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CHAVES

Olhares sobre o "Reino Maravilhoso"

11
Set23

De regresso à cidade

com quatro exposições de pintura


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Eurico Borges

 

Hoje fazemos o regresso à cidade com uma passagem pelas exposições de artes plásticas que estão patentes ao público na cidade de Chaves. Quatro exposições em três espaços diferentes.

 

Nadir Afonso e Pedro Calapez estão desde 11 de agosto no Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, Eurico Borges está na Sala Polivalente da Biblioteca Municipal desde 4 de Setembro e Carneiro Rodrigues está nos Claustros do Forte de S. Francisco Hotel desde 8 de Setembro.

 

Quatro exposições, quatro artistas, três deles flavienses – Nadir Afonso, Eurico Borges e Carneiro Rodrigues. Quanto ao Pedro Calapez, nasceu em Lisboa.

 

Então vamos dar a nossa voltinha pelas quatro exposições, iniciando no MACNA – Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, precisamente com o artista que dá nome a este museu - Nadir Afonso.

 

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Nadir Afonso

A exposição é intitulada “Os Lugares de Nadir”, abriu dia 11 de agosto e estará patente ao público até dia 12 de maio de 2024.

 

Ainda no  MACNA podemos ver também Pedro Calapez.

 

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Pedro Calapez

A exposição é intitulada ”Deste Espaço Luminoso e Obscuro”

 

Saídos do MACNA subimos até à Biblioteca Municipal onde está Eurico Borges desde dia 4 até 28 de setembro de 2023.

 

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 Eurico Borges

 

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Depois da Biblioteca subimos mais um pouco até ao Fonte de São Francisco Hotel, onde nos seus claustros está Caneiro Rodrigues, desde dia 8 até 28 de setembro de 2023.

 

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Carneiro Rodrigues

 

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E é tudo por hoje.

 

Uma boa semana!

 

 

05
Out22

Os Nossos Artistas - Exposição de Emanuel Teixeira

Biblioteca Municipal de Chaves


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Como já vem sendo habitual no início de cada mês, a Câmara Municipal de Chaves leva a efeito uma nova exposição de artes plásticas na sala polivalente da biblioteca municipal com um dos nossos artistas locais, no caso deste mês de outubro, é com a arte de Emanuel Teixeira que as paredes da sala polivalente vão ser ocupadas.

 

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A inauguração ocorreu ontem, pelas 17H30, com a presença de familiares e amigos de Emanuel Teixeira, mas também com outros amantes de arte, entidades e com a presença das duas deputadas flavienses com assento na Assembleia da República e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Dr. Francisco Melo, que também detém o pelouro da cultura que, em conjunto com o artista proferiram breves discursos de inauguração.

 

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Da nossa parte, que apenas conhecíamos as pinturas de rua do Emanuel Teixeira, foi uma agradável surpresa descobrir e ver estes novos registos com pretos, brancos e cinzas a contrastar com uma “explosão” de cor em degradês e sombras, fazendo com que as suas obras adquiram uma tridimensionalidade, embora falsa, com uso e projeção de figuras e formas geométricas, também elas irregulares, mas com todo o rigor da geometria descritiva como que desafiando-a e invertendo os métodos de monge transformando o bidimensional num ilusão três dimensões,  com algumas obras a saltarem mesmo fora da habitual e convencional moldura, que nem sequer têm… uma  delicia para os olhos que se vê com vontade de voltar para ver novamente e rever todos os pormenores.

 

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Ficam algumas imagens de algumas obras expostas e de alguns momentos da inauguração da exposição que poderá ver até dia 29 de outubro, no horário normal da biblioteca municipal, incluindo as manhãs de sábado.

 

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Até amanhã!

03
Jan20

A arte sai à rua...

