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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

16
Abr17

Boa Páscoa


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Estive a rever um pouco do que tenho publicado no blog nestes domingos de Páscoa e a imagem sobre a qual recai a minha escolha segue sempre o mesmo padrão, o mesmo colorido ou falta dele, pois acaba por ser sempre uma imagem taciturna com o símbolo da cruz a marcar um forte presença. Refletindo também um pouco sobre este estado de espírito que me leva a isso, regresso forçosamente ao passado, ao tempo de criança em que a igreja se impunha pela força/poder que tinha na/sobre a sociedade de então, muito alinhada com o poder político, como se dele fizesse parte. Hoje vendo essa situação à distância e a frio, mais que o respeito quase divino de então pela igreja havia o medo de um castigo, também ele divino, pelo não cumprimento das regras da igreja ou por um pensar de discordância, já nem digo falar, sobre essa tal força/poder que a igreja tinha. Felizmente que a Igreja Católica ao longo dos anos da nossa democracia também ela se foi democratizando um pouco no seu pensamento e adaptando à sociedade atual. Bem, mas isto é um assunto que merecia um apontamento muito mais completo e uma discussão mais aprofundada que não combina muito bem com a brevidade de um post num blog, mesmo porque podemos ser mal interpretados naquilo que queremos dizer ou ser traídos pelas nossas palavras e se puxei aqui este assunto, foi apenas e só para justificar as imagens taciturnas que trago aqui pela Páscoa, talvez um “trauma” de infância em que a penitência e tristeza pela morte de Cristo tinha mais força que a alegria da Sua Ressureição.   

 

Boa Páscoa!

 

 

 

 

21
Abr14

De regresso à cidade, depois de mais uma Páscoa


 

E já lá vai mais uma Páscoa, bem diferente das severas Páscoas de antigamente em que a igreja impunha um rigoroso jejum à carne e diversão, pelo menos na quinta e sexta-feira santa. Penso que ainda hoje a igreja tenta repor o rigor de antigamente, mas hoje, a Páscoa é mais a festa de umas miniférias ou a possibilidade de as famílias se juntarem em mais um dia à volta do cordeiro e do folar.

 

 

E tanto assim é, que, comerciantes e algumas autarquias aproveitam estes dias para o negócio. A autarquia de Chaves, por exemplo, aproveita para fazer a feira do folar. É, a moda das feiras pegou neste nosso Portugal,  e agora vão-se fazendo feiras disto e daquilo (do pastel, do fumeiro, do folar, dos medievais ou romanos, etc.) o curioso é que em cada uma delas, os produtos e comerciantes que desfilam nestas feiras são quase sempre os mesmos, mas, enfim, se elas continuam a acontecer, pela certa algum proveito vão tirando delas, digo eu, bá, que dessas coisas não percebo nada.

 

 

Pois eu também lá fui, não para comprar folares, pastéis, licores ou o que quer que seja, não é por nada mas prefiro continuar a comer os folares caseiros da sogra e das tias, os pastéis do sítio do costume e continuar a beber licores das provas dos amigos, e as compotas, meu Deus, as compotas caseiras, uhhhhhh! De pêssego, cereja, cabaça, jerimum, uhhhhhhhh!, uhhhhhhhh!, pcheu! E dispenso o queijo… e uma cerejinha da aguardente!? - Bem, mas fui lá, não pelas barracas mas pelo meu velho liceu, onde, posso dizê-lo, passei os melhores anos da minha juventude e os loucos anos do pós 25 de abril, mas onde também ia estudando e formando-me, principalmente com a ajuda de alguns bons professores dos quais reterei para sempre o seu nome e ensinamentos na memória.

 

 

Pois graças à feira do folar o antigo liceu (hoje Escola Secundária Fernão de Magalhães) abre as suas portas à população e eu aproveito sempre para ir por lá, percorrer os corredores e o jardim para refrescar a memória ou repescar uma ou outra história vivida que já estava quase esquecida, relembrada por outros como eu,  antigos colegas do liceu, que suponho pelas mesmas razões, também vão à feira do folar nos claustros do velho liceu, só falta mesmo o esqueleto na esquina a rir-se…

 

 

31
Mar13

Pecados e Picardias


 


Cheira a folar


 

Cheira a folar

E enquanto cresce a água na boca

voa um pensamento às origens

onde encontros no forno, prediziam futuros

e acordavam passados

 e Deus

(em vez de salivar)

vestido de mistério e semblante carregado

vigiava

aqueles que  tinham ideias clandestinas de adultério

 de  carne desejar…




cheira a folar

E a cabeça fica confusa de tão oca

da moral de sexta feira santa, o apetite dá vertigens

expondo-se alguns  descarados do forno e da forja aos esconjuros...

e agora sopram ventos que nem por ser Páscoa são menos atribulados

E Deus

 (em vez de cá voltar)

Vestia de jejum em espaços breves

 E Pensava

Deixar” troicas” continuar a filosofia da pobreza que nos torna mais leves

 para  subir a escada

já com a certeza de ascender a um céu que aparenta

um milagre sem véu

vedado  a alguns de  nós os hereges que sem crer

continuam a querer empreender com alma tenaz e lenta

a liberdade de poder clamar

Reciprocidades sem prisões relacionais,

mesmo que seja quaresma,  um aroma a todos e os demais

como quando no ar livre cheira a folar…

 

Boa Páscoa  a Todos

 

Isabel Seixas



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