Cidade de Chaves - Olhares de Outono
Poldras sobre o Rio Tâmega
Mais uma imagem da época com olhares flavienses de outono na passagem das poldras para a outra margem, com a ribeira do Caneiro a desaguar no rio Tâmega.
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Mais uma imagem da época com olhares flavienses de outono na passagem das poldras para a outra margem, com a ribeira do Caneiro a desaguar no rio Tâmega.
Hoje faço o regresso à cidade por um caminho muito peculiar para atravessar o rio, pelas poldras, recordando também a primeira vez que o utilizei para chegar à cidade, com dois amigos e colegas da escola primária, irmãos gémeos, os “caios” que, lamentavelmente soube há dois dias terem partido recentemente sem tempo para despedidas. Um até sempre, que todos sabemos ser apenas até um dia!
CONCURSO TERMINADO - JÁ HÁ VENCEDOR
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Como o passatempo de ontem tinha um grau de dificuldade mais complicado, hoje vamos para uma mais acessível com 3 ERROS.
Para quem não está a par deste passatempo, com prémio, as instruções, regulamento e prémios, podem ser vistos aqui
Mas resumindo, a ideia é ver 3 coisas que estão erradas na imagem, que foram alteradas por nós. Para concurso só valem as respostas dadas nos comentários deste post, ou seja, as possíveis respostas dadas no facebook, twitter ou por e-mail, não valem. Dúvidas ou outros, podem ser esclarecidas por e-mail (ribeiro.dc@gmail.com) ou na caixa de comentários.
Boa sorte!
Se os grandes estilistas da moda descobrem as potencialidades das nossas poldras sobre o rio Tâmega, vai ser um caso sério para a cidade... mas o principal problema, vai ser não temos um aeroporto para poder receber os voos charter com os chineses. Pois!
Fica uma imagem com uma daquelas nossas manhãs típicas de inverno flaviense, com um pedacinho de rio, outro tanto do espaço polis e a nossa imagem de marca poldras a dizerem presente.
Até amanhã!
Escolhida a fotografia de hoje, chegou a fase de lhe acrescentar umas palavrinhas, mas a chuva e este tempo enfadonho que nem nos dá frio que preste ou calor que se aproveite, aliado a uma constipação que se instalou sem ser convidada, tolheram-me a inspiração para dizer o que quer que seja e atiraram comigo para leituras breves, para a poesia, como quem procura nela algum consolo e alguma inspiração, ao não ler nela aquilo que ela realmente nos transmite, mas aquilo que eu quero que me transmite. Geralmente, conforme o momento, tenho os meus autores preferidos. O de hoje, leva-me até ao Bernardo Soares e o “Livro do Desassossego”
Correm rios, rios eternos por baixo da janela do meu silêncio. Vejo a outra margem sempre e não sei porque não sonho estar lá, outro e feliz. Talvez porque só tu consolas, e só tu embalas e só tu carpes e oficias.
Em vez de conforto as palavras levam-me mesmo ao desassossego. Que raio, eu nem sequer estou infeliz, nem sonho em estar na outra margem, pois até é a minha margem onde regresso todos os dias, eu estou é meio dorido e com certo mau estar com esta constipação e o enfadonho dos dias…
Tu não o sabes, tu não sabes que o não sabes, tu não queres saber nem não saber. Despiste de propósitos a tua vida, nimbaste de irrealidade a teu mostrar-te, vestiste-te de perfeição e de intangibilidade, para que nem as Horas te beijassem, nem os Dias te sorrissem, nem as Noites te viessem pôr a lua entre as mãos para que ela parecesse um lírio.
Bem! Talvez seja melhor ficarmos só pela imagem, o “Livro do Desassossego” já está sossegado na estante de onde saiu e eu vou mas é seguir a sabedoria do nosso povo na receita para as constipações: “avinha-te, abifa-te e abafa-te”.
Já estou a ir, até amanhã!