Madalena - Chaves


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Os nossos artistas estão na rua. Na Madalena, o Pintor Mário Lino, vai dando as suas pinceladas reproduzindo nas paredes os trabalhos de construção da Ponte Romana. Como há 2000 anos não havia fotografia, nem pintores que se tivessem dedicado a esta construção, com um pouco de imaginação, o pintor de hoje, faz-nos essa representação. Gosto!

 

 

31
Mai10

Crónicas Segundárias


 

 

 

 

 

Ainda a Pintura


 

Na anterior segunda-feira, no meu primeiro post deste blogue, fiz críticas aos autarcas e jornais de Chaves pela falha completa que têm tido na divulgação de um grande pintor da região, o João Vieira. Mas imediatamente houve um comentador do post a informar que a próxima Bienal de Chaves vai ser dedicada ao João Vieira (que até aqui tinha sido ignorado por todos os autarcas que têm passado pelo poleiro, seja de um ou outro partido). Depois disso, na sexta-feira, confirmei a notícia sobre a Bienal ao ler o Semanário Transmontano.


Quem tiver lido o post anterior e soubesse que a Bienal vai ser uma homenagem ao Vieira, poderia ter ficado a pensar que eu também já sabia do acontecimento e estava apenas a armar-me em espertinho, em sonso. Mas não foi nada disso, o que se passou é que eu conheço a arte do João Vieira há bastantes anos, apeteceu-me divulga-la, e, como ando desligado do que vai acontecendo na cidade, também não sabia que a Bienal lhe vai ser dedicada, nem tão pouco sabia que iria haver Bienal! É que apesar do Vieira ser pouco divulgado em Chaves, ainda há pessoas que lhe conhecem a obra, especialmente as pessoas com um nível cultural ligeiramente diferente do dos nossos queridos autarcas.


No mesmo artigo do Semanário, lê-se que a câmara tem um projecto para a criação do Centro de Artes João Vieira, que vai ser feito em Anelhe, presumo. Parabéns, é uma boa iniciativa.


Vou fazer um aparte para uma crítica ao artigo do Semanário. Na frase "A exposição de João Vieira, pai do conhecido vocalista dos Ena Pá 2000, que, em 2005, se apresentou como candidato à Presidência da República, estará patente ao público até dia 4 de Julho.", há uma afirmação errada. O filho do João, o Manuel João Vieira, nunca foi candidato à presidência da república. O que fez foi uma brincadeira em que dizia que se iria canditatar, apresentou um programa cómico (fez o mesmo em 2001), mas nunca chegou a ser um candidato oficial porque as 7500 assinaturas necessárias não foram aceites por terem sido feitas pela mesma pessoa! É um erro pouco importante embora fosse conveniente apresentar factos correctos. Mas já que o artigo era sobre pintura, não percebo porque não se disse que o Manuel João Vieira é também um artista plástico com reputação, com variadíssimas exposições de pintura, ou que a sua arte é requisitada pela Vista Alegre, por exemplo. Parece-me que isto não é dito por ignorância do Semanário. Meus amigos, vocês publicam apenas quatro folhas (a que chamam jornal) uma vez por semana e por isso têm a semana inteirinha para fazer uma coisa decente, apliquem-se!

 

Por outro lado, também muitos não saberão que o João Vieira cantava e até gravou disco em Anelhe.

 

 

 

 

Por falar em Manuel João Vieira, costumo vê-lo em Chaves umas 2 ou 3 vezes por ano, o que parece revelar gosto pela região. Não se perdia nada em convida-lo para uma exposição ou para qualquer tipo de colaboração em actividades culturais, coisas que são escassas na nossa cidade.

Espero que a Bienal corra bem. Tem alguns dos nomes mais sonantes da pintura portuguesa e espanhola,artistas que vale mesmo a pena ver. Não me acredito que do Miró e do Picasso venham obras importantes, o mais provável é que sejam apresentados desenhos ou pinturas "rápidas", coisas que o Picasso fazia em 2 minutos e que se podem ver ocasionalmente em galerias de arte de Lisboa ou do Porto.

