nossos Presidentes da III República, dita “Democracia Portuguesa”, meteram e metem, salvo honrosa excepção, pior figura que os do Estado Novo!
Os nossos Primeiros-Ministros e membros do Governo e da Assembleia da República foram e são bem mais reles e medíocres que os da II República!
Aos nossos ministros, parlamentares e autarcas pouco importa o desperdício, o esbanjamento de dinheiro, o acumular de calotes: O Estado (o nosso) é o único a ter o privilégio de não pagar as dívidas! Alguns deles até garantem pôr as pernas da “Merkel” a tremer como varas verdes!...
O Covid/19 (coronavirus disease 2019, para gosto dos neo-parlantes tugalenglish) constituiu uma insidiosa forma de dominar, controlar e amordaçar os lusíadas!
Por este andar, o Futuro dos Portugueses adivinha-se cada vez mais desditoso!
Nenhum País, nenhuma Sociedade, «pode ser “GRANDE” sem Grandes Homens», lembrou B. Russell.!
PORTUGAL é mesmo um País pequenino!
M., vinte e quatro de Maio de 2020
Luís Henrique Fernandes, da Granginha