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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

30
Set20

Paradela de Veiga - Chaves - Portugal


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Paradela de Veiga

 

Continuando a cumprir a nossa falta para com as aldeias que, aquando dos seus posts neste blog, não tiveram o resumo fotográfico em vídeo, trazemos hoje esse resumo para a aldeia das Paradela de Veiga.

 

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Comos de costume, aproveitamos esta oportunidade para deixar mais algumas imagens da aldeia, imagens que escaparam à seleção para os post que dedicámos à aldeia.

 

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Paradela de Veiga, uma das aldeias da periferia de cidade, aliás, alguns do locais da aldeia são autênticos miradouros da cidade.

 

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Mas hoje, como também é costume nestes posts de vídeo, não estamos aqui para falar da aldeia, isso já o fizemos ao longo da existência deste blog com os posts que lhe dedicámos e para os quais fica link no final.

 

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E agora sim, o vídeo com todas as imagens da aldeia de Paradela de Veiga que foram publicadas até hoje neste blog. Espero que gostem.

 

Aqui fica:

 

 

Agora, também podem ver este e outros vídeos e imagens no MEO KANAL nº 895 607

 

Post do blog Chaves dedicados à aldeia de Paradela de Veiga:

 

https://chaves.blogs.sapo.pt/389885.html

https://chaves.blogs.sapo.pt/paradela-de-veiga-chaves-portugal-1712321

 

 

E quanto a aldeias de Chaves, despedimo-nos até ao próximo sábado em que teremos aqui a Pastoria.

 

30
Jun18

Paradela de Veiga - Chaves - Portugal


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Nesta roda, ronda pelas aldeias de Chaves, hoje fazemos uma paradela, paragem em Paradela de Veiga, que tal como o topónimo indica, fica na veiga, ou quase, pois fica a beirinha dela, tanto, que por entre as casas e a vegetação, se virarmos o olhar para Norte, esbarra com a veiga mas também com toda a cidade de Chaves.

 

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É uma das aldeia pela qual vou ou vamos passando com alguma regularidade, mas raramente paramos, e porquê!? — Pois por nenhuma razão em especial, primeiro não paramos porque calha com frequência na passagem para outros destinos e depois, como passamos por ela, já a conhecemos, ou julgamos conhecer, no entanto, para se conhecer no seu encanto, temos mesmo que entrar na sua intimidade, ou intimidades.

 

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Não é uma aldeia muito grande, refiro-me, claro, ao seu núcleo histórico, construído à volta de um pequeno largo, onde também existe uma pequena capela. Facto que terá a ver com a sua história de um passado em que o território da aldeia deveria ser pertença de dois ou três grandes proprietários. Claro que também não tenho certeza nisto que afirmo e se o digo, é porque para um e outro lado da aldeia existiam duas casas senhoriais que se construíam,  em geral,  à volta de grandes propriedades.

 

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Casas senhoriais que ainda existem, mas hoje ou estão abandonadas ou dotadas de outras funções. As duas de Paradela de Veiga, são casas brasonadas com brasão de família, uma delas, penso que a mais antiga, com armas da família Losada de Quiraz e aqui pertencentes à família Barros de Samaiões que por via do matrimónio estiveram ligadas às famílias mais ilustres da cidade de Chaves e da região.

 

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A titulo de curiosidade fica um pouco do registo genealógico da Família Losada até chegar ao Dr. Franscisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, senhor da Quinta de Samaiões:

 

1 – Pedro Rodrigues Lousada, fidalgo espanhol que casou com D.Ana Pires da Veiga, natural de Quiraz (Vinhais), e tiveram pelo menos:

 

2 – Francisco Rodrigues Lousada que casou com D.Isabel Vaz de Morais, de Vilar Seco da Lomba. Tiveram pelo menos:

 

3 – Pedro Rodrigues de Morais, Capitão Mor de Vilar Sêco de Lomba, casou com D.Maurícia de Barros, de Águas Frias, que tiveram pelo menos:

 

4 – João de Barros Pereira do Lago, foi cavaleiro Professo na Ordem de Cristo. Tenente Coronel de Cavalos, casou com D.Jerónima de Morais Ferraz. Tiveram pelo menos:

 

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5 – Francisco de Barros de Morais Araújo Teixeira Homem, Marechal de Campo, casou com D.Luísa Joaquina de Arrochela de Castro de Almada e Távora, da família Castro Moraes, de Chaves, senhores dos Morgados do Pópulo e Santa Catarina. Tiveram pelo menos:

 

6 -  Joaquim Teixeira de Barros de Araújo Lousada, casou com D.Maria Bárbara Damasceno de Sousa Yebra y Oca, da Casa dos Morgados de Vilar de Perdizes. Foi sua herdeira:

 

7 – D.Luísa Adelaide de Sousa Barros, casou com o Brigadeiro de Cavalaria Joaquim Ferreira Cabral Paes do Amaral, tiveram pelo menos:

 

8 – Manuel de Barros Ferreira Cabral, casou com D.Maria Leonor Paes de Sande e Castro, bisneta dos 5ºs Viscondes de Asseca. Tiveram, entre outros, o Dr Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, senhor da Quinta de Samaiões, que casou com D.Maria da Assunção de Abreu Castelo Branco, filha dos 3ºs Conde de Fornos de Algodres e o Dr. António de Sales Paes de Sande e Castro de Barros, senhor da Quinta de Paradela, que casou com D.Helena Cicilia Dora Wemans.

 

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A outra casa senhorial brasonada, hoje conhecida por Quinta de Samaiões e transformada em Hotel Rural,  era pertença da família Barros, de Samaiões, é uma das mais ilustres da região flaviense estando ligada há mais de quinhentos anos aos principais acontecimentos da sua História. No Brasão constam os BARROS, os ARAUJO, os TEIXEIRA e os HOMEM.

 

Os atuais representantes desta família descendem de famílias titulares como os Viscondes de Asseca e os de Vila Nova de Cerveira, os Condes de Avintes, os de Fornos de Algodres e os de São Payo, os marqueses de Lavradio e os de Pombal.

 

O representante da família na primeira metade deste século era o Dr. Francisco de Barros Ferreira Cabral Teixeira Homem, erudito arqueólogo e distinto investigador da História de Chaves e como vimos atrás na outra casa brasonada, são descendentes da família espanhola Losada, ou seja, ambas as casas brasonadas têm a mesma origem familiar de onde ao longo dos tempos descendem os Barros Teixeira Homem, de Samaiões, com ligações familiares por via dos matrimónios com as principais famílias flavienses dos séculos XV a XVIII, como Teixeiras, Castros, Morais, Pimentel, Pequeno, Araújo, Magalhães, Fontoura e Leite.

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

J.G. Calvão Borges, In Revista , Aquae Flaviae, nº9 de Junho de 1993. Editada por Grupo CulturalAquae Flaviue

 

J.G. Calvão Borges, IN Tombo Heráldico do Noroeste Transmontano, Volume Primeiro, Livraria Bizantina, Lisboa 2000.

24
Mai09

Paradela de Veiga - Chaves - Portugal


 

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E estamos de regresso às aldeias do concelho, às aldeias em falta, por sinal as aldeias mais próximas de Chaves e que ainda saboreiam um pouco do longo vale de Chaves que se vai espraiando ao longo do Rio Tâmega, principalmente na sua margem esquerda e que só termina quando vai de encontro à Serra do Brunheiro.

 

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Aldeias que ainda hoje deixam ver um bocadinho daquilo que foram no passado, não muito distante. Um passado essencialmente ligado às coisas da terra, como a agricultura, mas também a pecuária, onde a terra era a coisa primeira, sustento e riqueza das famílias, não só de quem as possuía, mas também (apenas sustento) de quem as trabalhava.