 

Convém não esquecer que há picassos e picassos. É que o Pablo ainda tem o nome no Guinness Book of World Records por ser o artista mais rápido do mundo: durante os 78 anos que durou a sua carreira, produziu cerca de 13.500 pinturas e desenhos, 100.000 gravuras, 34,000 ilustrações para livros, e 300 esculturas, perfazendo um total de 147.800 obras de arte.


Há uma história do Picasso relacionada com a sua rapidez em desenhar. Uma senhora pediu-lhe para ele lhe desenhar o seu retrato e o artista acabou-o num instante. A senhora disse-lhe obrigado e perguntou quanto lhe devia, ao que ele respondeu que eram 5000 dólares. Ela espantou-se e perguntou-lhe como é que podia pedir tanto dinheiro por um desenho que lhe demorou 1 segundo a fazer. Ao que o artista respondeu: Madame, levou-me a vida inteira.


Quem estiver interessado em ver a rapidez com que Picasso pintava pode ver algum dos vídeos que se encontram no youtube.


 

Até para a semana, não se esqueçam da Bienal!

 

 

 

 

 


 

 

 

24
Mai10

Crónicas Segundárias - Os Dois Pintores de Chaves


 

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Os Dois Pintores de Chaves

 

Uma das coisas que não aprecio é a maneira como os emigrantes são recebidos quando regressam de férias à terra. Os locais tem por hábito menosprezar-los. Talvez não o fizessem se pensassem das dificuldades que muitos emigrantes passaram para sair do país, nas longas jornadas clandestinas (muitas vezes a pé), no atravessar de rios a nado (em que alguns morreram), e nas dificuldades tidas na chegada a um país desconhecido, como sejam o isolamento social e as saudades que se passam. Nunca percebi este menosprezo pelos emigrantes que bem contribuem para o desenvolvimento das terras natais com a entrada de capital. Não sei se será o comportamento exuberante de alguns deles que provoca alergia aos locais, se a inveja provocada pelos bons carros ou o desgosto com o sucesso dos outros. Se o Zé do Chico (que andava por aí a pedinchar jeiras para comer um caldo), emigra e aparece, passados 2 anos, com um carro maior que o do regedor, de certeza que vai ter que se arranjar algum defeito ao Zé, se não for no cu é nas calças à francesa.


Mas não são só os emigrantes que são sujeitos a tratamento diferenciado. Se alguém migra para uma grande cidade, como Lisboa ou Porto, imediatamente se desconfia que o migrante se acha mais fino que eles (Olha, até já fala à Lisvoa e diz vurro!), já não liga nada à terra, etc. Há até quem ache os migrantes uns traidores que abandonam a terra! O que é uma grande estupidez, porque quem tenha a ambição de exercer algumas profissões, como apresentador de televisão, cientista, ou maquinista de comboios, não o pode fazer em Chaves e por isso tem que sair. Isto não implica que quem sai perca o amor à terra e que não regresse para matar saudades, comer bom presunto, por exemplo, e, também, ser recebido como um finezas, ou simplesmente ignorado.


É o ignorar e menosprezar quem sai da terra que me leva ao assunto de hoje, que é o de Chaves ter dois grandes pintores internacionais mas apenas um deles ser conhecido (na terra, fora dela são os dois bem conhecidos). Um deste pintores é o Nadir Afonso, toda a gente o sabe, e que é uma pessoa simpática e com um grande sentido de humor. O outro, ninguém o conhece nem ninguém fala dele. Infelizmente faleceu em 2009. Mas nem esse acontecimento foi notícia nos jornalecos regionais. Nem sequer no Semanário Transmontano, que é um jornaleco com a mania que é o melhor, mas a mim me parece apenas o menos pior. Também essa má notícia não foi motivo de post aqui no blogue de Chaves.


Já agora, ó Fernando, tu não és obrigado a postar nada, mas há que estar atento, não podes falhar, é que com esta coisa do 1 milhão de visitas, estás com as costas carregadinhas de responsabilidade, o teu blogue tem mais visitas do que os jornais regionais, todos juntos, têm em 50 anos. Porta-te bem, abre a pestana.