Todos os dias vou ao meu arquivo fotográfico à procura de uma ou mais imagens para publicar. Aquilo que aparentemente deveria ser uma tarefa fácil, isto tendo em conta a quantidade de fotografias que tenho em arquivo, torna-se complicado à hora de fazer a seleção. Esta não que já publiquei uma idêntica, esta não por isto, esta não por aquilo, até que chegamos a uma imagem que nos faz parar nela. Porquê!? Pois, inicialmente não sabemos, mas logo estórias do nosso arquivo de memória dizem-nos qual a razão.
Hoje parei nas poldras do rio Tâmega numa imagem, ou melhor, numa série de imagens que registei há dias quando uns putos atravessavam as poldras correr. Parei nessas imagens quando o clique despertou na memória o tempo em que era assim que também eu as atravessava. Acreditem que estive mais de meia hora a relembrar a primeira vez que as atravessei, com 7 ou 8 anos de idade (a distância já não me permite ser exato), mas recordo que foi numa ida para a escola do Stº Amaro.
Embora a minha escola fosse a do Caneiro, esteve em obras durante uma temporada. Durante uns meses transferiram as aulas para a escola do Stº Amaro. Tal como no meu primeiro dia de escola no Caneiro, o meu pai percorreu o caminho a pé comigo desde casa até à escola para me mostrar o melhor trajeto. Quando me deixou lá recomendou-me que que fizesse o regresso pelo mesmo caminho. Pois no primeiro dia de aulas na escola do Stº Amaro, aconteceu o mesmo, lá foi o meu pai comigo, a pé, para mostra-me o novo caminho, ou melhor, o acréscimo, pois até à escola do Caneiro era o mesmo e a partir de aí foi ir até à rotunda do Raio X, depois a Ponte Nova, Rotunda do Brasil e logo a seguir a Escola. A mesma recomendação de no regresso tomar o mesmo caminho. E assim foi, geralmente em grupos de dois ou três outros colegas de escola e também vizinhos. E assim foi sendo até que um belo dia me toucou por companhia, na caminhada de casa até à escola, os gémeos “Caios” que me ensinaram um atalho. Então, ainda antes de chegarmos à escola do Caneiro, virámos para o Bairro do Caneiro, logo após uma taberna que ali existia (do Sr. Bernardino, se a memória não me atraiçoa). Chegados ao largo, virámos em direção ao rigueiro do Caneiro onde na sua margem existia um carreiro que nos levava direitinhos às poldras. Aí atravessámo-las para a margem direita do Tâmega, desaguámos no Tabolado que já era jardim recém inaugurado. Aí os gémeos fizeram uma pausa na caminhada, um deles tirou um maço de Kentucky do bolso, gesto ao qual eu respondi com espanto e medo, e recordo que disse uma coisa do género: — “ai se a tua mãe sabe!” — Mas a resposta foi ainda mais surpreendente: “ Foi ela que nos os comprou. Compra dos grandes para o meu pai e destes pequeninos para nós”. Na minha inocência acreditei, e já que era com a permissão da mãe deles, a minha também não haveria de se importar muito se eu fumasse também um. E fumei. Foi o meu primeiro cigarro. Recordo que nesse dia cheguei todo “inchado de importância” à escola. No intervalo apercebi-me de que as cosias não eram bem como eles tinham contado, que afinal eu tinha cometido um “crime” que guardei em segredo até hoje… prontos, sinto-me aliviado! E hoje já não levo umas lostras porque o crime já prescreveu.
Pois a aventura dos putos a atravessar as poldras levou-me até à minha primeira travessia de muitas, e é mesmo verdade que o atravessar se deve fazer com passo ligeiro sem hesitações.
Quanto à estória de irmos sozinhos para a escola, é assim que era naquele tempo, e diga-se que tirando uma ou outra peripécia, as caminhadas para e desde a escola, eram feitas com toda a responsabilidade que nos foi dando algum traquejo e autonomia, hoje raramente possível com o cerco cerrado que os pais fazem aos filhos.
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Persegue-me esta mania de no fim do dia querer congelar para sempre o pôr-do-sol, como se teimasse em negar que a seguir a noite cai.
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*Jardim das Freiras*- De regresso à cidade-Faltam ...
Foto interessante e a preservar! Parabéns.