 

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Pelo casario nobre, solarengo e senhorial que existe na nossa aldeia de hoje – Paradela de Veiga – e nas aldeias vizinhas, nota-se que a terra foi riqueza de alguns e que a mesma estava repartida apenas por duas ou três famílias e, ao lado da casa senhorial, geralmente à volta da capela, nascia a aldeia propriamente dita, com o povo que trabalhava as terras. Casas humildes e pequenas, mas que “chegavam” para albergar grandes famílias, com muitos braços para as lides do campo.

 

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Esta aldeia de Paradela de Veiga é um exemplo típico de uma dessas aldeias que caracterizo atrás. Lá tem a sua casa senhorial, até com um minúsculo brasão e as terras que se estendem até à veiga e mesmo ao lado, a tal aldeia que se desenvolve à volta da capela. Uma pequena aldeia com um núcleo constituído por apenas meia dúzia de casas e que hoje se apresenta bem diferente da aldeia que foi há 100 ou 200 anos atrás.

 

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A casa senhorial continua por lá, hoje dividida em duas, com uma parte desabitada ou temporariamente habitada e a outra metade em ruínas,após ter sido vítima de um incêndio florestal que há anos atravessou a aldeia. A restante aldeia, também por lá continua, ainda habitada, mas já com gente que não se dedica às lides da terra, pelo menos a tempo inteiro e, claro, o seu inevitável crescimento ao longo da Estrada Municipal, em terrenos que outrora, só serviria para saciar o gado ou eram pequenas hortas da gente da aldeia.

 

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Tudo o que disse até aqui, é um bocadinho da história das nossas aldeias que cercam o longo vale de Chaves, e a história repete-se em todas elas. História, que também está ligada a acontecimentos da história e aos fenómenos que aconteceram no último século, principalmente os que estão ligados aos seus grandes acontecimentos, como a implantação da República, a I e II Guerras Mundiais, a Guerra Civil Espanhola,  a ditadura, a emigração dos anos 50/60 e por último o 25 de Abril. Aliado a tudo isto houve também a morte dos senhores das aldeias e as partilhas da terra, mas sobretudo a educação e formação que o pessoal das aldeias começou a ter, que os tirou das aldeias para estudar nas cidades, para as quais fizeram uma viagem sem retorno.

 

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É por todas estas razões que a maioria do casario senhorial e solarengo está desabitado, degradado ou em ruínas, havendo apenas meia-dúzia deles (em todo o concelho) que foram recuperados, geralmente por novos donos e para turismo de habitação ou hotéis rurais, e poucos são, os que se mantêm nas mãos dos antigos proprietários.

 

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Mas vamos de novo até Paradela de Veiga que segundo reza a história é uma designação que provém do foro que os moradores pagavam ao rei ou aos seus senhores quando a visitavam com a sua comitiva. Seria possivelmente dessa época a denominada casa senhorial de Paradela que possui duas pedras de armas, sendo uma delas a que adornava a Casa de Curalha, também da família Barros, da Casa de Samaiões, onde hoje funciona um hotel rural. Segundo J.C. Calvão Borges no “Tombo Heráldico do Noroeste Transmontano” a datação desta “Casa de Paradela” será do Séc. XVII.

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E da aldeia pouco mais há a dizer, pois resume-se à casa senhorial que já foi referida, ao pequeno núcleo que se desenvolve à volta da capela e às novas construções que nasceram nas últimas dezenas de anos junto à Estrada Municipal.

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Quanto à capelinha, pequena, humilde mas interessante, precisamente pela sua humildade, é de devoção a S. Ciríaco, advogado dos animais.

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Em termos de população, segundo o Censos de 2001, Paradela de Veiga tinha 77 habitantes residentes, dos quais 7 tinham menos de 10 anos, 6 tinham entre 10 e 20 anos, e 22 tinham mais de 65 anos.

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Com a construção de novas habitações junto à estrada, é natural que estes números venham a sofrer uma ligeira alteração.

 

 

 

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