Bem, se nenhum dos jornalecos regionais deu a notícia da morte deste grande pintor de Chaves, nem o Semanariozeco Transmontaneco, todos os outros grandes jornais, mais televisões e rádios, a deram.


Esse pintor chamava-se João Vieira e era natural de Anelhe, onde vinha de visita quando lhe apetecia. Podem-se encontrar as notícias sobre o seu falecimento no jornal Público, na TSF, etc.


Para quem não o conhecia, aqui vai um bocadinho da notícia do Público, do dia 5 de Setembro de 2009:

 

Nascido em Vidago, em 1934, João Vieira ingressou em 1951 na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde frequentou os dois primeiros anos do curso de pintura.


Começou a expor em 1956, ano em que se ligou ao grupo do café Gelo, em Lisboa, quando partilhava um atelier por cima deste café com José Escada, René Bertholo e Gonçalo Duarte.


Os quatro, juntamente com Lourdes Castro, Christo e Jan Voss, fundam mais tarde o grupo KWY, em Paris, que fica também conhecido pela revista com o mesmo nome.


Mas antes, em 1957, João Vieira parte para Paris onde é aluno de Henri Goetz na Académie de la Grande Chaumière. Na capital francesa, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalha com o pintor Arpad Szenes, marido da pintora Maria Helena Vieira da Silva.


Depois de outras passagens por Paris e ainda por Londres, onde em finais de 1964 lecciona no Maidstone College of Art, regressa a Lisboa em princípios de 1967 e começa a trabalhar quase exclusivamente como cenógrafo teatral.


A ligação ao teatro terá expressão nas artes plásticas, como é manifesto na sua primeira performance em simultâneo com a sua exposição O Espírito da Letra, realizadas na Galeria Judite Dacruz em 1970.


A RTP2 vai passar hoje às 22h30 o documentário “Pinto Quadros Por Letras” sobre o pintor.

 

O João Vieira foi das grandes figuras da arte portuguesa do século XX, como se lê no Expresso.Teve exposições nas melhores galerias, como o CCB ou Serralves, e ainda produziu painéis de azulejos para estações do metro de Lisboa e Budapeste, ou capas para discos, como do Vitorino.


Agora, pergunto eu: e em Chaves, houve algum dia exposição do Vieira? Não me lembro, penso que não. Porque será? Será porque ele era de Anelhe, da aldeia, ou porque os 15 km de Anelhe a Chaves são distância intransponível? Ou será que foi o ele ter ido viver para Lisboa?


Não sei explicar. O que acho é completamente ridículo que certos pintores de Chaves, que são fracotes (são quase todos, há um ou outro mediano e há o Nadir, claro, e haveria o Vieira não fosse a ignorância), apesar de bons rapazes, sejam convidados, apaparicados, e apoiados para expor aqui e acolá, e um pintor deste calibre tenha sido estoicamente ignorado. É ridículo e obtuso porque Chaves só teria a ganhar com isso, como é evidente, assim como tem a ganhar em receber bem quem bem nos representa fora da cidade.


Mas ainda se vai a tempo. Nada impede que ainda se faça uma exposição com a obra. Talvez seja complicado porque ela deve andar ocupada em mostra-se em Serralves, ou noutras grandes galerias, mas se se consegue o Nadir também se conseguiria o Vieira.


É caso para perguntar ao senhor vereador da cultura "Ó pá, andas a dormir? Olha que a pintura não é só Nadir!". E quem diz perguntar ao actual vereador, diz também a todos os seus antecessores, que pelos vistos de cultos não têm nada, ou muito pouco.


A mim é que não me podem acusar de não defender tudo que é bom da terra, sou dos flavienses mais flavienses que há, até tenho Chaves no nome!


Até à próxima Segunda.

 

António Chaves

26
Mar09

A Emoção da Geometria, por Nadir Afonso até Agosto


 

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Tal como disse no post anterior, ontem Chaves prometia ter um acordar diferente de uma comum quarta-feira, e assim foi.

 

Por entre um dia normal de trabalho, lá fui espreitando como pude o dia das comemorações e no final, já noite, lembrei-me de espreitar as notícias da NET a respeito do assunto, e a notícia que mais se repete é:

 

“Cavaco Silva recebe, em Chaves, livro de Agostinho Santos sobre Nadir Afonso” e ainda bem que assim é.

 

Pois vamos começar precisamente por Nadir Afonso, o Livro de Agostinho dos Santos e a inauguração da exposição do Mestre na Biblioteca Municipal de Chaves.

 

Vamos à notícia da NET:

 

Porto, 24 Mar (Lusa) - A editorial Afrontamento e a Fundação Nadir Afonso apresentam quarta-feira ao Presidente da República, em Chaves, a obra "Itinerário (com) sentido", uma biografia do pintor em edição de luxo, disse hoje à Lusa o seu autor, Agostinho Santos.

 

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Capa e contra-acapa da caixa do livro Itinerário (com)sentido

Agostinho Santos, que é também jornalista e pintor, apresentará o livro ao Presidente da República durante a inauguração da exposição de obras de Nadir Afonso, a que Cavaco Silva presidirá, no âmbito da sua visita oficial à cidade.

 

"É uma espécie de biografia ilustrada de Nadir Afonso que considero como um dos maiores artistas vivos da arte contemporânea portuguesa", disse à Lusa Agostinho Santos.

 

Profusamente ilustrado, o livro integra mais de cem pinturas e desenhos das várias fases do pintor (algumas inéditas), assim como muitas fotos que mostram o pintor em várias circunstâncias, ao longo da sua vida.

 

Com o título "Itinerário (com) sentido", integra também excertos de textos escritos pelo pintor ao longo dos tempos.

 

A obra aborda todo o percurso de vida do artista, os tempos da infância em Chaves (sua terra natal), a época do Porto, o tempo de estudante na Escola de Belas-Artes do Porto onde fez o Curso de Arquitectura, a sua estada em Paris, onde pintou enquanto trabalhava no atelier de Le Corbusier, assim como o período em que esteve no Brasil, onde trabalhou com outro dos maiores arquitectos do século XX, Óscar Niemeyer.

 

"O livro é o resultado de uma grande conversa, feita de muitas conversas realizadas ao longo dos tempos, que põe em evidência a vida e a obra de Nadir, em que o pintor-arquitecto fala de si, do seu percurso, da sua carreira, das pessoas que ama, do futuro e da morte", disse Agostinho Santos.

 

O livro tem também uma análise que aborda as pinturas mais importantes da carreira do pintor, por Maria José Magalhães, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação do Porto.

 

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Inclui ainda depoimentos do pintor Júlio Resende, de Laura Afonso (a segunda mulher do pintor, com quem vive há 30 anos) e poemas do pai de Nadir e do filho Artur, que trabalha actualmente em arquitectura em Nova Iorque.

 

"Trata-se de uma edição trilingue (português, inglês e espanhol), com arranjo gráfico de José Miguel Reis, que sairá com caixa, com 450 páginas e uma tiragem limitada de 1500 exemplares" disse o autor.

 

"Espero que este trabalho contribua para uma maior divulgação da pintura de Nadir Afonso, que ficará, tenho a certeza, na história da pintura moderna portuguesa", disse Agostinho Santos.

 

Esta mesma obra será oficialmente apresentada ao público a 23 de Abril no Museu de Serralves, pelo director da instituição, João Fernandes, e por Maria José Magalhães, estando a apresentação em Lisboa prevista para o Museu do Chiado, em data a anunciar.

 

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É, resumindo, o mestre Nadir em tamanho grande, XL, quer no livro que hoje se deu a conhecer, com grande dimensões, peso e conteúdo, quer na exposição onde o Mestre apresenta algumas das suas obras de maior dimensão, quer na arte da qual que já estamos habituados à sua grandeza, a grandeza do Mestre Nadir Afonso.

 

NADIR AFONSOA Emoção da Geometria, uma exposição para ser mastigada devagarinho, como convém, que poderá ver e rever na Biblioteca Municipal de Chaves até ao próximo dia 31 de Agosto de 2009 – Sem desculpas para quem não a visitar.

 

 

16
Fev09

Nada melhor que começar uma segunda-feira com arte, com a arte dos artistas.

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Eurico Borges

 

É o nosso artista plástico convidado de hoje. Um pouco da sua arte um pouco da sua vida, um pouco das suas pinturas e exposições. Um pouco de tudo para ficarmos a conhecer melhor este flaviense que tem dedicado quase toda a sua vida à arte.

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Eurico Borges nasceu em Chaves em 1950, de uma família humilde sem qualquer ligação à arte. Teve uma infância feliz entre a cidade e a, então, primitiva aldeia de sua mãe, experiência que o ajudou a formar uma relação de amor com os outros, e sobretudo com a natureza. Aos 13 anos, a pintura aparece no seu caminho como algo absolutamente natural, familiar e inevitável. A circunstância de ficar órfão aos 11 anos, marcará toda a sua vida. A fugaz passagem por um seminário, o trabalho desde muito jovem compaginado com os estudos, bem como o facto de viver numa ditadura, levam-no até França como estudante e trabalhador, vivendo ali o Maio de 68, marco incomparável para a sua consciência política e artística. Aos 22 anos, depois de vários anos às voltas com as cores e os pincéis, realiza a sua primeira exposição individual. Vive em Portugal até que, em 1965, retoma a sua vida de viajante.

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Primeiro Espanha, depois Holanda e Alemanha até que em meados dos 80, regressa de novo ao seu país. Entretanto, sucedem-se as exposições e as vivências-aprendizagem, com importantes criadores europeus. Alguns anos, poucos, em Portugal e, de novo, transfere o seu estúdio cinco anos para Espanha e finalmente durante quatro anos para Cuba. Acompanhou a sua carreira de pintor, com outras actividades, desde muito jovem. Deu aulas, foi jornalista, fez teatro, cinema e até fez parte de uma companhia de dança contemporânea. Foi apresentador de televisão, animador cultural e director de estações de rádio. Em Madrid criou, com outros seis pintores, o "Display Group", ilustrou livros, recebeu prémios, foi homenageado e realizou mais de uma centena de exposições individuais e inumeráveis exposições colectivas, em países da Europa e América Latina. Segundo a velha tradição, é um artista marginal, um "franco-atirador", que nunca se rendeu a valores menores. É para ele reconfortante que, depois de mais de 35 anos a pintar, os críticos de arte o continuem a ver como um Artista romântico.

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EXPOSIÇÕES

 

1969- Primeira exposição colectiva.
1972- Primeira exposição individual.

Individuais

 

Portugal - Chaves, Caldas da Rainha, Guimarães, Leiria, Maia, Pombal, Porto, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Régua, Vidago.
Espanha - Benidorm, Cáceres, Cádiz, Getafe, Granada, Leganés, Madrid, Motril, Ourense, Salamanca, Valencia, Valladolid, Zamora.
Holanda - Amsterdam e Utrecht.
França - Orléans.
Alemanha - Dortmund, Duisburg, Düsseldorf, Krefeld, Osnabrück.
Cuba - La Habana.

Colectivas

 

Portugal - Braga, Chaves, Estoril, Guimarães, Lagos, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia, Vila Nova de Cerveira.
Espanha - Getafe, Leganés, Madrid, Ourense, Valencia, Verín, Vigo.
Holanda - Amsterdam e Utrecht.
França - Orleáns e Paris.
Suiça - Genebra.
Cuba - La Habana

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PRÉMIOS E SELECCIONES

 

- Artista seleccionado para el Salón de Otoño - Valencia, 1976.
- Medalla al Mérito Artístico. Ministerio de Información y Turismo, 1977.
- Seleccionado para la Bienal de Vila Nova de Cerveira - Portugal, 1980 y 1986.
- Seleccionado para la Bienal de Diseño de la Cooperativa Árvore-Oporto (Portugal) 1985.
- Seleccionado para la Bienal de Lagos - Portugal, 1986.
- Artista Homenajeado en la III Bienal Joven - Chaves (Portugal), 1987.
- Seleccionado para Palexpo - Ginebra (Suiza), 1992.
- Seleccionado para las exposiciones de Eixo Atlántico (Galicia y Portugal), 1997.
- Seleccionado para la Bienal de Avante - Portugal, 2003.

 

Eurico Borges tem também o seu sítio na NET, cuja visita se recomenda para ficar a conhecer mais um pouco da sua obra:

 

http://www.euricoborges.com/

 

 

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09
Fev09

Rui Rodrigues - Pintor


Mesmo longe dos grandes centros, dos grandes interesses e influências, Chaves tem tido sempre uma palavra a dizer no campo das letras e das artes, quase sempre por conta própria, sem ajudas e sem mercado, é certo, mas é nesta aventura constante que a arte e as letras se fazem por cá, por amor, e sempre com arte e a mestria da resistência.

 

Falar de arte em Chaves é falar também de Rui Rodrigues, um dos pintores de referência da cidade. É ele o nosso convidado de hoje.

 

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RUI RODRIGUES nasceu no Lubango, Angola em 1953.

 

Em 1976 viaja para o Brasil onde trabalhou em desenho gráfico e publicitário. Vive em Chaves desde 1980 onde conheceu o Mestre Nadir Afonso, do qual foi colaborador até 1982. Curso de Pintura do Instituto Parramon.

 

Expôs individualmente pela primeira vez em 1978, tendo realizado até ao presente mais de duas dezenas de exposições individuais no Continente, Madeira e Espanha.

 

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Marlene Obesa

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Participou em mais de uma centena de mostras colectivas.

 

Em 1993, nas comemorações do dia da cidade de Chaves, participou numa exposição conjunta com o artista galego Manolo Busto, organizada pela Câmara Municipal de Chaves.

 

Em 1997, realizou uma retrospectiva de 20 anos de actividade, na Galeria Faustino, em Chaves.

 

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Pintura Matérica

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Sócio fundador da “Tamagani” – Associação dos Artistas Alto Tâmega e Vale de Monterrei.

 

É membro da Sociedade Nacional de Belas Artes desde 1985.

 

Está representado no Museu da Região Flaviense.

 

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Vénus Adormecida

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Principais colectivas:

 

1982 – Certame de Pintura e escultura, Chaves.

1983 – I Bienal “Jovem arte”, Chaves.

1984 – V Salão de Outono, Estoril.

1985 – II Bienal “Jovem arte”, Chaves. - II Bienal Nacional de Desenho, Porto e Lisboa. - V Bienal da Festa do Avante, Lisboa. - Expo Internacional de cartazes, Bagdad – Iraque.

1986 – Galeria AS , Porto. - Salão SNBA, Lisboa. - I Festival do mar, Sesimbra. 1987 – II Festival do mar, Sesimbra.

1990 – Gallaecia 90, Chaves.

1991 – “Nove artistas flavienses”, Sint Niklaas, – Bélgica. - “A Musaraña”, Pontevedra – Galiza.

2003 – IV Arte Nossa, ADRAT – Chaves.

2005 – Centenário da Casa de Trás-os-Montes, Chaves e Lisboa.

2006 – Expo Tamagani – Chaves.

2007 - II Encontro Luso-Galaico "Aromar" - Galiza.

 

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Zódes Voadores

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Prémios:

 

1º Prémio e Menção Honrosa no “Certame de Pintura e escultura” – Chaves, 1982.

Prémio “Nadir Afonso” – I Bienal Jovem Arte -Chaves, 1983.

Prémio aquisição – II Bienal jovem Arte – Chaves, 1985.

2º Prémio – IV Concurso de Pintura do Inatel, 1994.

Menção Honrosa, Salpodium, 2006.

 

 

Embora a pintura seja a sua principal actividade artística, também lhe conhecemos a arte que tem para a escultura e a fotografia. Pena que por cá não sejam modos de vida, pois é a arte quem fica a perder.

 

E se por aqui apenas deixo quatro reproduções de obras suas que marcam diferentes períodos da sua vida artística, no seu espaço da NET poderá apreciar cerca de uma centena de outras obras e que poderá visitar seguindo este link:

 

Gindungo no Matako

 

E por hoje é tudo. Amanhã cá estarei de novo com outros olhares fotográficos sobre a cidade de Chaves.

 

26
Jan09

Mário Lino - Artista Plástico


Artistas, poetas, escritores, músicos, actores, flavienses das artes e das letras em geral, mas também outros flavienses que se destaquem por outras obras e outros feitos irão passando todas as segundas-feiras aqui no blog.

 

Na última segunda-feira tivemos aqui uma poetisa e a sua última publicação. Hoje entramos no campo da arte e dos artistas flavienses, os pintores, sendo o nosso convidado de hoje, o Pintor Mário Lino.

 

Ainda antes de passarmos a apresentar o convidado de hoje, e para que não haja más interpretações, a ordem de passagem destes flavienses pelo blog será aleatória e sempre dependente da informação que consiga para os trazer aqui. Não haverá da minha parte qualquer intenção de os posicionar numa escala de valores ou de importância.

 

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MÁRIO LINO, Pintor

 

Mário Rui Mesquita Lino (Mário Lino) é natural de Chaves, onde nasceu a 30 de Novembro de 1954. Influenciado pelos trabalhos do seu grande Mestre Nadir Afonso, viu-se fascinado pela arte!



Emigrou para o Canadá em 1970, onde residiu e estudou artes gráficas, (Central Thecnical School) e (George Brown College), vindo a exercer a actividade de artista gráfico e ilustrador publicitário.



Em 1992 regressou a Portugal, onde se dedicou inteiramente às artes plásticas, actividade que tem vindo a desenvolver até aos dias de hoje.


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Com bastante actividade artística, tem no seu currículo um leque variado de exposições tanto individuais, como colectivas, e, presentemente orienta um Atelier de Iniciação à Pintura “Arte no Jardim” no Jardim Público em Chaves, não deixando, no entanto, de se considerar um autodidacta muito seduzido pela arte.

 

Recebeu também o prémio de Arte-Pódium-Chaves 2000.

 

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Das exposições realizadas, salientam-se, além das realizadas em vários espaços culturais da cidade de Chaves, as seguintes: Galeria Bar Duque de Bragança, Bragança; Galeria da Biblioteca Municipal, Ponte de Lima; Palácio Ferial Nogeiradalmas, Vigo; Escola de Arte Gráfite, Montalegre; Galeria da Biblioteca Municipal, Valpaços; Casa Regional de Ponte de Lima, Lisboa; Galeria da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, Lisboa; Casa do Escudo de Verin; Casino de Espinho; Mercado Ferreira Borges, Porto; Shopping C. Monumental, Lisboa; Espaço d´Arte Silva Guerreiro, Almancil-Algarve; e Parador San Estebo, Orense, Espanha.

 

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http://mariolino.com/

 

É o seu espaço na net, onde poderá consultar outras informações e imagens da obra deste artista flaviense.

 

E por hoje é tudo, faltam os agradecimentos e créditos, que vão para a página de Mário Lino e para Associação de Artistas Plásticos do Alto-Tâmega e Monterrei -  TAMAGNI, pela disponibilização de dados e imagens.

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